terça-feira, 21 de março de 2017

O Homem que Pensou o Brasil: Roberto Campos

Lançamento (hopefully) no dia 17 de abril, dia em que Roberto Campos estaria completando cem anos (se fosse tão longevo quanto José Osvaldo de Meira Penna), na Livraria Argumento do Leblon, as 19:00.
Segue o índice do livro (com capa ainda indefinida): 


Paulo Roberto de Almeida
(organizador)


O homem que pensou o Brasil:
trajetória intelectual de Roberto Campos


Curitiba
Editora Appris
2017

Índice


Apresentação
           Sérgio Eduardo Moreira Lima

              Paulo Roberto de Almeida
1.1.  Como surgiu este livro?
1.2.  A atualidade dos escritos de Roberto Campos
1.3.  Um rebelde com causa
1.4.  O mestre e o aprendiz, dobrando-se às evidências
1.5.  Uma vida a serviço do progresso do Brasil
1.6.  Do diplomata-economista ao economista-tecnocrata
1.7.  Do homem de Estado ao pensador contra o Estado
1.8.  Uma última tentativa de reformar o Brasil: a via da política

2. A contribuição de Roberto Campos para a modernização do país
                Antonio Paim
2.1.   De Keynes a Mises e Hayek
2.2.   O modernizador eclético

3. Roberto Campos, o convívio com um estadista liberal
                  Ives Gandra Martins
3.1. As afinidades eletivas
3.2. O pianista e o embaixador
3.3. A Academia do Direito e da Economia
3.4. A luta comum contra a irracionalidade

4. O iconoclasta planejador: Roberto Campos e a modernização do Itamaraty
                  Rogério de Souza Farias
4.1. O diplomata heterodoxo
4.2. Planejando a política externa? A expansão da área econômica do Itamaraty
4.3. Uma proposta revolucionária: rompendo a hierarquia do Itamaraty
4.4. O planejador iconoclasta da política exterior

5. O patrimonialismo na obra de Roberto Campos
             Ricardo Vélez-Rodríguez
5.1. Roberto Campos, crítico do patrimonialismo
5.2. Um filósofo bem humorado
5.3. Um retrospecto melancólico do fracasso para obter o desenvolvimento sustentado
5.4. Um caso de cegueira patrimonialista: a política de reserva de informática
5.5. Um caso de hybris patrimonialista: o monopólio da Petrobrás
5.6. O ideal da sociedade livre

6. Racionalidade e autonomia em Roberto Campos
              Reginaldo Teixeira Perez
6.1. Observações iniciais
6.2. O equacionamento do problema: ciência ou ideologia?
6.3. Duas razões para um objetivo
6.4. Observações finais

7. Roberto Campos: um economista pró-desenvolvimento econômico
                Roberto Castello Branco
7.1. Introdução
7.2. O economista pró-mercado e o debate sobre o planejamento econômico
7.3. Batalha em defesa das boas ideias
7.4. As crises de balanço de pagamentos
7.5. BNDE e BNDES
7.6. O arquiteto de planos de estabilização
7.7. A luta pela privatização
7.8. Algumas lições para os economistas

8. Breve história da macroeconomia
             Rubem de Freitas Novaes
8.1. Introdução à introdução
8.2. Introdução
8.3. Dos clássicos a Keynes
8.4. A reação austríaca
8.5. A reação neoclássica
8.6. Do modelo IS-LM às expectativas racionais de Lucas
8.7. A reação neokeynesiana e o novo consenso
8.8. Outras questões relevantes

9. Roberto Campos na UnB: um passo para a abertura
              Carlos Henrique Cardim
9.1. Os encontros internacionais da UnB
9.2. O “flamante” decano e  a “indiferença apaixonada” do embaixador
9.3. Cultura e democracia
9.4. Uma sugestão de Aron
9.5. Campos e a reforma agrária
9.6. O conselho de San Tiago Dantas
9.7. Campos e o engraxate
9.8. O selo do gênio que abre caminho
9.9. A pedagogia acadêmica dos adágios
9.10. “Ele soube duvidar”

10. No Parlamento: lucidez e coerência
                 Antônio José Barbosa
10.1. Da diplomacia à arena política
10.2. O parlamentar erudito
10.3. A estreia no Senado
10.4. A preocupação constante com a situação econômica
10.5. Populismo, protecionismo, nacionalismo e outros ismos
10.6. Encerrando a aventura parlamentar

11. Tanta lucidez assim é mitocídio: Raymond Aron e Roberto Campos como intelectuais públicos
               Paulo Roberto Kramer
11.1. Introdução
11.2. Raymond Aron
       11.2.1. O colunismo no combate de ideias
       11.2.2. “Círculo quadrado”, ou o mito da improdutividade redistributiva
       11.2.3. Ideologias e utopias na Paris intelectual dos anos 50
       11.2.4. O Grande Medo na Europa próspera e acomodada
11.3. Roberto Campos
       11.3.1. O mais 'porco-espinho' entre as raposas, o mais 'raposa' entre os porcos-espinhos
       11.3.2. Os mitos que perpetuam o atraso brasileiro
       11.3.2.1. Populismo
       11.3.2.2. Estruturalismo
       11.3.2.3. Protecionismo
       11.3.2.4. Estatismo
       11.3.2.5. Nacionalismo
11.3.3. Desastres socioeconômicos fomentados por essa mitologia
11.4. À guisa de conclusão

12. Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX
                  Paulo Roberto de Almeida
12.1. Turgot e Campos: dois economistas, separados no tempo, unidos nas ideias
12.2. As ideias movem o mundo? Provavelmente sim, para Roberto Campos
       Primeira Parte: No Estado, pelo Estado, com o Estado
12.3. O seminarista literário se torna um economista prático
12.4. Do economista improvisado ao administrador pragmático
12.5. A irresistível ascensão do diplomata tecnocrata
12.6. A economia brasileira guiada pela mão do Estado
12.7. A produção intelectual a favor do ativismo estatal
12.8. Dos bastidores ao palco: o homem público se torna um estadista
12.9. No olho do furacão: o estadista em ação, no planejamento estatal
12.10. O articulista erudito a serviço da razão de Estado
       Segunda Parte: Fora do Estado, sem o Estado, contra o Estado
12.11. Do “executivo imaginoso” ao “pregador missionário”
12.12. O diplomata “herege”, do “outro lado da cerca”, nadando “contra a maré”
12.13. O “herege diplomata” em licença, e no limbo, do Itamaraty
12.14. A produção intelectual, entre a academia e a tecnocracia
12.15. De volta às lides diplomáticas, na Corte de Saint James
12.16. O “herege diplomata” é sabotado no caminho da ministrança
12.17. A produção intelectual entre o “milagre brasileiro” e a “década perdida”
12.18. De tecnocrata a político: a ética da convicção, num país anti-weberiano
12.19. Do fracasso na política ao sucesso como publicista erudito
12.20. O profeta da estabilização contempla angustiado a hiperinflação
12.21. À guisa de conclusão: o profeta do planejamento utópico do futuro

Roberto Campos: obras
Notas sobre os autores

 Frases:
 
Nossa pobreza não é uma fatalidade imposta por um mundo injusto. É algo que podemos superar com diligência municiada pela emoção e disciplinada pela razão.

A primeira coisa a fazer no Brasil é abandonarmos a chupeta das utopias em favor da bigorna do realismo.

Este é o país dos controles, no qual o Estado controla tudo, exceto a si mesmo.

Frases selecionadas de Roberto Campos, In:
Drummond, Aristóteles (org.): O Homem Mais Lúcido do Brasil: as melhores frases de Roberto Campos (São Luis: Livraria Resistência Cultural Editora, 2013)

Não sou controvertido. Controvertido é quem controverte comigo.
(Discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, 26/10/1999)



Um livro dirigido a todos aqueles que, desde jovens, aprenderam um pouco de relações internacionais e muito de economia, como foi o caso deste organizador, com o grande economista-diplomata, que foi, ao mesmo tempo, o maior estadista brasileiro da segunda metade do século XX. Uma modesta homenagem nos seus 100 anos.
Paulo Roberto de Almeida

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