domingo, 24 de novembro de 2013

A legislacao fascista do trabalho e o anacronismo economico do Brasil - Josino Moraes (Mises Brasil)

Concordo inteiramente com Josino Moraes: a Justiça do Trabalho deveria ser extinta, pois ela é mais causadora de conflitos laborais do que resolve pendências entre as partes. O Brasil deveria recorrer ao contratualismo direto e às soluções arbitrais de solução de controvérsias entre as partes.
O custo imposto pela legislação laboral fascista ao Brasil se cifra em bilhões de reais, talvez mais de UM por cento do PIB, o que não deveria existir, num país de liberdade.
Paulo Roberto de Almeida 

97º Podcast Mises Brasil - Josino Moraes 
ENTREVISTA 97 – JOSINO MORAES

A Consolidação das Leis do Trabalho é uma excrescência jurídica, uma impossibilidade econômica e uma artimanha política. Inspirada na Carta del Lavoro do regime fascista italiano de Mussolini e elaborada pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas, sobrevive no ordenamento jurídico brasileiro como o corolário perfeito a um ambiente hostil à iniciativa privada. Prejudica empreendedores e funcionários, e é um dos principais entraves ao desenvolvimento econômico que beneficiaria a sociedade brasileira. Para agravar o quadro, existe a Justiça do Trabalho, que é demolida no livro "A Indústria da Justiça do Trabalho: A Cultura da Extorsão", de autoria do engenheiro e economista Josino Moraes, que não conseguiu editora para publicar uma segunda edição revista e ampliada.

Com um longo passado de formação marxista e militância política na extrema esquerda, fui um dos muitos revolucionários que se exilou após a tomada do poder pelos militares em 1964. Seguiu para Cuba, onde participou de treinamento militar; mudou-se para o Chile em 1968, onde ficou até a derrubada de Salvador Allende em 1973; fugiu para a Suécia, onde se formou em economia e começou a fazer o doutorado, interrompido em 1978 com a Anistia, que o fez retornar ao Brasil. “O Brasil nunca esteve bem. Então, uma pessoa inquieta como eu, preocupada com a comunidade, achava que tinha alguma coisa errada. Se o Brasil fosse um país bem-sucedido como os Estados Unidos, eu acho que o marxismo jamais iria me seduzir”, disse Josino em entrevista ao Podcast.

E foi justamente a volta ao país, e mais especificamente a sua experiência como empreendedor e o choque de realidade com o ambiente de negócios no Brasil que o fizeram romper o compromisso com o marxismo, a se transformar num aguerrido defensor do livre mercado e a escrever, em 2001, o livro com uma crítica severa contra a Justiça do Trabalho. Neste Podcast, Josino conta a sua trajetória política, explica por que a Justiça do trabalho é uma das cinco grandes tragédias nacionais (as demais são carga tributaria, taxa de juros, Petrobras e a burocracia) e de que forma a sua atuação destrói o capital social do país e atrapalha o desenvolvimento da iniciativa privada no Brasil.

Indagado se, com base em sua formação marxista, ele verifica uma estrutura ideológica a partir do posicionamento dos juízes trabalhistas, Josino não tem dúvida ao afirmar que sim. “No fundo, ali está a base do marxismo. (...) Às vezes quando eu leio algum juiz trabalhista ou coisa que o valha, vejo que ele usa uma linguagem marxista. É impressionante. Ele é traído pela linguagem, sabe?”.

Também perguntei se ele via alguma possibilidade de reforma para resolver os problemas da Justiça do Trabalho apresentados no livro. Josino foi taxativo: a Justiça do Trabalho deveria ser extinta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.