Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Funcionalismo: veto da presidente a aposentadoria aos 75 anos
Mas o objetivo era bloquear a continuidade dos mesmos, segundo entendo, para que os companheiros escolhessem os "seus" juízes, segundo entendo...
Paulo Roberto de Almeida
Dilma veta aposentadoria compulsória aos 75 para servidores públicos
Folha online, 23/10/2015, 00h39
A presidente Dilma Rousseff vetou nesta quinta-feira (22) a lei que permitia aposentadoria aos 75 anos a todos os servidores públicos.
O texto havia sido aprovado por unanimidade pelo Senado no último dia 29. O projeto também já havia passado pela Câmara e dependia somente da sanção da presidente.
A mudança era esperada por funcionários públicos desde a promulgação da emenda constitucional que adiou a aposentadoria compulsória de magistrados dos tribunais superiores e do TCU (Tribunal de Contas da União) de 70 para 75 anos.
Quando a chamada PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Bengala passou a vigorar, alguns desembargadores não quiseram esperar pela lei e passaram a reivindicar na Justiça decisões liminares permitindo a permanência na carreira mesmo após os 70 anos.
STF
A PEC da Bengala tirou da presidente a certeza da indicação dos cinco próximos ministros do Supremo Tribunal Federal, corte composta por 11 cadeiras.
Pelas regras até então em vigor, cinco ministros do STF que completam 70 anos até o final de 2018 teriam que deixar a corte antes do final do mandato de Dilma (Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber).
Agora, a petista só fará novas indicações para a mais alta corte do país caso algum ministro deixe voluntariamente o tribunal antes da data de aposentadoria compulsória.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
O Brasil e' um pais ridiculo (1): aposentadorias ilegais de prefeitos e vereadores, e outras...
Leio, na imprensa que:
Mas não são só os "expertos" que exibem aposentadorias escandalosas, mas pessoas comuns, como a provar que o Brasil sempre foi um país ridículo, o que vem do século 19, como nos ensina o artigo abaixo de Josino Moraes.
Aposentadas ao Nascer (2013)Josino Moraes
Latin America Economic Researcherwww.josino.net
O mais impressionante privilégio do comunismo brasileiro é a
existência das aposentadorias hereditárias para a quase
totalidade do setor público brasileiro, a maior parte da
nomenklatura local. A outra parte é a dos funcionários das
estatais. Os municípios são a exceção. Isso significa que “filhas
solteiras” de funcionários públicos herdam as aposentadorias dos
pais após o falecimento destes. Isso não existiu no falecido
comunismo soviético e nem existe em qualquer dos outros países
da América Latina. De fato, o Brasil tem a maior carga tributária
e uma das menores taxas de crescimento econômico de toda a
região apesar de seu vigoroso agronegócio.
A cultura de privilégios como uma dádiva natural foi mais
profunda em Portugal do que na Espanha. Deveras, a Espanha é
mais desenvolvida do que Portugal. Este talvez seja o maior fator
explicativo para esse fenômeno e também da diferença de
privilégios entre a ex-colônia portuguesa e as ex-colônias
espanholas da America.
Atualmente, os funcionários públicos federais aposentados
recebam quase nove vezes mais que os do setor privado (O
Estado de S. Paulo, 23-10-2010)) Os estudos do prof. Ricardo
Bergamini confirmam esses dados..
A origem de tal privilégio no Brasil foi a vitória do Pais na Guerra
do Paraguai (1864-1870). O Exercito Brasileiro, sentindo sua nova
força política, matou um jornalista na frente do imperador e logo
tomou o poder através de um golpe de estado em 1889. O hilário
é que eles escolheram essa data para comemorar os 100 anos
da Revolução Francesa. Os oficiais, conduzidos por Benjamin
Constant, eram positivistas fanáticos – seguidores de Augusto
Comte, um maluco teórico franceês. Essa influencia maligna se
estendeu também no resto da America Latina. Isso, por si só,
já dá uma idéia do nível da inteligência nessa parte do mundo. A
A República entra em cena com as ditaduras militares dos
marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (1889-1894). A
nova Constituição foi promulgada em 1891. Uma de suas
principais preocupações era com os privilégios de seus familiares,
isto é, suas filhas, mulheres e irmãs. Os juízes, muito espertos,
gostaram das novas ideias e se juntaram à festa! Eles eram um
grande aliado, pois afinal de contas, eles bolavam e
interpretavam as leis. Era a cultura nacional que se solidificava.
Logo mais, isso viria a se expandir para todo o setor publico. Era
o inicio da reta final da tragédia.
Nossa cultura original do macho na percepção de Paulo Prado deu
origem à bonança das filhas “solteiras” dos funcionários públicos.
Elas criam muitos filhos, mais continuam oficialmente solteiras.
Ai está o truque. As filhas do setor publico já nascem
aposentadas.
Em 2012, o Brasil descobriu através de uma série de reportagens
da Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo que no Estado de
Minas Gerais, ex-governadores têm o direito à aposentadorias
milionárias e que esses benefícios podem ser estendidos às suas
filhas, viúvas e irmãs, no velho estilo da cultura local, exposta
acima. O mais impressionante é que a Assembleia Legislativa de
Minas Gerais elaborou uma lei proibindo que isso seja
publicado! Trata-se de um segredo. O comunismo brasileiro não é
muito mais sofisticado que o falecido comunismo soviético?
A OAB foi aos tribunais superiores para questionar esses
benefícios nos Estados do Paraná e Sergipe (O Estado, 28 de
janeiro de 2011).
De fato, em 2012, o governo federal conseguiu aprovar uma lei
denominada Lei da Transparência da Informação focada
basicamente nos salários do setor publico. Após um ano de sua
vigência, ainda não se conseguiu desvendar absolutamente
nada. Trata-se da mais perfeita caixa- preta jamais inventada.
Eu primariamente aqui, associo comunismo a uma sociedade de
privilégios do setor publico – incluindo os dos monopólios
estatais - e da elite política que detém o poder no pais. Se
olharmos para a realidade econômica, observamos aqui a
antíteses de uma economia de mercado. A China é de fato uma
economia de mercado apesar de suas restrições à liberdade
política e religiosa. Aqui não há democracia e nem liberdade
econômica, e sim extrema liberdade política que beira à
anarquia.
Muitas pessoas no setor publico acumulam várias aposentadorias
devido a seus diferentes cargos ocupados , por exemplo,
vereadores, promotores, procuradores, auditores, professores,
deputados, governadores,vice-governadores, etc. Assim sendo,
se o pai tem 3 a a mãe tem 2, a filha “solteira” pode ter direito a
5 aposentadorias!
Vide www.josino.net/Maite.html e notas 16 e 24 da versão do
meu livro online A Industria da Justiça do Trabalho – www.josino.net/industria.html
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Que tal acabar com mordomias excessivas?
Não existe produtividade que resista a esses casos extremos de prodigalidade (ou irresponsabilidade) com os recursos coletivos...
Paulo Roberto de Almeida
In Britain, Austerity Collides With Pension System
By LANDON THOMAS Jr.
The New York Times, September 20, 2012
Dr. Lipman’s annual government pension of £48,000, or nearly $78,000, nicely supplements the £144,000 tax-free payment he received when he retired from Britain’s National Health Service in 2007 after 35 years of service.
He also makes use of the wide menu of universal benefits available to older Britons — including free bus travel and annual payments of £200, or $324, to defray winter heating costs. Next month, when he turns 65, he will qualify as well for a second government pension payout of £104 a week, plus a £10 bonus at Christmas.
Dr. Lipman’s payments are emblematic of what Britain’s Conservative prime minister, David Cameron, is up against, having hitched his political fortunes to the coalition government’s ability to cut the national budget. Despite Mr. Cameron’s efforts to curb public outlays and reduce one of Europe’s biggest budget deficits, government spending is higher than when he took office two years ago. This continues a climb that began with the creation of the British welfare state after World War II.
The cuts Mr. Cameron has made — a public sector pay freeze, a reduction in outlays for local governments and cutbacks in personnel at government ministries, to name a few — have drawn howls of protest. The outcry has come from unions; the Labor Party, which now has a strong lead in the polls; and even a growing faction of Tory-supporting business leaders.
But overall government spending, as a portion of the economy, continues to rise. It is projected to approach £700 billion this year, or about 45 percent of gross domestic product, compared with 38 percent a decade ago. That is partly a result of social benefits, mainly for the elderly, that are deemed politically off-limits and are being propelled up by a demographic curve that will add millions of Britons to the retiree ranks in coming years.
“Austerity is just not a word that I recognize,” said Dr. Lipman, who since retiring from full-time work as a family doctor in the northern city of Leeds has upgraded the car he drives to a Mercedes. “I would not say that I am worried financially.”
The issue in some ways parallels the challenge facing the United States, where growing numbers of retiring baby boomers threaten to bankrupt theSocial Security and Medicare systems within decades unless those systems are revamped. And as in the United States, because people still working are paying for retirees’ benefits that are more generous than younger people can expect to receive, the budget struggle has elements of a generational dispute.
Younger doctors in Britain do not expect to receive the same benefits as Dr. Lipman. This year they held a one-day strike to protest the government’s decision to raise their retirement age and their pension contributions.
In Britain, “the welfare state can no longer carry this burden,” said Angus Hanton, an economist and a member of the advisory board of the Intergenerational Foundation, which advocates on behalf of younger Britons.
With British tax revenue remaining weak because of an economy that is forecast to shrink 0.5 percent this year, it is becoming ever more likely that Mr. Cameron’s government will miss its goal of cutting the deficit this fiscal year to £120 billion, from £126 billion last year.
The International Monetary Fund estimates that Britain will have a deficit this year of 8.1 percent of G.D.P., surpassing Spain and even Greece and trailing only Ireland among the distressed euro zone economies.
Opposing politicians — and some economists — have accused Mr. Cameron of destroying any chance for economic recovery by sticking to his austerity platform. He faces growing pressure to reverse course.
“We have not gone far enough — you can keep the welfare state as long as you have economic growth, and this is not happening,” said Tim Morgan, an economist at the brokerage firm Tullett Prebon in London who tracks government spending patterns.
For now, many bond investors are disregarding Britain’s deficit. Continuing to see the pound as a haven from woes in the euro zone, they are lending money to Britain for 10 years at an interest rate only slightly higher than Germany’s 1.6 percent.
But at least one hedge fund manager, Ben Davies of Hinde Capital, is betting against British bonds. “The government has this austerity program, but spending and debt continue to increase,” Mr. Davies said. “It’s very disingenuous, and I think by the end of the year the market will question whether the government can truly implement these cuts.”
Leia o resto neste link: http://www.nytimes.com/2012/09/21/business/global/in-britain-spending-outpaces-austerity.html?pagewanted=2&tntemail1=y&emc=tnt
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California Debt Higher Than Earlier Estimates, a Task Force Reports
By MARY WILLIAMS WALSH
The New York Times, September 20, 2012
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Bolivia: como afundar um pais, muito rapidamente...
Menos na Bolívia: parece que eles descobriram a árvore da felicidade eterna, aquela de onde jorra não só leite e mel, mas dinheiro à vontade para pagar tudo isso.
Eu dou um prazo de três anos para a Bolívia entrar numa séria crise fiscal.
Depois o presidente da Bolívia poderá escrever um manual do tipo "Como enterrar alegremente um país sem sequer ter consciência disso". Deveria ser publicado numa categoria especial do Idiot's Guide of Public Administration...
Paulo Roberto de Almeida
Bolivia reduce la edad de jubilación a 58 años
Redacción - BBC Mundo
Sábado, 11 de diciembre de 2010
El gobierno aún no ha explicado cómo financiará el nuevo sistema.
El presidente de Bolivia, Evo Morales, promulgó una ley que reduce la edad de jubilación a 58 años -y todavía más para los denominados "grupos vulnerables"- invirtiendo la tendencia global a aumentar la vida laboral.
Hasta ahora la edad de jubilación era 65 años para los trabajadores bolivianos y 60 años para las trabajadoras.
A partir de ahora, sin embargo, ellas se podrán retirar a los 55 años, a condición de que sean madres de tres hijos.
Por su parte, los mineros que hayan trabajado bajo tierra -unos 70.000, según los últimos cálculos- podrán retirarse a los 51 años de edad.
La nueva ley también nacionaliza los fondos de pensiones que hasta ahora eran controlados por dos entidades financieras, el banco español BBVA y el grupo suizo Zúrich Financial.
Además extiende el beneficio de la jubilación al 60% de los bolivianos que se estima que trabajan en la economía sumergida, unos tres millones de personas.
"Elaborada por los ciudadanos"
Hasta ahora la edad de jubilación era 65 años para los trabajadores bolivianos y 60 años para las trabajadoras. Ellas se podrán retirar en adelante a los 55 años, a condición de que sean madres de tres hijos. Los mineros que hayan trabajado bajo tierra, unos 70.000, podrán retirarse a los 51 años.
Morales destacó en un acto en la sede de la Central Obrera Boliviana (COB), el mayor sindicato del país que el contenido de la norma fue elaborado por los trabajadores por primera vez en la historia del país:
"Es una prueba de que Bolivia vive una nueva era de fortalecimiento democrático en la que los ciudadanos son protagonistas de las decisiones", dijo el mandatario, cuyo gobierno pactó la ley con la COB.
"Estamos cumpliendo con el pueblo boliviano. Estamos creando un sistema de pensiones que incluye a todos", afirmó y se refirió a la época en que Bolivia "seguía los dictados de organismos internacionales para elaborar sus leyes", en alusión indirecta a la ley de pensiones anterior, elaborada durante la presidencia de Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997).
Aquella ley privatizó los fondos de pensiones después de que el sistema estatal entrara en bancarrota.
Los críticos, en particular los líderes empresariales, dicen que Bolivia tendrá dificultades para financiar el sistema a largo plazo.
El gobierno aún no ha explicado al detalle cómo financiará el nuevo sistema, pero Morales ha insistido en ocasiones en que usará la riqueza del gas natural boliviano para ayudar a los desfavorecidos.
Esperanza de vida
Los mineros que hayan trabajado bajo tierra, unos 70.000, podrán retirarse a los 51 años.
Recientemente, otros países, sobre todo en Europa, retrasaron la edad de jubilación con el objetivo de hacer frente a unas sociedades más envejecidas como resultado del incremento de la expectativa de vida.
La Unión Europea (UE) se enfrenta a una "bomba demográfica", según el especialista en temas económicos de BBC Mundo, Marcelo Justo, que agrega que se ha agravado con la difícil situación que atraviesan algunos de ellos.
Francia elevó en noviembre la edad mínima para retirarse de 60 a 62 años, lo que generó numerosas protestas sociales. Reino Unido y España también tienen planes similares y la Comisión Europea propuso que los 27 países de la UE la retrasen hasta los 70 años.
Otras regiones han hecho modificaciones similares. Incluso Cuba la incrementó en 2009 de 60 a 65 años para los hombres y de 55 a 60 para las mujeres.
Pero el gobierno de La Paz aduce que el de Bolivia es un caso especial, ya que la mayoría de los bolivianos desempeñan duros trabajos manuales difíciles de sobrellevar a una edad avanzada.
La expectativa de vida en Bolivia es de 63 años para los hombres y 68 para las mujeres, según datos de la ONU, que sitúa la esperanza de vida global en 68 años para ambos sexos, una media que asciende a 73 años en Latinoamérica y a 80 años en Europa occidental.
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E por falar nisso: Europa propone jubilación a los 70
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Debate que se seguiu a este post (em 15.12.2010):
5 comentários:
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- O governo do caudilho bolivariano Evo Morales lembra o vício em drogas. Primeiro a euforia, depois a depressão e por fim o tratamento de choque.
- Segunda-feira, Dezembro 13, 2010 10:42:00 PM
-
- Acredito que a idade de aposentadoria deva refletir as necessidades econômicas e características demográficas de cada país. Sendo assim, o que parece estranho nessa história da Bolívia não é a redução da idade de aposentadoria, mas a desproporção entre esta e a expectativa de vida no país. O Brasil tem expectativa de vida (masculina) de 68,8 anos, enquanto a Bolívia, 63,4. Como podem ambos sustentarem a mesma idade de 65 anos para aposentadoria? O boliviano só tem direito a aposentar-se depois de morrer?
- Terça-feira, Dezembro 14, 2010 12:19:00 PM
- Paulo R. de Almeida disse...
- Eduardo, Voce se referiu a duas coisas absolutamente contraditorias. As necessidades econômicas sempre vão estar em oposição às características demográficas, em qualquer país. Você pode contentar os bolivianos, ou até os brasileiros, mas estadá distante das realidades e da matemática. Para alcançar o que você quer, a taxa de crescimento da produtividade do trabalho humano, nesses países, teria de avançar a um ritmo fantástico. Acho sinceramente que não vai dar certo. Em todo caso, eu dei três anos para a Bolívia entrar em crise fiscal (não apenas por isso, claro, mas por todas as outras políticas do governo). Vamos fazer uma aposta, valendo dois livros: eu ganho se minha "profecia" se revelar correta. Topa? Paulo Roberto de Almeida
- Terça-feira, Dezembro 14, 2010 9:57:00 PM
-
- Dr. Paulo, confesso não ter entendido em que sentido "necessidades econômicas sempre vão estar em oposição a características demográficas". Meu ponto era salientar que aquela idade de aposentadoria boliviana, a priori, não condizia com as reais necessidades do mercado de trabalho. De que adianta fixar a aposentadoria para 65 se não se vive até essa idade? Quer dizer, na média, não se perde força de trabalho por aposentadoria. Sobre a questão da dívida, acho que não haverá aposta. Também acredito na possibilidade de comprometimento fiscal de alguns países da Am. do Sul.
- Quarta-feira, Dezembro 15, 2010 1:10:00 PM
- Paulo R. de Almeida disse...
Eduardo,
Sei que voce raciocina com base em critérios de utilidade, ou seja, de maximização do bem-estar dos cidadãos.
Acontece que países com esperança de vida mais baixa são também, e necessariamente, os países de menor produtividade do trabalho humano, e portanto de menor renda, menores disponibilidades fiscais e menor capacidade orçamentária para sustentar uma larga população aposentada.
Ou seja, o que a Bolivia está fazendo é um crime contra os mais jovens, contra o país, contra o desenvolvimento nacional, contra a acumulação de riqueza e a melhoria dos padrões de vida.
O governo vai comprometer uma fração maior das receitas públicas com o pagamento de aposentados aos 55 e 58 (que de outra forma estariam trabalhando para sobreviver) e com isso vai inviabilizar a melhoria, justamente, dos setores de saúde, educação, saneamento, ou seja, tudo aquilo que poderia melhorar os padrões de vida e a prosperidade do país em médio e longo prazo.
O governo está assassinando o futuro.
Espero que agora você compreenda o meu raciocínio econômico...
Paulo Roberto de Almeida
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Problemas da Previdência Pública: um inusitado
Homem que mudou de sexo aos 58 ganha direito a aposentadoria em idade mínima para mulheres
Notícia perigosa: tem gente que para se aposentar mais cedo é capaz de fazer qualquer coisa, até de extirpar uma parte do corpo...
terça-feira, 29 de junho de 2010
Tucanos defendem juizes (e outros privilegiados que vao pegar carona na mordomia)
Veja lá, caro (e infeliz pagador) leitor, o que pretendem fazer com o seu, com o meu, com o nosso dinheiro.
Esses senadores são cúmplices de assalto à mão armada. Deveriam ir presos, com os meliantes que estão intentando o assalto (e se dependesse de mim, não haveria soltura antecipada, qualquer que fosse o motivo).
Paulo Roberto de Almeida
PEC ressuscita aposentadoria integral
Edna Simão
O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010
Proposta que beneficia juizes, defensores e procuradores já tem emenda que também estende o privilégio aos delegados das polícias
BRASÍLIA - Um artifício patrocinado por dois senadores tucanos pode ressuscitar a aposentadoria integral para juízes, procuradores e defensores públicos, sepultando uma das principais conquistas da reforma da Previdência (emenda 41) aprovada em dezembro de 2003. A nova bomba fiscal está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
A medida, que ajuda a aumentar o rombo nas contas da Previdência, é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º 46, de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Com apoio do relator - outro senador tucano, Marconi Perillo (GO) - a PEC 46 diz que os juízes, como manda a Constituição (artigo 95, inciso 3º), não podem ter os "subsídios e proventos" reduzidos. Azeredo elaborou a PEC equiparando salário da ativa com benefício da aposentadoria.
Essa interpretação foi considerada um artifício por alguns parlamentares e especialistas. "O dispositivo constitucional citado (artigo 95) não fala em proventos, garantindo apenas a irredutibilidade do subsídio, que é o vencimento (salário) do magistrado no exercício da função", lembrou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) em voto separado apresentado à CCJ no último dia 2 de junho.
Quando começou a tramitar, em dezembro de 2008, a PEC 46 falava em repor a aposentadoria integral dos magistrados. Emendada pela quarta vez, a proposta já incluiu nos beneficiados da aposentadoria integral os membros do Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia Pública da União.
A última emenda, de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP), apresentada no início deste mês, também devolve a aposentadoria integral para os delegados de todas as policias.
A partir de 2004, com a promulgação da Emenda 41, os brasileiros que entraram no serviço público deixaram de ter direito de se aposentar com salário integral - havia casos em que o benefício da aposentadoria era maior do que o último vencimento recebido. O valor do benefício passou a ser calculado com base na remuneração média de 80% das maiores contribuições.
Para evitar uma onda de ações judiciais foi estabelecida uma regra de transição para os que ingressaram no serviço público antes de 15 de dezembro de 1998, garantindo a integralidade e proporcionalidade para os servidores efetivos em 31 de dezembro de 2003.
Antes da reforma de 2003, o texto constitucional dizia que os servidores públicos podiam receber a totalidade da remuneração percebida no cargo efetivo desempenhado no momento da aposentadoria. A emenda 41 criou o chamado "regime proporcional de aposentadoria", mandou os servidores contribuírem para o regime próprio com base na remuneração total e criou o cálculo de aposentadoria por uma média de contribuições