quinta-feira, 25 de março de 2021

Triste fim de E Policarpo A Quaresma: não sabia tupi-guarani suficiente

Painel

Folha de S. Paulo

Auxiliares dizem que Bolsonaro terá que escolher entre Arthur Lira e Ernesto Araújo

Presidente da Câmara falou em 'sinal amarelo' e que 'tudo tem limite'

24.mar.2021 às 23h15

Atualizado: 25.mar.2021 à 0h06

 EDIÇÃO IMPRESSA

A interpretação de auxiliares de Bolsonaro sobre a mensagem lida nesta quarta (24) por Arthur Lira (PP-AL) foi de que o presidente da Câmara reproduziu o que empresários lhe sinalizaram em jantar no início desta semana: se Ernesto Araújo (Itamaraty) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) permanecerem ministros, será impossível continuar apoiando o governo.

A leitura é a de que Lira entendeu da conversa com os maiores empresários do país na segunda-feira (22) que Bolsonaro não terá apoio nenhum nem chance de se reeleger se mantiver o perfil ideológico em alguns setores, especialmente nas relações exteriores.

Auxiliares do presidente da República afirmam ter entendido que a mensagem de Lira foi “ou eu ou Ernesto Araújo”.

O presidente da Câmara falou no risco de uma "espiral de erros de avaliação", disse que não estava “fulanizando” e que se dirigia a todos os que conduzem órgãos diretamente envolvidos no combate à pandemia. “O Executivo federal, os Executivos estaduais e os milhares de Executivos municipais também”, afirmou.

Apesar de dizer não ser justo colocar toda a culpa em Bolsonaro, ele cobrou correção de rota e falou em tom de ultimato.

"Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar", disse, afirmando que o caos na saúde gerado pela crise de Covid-19 precisa ser um fator de conscientização das autoridades envolvidas no sentido de "que o momento é grave” e que “tudo tem limite”.


 https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/03/24/senadores-pedem-a-araujo-para-deixar-itamaraty-ministro-diz-ter-consciencia-tranquila.ghtml 

O ministro vai ter dificuldade de dormir hoje - mesmo com a consciência tranquila... 🙄

"Nunca vi uma apresentação tão confusa. Não soube elaborar frase com sujeito verbo e predicado. O senhor realmente cursou o Rio Branco?", indagou ao ministro Fabiano Contarato (Rede-ES), autor do pedido de realização de sessão de debates com Araújo.

"Peça para mudar. Vá para um ministério ideológico. Não fique no Ministério das Relações Exteriores. O senhor é unanimidade no Senado de rejeição e incompetência", afirmou Simone Tebet (MDB-MS).

"O senhor não tem condições de ser ministro. Renuncie", disse Randolfe Rodrigues (AP), líder da Rede.

"Pede pra sair ministro. Chega. O senhor está fazendo o Brasil perder tempo", declarou Mara Gabrilli (PSDB-SP).

"Se fosse o senhor, pediria demissão hoje", propôs Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

"Peço um favor: renuncie a esse ministério. Em nome do país, renuncie. É esse o apelo que faço. Ministro, pelos brasileiros, renuncie", disse a Araújo o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Um comentário:

  1. Paulo, o que achou desse gesto bizarro do assessor do planalto, interpretado como supremacista? Grande abraço. Quando sair o novo livro, estou na fila para adquirir.

    ResponderExcluir

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.