STF: o guardião ou assaltante?
Pedro Lagomarcino
18/12/2015
A decisão do STF proferida hoje contraria toda a doutrina dos maiores autores de Direito Constitucional, na medida que transforma o Senado em, pasme, "Corte Alta", conforme disse i-na-cre-di-ta-vel-men-te o Min. Marco Aurélio.
E ainda querem prolongar a aposentadoria dos Ministros para 75 anos?
É dose!
Aliás, a dose passou ao largo de ser cavalar. Foi para fazer rinoceronte hibernar, isso sim.
Não existe em toda bibliografia jurídica, um autor sequer, que tenha dito que o Senado, pode rever a decisão da Câmara dos Deputados.
Tanto se falou na obra de Paulo Brossard (O "impeachment") na sessão de hoje.
Engraçado, tenho ela aqui na minha estante com autógrafo e dedicatória do autor. Li referida obra do início ao fim.
Posso assegurar que o STF "rasgou" a obra de Paulo Brossard, porque o referido Ministro nunca escreveu que o Senado, pode rever a decisão da Câmara.
A Câmara autoriza.
O Sendo julga.
A Câmara é juízo de admissibilidade.
O Senado é juízo de julgamento.
A Câmara se pauta por indícios.
O Senado se pauta por provas.
O Senado deve julgar, pela procedência ou pela improcedência. Mas não lhe compete e nem possui atribuição ou poder para arquivar e rever a decisão de admissibilidade da Câmara dos Deputados. Por um simples motivo: se o Senado tivesse a faculdade, a atribuição ou o poder de arquivar e rever a decisão da Câmara dos Deputados, por que o processo tem de iniciar na Casa do Povo então? Por que já não inicia no Senado, se este pode arquivá-lo de pronto? Por apreço a burocracia? Para fazer cena, com a nação que está a acusar o Chefe de Estado e de Governo do maior crime que pode cometer, o crime de responsabilidade?
Quem entende minimamente do instituto do "impeachment" sabe que é infeliz o termo crime de responsabilidade, porque este crime não enseja pena. Enseja sim sanção política, por sinal bem diferente do conceito de pena.
Mas não é isso o principal.
O fato é que o STF se pautou la-men-ta-vel-men-te pelo "casuísmo" e mudou o posicionamento que tinha, "coincidentemente", no Caso Dilma.
Para Collor a Lei foi uma.
Para Dilma a Lei foi outra.
Assim, o Brasil nunca será um país sério. A toda hora, se abrem exceções. A toda hora a regra do jogo muda, flexibiliza, deixa de ser regra... deixa de valer. Assim foi com a "flexibilização" da LDO, assim acabou de ser com as metas fiscais (que foram reduzidas a zero), e assim foi infelizmente, com o "impeachment".
O julgamento do STF hoje foi guiado pela vaidade, pelas "rasgações de seda", por contentar e divertir a plateia.
O Min. Dias Toffoli se deu ao trabalho de "saudar" o dePuTado Henrique Fontana no meio do julgamento.
Que coisa mais bizonha!
A decisão do STF foi, e muito, do ponto de vista de Direito Constitucional, atávica.
Ver que Ministros chegavam ao cúmulo de fazer paralelos de Direito Penal, quando o impeachment não tem nada de Direito Penal, nas próprias palavras do Ministro Paulo Brossard, chegou a me dar náuseas.
Brossard defende que o impeachment é instituto de natureza política, não possui pena (de prisão), e sim sanção política (de afastamento ou de inelegibilidade).
Sugiro uma olhada no que destaco abaixo, para constatar que "justiça", na verdade, o STF fez hoje.
Hoje é um dia de luto para a Magistratura e para os operadores do Direito Constitucional que conhecem um pouco além-mar o instituto do "impeachment".
E pior, se o andar da carruagem for este, tudo indica que haverá recesso e que o país partirá para o carnaval prioritariamente e deixará a república e a democracia aos prantos aguardando o retorno das férias.
Este é o Brasil.
"A fantasia que você queria que eu usasse neste carnaval, era de palhaço, era de palhaço."
- - -
Dr. Pedro Lagomarcino
OAB/RS 63.784
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
Mostrando postagens com marcador Pedro Logomarcino. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pedro Logomarcino. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
domingo, 6 de setembro de 2015
Crise politica: suseranos e vassalos - Pedro Logomarcino
Suseranos e vassalos
Pedro
Lagomarcino, Advogado.
Uma
das relações de poder e política mais deploráveis que a história registrou foi
a relação de suserania e vassalagem. Produto do feudalismo, para alguns
historiadores esta seria uma evolução pedestre da relação escravista
greco-romana; ao passo que para outros a relação significava apenas o fato do
suserano “oferecer” suas terras para quem aceitasse produzir, cuidá-las,
auxiliar em guerras e a pagar impostos. Nestes casos, quem aceitasse tal
condição passava a ser considerado vassalo.
Em
tempos de República e em plena vigência do Estado Democrático de Direito,
constitucionalistas e historiadores são unânimes ao dizer que a relação de
suserania e vassalagem não guarda mais espaço no tempo atual. Entretanto, em se
tratando de política e poder, a relação que é modificada ou substituída deixa
traços inconfundíveis na relação modificante ou substituinte. É como se
substituíssemos apenas o rótulo e houvessem pequenas alterações no “sabor” e
“aroma” no seu produto, a ponto do “paladar” e o “olfato”, habitualmente, reportarem-se
ao que era o produto original, embora agora ambos estejam um tanto diferentes.
Ao
passarmos a visualizar que o Suserano de ontem é a autoridade Estatal de hoje e
o vassalo do passado é o cidadão atual, nos parece que o pensar unânime dos
constitucionalistas e historiadores foi colocado em xeque. É que por um lado o
suserano não oferece mais as terras ao vassalo, mas diz lhe “conceder” a
liberdade e “reconhecer” sua cidadania. Por outro lado o vassalo segue tendo de
pagar tributos, para habitar em uma terra que não lhe pertence, nem irá lhe
pertencer, dado que a República é de todos. Tributos estes que não sabemos mais
em troca de que, dada a ineficiência e o pouco caso que lhe faz o Suserano. Mesmo
em tempos de República seguem no sistema atual dois traços característicos do
sistema anterior: o pagamento de impostos (cada vez maiores, em níveis nunca
antes vistos) e a obrigação de “lutar” em guerras. De lutar em guerras? Sim,
porque não há guerra maior para o vassalo (ou cidadão, se preferirem) da que ter
de trabalhar comprovados 4 meses do ano, para sobreviver e para custear a carga
dos tributos que lhe impõe o Suserano (ou Estado, como queiram).
Como
vimos, trocam-se os rótulos, modifica-se um pouco a roupagem, mas tudo segue
lembrando o que era o produto original. Em se tratando de Brasil, o “gosto”
historicamente é sempre ácido e o não se pode falar em “aroma”, e sim em “odor”.
Uma Lei praticamente irrevogável. Uma sina. Um paradoxo: tudo muda, mas ao
mesmo tempo nada muda. Os suseranos de ontem senão ou foram os Presidentes dos
últimos 12 anos, ou foram e são Ministros do Executivo de hoje durante o mesmo
tempo. E os vassalos de outrora, seguem sendo os cidadãos de hoje.
Mas
será que nos últimos 12 anos de história, o Brasil não produziu nada de novo?
Sim,
produziu: o vassalo-mor.
Diferentemente
do vassalo comum, o vassalo-mor aceita um jugo que ao lhe ser imposto, chega ao
ponto de revelar um determinismo natural: o de trabalhar por terras inférteis e
combater em guerras ímpias. É o que podemos observar de muitos Ministros do
Poder Executivo, nos últimos 12 anos. Embora o pronome de tratamento nos exija trata-los
por Excelências, muitos não fazer por merecer tratamento algum, esta é a
verdade. Dentre os predicados de muitos não estão conhecimentos e sim o fato de
possuírem as qualificações, diga-se de passagem, as piores, como investigados
ou denunciados, em inquéritos da Polícia Federal ou em denúncias que lhes
promovem o Ministério Público. Há outros Ministros que têm mais predicados
desabonadores, qual sejam, os de condenados, por usurparem o poder,
desviarem-se completamente de suas funções, praticarem improbidade (leia-se: o
oposto da probidade), crimes dos mais diversos como verdadeiros representantes
de seus mentores. Uma espécie de via do ilícito, engendrada de modo que os
“negócios” que passassem por ela, fossem tratados ares de normalidade, mesmo
que em tais casos todos saibam que a ilicitude é manifesta.
O
poder sempre foi um atributo da autoridade e possui o traço de ungir e revelar
grandes homens e ou estadistas, ou pequenos homens e vermes. Exatamente, porque
o poder corrompe e o homem é corrompível. Que o digam ou aqueles que frequentam
com habitualidade o balcão de negócios, através do “toma lá, dá cá”. Hoje,
articuladores políticos com pseudo-prestígio. Amanhã, investigados,
denunciados, réus implorando pela delação, condenados e ímprobos. Algo que
passa ao largo das noções mais elementares da República e da Democracia. Pelo
contrário, são os exemplos vivos da violação de ambas e da inobservância
estreita dos Princípios Constitucionais da Administração Pública (da
legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade e da eficiência).
Aliás, não precisa ser jurista, para saber que os atos atentatórios a estes Princípios,
todos, sem exceção, produzem ao fim e ao cabo o Brasil que temos: um case de má gestão de políticas públicas
e, em que pese este país tenha uma das mais altas cargas tributárias do mundo
(atualmente a 8ª), é um dos que proporciona o pior retorno dos valores
arrecadados em prol da sociedade. Para se ter uma ideia o Brasil arrecada mais
tributos que os EUA, que a Suíça e que o Reino Unido. É ou não é de se questionar
como eles são tão desenvolvidos e prósperos e nós tão atávicos? A resposta é
curta e simples: pela má gestão pública e pelos vassalos-mores que temos. Mais
ainda, se somos indiferentes ou omissos, pois em tais casos criamos o habitat
necessário para que se reproduzam e deixem seus aprendizes.
É
exatamente no momento em que cada autoridade ou agente público acha que pode
fazer das atribuições que está investido um balcão de negócios, através do
“toma lá, dá cá”, que passa a existir, dentro do próprio Brasil, milhares de
sucursais de “outros escritórios”, nos quais os “donos” são exatamente as
próprias autoridades. Consequentemente, interesses manifestamente privados,
passam a ser travestidos de interesses públicos. Eis os porquês de norte a sul
existem muitos “brasis”, dentro do próprio Brasil. Eis os porquês a Polícia e o
Ministério Público tenham de se esforçar, para achar nomes impactantes que
possam dar a devida conotação do escárnio praticado contra a nação, a exemplo
da Operação Cosa Nostra, da Operação Castelo de Areia, da Operação Anaconda,
Operação Lava-Jato, da Operação Rodin. E o produto dos crimes comprovados
nestas operações e praticados pelos Vassalos-mores é que faz o Brasil não sair
do estado de letargia nunca. O Brasil fica sempre para amanhã, fica sempre por
acontecer. O estado e a atual situação da falta de gestão, destacamos,
eficiente, no ensino público, nas escolas públicas, na segurança pública, no
sistema de saúde, na ciência e tecnologia faz do nosso país um ente
imediatista, autóctone, sem planejamento, nem alinhamento estratégico,
ingovernável e talidomídico.
O
grupo de suseranos que dita as ordens é o mesmo há 12 anos e o avião que
ensaiava manter a estabilidade, em tempos de plano real, está em queda livre.
Não há alternância deste sistema completamente esgotado, marcado pelo
locupletamento ilícito, a malversação de verbas públicas e pela corrupção. Não
bastasse tudo isso a casta dos vassalos-mores cada vez a aumentar mais.
Ao
que tudo indica o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, parece estar em
vias de pleitear seu ingresso nesta nova casta. Chega a ser contraditório, pois
recentemente, referido Procurador-Geral nos dava provas de que não iria
declinar de exercer suas atribuições, em prol da República, enfatizo, República,
do latim, res publica, coisa de
todos. Era o que todo brasileiro pensava ao ver a manifestação de Janot diante dos
questionamentos e dos olhos de fogo do Senador Collor, perante a Comissão de
Constituição e Justiça do Senado. Resultado? Janot se posicionou de forma
exemplar e a votação lhe rendeu 26 votos favoráveis e apenas 1 desfavorável, de
modo a não deixar dúvidas, tanto do êxito de seus posicionamentos e,
provavelmente, que o único voto contrário, seja do Senador que teve sua Lamborghini
apreendida pela Polícia Federal em uma investigação atualmente em curso. Mas,
infelizmente, não demorou muito para que algo emergisse dentro de Rodrigo Janot.
Simplesmente do dia para a noite, o Procurador-Geral “decidiu”, ou melhor,
achou que tinha poderes, para se sobrepor a mais alta Corte, em matéria de
legislação eleitoral do Brasil, o TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
Simplesmente com um “canetaço” Janot arquivou a investigação da campanha que
reelegeu a Presidenta Dilma Rousseff. Janot parece mesmo estar de fraldas,
quando o assunto é exercer as atribuições de Procurador-Geral da República e
não a de advogado de campanha de Dilma, a ponto do Ministro Gilmar Mendes dizer
que a fundamentação para o arquivamento, “vai de infantil a pueril” (nestas
palavras).
Desde
há muito se sabe que no tempo do feudalismo, os senhores feudais não costumavam
sujar as mãos e determinavam aos seus vassalos o cumprimento de suas ordens.
Será que Janot está se habilitando a vassalo-mor, ao confundir as atribuições
de Procurador-Geral da República, com as de advogado particular de Dilma
Rousseff? Fato é que com tal “canetaço” Janot é um cristal quebrado e já inicia
seu novo mandato por negar-se a cumprir não uma simples decisão, mas um acórdão
do TSE.
Embora
eu seja um tanto avesso a Karl Marx, foi o referido pensador que nos disse “todo
produto guarda em si os traços vestígios do sistema que o engendrou”. Sou mais
próximo das ideias de Milton Friedman e Ludwig Von Mises, mas não posso deixar
de dizer que, neste caso, a lição de Karl Marx veste como uma luva.
Dr. Pedro
Lagomarcino
OAB/RS 63.784
domingo, 30 de agosto de 2015
Os “aspirantes a pipoqueiros", uma novela juridico-economica brasileira - Pedro Lagomarcino
Os “aspirantes a pipoqueiros”
Pedro
Lagomarcino
Porto Alegre, 30/08/2015
Qualquer
“administrador de carrocinha de pipocas” sabe que ao “fechar as torneiras” a
conta de água vai diminuir no final do próximo mês. Aliás, nem precisa ser
muito iluminado para tomar uma medida destas e que isso não é, nem de longe, uma
“estratégia”, bastando ir lá e fazer.
Evidentemente,
que não estou a me referir aos pipoqueiros que nos encantam com suas deliciosas
pipocas Brasil à fora, pois se estivesse a falar do talento e da capacidade destes,
certamente, não tenho dúvidas que o Brasil apresentaria níveis infinitamente
mais satisfatórios dos que vem apresentado, inclusive, nos quesitos aroma e
paladar. Estou a me referir sim, aos últimos governadores do Estado do RS e,
inclusive, a atual Presidenta da República.
No caso do RS
temos a seguinte constatação: Sartori
culpou o governo Tarso, que culpou o
governo Yeda, que culpou o governo Rigotto, que culpou o governo Olívio, que culpou o governo Brito, que culpou o governo Colares, que culpou o governo Simon, que culpou o governo Jair Soares.
No caso do governo
federal, há um paradoxo, ou seja não há equação, porque Dilma é antecessora dela mesma, ou seja, Dilma só pode, com o
perdão do hiper-pleonasmo, “se-culpar-se-a-si-própria” (risos) ou então delatar
Lula, seu próprio mentor.
Se cada um culpou
o governo de seu antecessor, pelo estado deplorável que recebeu as finanças do
Estado ou do país que passou a administrar e, nenhum, no mínimo, interpelou o outro
judicialmente, ou ajuizou qualquer ação contra o partido ou a coligação que
estava no governo, parece ser apropriado perguntar:
- Todos
prevaricaram?
Penso que esta
pergunta é oportuna, em razão do que está escrito no art. 319, do Código Penal,
assim transcrito (grifamos):
“Art.
319 - Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento
pessoal:
Pena
- detenção, de três meses a um ano, e multa.”
Não se pode crer
que ao longo de 4 (quatro) anos de
exercício dos respectivos mandatos, os mandatários não tenham sido capazes de
determinar 1 (um) ato de ofício sequer, no sentido de que
os causadores dos prejuízos, viessem, efetivamente,
ressarcir o Erário, nem tampouco que uma
ação de ressarcimento fosse ajuizada, especificamente, neste sentido.
No RS e no
Brasil é estarrecedor que as finanças tenham sido entregues a esta nova classe que
o IBGE há de constatar já no próximo censo: a dos “aspirantes a pipoqueiros”,
os quais marcam suas administrações com um traço inconfundível: gostar de “pipocar”.
Sim, gostam de “pipocar”, porque ou causaram atos lesivos ao Erário, ou aos
Princípios Constitucionais da Administração Pública, ou não tomaram nenhum ato de ofício efetivo sequer, no
sentido de que o Erário venha ser ressarcido, pelas péssimas administrações
anteriores.
Diferentemente,
os pipoqueiros que nos servem as deliciosas pipocas guardam em um caderninho,
na ponta do lápis, a lista de todos clientes que passaram pela carrocinha e
levaram a pipoca, mas se comprometeram a acertar outra hora. Este é o porquê os
pipoqueiros nunca saíram de moda e o porquê os “aspirantes a pipoqueiros” não
terem mais vez. Aqueles assumem o posto e sabem exercer seu ofício com
maestria, nem que para isso tenham de se indispor, cobrando de seus clientes,
pois se tivessem de fornecer pipoca de graça, a carrocinha já iniciaria fadada
ao fracassar. Ao passo que os últimos, se fossem administrar uma carrocinha,
creio que não teriam sucesso, porque ou não sabem cobrar os créditos que têm,
ou porque não querem se indispor, ou porque deixaram se encantar, com aroma e o
paladar da boa pipoca, ao longo de 4 (quatro) anos de exercício, levando-me a
crer que preferiram mais comer, quando se sabe que podiam comer, mas deviam
também administrar.
Ah! Não podemos
nos esquecer. Os “aspirantes a pipoqueiros” dispõem até de um verdadeiro detefon
(aquele no não mata, mas tonteia),
para tentar confundir a plateia de contribuintes: ora é o cenário atual, ora é a
crise política ou econômica, ora é a conjuntura ou a falta de ambiente
político, ora não dispõem de compreensão na Assembleia ou na Câmara dos
Deputados, ora a falta de vontade política, ora o clima, o tempo, o mês, o dia,
o horário, a numerologia, enfim, etc, etc e etc.
Na verdade esta
nova classe política acha que sabe, mas seja pela falta de noções efetivas de
gestão pública (tecnicamente falando), seja pela falta de ética, seja pela
falta de estreita observância aos Princípios Constitucionais da Administração
Pública (da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
eficiência) desvela-se, em pouco tempo, como patética. Por trás das muitas
gaiatices que promove, não está mais a legitimidade dos votos que a elegeu, mas
a ilegitimidade dos votos que traiu, no que prefiro chamar de violação axiológica do teor do voto.
Após tomar
posse, “do dia para a noite” o discurso muda e as tantas “convicções” que os candidatos
diziam ter e que passaram ao eleitorado em forma de “propostas”, deixam de
existir, coincidentemente, quando se tornaram mandatários, de modo que as bases
da legitimidade, com a mesma rapidez, se transformaram em ilegitimidade, por conveniência
ou conivência.
Dilma fez isso
logo que iniciou o mandato em 2015, ao aumentar a conta de luz de milhões de
brasileiros, visivelmente, porque na roubalheira que ocorria na Petrobrás, a
qual ela não tomou nenhum ato de ofício, dado o êxito da Operação Lava-Jato, só
existia uma saída para continuar com o projeto de poder da Organização
Criminosa chamada PT: aumentar a tributação, para arrecadar mais. Sim, o PT é
uma Organização Criminosa desde o momento em que engendrou o Foro de São Paulo
e compartilha do mesmo pão, com as FARC, para fazer negócios dos mais escusos,
a exemplo dos que já faz com Cuba, através do BNDES, certamente, para imprimir
ares de oficialidade à ilicitude. Só no Brasil esta Organização Criminosa
chamada PT funciona como partido político, sob o manto da legalidade.
A Deputada
Estela Farias do RS foi muito clara ao manifestar, calmamente, que “se é para
fazer luta política sem seriedade nós (referindo-se a ela e a seu
partido, o PT) sabemos fazê-la”, conforme registrou o Jornalista Diego
Casagrande em sua página no facebook:
No caso do RS, Sartori,
dias após tomar posse, marca seu primeiro ato, pelo Decreto nº. 52.230/15 (conhecido
como Decreto do calote) no qual determinou o não pagamento, por 180 dias, a empresas
que têm a receber do Estado por serviços já prestados, bem como por proibir a
nomeação de candidatos já aprovados em concursos públicos. Apenas para fins de
registro, estima-se que o Estado do RS, através do Decreto do calote deixo de
pagar mais de R$ 700 milhões. E agora, eis o atraso pagamento de salários de
servidores públicos e proposta de aumentar o ICMS.
Ressalto, para
destacar bem, o fundamento da ilegitimidade escancarada de ambos (Dilma e
Sartori): a violação axiológica, ululante,
do teor do voto.
Será que ambos teriam
sido eleitos se houvessem anunciado de forma transparente ao eleitorado o
aumento de tributos? Como se não bastasse o Brasil “ostentar” a posição de país
com a maior carga tributária do mundo. E mais, será que ambos sairiam
vitoriosos, se dissessem com transparência que não iriam pagar empresas e
atrasar salários de servidores? Leia-se, dar calote.
Evidentemente
que não.
Este é o Brasil,
um país em que a mentira e os piores exemplos advêm, com oficialidade, de suas
maiores autoridades: Presidentes e Governadores.
A estratégia dos
“pipoqueiros” de “fechar as torneiras” é sempre a mesma, ou seja, são sempre os
mesmos a sentir o não anunciado, mais imposto “racionamento”: professores
estaduais, policiais militares, bombeiros, funcionários de carreira do Estado,
dentre outros, que são, inacreditavelmente, tratados em descompasso ao real valor
que possuem, como se fossem um câncer dentro da Administração Pública. Ora
essa! Os cânceres da Administração Pública são na verdade estes “aspirantes a
pipoqueiros” que deveriam se preocupar em efetivamente servir o Estado e não em
se servir do Estado, porque a Administração Pública possui como fim precípuo, o
bem comum.
A bem da
verdade, sejamos francos, as “torneiras” não foram devidamente fechadas como anunciou
o governador Sartori, na medida em que como autor do “racionamento” foi também quem
ajudou a “virar a caixa d’água”, quando sancionou o aumento dos seus próprios vencimentos,
bem como dos Deputados e de todo seu Secretariado.
Como pode ter o
despeito de aumentar seus vencimentos, se recém iniciou o mandato e sendo que
os vencimentos e os penduricalhos mais pomposos do Poder Executivo pertencem
aos seus Secretários de Estado e, no Poder Legislativo, aos Deputados?
Para o “rei” e
para quem é “amigo do rei” a Lei é uma, para quem não é “rei”, nem “amigo do
rei” a Lei é outra.
Este é o Brasil,
um eterno país subdesenvolvido que, em tempos de República e de vigência do
Estado Democrático de Direito, vive práticas de lamentável coronelismo.
É patético o
governador Sartori e mais ainda a declaração dada de que “o RS passou do fundo
do poço”, quando as notícias revelaram, inclusive, que não bastasse ele ter
ajudado a “virar a caixa d’água”, meses depois foi “pedir água” de uma bica que
não lhe pertence, qual seja, a dos depósitos judiciais, dinheiro este que não é
do Estado, e sim, custodiado pelo Estado, por ser das partes que litigam em
Juízo.
Como é fácil no
Brasil, chamar a atenção dos holofotes, para fazer caridade com o bolso alheio,
ou seja, com o bolso do cidadão. E mais, é engraçado que o doador nunca gasta
nada do seu próprio bolso, mas noticia a “doação” com ares de possuir “prestígio
político”.
Quanto engodo,
quanta mentira, quanta sujeira.
E hoje, segunda-feira,
dia 31-08-2015, quem “virou a caixa d’água” e não tem moral para falar de
“racionamento e de escassez hídrica”, determinou que milhares de servidores terão
suas “torneiras fechadas”, das quais sairão apenas “uma gota” de R$ 600,00.
Se pagar salário
em dia é obrigação e a retenção dolosa é crime, o que dizer do fato dos
servidores estaduais do RS serem reduzidos, em contrariedade ao Direito, às
condições análogas a de escravos, por ato unilateral de um “aspirante a
pipoqueiro” que simplesmente decide que não irá lhes pagar?
Sartori e Dilma
já deram todas as cartas que não sabem administrar sequer uma "carrocinha
de pipoca". Aliás, não sejamos ingênuos, a ponto de pensarmos que por ele
ter sido Prefeito de Caxias, chegaria ao ponto de saber governar um Estado. Caxias
é uma cidade recheada de empresas e com uma economia totalmente diferenciada de
todo o RS. Aliás, é uma das regiões com maior PIB do Estado. Prefeito em
Caxias, resume-se pela expressão "arroz de festa", porque a cidade não
depende de Prefeitos para prosperar.
Sartori não irá
atrair investimentos para o Estado, e já deu todas as provas de não possuir
projetos de curto, de médio e de longo prazo, porque se decide unilateralmente
não pagar servidores públicos, o consumo diminui, o endividamento aumenta,
empresas não recebem, o desemprego aumenta e a população empobrece. Além só um
lunático acreditaria que, diante destes fatos, Sartori saberia usar
indicadores, ou o que se entende por gestão pública.
Dois fatores estarrecedores
ainda se destacam:
1º - Desvios de
verbas públicas;
2º - Improbidade
administrativa.
Tarso Genro,
recentemente, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado, com trânsito em
julgado, por improbidade administrativa.
Yeda Crusius, atualmente é ré em ação de improbidade
administrativa, mas destaco, o processo ainda está em trâmite e não há
condenação.
A propósito, não
vamos nos deixar enganar pelo chamado "déficit zero" tão noticiado
por Yeda, pois isso não passa de uma pífia maquiagem contábil, a qual tem em
suas entrelinhas um empréstimo de U$S 1, 100 bilhão contraídos junto ao BIRD. Ou
seja, mais de R$ 3,400 bilhões nas contas do Erário e, obviamente, que serão
pagos pelo povo gaúcho, através de tributos.
Quando
governadores passam a figurar no campo da improbidade
administrativa, tanto como condenados como trânsito em julgado, como como réus,
temos o reflexo dos piores tempos da política. Precipuamente, porque quem
desabona suas condutas é o Ministério Público, órgão encarregado de defender os
interesses da própria sociedade.
E este tempo,
lamentavelmente, é o tempo atual.
Antigamente,
Dilma e Sartori seriam exemplos clássicos de déspotas esclarecidos. Mas, dada a
inquestionável falta de luz nas referidas gestões, atualmente, no máximo
poderiam ser chamados de “déspotas escurecidos". Como deixam, e muito, a
desejar, em termos de efetividade da gestão pública, integram a classe dos “aspirantes
a pipoqueiros”.
Temo,
sinceramente, que o passar do tempo permita-os deixar muitos aprendizes. Até
lá, o que me pergunto é:
- Sobrará RS?
- Sobrará
Brasil?
Temos como certo
que o homem criou o Estado. Mas também foi o homem que supervalorizou-o e que divinizou-o.
Concebeu-o como se fosse uma fonte inesgotável de recursos, para suprir
necessidades infinitas de seus governados e de seus próprios governantes.
Esqueceu-se, que para cumprir formidavelmente tarefa, este Estado depende de
algo que não cabe meio termo: a capacidade, a lisura e a ética daqueles que o governam.
Dr. Pedro
Lagomarcino
OAB/RS 63.784
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Impeachment: a guide for beginners - Pedro Logomarcino
A caminho do impeachment
Uma explicação concisa, segundo um especialist
(recebido dia 13/04/2015)
Segundo o Advogado Pedro Lagomarcino, a manifestação popular que tomou as ruas do Brasil ontem foi muito exitosa e revela a constância de propósito dos favoráveis ao “impeachment” de Dilma Rousseff.
Entretanto adverte: é fundamental, para o "impeachment" ocorrer, que seja assinada, formalmente, uma petição fundamentada e consistente, que obedeça às normas regimentais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Pedro Lagomarcino é autor de uma longa petição que foi entregue com mais de 16.950 assinaturas no gabinete do Deputado Eduardo Cunha, atual Presidente da Câmara, e que está disponível on-line (pro bono):
http://www.citizengo.org/pt-pt/signit/13481/view
Se não houver a assinatura de uma petição efetiva, Lagomarcino avalia que de nada adiantará, pois Dilma Rousseff, o PT e seus correligionários continuarão no poder e o ânimo da manifestação popular que tomou conta do país irá se dispersar como uma cortina de fumaça.
Lagomarcino utiliza a metáfora de que desejar o "impeachment" é o mesmo que lotar um estádio para torcer para um time de futebol, pois torcer pode embalar o time, mas só quem entra em campo pode marcar o gol e fazer a diferença.
Além disso, entende que a posição do Presidente da OAB Nacional, manifestada ontem no programa Fantástico, em contrariedade ao "impeachment", foi lamentável, por uma razão muito óbvia:
- A continuidade do governo de Dilma Rousseff, com as ações de corrupção, de lavagem de dinheiro, de improbidade e de violação a lei de licitações, engorda o receita de muitos escritórios de advocacia com os acusados ou suspeitos de participação nestes crimes.
Por que o Presidente da OAB e a própria OAB apoiariam o "impeachment"?
Seria retirar o mesmo que retirar o filé de faturamento de muitos escritórios, avalia.
Lagomarcino teme que a prática do exemplar civismo, esteja sendo obstada, notadamente, pelo pensamento "quanto pior melhor", próprio de quem quer faturar com defesa de acusados e suspeitos de prática de crimes que ocorrem contra Estado (país), os quais todos estão, claramente, enquadrados na Lei nº 1.079/50 (Lei de crimes de responsabilidade).
Segundo o Advogado:
- Uma coisa é a manifestação de um leigo ao dizer que não cabe o "impeachment". Outra, completamente diferente é um jurista dizer que o "impeachment" é incabível. Este tem o dever, ao se manifestar, de dominar tecnicamente o assunto e saber o que enseja o "impeachment".
Por isso avalia, a manifestação do Presidente da OAB Nacional foi lamentável, pois não revelou ao país por que não cabe o "impeachment" e não se passou de mero achismo.
Lagomarcino assegura que os fatos relatados deste o mensalão e que vieram à tona com o PeTrolão se tratam ora da prática de crimes continuados, ora da prática de crimes permanentes e, mesmo que em início de novo mandato, este novo mandato não "zera a conta", como pensa a base governista, a qual acha que um novo mandato é como quem se endivida ao longo de um ano e na virada do ano crê que o Ano-Novo terá o poder de "zerar todas as contas e anular todas as dívidas".
Lagomarcino é taxativo: o “impeachment” é notadamente a medida justa e consentânea a ser aplicada à atual Presidenta."
- - -
Dr. Pedro Lagomarcino
OAB/RS 63.784
* Especialista em Direito da Propriedade Intelectual - FADERGS
* Especialista em Gestão Estratégica de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual - AVM/Cândido Mendes
* Especialista em Gestão Estratégica, Inovação e Conhecimento - ESAB
www.pedrolagomarcino.wordpress.com
Uma explicação concisa, segundo um especialist
(recebido dia 13/04/2015)
Segundo o Advogado Pedro Lagomarcino, a manifestação popular que tomou as ruas do Brasil ontem foi muito exitosa e revela a constância de propósito dos favoráveis ao “impeachment” de Dilma Rousseff.
Entretanto adverte: é fundamental, para o "impeachment" ocorrer, que seja assinada, formalmente, uma petição fundamentada e consistente, que obedeça às normas regimentais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Pedro Lagomarcino é autor de uma longa petição que foi entregue com mais de 16.950 assinaturas no gabinete do Deputado Eduardo Cunha, atual Presidente da Câmara, e que está disponível on-line (pro bono):
http://www.citizengo.org/pt-pt/signit/13481/view
Se não houver a assinatura de uma petição efetiva, Lagomarcino avalia que de nada adiantará, pois Dilma Rousseff, o PT e seus correligionários continuarão no poder e o ânimo da manifestação popular que tomou conta do país irá se dispersar como uma cortina de fumaça.
Lagomarcino utiliza a metáfora de que desejar o "impeachment" é o mesmo que lotar um estádio para torcer para um time de futebol, pois torcer pode embalar o time, mas só quem entra em campo pode marcar o gol e fazer a diferença.
Além disso, entende que a posição do Presidente da OAB Nacional, manifestada ontem no programa Fantástico, em contrariedade ao "impeachment", foi lamentável, por uma razão muito óbvia:
- A continuidade do governo de Dilma Rousseff, com as ações de corrupção, de lavagem de dinheiro, de improbidade e de violação a lei de licitações, engorda o receita de muitos escritórios de advocacia com os acusados ou suspeitos de participação nestes crimes.
Por que o Presidente da OAB e a própria OAB apoiariam o "impeachment"?
Seria retirar o mesmo que retirar o filé de faturamento de muitos escritórios, avalia.
Lagomarcino teme que a prática do exemplar civismo, esteja sendo obstada, notadamente, pelo pensamento "quanto pior melhor", próprio de quem quer faturar com defesa de acusados e suspeitos de prática de crimes que ocorrem contra Estado (país), os quais todos estão, claramente, enquadrados na Lei nº 1.079/50 (Lei de crimes de responsabilidade).
Segundo o Advogado:
- Uma coisa é a manifestação de um leigo ao dizer que não cabe o "impeachment". Outra, completamente diferente é um jurista dizer que o "impeachment" é incabível. Este tem o dever, ao se manifestar, de dominar tecnicamente o assunto e saber o que enseja o "impeachment".
Por isso avalia, a manifestação do Presidente da OAB Nacional foi lamentável, pois não revelou ao país por que não cabe o "impeachment" e não se passou de mero achismo.
Lagomarcino assegura que os fatos relatados deste o mensalão e que vieram à tona com o PeTrolão se tratam ora da prática de crimes continuados, ora da prática de crimes permanentes e, mesmo que em início de novo mandato, este novo mandato não "zera a conta", como pensa a base governista, a qual acha que um novo mandato é como quem se endivida ao longo de um ano e na virada do ano crê que o Ano-Novo terá o poder de "zerar todas as contas e anular todas as dívidas".
Lagomarcino é taxativo: o “impeachment” é notadamente a medida justa e consentânea a ser aplicada à atual Presidenta."
- - -
Dr. Pedro Lagomarcino
OAB/RS 63.784
* Especialista em Direito da Propriedade Intelectual - FADERGS
* Especialista em Gestão Estratégica de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual - AVM/Cândido Mendes
* Especialista em Gestão Estratégica, Inovação e Conhecimento - ESAB
www.pedrolagomarcino.wordpress.com
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...