4599. “Onde andará o chanceler acidental dos primeiros dois anos do governo Bolsonaro?”, Brasília, 10 março 2024, 2+8 p. Retomada do trabalho n. 3750, de 9 de setembro de 2020, em postagem no blog Diplomatizzando, efetuada ainda na gestão Ernesto Araújo no Itamaraty, relembrando os absurdos vividos no Brasil na época da “franja lunática”, como os caracterizou o embaixador Rubens Ricupero.
Onde andará o chanceler acidental dos primeiros dois anos do governo Bolsonaro?
Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Retomada do trabalho n. 3750, de 9 de setembro de 2020, em postagem no blog Diplomatizzando, efetuada ainda na gestão Ernesto Araújo no Itamaraty, relembrando os absurdos vividos no Brasil na época da “franja lunática”, como os caracterizou o embaixador Rubens Ricupero.
Com as investigações em curso sobre a tentativa de golpe contra o governo eleito em outubro de 2022, tivemos a surpresa de ver o então assessor especial para assuntos internacionais na primeira fase do governo Bolsonaro, autor presumido de uma das minutas golpistas entregues ao presidente ainda antes das eleições, Felipe Martins, preso pela Polícia Federal durante pouco menos de um mês. Por ocasião de sua prisão, efetuei pequena postagem dizendo que o ex-subordinado de Felipe Martins, chanceler acidental de Bolsonaro, diplomata Ernesto Araújo, havia tido sorte, pelo fato de a então senadora Kátia Abreu o ter expelido do governo em março de 2021, e de assim ter possivelmente escapado do mesmo infausto destino do “chanceler paralelo” (stricto e lato sensi).
Muita gente tende a esquecer o que foram aqueles anos, de loucuras inéditas na política externa brasileira, e de arroubos na política interna, potencializando uma divisão do país que tinha começado lá atrás, antes e durante os governos petistas no Brasil. Continuamos divididos, pois isso corresponde aos interesses de cada um desses dois extremos ideológicos, um supostamente à esquerda – mas com muitos amigos de direita, apenas por serem, como eles, antiamericanos confirmados –, o outro supostamente à direita, mas estupidamente à extrema-direita, ambos reacionários na prática.
Permito-me retomar aqui, uma das últimas postagens que fiz na gestão do infeliz e patético chanceler acidental, antes que ele fosse defenestrado, após o que ele desativou seu famoso blog “Metapolítica 17: contra o globalismo”, do qual arquivei praticamente todas as postagens, antes que presumivelmente desaparecessem, com a saída do tresloucado diplomata. Ela tem a ver com as recomendações para os diplomatas para as eleições daquele ano, 2020, municipais, como agora, como se o próprio personagem, ainda antes de se tornar diplomata acidental, não tivesse infringido todas e cada uma das normas prescritas aos funcionários. Ele o fez de forma clandestina, antes de ser denunciado, e a partir daí de forma aberta, uma vez garantido o cargo prometido, por ter sido um dos mais aguerridos cruzados da causa bolsonarista. Acompanhei toda a trajetória do desequilibrado colega diplomata, o que pode ser ainda hoje revisitado pelos diversos livros digitais que elaborei durante esses anos desafiadores para os diplomatas profissionais, e para todos os cidadãos democratas.
(...)
Ler a íntegra nesta postagem na plataforma Academia.edu:
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