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terça-feira, 16 de março de 2021

Cronista Misterioso do Itamaraty: 45. Uma viagem rigorosamente inútil a Israel (Ereto da Brocha conteve os palavrões)

[Nota PRA: O próprio Ereto da Brocha confessa que teve vontade de soltar os mais escabrosos palavrões contra o bando de idiotas, capachos do genocida, que viajou a Israel, gastando o dinheiro dos contribuintes para rigorosamente NADA: tudo o que fizeram foi assinar um acordo de cooperação técnica, que poderia TER SIDO FEITO em Brasília, a CUSTO ZERO. Realmente não existem palavras para classificar todos os atos execráveis desse desgoverno assassino, que fica buscando expedientes para não fazer o que todos os especialistas sanitários recomendam, e simplesmente ORDENA a um bando de carneiros idiotas que partam à busca da solução milagre. Triste!]


O extraordinariamente estarrecedor capitão Bolsonaro e seus miquinhos adestrados (Semana 45) 

 

O amigo leitor já percebeu que não sou afeito dos xingamentos diretos, das palavras de baixo calão e das maledicência sem fundamentos. Prefiro mais as argúcia de pensamento, os circunlóquios humorísticos e as patadas com ferraduras de pelica. É coisa de diplomata. Nos ensinam desde muito cedo que o diplomata deve sempre se portar como um lorde, cordato e respeitoso, mesmo ante as asneiras mais atrozes. Sempre me pautei por esses preceitos e percebo que eles se introjetaram em minha alma de forma indelével. Mas esta semana… Me faltou controle. Acredito que consegui limpar bem este texto e elevar um pouco o calão de minhas palavras antes de publicá-lo, mas se tratou de um esforço hercúleo não dar o nome correto aos absurdos desta semana.

 

O que fizeram os palhaços que se apossaram do governo brasileiro esta semana? O que fizeram esses micos adestrados em uma semana que se confirmou mais uma vez a incompetência federal para se adquirir vacinas? Foram, em bando, a Israel atrás de um spray nasal experimental para curar o monstruoso vírus que nos assola. Não cabe a mim, obviamente, tecer um parecer científico sobre a eficiência dessa maravilha científica, mas cabe a mim notar que mesmo com tantas mortes e com tanta destruição nossos comediantes ainda buscam uma bala de prata que acabará com os problemas que eles mesmo criaram. 

 

A comitiva foi composta pelo carimbador maluco, Ernesto “o asno” Araújo, por Eduardo “tresloucado” Bolsonaro, por Filipe “sorocabannon” Martins e por Hélio negão. É perigoso juntar mentes tão limitadas num lugar só, cria-se um vórtex de burrice tão poderoso que suga qualquer sinal de vida inteligente nas imediações. E o que fizeram, amigo leitor, estes pesos-pesados da desintelectualide? Passaram vergonha.

 

Descobriram, em Israel, que o segredo de Bibi foi vacinar sua população. Descobriram que o spray ainda é totalmente experimental e que a nossa USP está desenvolvendo a mesma tecnologia, logo ali em São Paulo (aquela terra comunista governada pelo Fidel Doria, como disse nosso Chanceler). Tomaram pito da diplomacia israelense por não usarem máscara. Ainda falaram asneiras ao comparar o isolamento social a campos de concentração nazistas (como se não fossem eles os nazistas).

 

Em tempos de crise pandêmica o que fazem esses comediantes de política externa? Destroem ainda mais a imagem internacional do Brasil. Vamos lembrar disso quando os adesistas vierem pedir guarida no pós-bolsonarismo. Lembraremos de tudo.

 

Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN

  



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