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domingo, 12 de julho de 2020

Carecemos de um Projeto Nacional - Artigo do General Villas Boas

Copio de Eduardo Graeff:

Queria um jeito mais caridoso de comentar o artigo de Villas Bôas. Infelizmente não tenho. Em bom português, é um pobre alinhavado de lugar-comum e besteira.

Carecemos de um projeto nacional
Eduardo Villas Bôas
Estadão, 11/07/2020

A elaboração de um projeto de nação nos traz uma oportunidade para buscarmos sinergia entre todos que integram a sociedade

Somos um país com mais de 200 milhões de habitantes, cuja população contém em si própria riquezas geradas desde 1500, decorrentes da miscigenação em que as três raças se mesclaram, cada uma delas aportando características ímpares. A criatividade, a alegria de viver, a tolerância, a adaptabilidade, a resiliência, a religiosidade, o sentido de família, o patriotismo, enfim, esses e outros atributos são como uma vasta produção de frutos, à espera de serem colhidos e colocados na grande cesta da nacionalidade brasileira.

Esse enorme cartel de singularidades vive sobre uma base física que metaforicamente constitui uma arca plena de riquezas, sobre as quais estamos sentados, desconhecendo o conteúdo e tampouco sabendo como abri-la.

O que nos falta para que se produza uma mobilização da vontade e das capacidades no sentido de soberanamente os utilizemos atendendo prioritariamente às necessidades do nosso povo?

Infelizmente, nossa sociedade se deixou impregnar por esquemas mentais que nos são estranhos, depois de 50 anos em que, a despeito das precariedades, trazíamos conosco um senso de grandeza, aliado a uma ideologia de desenvolvimento e a um sentido de progresso.

Infelizmente, a partir de então – anos oitenta – não atentamos a que nós estávamos deixando fracionar, inicialmente por interesses alheios travestidos de ideologias e, quando elas fracassaram, permitimos que esquemas mentais alheios a nossa natureza viessem a nos dividir ainda mais, a ponto de o ser humano não mais fosse valorizado como tal, passando a que sua essência, para ser reconhecida, dependesse da militância em prol de um desses grupos onde se abrigam.

Caímos num fosso, em cujo interior andamos em círculo, progressivamente nos afundando sem dispor de ferramentas que nos tornem possível dele sair, de maneira a que recuperemos a capacidade de vislumbrar o horizonte e nele identificar indicações dos rumos a seguir com vistas no futuro. Em outras palavras, carecemos de um projeto nacional que nos possibilite ter um olhar em direção ao interesse comum, capaz de nos livrar da prevalência do individualismo, do imediatismo e dos interesses grupais ou corporativos.

A elaboração de um projeto de nação nos traz uma oportunidade para buscarmos sinergia entre todos que integram a sociedade brasileira e, colocando o interesse coletivo como referência, encontrarmos os caminhos que conduzam à paz e à prosperidade.

É o que esperam de nós as gerações futuras, os países que nos são vizinhos e os que desejam compartilhar um futuro comum. Somos, talvez, o único país com capacidade de inaugurar um novo caminho de desenvolvimento, a partir das qualidades de nossa gente, assinaladas no início dessas palavras. É hora de arregaçarmos as mangas e, cada um, considerando as capacidades e disponibilidades, participar desse grande mutirão.

*GENERAL DA RESERVA E EX-COMANDANTE DO EXÉRCITO

Meu comentário (PRA):

Cheio de lugares comuns e, no fundo, terrivelmente FALSO: como se tudo o que tivemos até aqui fosse equivocado e que só a partir de agora poderdmos traçar um projeto nacional. Cego, míope, enganoso, decepcionante. Incapaz de formular um diagnóstico correto da realidade e, portanto, incapaz de formular prescrições e caminhos adequados.
PIOR: isenta o governo atual — comprometido com CRIMES — de qualquer responsabilidade por essa situação de desesperança, que é o que, em última instância, o seu texto revela.
Não traz absolutamente NADA de novo ou significativo.
Lamento dizer tudo isto, mas nunca escondo o meu pensamento por alguma conveniência qualquer.
Paulo Roberto de Almeida

Um comentário:

Anônimo disse...

"o governo atual — comprometido com CRIMES"

Quais crimes professor?

O Sr, como servidor público, não deveria denunciar ações criminosas em curso na administração federal? Que tal publicar, aqui mesmo no seu blog, um artigo detalhando esses crimes?

Saúde e paz.
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Policarpo