A Petrobras sempre foi uma caixa preta, para o próprio governo que a controla, aliás, sem falar para o TCU, para a CGU, para o STF, e para todos os órgãos que deveriam ter conhecimento de tudo o que se passa numa empresa pública, e de capital aberto, ou seja, submetida, teoricamente, ao escrutínio de seus controladores e acionistas.
Sabemos que não é assim: ela se tornou, sob os governos companheiros do luloi-petismo, na maior vaca petrolífera que os mafiosos do partido totalitário usaram e abusaram para roubar bilhões. Vou repetir: ela foi surripiada, em tenebrosas transações, de bilhões de reais, e outro tanto em dólares, no Brasil e no exterior.
Apenas porque, e sublinho APENAS, existe uma investigação em curso nos EUA, pela PRIMEIRA VEZ, surge um diretor, provavelmente conivente com as falcatruas, para explicar que não podem apresentar as contas como previsto, porque estão "aprofundando as investigações internas".
Eles pensam que somos idiotas ou o quê?
No primeiro semestre, disseram que não havia corrupção nenhuma num contrato com a mesma firma holandesa que reconheceu ter pago propinas no valor de US$ 139 milhões, e que acaba de pagar uma multa ao órgão controlador holandês. Agora não podem mais esconder os mentirosos.
São todos uns bandidos e toda a sua diretoria, repito TODA, e todo o seu Conselho de Administração, já deveria ter pedido demissão ou sido demitido, ambos, e uma gestão autônoma desse governo de mafiosos deveria ter sido designada para recompor a Petrobras e processar os responsáveis pelos roubos e falcatruas. Sabem quando isso ocorrerá? Se depender desse governo NUNCA.
Abaixo o comunicado do Petrobras, mentiroso como sempre...
Paulo Roberto de Almeida
Addendum em 14/11/2014: A coisa anda tão confusa, e a diretoria da Petrobras está tão desarticulada, que hoje foi agregada uma nota completar a esta imediantamente abaixo do dia 13, transcrita in fine.
Petrobras
Demonstrações Contábeis do terceiro trimestre de 2014
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que não arquivará junto à Comissão de Valores Mobiliários – CVM as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 (ITR 3T14) com o relatório de revisão dos seus Auditores Externos, PricewaterhouseCoopers (PwC), no prazo previsto na Instrução CVM 480/09, pelas razões expostas a seguir.
Como é de conhecimento público, a Petrobras passa por um momento único em sua história, em face das denúncias e investigações decorrentes da “Operação Lava Jato” conduzida pela Polícia Federal, na qual o ex-diretor de Abastecimento da Companhia, Paulo Roberto Costa, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e está sendo investigado pelos crimes de corrupção, peculato, dentre outros.
Diante de tal cenário, e considerando o teor do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Companhia, Paulo Roberto Costa à Justiça Federal em 08/10/2014, quando fez declarações que, se verdadeiras, podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da Companhia, a Petrobras vem adotando diversas providências que visam ao aprofundamento das investigações.
Nesse contexto, a Petrobras celebrou contratos, em 24/10/2014 e 25/10/2014, com dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação, um brasileiro, Trench, Rossi e Watanabe Advogados e, outro norte-americano, Gibson, Dunn & Crutcher LLP, tendo por objetivo apurar a natureza, a extensão e os impactos dos atos que porventura tenham sido cometidos no contexto das alegações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Companhia, Paulo Roberto Costa, bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto relevante sobre os negócios da Companhia. Tal contratação foi recomendada pelo Comitê de Auditoria em conformidade com as melhores práticas internacionais e autorizada pela Diretoria Executiva da Petrobras.
Entretanto, em decorrência do tempo necessário para (i) se obter maior aprofundamento nas investigações em curso pelos escritórios contratados (ii) proceder aos possíveis ajustes nas demonstrações contábeis com base nas denúncias e investigações relacionadas à “Operaçao Lava Jato”; e (iii) avaliar a necessidade de melhorias nos controles internos, a Companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data.
Por conseguinte, em observância ao princípio da transparência, a Petrobras estima divulgar, no dia 12 de dezembro de 2014, informações contábeis relativas ao terceiro trimestre de 2014 ainda não revisadas pelos Auditores Externos, refletindo a sua situação patrimonial à luz dos fatos conhecidos até essa data.
A Petrobras está empenhada em divulgar as informações do 3º ITR revisadas pelos Auditores Externos o mais breve possível e tão logo haja uma definição sobre a data da conclusão dos trabalhos a Companhia comunicará ao mercado, com antecedência mínima de 15 dias, a data para a sua divulgação.
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2014
Almir Guilherme Barbassa
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
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Demonstrações Contábeis do terceiro trimestre de 2014 - Complemento
Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, em resposta ao OFÍCIO/CVM/SEP/GEA-1/N. 598/2014 e em complemento ao Fato Relevante divulgado em 13 de novembro de 2014, presta as seguintes informações adicionais:
A Petrobras optou pela divulgação das “informações contábeis relativas ao terceiro trimestre de 2014 ainda não revisadas pelos Auditores Externos” de modo a manter o mercado minimamente informado, em respeito ao princípio da transparência. Busca-se obter até 12.12.2014 um maior aprofundamento nas investigações em curso pelos escritórios de advocacia independentes e órgãos de fiscalização e controle externos, permitindo que eventuais ajustes nas demonstrações contábeis, como consequência das denúncias e investigações relacionadas à “Operação Lava Jato”, sejam adequadamente realizados.
Além disso, em diversos contratos financeiros da Companhia, há “obrigação de fazer” (covenant) que determina o encaminhamento das demonstrações contábeis trimestrais, auditadas ou não, após o transcurso do prazo de 90 (noventa) dias do encerramento do trimestre para os agentes financiadores, o que autoriza a Petrobras a entregar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre até o dia 30.12.2014. Dessa forma, nos termos contratuais, a Petrobras pode apresentar as demonstrações contábeis até essa data.
Com relação ao prazo estimado para a divulgação do Formulário ITR referente à 30.09.2014, acompanhado do relatório de revisão especial emitido por Auditor Externo, diante das investigações em curso, até o momento não é possível determinar uma data para a divulgação dessa informação contábil. Ademais, a fixação do prazo de divulgação dessas demonstrações contábeis acompanhadas do relatório de revisão dos Auditores Externos ainda depende de avaliações dos próprios Auditores. Assim que houver uma definição nesse sentido, a Companhia comunicará ao mercado com antecedência mínima de 15 (quinze) dias a data de divulgação.
Por fim, as agências de risco serão informadas dos motivos pelos quais a Companhia não divulgou as demonstrações contábeis revisadas referentes ao terceiro trimestre dentro do prazo legal, assim como das ações que vem sendo tomadas pela Companhia.
Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2014
Almir Guilherme Barbassa
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
Atenciosamente,
Relacionamento com Investidores.
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