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sábado, 10 de dezembro de 2016

Militares no Brasil: as distorções nos gastos com pessoal

A estrutura dos gastos dos militares é altamente distorcida, e eles agora acabam de se converter em "mais iguais" na questão da Previdência, quando se pretende deixá-los num regime ainda privilegiado.
Os dados abaixo, totalmente oficiais, foram compilados pelo economista Ricardo Bergamini.

Por diversas vezes já informei que as informações são divulgadas pelo Ministério do Planejamento no seu Boletim Estatístico de Pessoal, conforme links abaixo:

Clique aqui http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/servidor/publicacoes/boletim_estatistico_pessoal/2016/160614_bol237_jan2016_parte_i.pdf

Vide página número 26 – Tabela 1.1 – Apresenta os gastos com pessoal (civis e militares) no ano de 2015, tendo sido os gastos com militares de R$ 51,4 bilhões.

 

Vide página 67 - Tabela 2.2 – Aparece o quantitativo de pessoal (civis e militares), sendo o efetivo dos militares de 662.958 membros em dezembro de 2015, conforme abaixo: 

 

Gastos com Pessoal Militar das Forças Armadas – Fonte: MP

 

Base: Ano de 2015

 

Itens

Quantitativo

R$ Bilhões

%

Ativos

363.914

20,3

39,50

Reserva e Reforma

151.022

18,2

35,40

Pensionistas

148.022

12,9

25,10

Total Pessoal Militar

662.958

51,4

100,00

 

O quadro demonstrativo acima demonstra de forma clara e indiscutível a distorção causada pela pensão das filhas de militares nas contas nacionais, gerando uma aberração econômica onde se gasta 39,50% com pessoal ativo e 60,50% com pessoal inativo (reserva, reforma e pensões).

Essa anomalia econômica foi encerrada em 2001, mas em função do maldito direito adquirido existente para os trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) seus efeitos financeiros somente ocorrerão em torno do ano de 2036.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.


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