O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Bolivia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bolivia. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pequenas e grandes tragedias nacionais (e diplomaticas)

Interessante relato sobre as agruras dos acreanos, em meio a inundações e secas. A força das águas é talvez superior à vontade dos homens de corrigir esses problemas.
Interessante que ele se refere ao presidente Morales e sua famosa frase sobre a compra do Acre pelos brasileiros -- que teria sido o preço de um cavalo, exatamente (a ver nos anúncios de venda de cavalos da época, o preço de um bem proporcionado) -- mas não fala da ajuda que o governo brasileiro está dando aos bolivianos atingidos pelas inundações, e da não ajuda que o governo federal dá aos acreanos...
Paulo Roberto de Almeida

O dilúvio e a seca

Se São Paulo, a maior cidade do Brasil, tivesse sido fundada às margens do rio Acre e não do Tietê/Pinheiros, neste momento pelo menos quatro milhões dos seus 11 milhões de habitantes estariam fora das suas casas ou tendo que conviver com a água dentro delas. Seria uma tragédia de dimensão internacional.
Rio Branco está vivendo quase em silêncio — e com pouco interesse nacional ou mesmo regional — essa situação. As águas do rio Acre quase se nivelaram ao recorde da cheia de 1997. A diferença é insignificante: um centímetro.
Com um agravante inédito: em agosto do ano passado o rio sofreu a sua seca mais crítica. A lâmina d'água era de 1,57 metros, bem abaixo da menor marca até então, a da grande seca amazônica de 2005, quando o nível ainda foi a 1,64 metros.
De agosto de 2011 até dois dias atrás o crescimento do rio Acre foi de mais de 10 vezes: chegou a 17,65 metros. Subiu, portanto, 16 metros (o equivalente a um prédio de cinco andares), espraiando-se por grande parte do perímetro urbano e causando todo tipo de prejuízo.
Quase 15% da cidade ficaram às escuras, o que significaria deixar mais de um milhão e meio de paulistanos sem luz por dias seguidos para evitar acidentes com fios eletrificados, que costumam matar os desatentos.
Os efeitos são ainda mais sentidos porque a capital abriga quase metade dos 750 mil habitantes do Acre e a maior parcela da riqueza do Estado, dois terços dela baseadas em serviços.
Mas o Acre está muito longe do foco da opinião pública brasileira para que a gravidade da cheia possa sensibilizar e mobilizar a solidariedade nacional — menos ainda, a oficial.
Se os brasileiros não sabem o que acontece do outro lado do país, os que lá estão nem sempre costumam estar próximos para a ajuda. Os recursos designados pelo governo local equiparam-se ao que foi gasto no carnaval, quando, literalmente, as águas rolaram.
O Acre responde por 0,2% do PIB brasileiro. E só é brasileiro há pouco mais de um século. Em 1904 o barão do Rio Branco, patrono da diplomacia verde-amarela, comprou os 252 mil quilômetros quadrados que pertenciam à Bolívia para encerrar a guerra liderada pelo gaúcho Plácido de Castro pela emancipação desse território, que já era brasileiro de fato.
O Acre é tão longínquo que o presidente Evo Morales se concedeu o direito de ironizar a pacificação da zona conflagrada feita pelo barão, o primeiro dos grandes e ainda o maior diplomata do Brasil. Disse que compramos o Acre pelo preço de um cavalo, ou menos.
O governo brasileiro não contestou o humor negro do presidente Morales, que violentou todas as versões do fato histórico. Parece que os falsos estadistas de hoje consideram que ficar o Acre não foi um bom negócio;
Não foi pouca terra como pode parecer a que compramos. O Acre se tornou o 16º maior Estado brasileiro, com 11 unidades federativas abaixo de sua grandeza física, o Distrito Federal no meio.
Mas sua população é menos de 0,4% da soma dos brasileiros e sua riqueza, a metade desse valor. Ou seja: do físico ao econômico, passando pelo social, o Acre cai na hierarquia de valores. Quase sai da lista.
Torna-se um produto exótico quando se constata que são muitos os que conhecem Chico Mendes e Marina Silva, sem atentar, contudo, para o contexto que lhes deu origem. Sabem deles sem entendê-los.
É a marca da relação da metrópole com a colônia, do centro com a periferia. O que conta é o polo dominante. O resto é derivativo. That's all folk, como apregoa a abertura das fitas de desenho animado do Pica-Pau.
Ir — em menos de um ano — de um extremo de estiagem a outro extremo de inundação dá uma medida do que é a Amazônia, região configurada pela maior bacia hidrográfica do planeta. O elemento definidor dessa paisagem é a água. Não "a água" genericamente falando, como cenário decorativo. É a água enquanto protagonista. É assim há milênios. Mas pode deixar de ser assim.
Não que a transformação seja súbita ou possa ser prontamente diagnosticada com o surgimento de acontecimentos excepcionais, como sendo hecatombes e dilúvios.
Para minimizar a cheia acreana atual alguém lembrou que as tropas de Plácido de Castro atravessaram o rio Acre a cavalo, em algum ponto onde agora está Rio Branco (o rio Branco, aliás, fica no outro extremo da Amazônia, em Roraima, banhando Boa Vista, a confundir ainda mais os estudantes de geografia e história).
É verdade: outras cheias ou secas monumentais já existiram antes. O que parece novo é a frequência com que elas estão se repetindo, amiudando-se. Pode não ser uma catástrofe inevitável, mas certamente será uma catástrofe se os sinais de alerta forem ignorados.
A maioria das cidades surgiu à beira de um rio. Mas na Amazônia a dimensão da hidrografia requer atenção especial. Qualquer mudança mais significativa deve ser considerada e bem estudada para que o homem se adapte da melhor maneira à natureza.
Não tem sido esta a regra de procedimento. Muito pelo contrário: o homem segue seu caminho, na busca de novas fontes de riqueza, e vai mudando o que encontra pelo caminho. Acaba com as indispensáveis matas ciliares (que serão podadas ainda mais pelo pretendido novo Código anti-Florestal), dá fim à proteção vegetal das encostas, troca a densa mata nativa por precária pastagem — e assim segue a cornucópia da destruição.
Na Amazônia (e na Terra em geral) há o efeito bumerangue. Se lança-se a agressão, ela retornará contra quem a lançou. Os desmatamentos indiscriminados terão eco. É só acompanhar seu rastro.
As cheias começaram neste ano mais cedo. Não apenas no Acre: em toda a Amazônia. Um observador superficial pode contrapor outro fato a esse: também o refluxo começou mais cedo, já que o rio Acre apresentou ligeira baixa nos últimos dois dias.
Esse movimento, porém, pode ser ilusório. Ele antecede um novo movimento de enchimento. Por isso os moradores das áreas atingidas pela subida e descida das águas, que tem ciclo semestral no interior da região, ficam atentos e apreensivos. É muito cedo para comemorar.
Na Amazônia de vastas distâncias e grandezas continentais, a natureza ainda é a personagem principal. Mesmo que seja para desfazer, em muito menos tempo, o que fez durante largos períodos, quando o homem não era a hipótese em que se tornou. Improvável, aliás.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A ONU precisa mascar coca (pelo menos um pouco...)


Monday, 02 January 2012 09:01

Bolivia Officially Withdrawn from UN Drug Convention

Written by  Elyssa Pachico
    Bolivia Officially Withdrawn from UN Drug Convention
    Starting January 1, Bolivia will no longer answer to a major United Nations (UN) drug treaty. The withdrawal is a protest against the UN's classification of the coca leaf as an illegal substance, but it is unlikely to prompt a major revision of the treaty.
    It is the first country to abandon the UN narcotics treaty in 50 years, reports the BBC. The Convention mandates that signatory countries cooperate in tracing and seizing drugs, as well as extraditing traffickers. 
    Nearly simultaneously, Bolivia asked the UN to be re-admitted to the Convention if the UN removes the statute which classifies the coca leaf as illegal. Used as the raw material to make cocaine, the coca leaf is widely used for traditional and medicinal purposes in the Andes.
    InSight Analysis
    According to EFE, the 190 countries who are party to the Convention have a year to consider passing Bolivia's request. It may only be passed with a two-thirds majority, meaning the treaty is unlikely to be modified and Bolivia may not opt back in. 
    Defenders of Bolivia's decision have said the move does not represent a rejection of Bolivia's responsibility to fight drug trafficking. Organisms like the UN and the U.S. State Department have said the country is not doing enough to control the illicit coca trade.
    Despite these criticisms, it is unlikely that Bolivia's withdrawal from the Convention will affect the scale of drug trafficking inside the country. The most important effect is the symbolic rejection of the UN's classification of legal versus illegal substances. 

    sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

    Ruidos de botas na America do Sul: Bolivia demanda a Chile


    Morales afirma que tratado con Chile fue “injusto e impuesto por la fuerza”

    20111222_634601826696689585w
    Efe
    Cuzco, 22 de diciembre de 2011
    Las claves
    • Perú y Bolivia no tienen ningún problema (...) El problema que tenemos es con Chile", enfatizó Morales.
    • Ollanta Humala señaló que Perú apoya la aspiración boliviana de lograr una salida al Pacífico.
    El presidente boliviano, Evo Morales, calificó de “injusto e impuesto por la fuerza” el tratado firmado con Chile en 1904, que fijó los límites entre ambos países luego de que Bolivia perdiera la salida al mar al ser derrotado en una guerra de finales del siglo XIX.
    “El tratado de 1904 es injusto y fue impuesto por la fuerza”, declaró Morales en una rueda de prensa que ofreció en la ciudad peruana del Cuzco junto al gobernante de Perú, Ollanta Humala.
    El mandatario boliviano añadió que “las autoridades del pueblo chileno hicieron daños históricos” a su país.
    El tratado de 1904 puso fin a la Guerra del Pacífico (1879-1884) y cedió a la soberanía chilena una franja del territorio de Bolivia que comunicaba con el Océano Pacífico.
    El 15 de diciembre pasado, Morales anunció que planea viajar en febrero próximo a la Corte Internacional de Justicia de La Haya para buscar información que sustente su intención de demandar a Chile para alcanzar una salida soberana al océano Pacífico.
    El gobernante también aseguró hoy que el proceso por límites marítimos que Perú le entabló a Chile en 2008 ante la Corte de La Haya no afectará las aspiraciones bolivianas.
    “Perú y Bolivia no tienen ningún problema (…) El problema que tenemos es con Chile”, enfatizó.
    Morales agradeció el apoyo que, según dijo, han dado Perú y otros países de la región a su demanda de una soberanía marítima y consideró que éste “no es solo un tema bilateral, es un tema regional”.
    Antes de que Morales declarara sobre las relaciones de su país con Chile, Ollanta Humala señaló que Perú apoya la aspiración boliviana de lograr una salida al Pacífico.
    “Hemos hablado también de nuestra posición de apoyo a la demanda legítima del pueblo hermano de Bolivia a su salida al mar”, manifestó Humala al referirse a los temas tratados durante su encuentro en el Cuzco.
    El gobernante añadió que conversaron, además, sobre la necesidad de impulsar la aprobación en el Congreso peruano del protocolo que permitirá que Bolivia use una zona del puerto peruano de Ilo como muelle, zona de comercio e instalación de un anexo de su escuela naval.
    “Hemos hablado también sobre el acuerdo de Ilo, que tenemos que impulsar en el Congreso para su ratificación”, acotó Humala.
    Morales llegó al Cuzco con sus hijos para pasar las fiestas de Navidad y visitar lugares turísticos de la antigua capital del imperio de los Incas. EFE

    terça-feira, 8 de novembro de 2011

    Antiamericanismo primario: nao existe nada mais fora de moda

    O antiamericano simplório é uma velha doença latino-americana, ainda bem presente em certos retardados mentais de algumas esquerdas anacrônicas e alienadas, assim como entre pretensos intelectuais "anti-imperialistas" (e existem muitos em nossas universidades). 
    Essa doença continua a acometer certos espíritos ainda mais simplórios que pululam por aqui e acolá.
    Comentário do amigo que me enviou esta matéria: "O reatamento das relações diplomáticas permitirá que o Presidente Evo Morales possa, em futuro próximo, expulsar de novo  o Embaixador dos EUA."
    Durma-se (ou não) com um barulho desses...
    Paulo Roberto de Almeida 


    Bolivia y EEUU normalizan relaciones, intercambiarán embajadores


    Reuters,  lunes 7 de noviembre de 2011 22:43 GYT
    LA PAZ (Reuters) - Bolivia y Estados Unidos dijeron el lunes que pusieron fin a largas controversias diplomáticas con la firma de un "acuerdo marco" que posibilitará, después de más de tres años, un "pronto" intercambio de embajadores.
    El presidente izquierdista boliviano, Evo Morales, expulsó en 2008 al embajador y a los agentes antidrogas de Estados Unidos, acusándolos de apoyar supuestas acciones conspirativas de la oposición conservadora, tras lo cual Washington echó al representante del empobrecido país sudamericano.
    El acuerdo firmado el lunes en la capital estadounidense augura "el pronto retorno de embajadores a Washington y La Paz", en una señal de acercamiento entre la potencia mundial y el país considerado el tercer productor mundial de coca y cocaína, tras Colombia y Perú.
    Apunta también a "una relación de colaboración más productiva para el beneficio de nuestro dos pueblos", agregó una declaración binacional divulgada por la cancillería boliviana, que no mencionó posibles fechas de un intercambio de embajadores.
    El documento fue firmado por la subsecretaria de Estado para la Democracia y Asuntos Mundiales de Estados Unidos, María Otero, y el vicecanciller boliviano, Juan Carlos Alurralde.
    "Los objetivos del acuerdo incluyen fortalecer y profundizar las relaciones bilaterales, con respeto por los estados soberanos y su integridad territorial; (...) apoyar acciones eficaces de cooperación contra la producción y el tráfico ilícito de estupefacientes, basadas en la responsabilidad compartida", señaló la declaración.
    Ambos países acordaron también "fortalecer las relaciones comerciales", añadió la declaración, sin precisar si esto implicaría la negociación de un tratado de libre comercio, algo rechazado varias veces por el presidente Morales, un estrecho aliado de los gobiernos izquierdistas de Cuba y Venezuela.
    Bolivia y Estados Unidos negociaron el acuerdo marco desde principios de 2010, con altibajos provocados por variadas acusaciones entre ambos gobiernos y un reciente roce en torno a una marcha indígena, que Morales dijo fue apoyada por funcionarios de la embajada norteamericana.

    terça-feira, 27 de setembro de 2011

    Narcotrafico na Bolivia: crescimento sustentado...


     La sentencia más incómoda para Evo Morales
    Redacción
    BBC Mundo, 24/09/2011

    El gobierno de Bolivia trató de descalificar la sentencia en las semanas previas.
    La sentencia a 14 años de cárcel en Estados Unidos al exzar antidrogas de Bolivia por narcotráfico, aunque esperada, se produce en un momento delicado para el presidente Evo Morales que desde hace casi un mes y medio se ha enfrentado a protestas ambientalistas.
    La prensa boliviana ha seguido de cerca en los últimos meses el caso de René Sanabria, que fue detenido en febrero en Panamá y que declaró su culpabilidad ante el tribunal de Miami que lo ha condenado.
    Sanabria era considerado un hombre de confianza de Morales y su caso ha dañado en el ámbito internacional la credibilidad de la política antidrogas de Morales.
    El efecto en Bolivia ha tratado de ser contenido en las últimas semanas por el gobierno, que calificó la condena de politizada, al provenir de EE.UU., país con el que rompió la colaboración antidrogas en 2008.
    Morales advirtió que Sanabria podría estar negociando con las autoridades de EE.UU. "dañar su imagen, para que su pena sea más corta".
    Tras conocer la sentencia, el viceministro de Régimen Interior dijo que el gobierno estaba satisfecho porque durante su última intervención en el banquillo no acusó a terceras personas.

    Las marchas en Bolivia han resurgido en el último mes.
    "La captura de Sanabria fue un golpe para Morales pero sus mayores efectos se produjeron al conocerse la noticia", valora Jaime Cordero, analista de la actualidad boliviana, en conversación con BBC Mundo.
    "La sentencia es simplemente la ratificación de que la política antinarcóticos de Morales es de tolerancia", afirma Cordero, politólogo de la Universidad Católica.
    El fallo llega, no obstante, en un momento de creciente conflictividad. "El gobierno se enfrenta de nuevo a una espiral de conflictos y su apoyo ha caído en las encuestas por debajo del 40%".
    Tras el "gasolinazo" de enero, una fuerte subida de los precios de la gasolina, las protestas habían dado una tregua al gobierno, pero éstas han resurgido contra su intención de construir una autopista de 300 kilómetros en el Amazonas.
    El conflicto con las etnias de la Amazonia está deteriorando la imagen de indigenista y ecologista que cultiva Morales.
    A pesar de su problema de popularidad, agrega Cordero, en la oposición no ha surgido aún ningún rival que pueda competir contra Morales, quien en 2009 renovó su mandato presidencial por cinco años más.

    "La política antidrogas de Bolivia no solo genera tensión con Estados Unidos, sino también cada vez más con varios países vecinos y de la Unión Europea"
     Brceu Bagley, experto en política antidrogas

    Protestas internacionales
    Las repercusiones de la condena a Sanabria para Bolivia son profundas, no solo en Estados Unidos, según Bruce Bagley, experto en narcotráfico en la Universidad de Miami, sino también en otros países.
    "La política antidrogas de Bolivia no solo genera tensión con Estados Unidos, sino también cada vez más con varios países vecinos y de la Unión Europea", según Bagley.
    Bagley sostiene que el malestar en países como Perú, Brasil y Argentina ha crecido porque observan que ha crecido el tráfico de drogas con origen en Bolivia.
    "Se han callado porque hay intereses en juego", observa. "Por ejemplo Brasil, que tiene acuerdos gasísticos con Bolivia, ha reforzado su frontera sur con 7.000 soldados"
    "Los países europeos, otro mercado de destino de la cocaína, también han espresado en reuniones internacionales su preocupación creciente contra Bolivia".
    El gobierno de Evo Morales tomó en los últimos años varias medidas contra el narcotráfico que causaron protestas internacionales.
    En 2008, expulsó a la agencia antidroga estadounidense, la DEA, tras acusar a sus agentes de conspirar contra el gobierno.
    Y su gobierno, que cuenta con el respaldo de los productores de hoja de coca, amplió la superficie permitida para la siembra de esta planta, que es la sustancia con la que se fabrica la cocaína.
    Estados Unidos incluye a Bolivia en su lista negra de los tres países que han roto ostensiblemente sus obligaciones internacionales en materia de tráfico de drogas.
    Washington considera que la expulsión de sus 30 agentes ha dejado al narcotráfico fuera de control.

    sábado, 24 de setembro de 2011

    Uma terceira Guerra do Pacífico?; juridica desta vez, pelo menos da parte da Bolivia...

    Chile and Bolivia have heated argument over ocean access in UN

    Digital Journal, Sep 22, 2011 by Igor I. Solar
    The presidents of Chile and Bolivia discussed conflicting maritime issues dating back to 1879 in their respective speeches at the 66th General Assembly of the United Nations.
    United Nations General Assembly hall in New York City.
    Patrick Gruban
    United Nations General Assembly hall in New York City.
    Evo Morales, President of land-locked Bolivia said his government has decided to take the dispute to international courts, although this does not mean excluding direct bilateral dialogue to find a solution to the dispute that dates back to 1879.
    "Bolivia has a historical claim with Chile for a sovereign return to the sea, so we have decided to go to international courts to demand a useful and sovereign access to the Pacific Ocean"
    said Morales in his speech at the international forum, according to Bolivian newspaper La Razón (In Spanish).
    Evo Morales President of Bolivia.
    Jaume d'Urgell
    Evo Morales President of Bolivia.
    At the end of his speech the Bolivian President questioned the border treaty of 1904 with Chile and announced his decision to bring Bolivia’s claim against Chile to the Court in The Hague.
    "Bolivia comes under the principle of reason to ask for justice to the international court because its confinement is the result of an unjust war, an invasion,"
    he said in reference to the War of the Pacific of 1879-1883.
    "I urge the United Nations, the international organizations and especially the countries of the region, to join our claim for a sovereign return to the Pacific Ocean,"
    he added.
    For his part, President of Chile Sebastián Piñera, responded to Evo Morales’ challenges to the Treaty of 1904.
    Official portrait of Sebastian Piñera  President of Chile.
    Government of Chile
    Official portrait of Sebastian Piñera, President of Chile.
    "Referring to what the President of Bolivia said yesterday, raising his country's claim to achieve a sovereign access to the Pacific Ocean through Chilean territory, I reiterate that there are not unresolved territorial issues between Chile and Bolivia”
    said Piñera, reports Chilean newspaper La Tercera (in Spanish).
    "All issues were definitely settled by the treaty of peace and friendship of 1904. The treaty was duly negotiated more than 20 years after the end of the conflict between our two countries. The Treaty is based on International Law which both Chile and Bolivia must respect and comply."
    said the Chilean President.
    Piñera also reiterated that
    "Chile has always been willing to a dialogue with Bolivia on the basis of full respect for international law and the existing treaties, and has the strongest disposition to ensure that practical solutions are feasible and useful for both countries".
    The controversy stems from the outcome of the War of the Pacific between Chile and the Peru-Bolivia Confederation. The cost of the conflict in human life was high. It is estimated that between 14,000 and 23,000 soldiers and civilians were killed during the war.
    The war officially ended on October 20, 1883 with the signing of the Treaty of Ancon, in which the Peruvian Department of Tarapaca became permanently Chilean territory and the provinces of Tacna and Arica were placed under Chilean administration for a period of 10 years, after which a plebiscite would decide if they would remain part of Chile, or if they would be returned to Peru.
    The peace between Chile and Bolivia was signed in 1904. However, the peace treaty between the two nations, by which Bolivia recognized the permanent Chilean sovereignty over the disputed territory, has produced ongoing diplomatic tensions between both countries during the 20th and early 21th centuries, because Bolivia lost all sovereign access to the Pacific Ocean.


    Read more: http://www.digitaljournal.com/print/article/311849#ixzz1Yu9Uu5yE

    segunda-feira, 11 de julho de 2011

    Wikileaks Brasil-Bolivia: cultivando ingenuidades

    WIKILEAKS:
    Diplomacia brasileira não contava com renúncia de Carlos Mesa
    Apublica, 10/7/2011 11:58

    Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência para assuntos internacionais, disse a americanos não ver ligações entre Chávez e Evo Morales
    Por Marcus V F Lacerda, especial para a Pública
    Dois telegramas confidenciais da embaixada americana em Brasília de janeiro de 2005 tratam sobre as tensões na Bolívia na época da renúncia do ex-presidente Carlos Mesa.
    O país vizinho passava por uma efervescência política com a subida do Movimento al Socialismo, grupo político liderado por Evo Morales.
    Chávez: Evo é “louco”
    “Garcia observou que ele não acredita que haja uma conexão particularmente forte entre Morales e Chávez, dizendo que Chávez já disse a Garcia no passado recente que “Evo é louco” por sua insistência na alta taxação sobre operações de hidrocarbonetos”, relata uma mensagem de 26 de janeiro.
    Outro assessor da presidência procurado pelos americanos sobre o assunto foi Marcel Biato.
    Biato, que é marcado em outra mensagem como “estritamente protegido”, disse ao conselheiro político da embaixada americana ter conversado com o então representante brasileiro na Bolívia, embaixador Mena Gonçalves, que havia se encontrado com outros embaixadores em La Paz. Biato diz aos americanos que, segundo estas conversas, havia um consenso que Carlos Mesa não iria levar a cabo suas ameaças de renúncia.
    No telegrama, Biato ainda confirma que Lula tentava persuadir o líder da oposição boliviana, Evo Morales. Lula estaria pedindo paciência e adesão de Morales ao processo constitucional em vista de adquirir legitimidade política.
    Sobre a ligação entre Chávez e Morales, Marcel Biato foi mais arredio que seu superior, Marco Aurélio Garcia. “Biato negou-se a discutir a questão a fundo, dizendo apenas que o governo brasileiro acredita que Chávez é, no fundo, democrata o bastante para não provocar instabilidade na frágil Bolívia”, relata o telegrama.

    sábado, 9 de julho de 2011

    Wikileaks Brasil-Bolivia: cultivando amizades (e outras coisas tambem)

    There is no need to add any comment...

    09LAPAZ1233
    admin
    222441 8/26/2009 21:06 09LAPAZ1233 Embassy La Paz CONFIDENTIAL

    C O N F I D E N T I A L LA PAZ 001233
    SIPDIS

    E.O. 12958: DECL: 08/24/2019
    TAGS: PREL, PHUM, PGOV, ETRD, ENRG, PINR, BR, BL

    SUBJECT: BOLIVIA: BRAZIL’S LULA BACKS MORALES FOR RE-ELECTION
    Classified By: Charge d’Affaires John Creamer, reasons 1.4 b,d

    1. (C) Summary: At an open-air event August 22 in one of Bolivia’s principal coca-growing regions, Brazilian President Lula da Silva delivered a public endorsement of Bolivian President Evo Morales, reflecting Brazil’s conclusion that Morales’ re-election is all but inevitable. Lula and Morales signed several bilateral agreements, including over 300 million dollars in Brazilian financing for Bolivian road construction, and began discussions to revise their gas contract to reflect lower Brazilian demand. Lula offered to eliminate tariffs on up to 21 million dollars of Bolivian textile exports, a move hailed by both sides as compensation for export losses stemming from removal of U.S. ATPDEA trade preferences. Lula and Morales discussed counter-narcotics cooperation, including the pending transfer of Bell-UH helicopters to Bolivia, and the upcoming Unasur summit review of the U.S.-Colombian defense agreement (with Morales more worked up about the issue than ever, despite Lula’s emphasis on dialogue). The Brazilian president queried Morales privately about his relations with the U.S., which prompted a lengthy anti-American diatribe. End summary.

    2. (C) Presidents Lula and Morales met August 22 amid a festive atmosphere in Bolivia’s Chapare region, a major coca-growing center and Morales’ home base. With at least 10,000 cocaleros and other Morales supporters in attendance, the two presidents took turns lavishing praise on each other; Morales hailed Lula as a fellow man of the people, while Lula compared Morales to Nelson Mandela. At the stadium event, which resembled a campaign rally as much as a summit meeting, the Brazilian president declared that Morales had begun a new era, confronting the anger of the “powerful,” but also counseled his counterpart to govern on behalf of all Bolivians and to favor dialogue.

    3. (C) Those gathered at the event witnessed the signing of four bilateral agreements, among them one establishing over 300 million dollars in Brazilian financing for a 300 km highway extending north from the meeting site (which will be constructed by the Brazilian firm OAS). The other agreements concerned enhanced cooperation in humanitarian assistance/disaster relief, professional education, and scientific research aimed at developing lithium reserves in Bolivia’s Uyuni salt plain (with an explicit provision that industrial development will be “100 percent Bolivian”).

    4. (C) The Bolivians highlighted their interest in amending their current gas contract with Brazil, hoping to revise the minimum purchase quantities (currently at 24 million cubic meters per day) given reduced Brazilian demand. According to the Bolivian state gas entity YPFB and the Brazilian embassy here. Bolivia prefers an arrangement that better reflects Brazil’s actual requirements, which would free up gas for domestic needs and possible additional sales to Argentina. Presidents Lula and Morales reached no conclusions on gas (the Brazilians did not include their energy representatives in the August 22 meetings), but agreed to hold another bilateral summit in the next two-to-three weeks in Brazil, dedicated entirely to the energy issue.

    5. (C) President Lula announced that Brazil will eliminate tariffs on up to 21 million dollars of Bolivian textile exports, which both he and Morales characterized as making up for the losses suffered by withdrawal of ATPDEA (Morales welcomed the offer as an “ATPDEA without conditions”). Although Lula claimed that the amount was exactly what was lost in U.S. trade, textile trade associations here quickly noted that their exports under ATPDEA were several times greater than that (65 million dollars was the most commonly-cited estimate, which tracks roughly with our figures), and that there’s no Brazilian market for heavy wool alpaca textiles. Nevertheless, the offer made big headlines here, allowing both presidents to draw a contrast between the treatment Bolivia receives from us and the “unconditional” friendship Bolivia enjoys with fellow South American states such as Brazil. 6. (C) We spoke with Brazilian embassy officials here in advance of the visit to encourage some helpful signal of caution from President Lula to Morales regarding the Bolivian’s approach to the United States. These officials said that Brazil sees an improved relationship between Bolivia and the U.S. as in its own interest, and pledged to do what they could to encourage more constructive Bolivian behavior. Still, they noted that Brazil wants to maintain stability on its borders, and has concluded that Morales is here to stay. They said Brazil wants to provide Morales with alternatives to the radical advice he is receiving from Venezuela and Cuba, but clarified that Brazil does not see itself in “direct competition” with Venezuela. The Brazilians added that while they engage the Bolivians on democracy issues, they do not consider Bolivia’s human rights or democracy record to be outside hemispheric norms.

    7. (C) Brazilian embassy Minister Counselor Julio Bitelli confirmed for us that President Lula did raise with Morales the issue of Bolivian-U.S. relations (in the 40-minute car ride on the way to the public event), but that this prompted the “usual” extended rant against alleged U.S. crimes. Morales recalled his own personal victimization at the hands of DEA agents, railed against American hegemony in Latin America and appeared unreceptive to hearing any counsel, according to Bitelli. Morales expanded on these now-familiar themes in his public remarks. The Colombian defense agreement was another subject on which Lula appeared to make little headway; the Brazilian president emphasized the need for dialogue and a “frank exchange” on the issue at the upcoming Unasur summit, while Morales publicly declared that any government that allows military forces into their country are “traitors to the liberation of the people of Latin America.”

    8. (C) Bitelli reported that the presidents did discuss counter-narcotics cooperation, another area in which we had encouraged greater Brazilian engagement with the Bolivians, but that the talks were limited to equipment issues. Lula explained to Morales that the Bell-UH helicopter transfer was proceeding apace, but that delivery is pending Brazilian parliamentary approval. Bitelli said that Morales asked for Brazilian Tucano aircraft as well, surprising the Brazilians by suggesting that “the international community” should pay for the planes, as counter-narcotics is “a global problem.” Bitelli allowed that the Brazilians did not think much of that suggestion.

    9. (C) Comment: Brazilian President Lula’s visit was widely seen here as an endorsement of Evo Morales for reelection December 6, reflecting Brazil’s conclusion that Morales is all but certain to win in any case. We believe, however, that this embrace of Morales is tempered by a clear-eyed recognition of the Morales government’s many shortcomings (the Brazilians indicated that they share a great deal of our frustration with the Bolivians, from counter-narcotics to economic policy). We will continue to encourage Brazil to follow through on its expressed interest in helping to moderate Morales, despite the evident limits of such approaches.

    CREAMER

    quarta-feira, 22 de junho de 2011

    De vuelta América Latina siglo XIX: confederación Bolivia-Peru

    Por vezes eu me pergunto se o continente sul-americano (ou pelo menos sua parte centro-ocidental) tem o dom de fabricar personalidades bizarras, ou se os malucos pré-existentes (alguns desde tempos pré-colombianos) é que tem o dom de fabricar um continente surrealista.
    Cabe, em todo caso, lembrar, a propósito dessa confederação, que os dois confederados foram derrotados uma primeira vez pelo Chile, na primeira guerra do Pacífico, tendo tropas chilenas invadido e saqueado Lima.
    Não sei se isso vai acontecer outra vez, mas se a confederação rediviva (ainda que em projeto) tentar recuperar as terras perdidas na segunda guerra do Pacífico, a coisa pode esquentar...
    Paulo Roberto de Almeida

    Humala asegura a Morales que sueña con la “reunificación” de Bolivia y Perú
    Infolatam/Efe
    La Paz, 21 de junio de 2011

    Las claves
    "Sueño con la reunificación del Perú y Bolivia, sueño que en algún momento esa línea fronteriza desaparezca y volvamos a ser una misma nación", afirmó Humala.

    En la entrevista con Morales hablaron de una agenda abierta para impulsar la integración cultural, económica y comercial, y la prosperidad de ambos países.
    El presidente electo peruano, Ollanta Humala, dijo al mandatario boliviano, Evo Morales, al que visitó para analizar la integración bilateral, que sueña con que ambos países se reunifiquen, como cuando formaron una confederación de 1836 a 1839.

    Humala alabó a Morales por su “identificación sobre todo con los más pobres”, y destacó que es “fundamental” que ambas naciones mantengan las mejores relaciones para su integración económica y cultural.

    Humala, elegido el pasado día 5, señaló que su visita es un reconocimiento al trabajo de Morales por el desarrollo de Bolivia, así como al hecho de que sus pueblos son hermanos y tienen una relación especial.

    “Es importante entender que el desarrollo del Perú involucra también, de todas maneras, lo que es el desarrollo de Bolivia y viceversa”, agregó.

    “Para nosotros y particularmente para mi, es fundamental mantener siempre las mejores relaciones con Bolivia, con su gobierno, con su pueblo”, apuntó el nacionalista Humala.

    El mandatario electo, que jurará su cargo el próximo 28 de julio, dijo que en la entrevista con Morales hablaron de una agenda abierta para impulsar la integración cultural, económica y comercial, y la prosperidad de ambos países.

    Recordó que en Bolivia viven más de 30.000 peruanos que en su patria, afirmó, no tuvieron oportunidades de trabajo o educación durante los gobiernos anteriores.

    De su parte, Morales destacó que la visita ha sido alentadora para las relaciones “de dos pueblos con la misma historia” y “dos países con mucha esperanza y futuro”.

    “Esta visita ha sido para conversar anticipadamente y trabajar de manera conjunta con una agenda abierta en bien de dos pueblos”, dijo el anfitrión, al agradecer la visita.

    Los mandatarios asistieron luego a un almuerzo con funcionarios y dirigentes de movimientos políticos y sociales afines a Morales.”Sueño con la reunificación del Perú y Bolivia, sueño que en algún momento esa línea fronteriza desaparezca y volvamos a ser una misma nación”, afirmó Humala ante funcionarios y dirigentes de sectores afines a Morales, en el almuerzo.

    Humala declinó la invitación de Morales para celebrar con él esta madrugada, en la ciudadela preincaica de Tiahuanaco, el Año Nuevo Andino-Amazónico, que festeja el mítico año aimara 5519

    quinta-feira, 16 de junho de 2011

    Na Bolivia, a realidade supera a ficcao (e como!: as nossas custas...)

    Imagino que os roteiristas de cinema e os escritores de novelas tenham muita criatividade, sobretudo em nossos países, onde nada parece impossível não acontecer, por vezes das maneiras mais malucas que se poderia esperar.
    Mas creio que a Bolívia supera a imaginação de qualquer escritor surrealista, já que lá é o próprio governo que comete loucuras.
    Se fosse um dramalhão mexicano, ou uma novela indiana, não seria tão maluco.

    A trapaça boliviana
    Editorial - O Estado de S.Paulo
    14 de junho de 2011

    Contando, como sempre, com a passividade dos países vizinhos, o presidente da Bolívia, Evo Morales, inventou uma forma surrealista de aumentar a arrecadação de impostos. Decreto promulgado em La Paz na semana passada premia com a legalização os ladrões e receptadores de veículos sem documentação que circulam naquele país, se pagarem um tributo especial no prazo de 15 dias. Com isso, estima-se que o governo boliviano poderá arrecadar o equivalente a R$ 320 milhões. Bem a seu estilo populista-confiscatório, Evo Morales justificou a medida como um benefício para os mais pobres, pois "todos têm direito a ter seu próprio carro". Trata-se de um claro incentivo à criminalidade, que não pode passar sem protesto por parte do Brasil, de onde provém a imensa maioria dos carros e caminhões furtados ou roubados.

    Veículos roubados em todo o País, quando não são recuperados pela Polícia, vão para o desmanche de peças ou acabam na Bolívia ou no Paraguai. A ação policial nessa área está longe de ser satisfatória. Segundo cálculos da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados (Fenaseg), 377.250 veículos foram furtados no Brasil em 2010, sendo resgatados 47%, ou 176.381. Com isso, milhares de cidadãos são prejudicados, alguns deles, como os caminhoneiros, perdendo o seu meio de subsistência. Além disso, as indenizações que as seguradoras devem pagar estão em contínuo crescimento. Preocupada, a Fenaseg encaminhou ofício ao Itamaraty salientando que a decisão tomada pelo governo boliviano representa uma ameaça à segurança pública, contribuindo para o aumento da violência, já que equivale a um salvo-conduto para veículos roubados em outros países.

    Informa-se que os governos do Brasil, Chile, Paraguai e Peru vão enviar listas de veículos roubados para evitar que sejam legalizados. Mas isso pouco ou nada valerá. Os veículos contrabandeados não têm a placa original e os ladrões raspam os números de identificação dos chassis. Na realidade, as autoridades policiais preveem que o contrabando aumente a curto e longo prazos. Nos últimos dias, notícias vindas da Bolívia dão conta de que cresceu o fluxo ilegal de carros para o país vizinho provenientes do Brasil e do Chile. A expectativa é de que, com o precedente aberto, o governo de La Paz promova, de tempos em tempos, outros festivais de legalização de veículos roubados para cobrir rombos nos cofres públicos. A alegação do governo boliviano de que, depois dessa "anistia", agirá com mais rigor contra o contrabando de carros não passa de desculpa esfarrapada.

    O roubo e contrabando de carros está estreitamente ligado ao tráfico de drogas e de armas, inclusive o que é comandado de dentro dos presídios, com ramificações em vários Estados. Os veículos funcionam menos como meio de transporte de drogas do que como moeda de troca para aquisição de cocaína.

    A situação é particularmente delicada em Mato Grosso, que tem 953 km de fronteira com a Bolívia, sendo 750 km de fronteira seca, em zonas urbanas e rurais. Lá foram registrados 2.568 furtos e 2.030 roubos de veículos em 2010. Além disso, é por Mato Grosso que os carros surripiados em outros Estados atravessam as fronteiras. O comandante do Grupo Especial de Fronteira, que atua em municípios vizinhos à Bolívia, informa que 300 veículos foram recuperados em 2010, mas, se persistir o indulto de Morales aos criminosos, a recuperação de carros será comprometida.

    O ato malandro do presidente Evo Morales é contestado em seu próprio país. A oposição pretende recorrer ao Tribunal Supremo de Justiça e motoristas profissionais, que se sentem lesados, prometem greve. Os já frágeis pilares da economia de mercado na Bolívia também serão abalados. Os importadores e revendedores de veículos praticamente não terão mercado. Será extremamente difícil encontrar clientes dispostos a pagar o preço normalmente praticado de um automóvel ou caminhão enquanto existir oferta de carros roubados, vendidos com desconto e, ainda por cima, legalizados.

    quarta-feira, 15 de junho de 2011

    Otros hermanos, otras cositas mas - Bolivia se automobiliza...

    Estrito e lato senso...

    Evo Morales, presidente da Bolívia, pretende legalizar no país carros roubados em outros
    Wálter Fanganiello Maierovitch
    Terra, 14/06/2011

    Para justificar os genocídios e os massacres de índios na chamada “conquista do oeste”, os filmes norte-americanos demonizavam os índios e vangloriavam os xerifes e os militares de cavalaria.

    Nos enlatados, o índio era sempre o bandido. Só considerado como regenerado quando traía a tribo e passava para o lado do conquistador, mostrado como civilizado e ético.

    Na semana passada, o presidente boliviano Evo Morales, um aymará, quis ter o seu dia de índio de filme norte-americano.

    Os lesados por Morales foram os cidadão brasileiros e chilenos que tiveram automóveis e caminhões roubados ou furtados.

    Ladrões, receptadores e o governo boliviano, saíram no lucro. Tudo a evidenciar que o crime compensa na visão de Evo Morales.

    Para arrecadar tributos, Morales legalizou a subtração de coisa alheia móvel.

    No prazo de 15 dias, os residentes na Bolívia que estão na posse de veículos sem documentação de propriedade poderão obtê-la com facilidade. Como se diz no jargão policial, o “cabrito” pode ser esquentado na Bolívia, por ato do presidente Morales.

    Ainda que tenha o chassis raspado, num indicativo evidente de detenção criminosa, o interessado poderá conseguir um certificado boliviano de propriedade do veículo, ainda que objeto de crime.

    A justificativa de Morales é digna daqueles filmes norte-americanos voltados a satanizar o índio. Para Morales, “todos tem direito a um automóvel” e, também, um caminhão, pois pode também ser “esquentado”.

    As diplomacias do Brasil e do Chile ensaiam um protesto em conjunto. Ele certamente será expedido depois do prazo de 15 dias do decreto de Morales, ou seja, quando já “legalizados” os veículos automotores.

    Pano Rápido. Não vai demorar muito para Morales baixar outro outro decreto para esquentar veículos. Bastará precisar cobrir um buraco nas finanças bolivianas.

    Grande quantidade de automóveis na Bolívia foram recebidos, sem documentação, como lixo. Ou seja, abandonados nos EUA pelos proprietários acabaram descartados na Bolívia, como lixo.

    Como se sabe, o crime organizado transnacional despeja lixo em países pobres, que os aproveita. Ainda que tenha de comprar peças de reposição no país de origem: vende-se o lixo e ainda se fatura com peças de reposição.

    A última vez que estive na Bolívia viajei, de Cochabamba a Vila Tunary (Chapare), num Toyota 2001 cujas portas traseiras tinham sido substituías por placas de madeira compensada. Como tinha de chegar à Vila Tunary para elaborar um relatório, coloquei na mão de Deus. Mais ainda, tive a sorte de o motorista ser um mascador de folha de coca. Um alívio, pois ele não dormia e estava sempre ligado.

    sexta-feira, 10 de junho de 2011

    Como comprar um carro por menos da metade do preço...

    Enfim, vai ser preciso viajar à Bolívia, mas se você puder, o mercado vai estar favorável aos compradores de ocasião, prevendo-se inclusive um súbito e grande afluxo de novas ofertas. Pode até ser que comerciantes locais tomem nota das preferências do cliente e se apressem em satisfazê-las. Mas tem de ser rápido, pois a janela de oportunidade vai se fechar rapidamente...
    Paulo Roberto de Almeida

    Evo Morales vai legalizar todos os carros roubados que circulam na Bolívia e ainda espera arrecadar US$ 200 milhões!
    Reinaldo Azevedo, 09/06/2011

    Desde o governo do golpista Luiz Garcia Meza, que ficou apenas um ano no poder, no começo da década de 80, a Bolívia não tinha um governo abertamente criminoso. Mas eis que chegou Evo Morales, o querido companheiro de Lula, aquele com quem ele já dividiu palanque e guirlanda de folhas de coca. À Bolívia, o Brasil já deu uma refinaria da Petrobras de presente e financiamento do BNDES para fazer uma estrada que só serve ao transporte de… folhas de coca. Oitenta por cento da cocaína consumida no Bananão vem daquele país. Mas, vocês sabem, seguimos a máxima de Chico Jabuti Alheio: procuramos falar grosso com os EUA e fino com os bolivianos.

    Ontem, Dilma anunciou um plano de proteção às fronteiras. É puro factóide. Foi só uma cascata para tentar responder a uma série de reportagens do Jornal Nacional. Do outro lado da linha, na Bolívia, “meu querido Evo” (como Lula chama aquele índio de araque) também agiu: ele sancionou uma lei aprovada por sua turma no Parlamento que, ATENÇÃO!, LEGALIZA TODOS OS CARROS ROUBADOS QUE CIRCULAM NO PAÍS. Noventa por centro deles têm origem no Chile e no Brasil. A maioria vai para Yungas e Chapare, zonas de produção de coca.

    Não pensem que Evo é do tipo que não explica as suas medidas. Ele expôs o alcance social da decisão: são carros comprados pelas pessoas pobres por serem mais baratos! Faz ou não faz sentido? E ainda sentenciou: “Todos temos direito de ter nosso carro”.

    Severo, o falso índio avisou: “A partir de hoje, os que tiverem carros sem documentos devem apenas registrá-los, num prazo de 15 dias; depois disso, não vamos perdoar”. Uau!!! O governo vai cobrar pela legalização. Esperto, este monumento moral pretende arrecadar uns US$ 200 milhões com taxas. O governo do Chile já decidiu reforçar a vigilância em áreas de fronteira. Vale dizer: cuidem-se, brasileiros! A menos que vocês confiem na competência de José Eduardo Cardozo!

    É evidente que uma delinqüência dessa natureza mereceria um protesto formal do Brasil na OEA e naquela porcaria chamada Unasur… Nada vai acontecer. O Brasil compreende os irmãos mais pobres e lhes entrega o patrimonio dos brasileiros.