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sexta-feira, 22 de abril de 2011
Paraninfo nao apareceu na formatura: ficou constrangido pelos direitos humanos?
Deve ser constrangimento pelas diferenças apontadas pela imprensa -- aliás constatadas por todos os que lêem -- no sentido de haver uma diferença marcante entre sua política externa -- de amizade com ditadores e violadores dos direitos humanos -- e a da sua sucessora, de comprometimento firme com a defesa dos direitos humanos.
Paulo Roberto de Almeida
Dilma atrela diplomacia a direitos humanos
Lisandra Paraguassu
O Estado de S. Paulo, 20 de abril de 2011
Em discurso no Itamaraty, presidente diz que tema será defendido ‘sem concessões’
BRASÍLIA - Em contraste com o tom contemporizador com países violadores dos direitos humanos adotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff mostrou nesta quarta-feira, 20, que o tema está no centro da política externa brasileira.
Apesar das preocupações com as reformas das instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas, ou com a sempre presente necessidade de atrair investimento e tecnologia para o País, Dilma declarou, no primeiro discurso sobre relações internacionais de seu governo, que o tema será promovido e defendido "em todas as instâncias internacionais sem concessões, sem discriminações e sem seletividade".
O discurso foi dirigido a uma plateia de formandos do Instituto Rio Branco e diplomatas, na cerimônia de conclusão de curso da turma de 2010 do instituto. Pela primeira vez, a presidente falou claramente sobre o que considera objetivos da política externa brasileira no seu governo. E afirmou que, apesar de ver a preocupação com os direitos humanos como algo que já existia no governo Lula, o assunto será, "mais ainda agora", uma preocupação do governo brasileiro.
Lula, escolhido paraninfo da turma, mandou um texto de apenas uma página, que foi lido pelo assessor para Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia. Nele, o ex-presidente louvou as ações do Itamaraty durante seus dois mandatos e definiu como mera "continuidade" de seu governo a gestão Dilma no campo da política externa.
A presidente deixou clara, também, a importância que dá à reforma das Nações Unidas, especialmente ao seu Conselho de Segurança - tema de interesse especial do Brasil, que espera, com essa reforma, obter uma vaga permanente no conselho. "No momento em que debatemos como serão a economia, o clima e a política internacional no século 21, fica patente também que, do ponto de vista da segurança, a ONU também envelheceu", sustentou a presidente.
Um comentário:
Pelo menos na minha formatura o homenageado foi e ainda nos convidou a sermos "contrarianistas" e buscarmos pelo necessário auto-didatismo.
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