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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Professor de RI contemporaneo: Wanted (for good reasons)

CONCURSO PARA PROFESSOR DOUTOR EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS CONTEMPORÂNEAS

O Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo abriu concurso para a contratação de um professor doutor, em regime de dedicação integral, na área de Relações Internacionais Contemporâneas. Os pontos do programa são: 1. Análise comparada de política externa; 2. Conflitos e segurança internacional; 3. Economia política e relações internacionais; 4. Enfoques teóricos na análise das relações internacionais; 5. Instituições domésticas, atores e política internacional; 6. Organizações internacionais, ordem e governança global; 7. O debate metodológico em relações internacionais; 8. Democracia e Relações Internacionais; 9. Relações sul-americanas e integração regional; 10. Regimes internacionais; 11. Política externa brasileira contemporânea. O IRI é responsável pelo Bacharelado em Relações Internacionais e pela Pós-Graduação em Relações Internacionais (Mestrado e Doutorado). O edital pode ser acessado em www.iri.usp.br, e as inscrições serão recebidas de 11.01.2013 a 11.03.2013, devendo o candidato optar por realizar as provas em português ou inglês.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Historia Economica: Seminario na USP

HISTORIA ECONOMICA: Balanços e perspectivas
USP- Depto. de História

Data do Evento: 
ter, 29/05/2012 - 14:00 - 21:30
qua, 30/05/2012 - 14:00 - 21:30
qui, 31/05/2012 - 14:00 - 21:30
sex, 01/06/2012 - 14:00 - 21:30
29/05 | TERÇA-FEIRA
14h00 - Abertura
Mesa Redonda 1- Pós-Graduação e História Econômica
Prof. Dr. Carlos Fico (UFRJ | CAPES)
Prof. Dr. Ângelo Alves Carrara (UFJF)
Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
Prof. Dr. Rodrigo Ricupero (FFLCH-USP)
16h00 - 17h45  - Seminários Temáticos (1-5)
18h00 - 19h30  - Conferência 1
História Econômica: memória de um convívio meio secular.
Prof. Dr. José Jobson de Andrade Arruda (FFLCH-USP)
30/05 | QUARTA-FEIRA
14h00 - Reunião dos alunos com a Coordenação do Programa de Pós-Graduação em  História Econômica.
           
16h00 - 17h45 - Seminários Temáticos (6-10)
18h00 - 19h30 - Conferência 2
História Econômica e Marxismo
Prof. Dr. Jorge  Grespan (FFLCH-USP)


31/05 | QUINTA-FEIRA
14h00 - Mesa Redonda 2 - História Econômica e Marxismo no
Brasil
Profa. Dra. Marisa Midori Daecto (ECA-USP)
Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco (FFLCH-USP)
Prof. Dr. Luiz Bernardo Pericás (IEB-USP)
16h00 - 17h45  - Seminários Temáticos (11-15)
18h00 - 19h30 - Conferência 3
Economia e História Econômica
Prof. Dr. Flavio Azevedo Marques Saes (FEA-USP)
01/06 | SEXTA-FEIRA
14h00 - Mesa redonda 3 - Economia e Demografia da escravidão
Prof. Dr. José Flávio Motta (FEA-USP)
Prof. Dr. Rafael de Bivar Marquese (FFLCH-USP)
Prof. Dr. Horácio Gutierrez  (FFLCH-USP)
    
16h00 - 17h45 - Seminários Temáticos (16-20)
18h00 - 19h30 - Conferência de Encerramento
História Econômica e interpretação econômica da História
Prof. Dr. Fernando Antônio Novais (FFLCH-USP)
SEMINÁRIOS TEMÁTICOS
29/05 | 16:00-17:45
MESA 1 - Mundo urbano e vida material
Coordenação: Prof. Dr. Alexandre Macchione Saes
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Flávia de Matos Rodrigues
Na contramão de um plano: ambulantes na década de 30.
Jeansley Charlles de Lima
Regulação e controle: as relações de trabalho na estrutura ocupacional da cidade do Rio de Janeiro (1880-1910).
Joana de Moraes Monteleone
As modistas cariocas e as novas profissões femininas ligadas à moda.
Márcia Cristina Lacerda Ribeiro
A organização espacial da cidade grega antiga através das tragédias.
Helena Wakin Moreno
Luanda entre o Atlântico e o Kwanza: a circulação e as idéias de uma cidade em transformação (1890 – 1901).
MESA 2 - Economia e administração Colonial I
Coordenação: Prof. Dr. Maximiliano Mac Menz (UNIFESP)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 2
Fernando Victor Aguiar Ribeiro
Semeando vilas no sertão: a produção historiográfica sobre os municípios criados a oeste de São Paulo (1560-1765).
Juliana da Silva Henrique
Feira de Capoame e a pecuária nos sertões baianos  (século XVIII).
Thiago Alves Dias
O governo das anexas: administração e economia nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil.
Tiago Kramer de Oliveira
O centro da América do sul em velhos mapas:  notas de pesquisa sobre a ruralidade nas minas do Cuiabá.
MESA 3 - Economia e população no interior do Brasil
Coordenação: Profa. Dra. Suely Robles Reis de Queirós
DH - Sala 12
Carlos Eduardo Rovaron
Trabalho comparativo: a produção rural sul mineira na zona de fronteira com o Rio de Janeiro e na zona de fronteira com São Paulo – primeira metade do séc.XIX.
Enrique Duarte Romero
Os movimentos da economia corumbaense de 1870 a 1914.
Fernando Antonio Alves da Costa
Riqueza e população em Santa Rita do Turvo/MG na segunda metade do XIX.
Reinaldo Benedito Nishikawa
Colônias no Paraná - o mercado interno na província (1854-1874).
MESA 4 - Trabalho e indústria na primeira metade do século XX
Coordenação: Prof. Dr. Paulo César Gonçalves (UNESP)
DH - Sala 21
Joimar Castro Menezes
Importações e industrialização no Brasil durante a Primeira Guerra Mundial.
Marcelo Freitas Soares de Moraes Cruz
Formação do mercado de trabalho e classe operária em São Paulo e no Rio de Janeiro - 1880-1920.
Ramatis Jacino
A inserção do negro no mercado de trabalho em São Paulo – 1912/1920.
Gilmar Machado de Almeida
Os rios na linha de montagem: o abastecimento de água e a indústria elétrica nas primeiras décadas do século XX.
Yuri Martins Fontes
Contribuições à metodologia dialética: Mariátegui e Caio Prado na formação da filosofia latino-americana contemporânea.
MESA 5 - Política e Economia no Brasil Contemporâneo
Coordenação: Profa. Dra. Luciana Suarez Lopes
DH - Sala de Vídeo
Danilo Barolo Martins de Lima
Um estudo sobre elites políticas, idéias econômicas e a conformação de grupos de interesse - O caso do Tratado Brasil-EUA, 1935.
Danilo José Dalio
Conflitos políticos e integração regional: o Brasil frente ao Pacto ABC e à ALALC.
Israel da Silva Luz
Regulação e controle: as relações de trabalho na estrutura ocupacional da cidade do Rio de Janeiro (1880-1910).
Adalberto Coutinho de Araújo Neto
As propostas de políticas públicas para a educação dos socialistas tenentistas.
30/05 | 16:00-17:45
MESA 6 - Comércio e redes mercantis no Mundo Ibérico
Coordenação:  Prof. Dr. Pedro Luís Puntoni
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Alexandra Maria Pereira
Por entre as Minas e a Corte: Apontamentos da pesquisa acerca da trajetória do Homem de Negócios Jorge Pinto de Azeredo.
Ana Hutz
Redes comerciais cristãs novas no Brasil durante o reinado de Filipe III.
Diego de Cambraia Martins
O tráfico de escravos em Bissau e a dinâmica da economia atlântica portuguesa (1756-1808).
Idelma Aparecida Ferreira Novais
A Mesa de Inspeção do Açúcar e Tabaco da Bahia (1751-1808).
MESA 7 - Cotidiano e escravidão no século XIX
Coordenação: Profa. Dra. Suely Robles Reis de Queirós
DH - Sala de Vídeo
Cleyton Rodrigues dos Santos
Sociabilidade e relações sociais: a complexidade do quotidiano nos anos finais do escravismo em Rio Claro.
Eduardo José Vieira
O Município de Lavras-MG nas décadas finais do Regime Escravista (1870-1879).
Marcelo Loyola de Andrade
Alforrias na expansão da lavoura cacaueira, Ilhéus (BA), 1810-1848.
Régia Agostinho da Silva
“A mente, essa ninguém pode escravizar”:  Maria Firmina dos Reis e a escravidão no Maranhão na segunda metade do século XIX.
Breno Matrangolo
Práticas Fúnebres e formas de bem morrer na cidade de São Paulo (1800-1859).
MESA 8 - Sociedade, política e intelectuais na primeira metade do século XX
Coordenação:  Profa. Dra. Marisa Midori Daecto
DH - Sala 19
Apoena Canuto Cosenza
O papel organizativo dos Jornais do Partido Comunista Brasileiro de 1922 a 1935.
Julio Lucchesi Moraes
A autonomia deslocada: reflexões econômicas sobre os conceitos de 'autonomia da arte' e de 'gênio criador' e cultura brasileira.
Katya dos Santos Schmitt Parcianello
Sistema colonial, sentido da colonização e mercado interno no pensamento de Caio Prado Junior.
Rafael Del'Omo Filho
LCI: Uma concepção original do desenvolvimento histórico brasileiro.
MESA 9 - Economia no mundo contemporâneo ( Séculos XX e XXI)
Coordenação: Prof. Dr. Lucas Jannoni Soares (FACAMP)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 2
Andreia Lopes da Costa
As reformas islâmicas do sistema bancário e financeiro paquistanês no período entre 1977-1988.
José Roberto Barsotti Baldin
A evolução do capital imobiliário nacional no setor de shopping centers a partir dos anos de 1980.
Maria de Fatima Silva do Carmo Previdelli
Vinte anos de inserção da Economia Portuguesa na Comunidade Econômica Europeia (1986-2005).
MESA 10 - Política, trabalho e economia no final do século XIX
Coordenação: Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
DH - Sala de Qualificação
Alex Hagiwara
Floriano Peixoto e a "grande imprensa": o Brasil nos anos iniciais da República (1891-1895).
Roberta Barros Meira
Ensejo de esperanças animadoras: a realidade criada pela lei 2687.
Rosa Guadalupe Soares Udaeta
A Hospedaria de Imigrantes (ou Migrantes?) do Campo da Luz.
Vinícius de Bragança Müller e Oliveira
Educação e Economia: Diferenças regionais (São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco), 1850-1930.
31/05 | 16:00-17:45
MESA 11 - Política e economia no Brasil Imperial
Coordenação: Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
DH - Sala 19
Hernán Enrique Lara Sáez
O Tonel das Danaides: um breve estudo sobre as decisões polítcas sobre a moeda e os bancos entre 1850 e 1866.
José Tadeu de Almeida
Crises monetárias e sociais na gestão do Padrão-ouro em Portugal e Brasil no século XIX:  uma perspectiva comparada.
Natalia Tammone
Estados unidos, Portugal e  Brasil em uma época  de transição: continuidade e inovação (1783-1824).
Vitor Marcos Gregório
A criação de províncias no Brasil Império: um balanço da pesquisa.
MESA 12 - São Paulo na economia cafeeira
Coordenação:  Prof. Dr. Alexandre Barbosa
DH - Sala 21
Fábio Rogério Cassimiro Correa
Os Bancos de Custeio Rural e o crédito agrícola em São Paulo (1906-1914).
Fernando Antonio Abrahão
Padrões de riqueza e mobilidade social na economia cafeeira: Campinas: 1870-1940.
Paulo Roberto de Oliveira
São Paulo e suas economias externas na Primeira República.
Rodrigo Fontanari
Contornando o problema do financiamento: um “crédito multifacetado e de vizinhança” na economia cafeeira paulista (1889-1914).
MESA 13 - Teoria e conceitos na obra de Marx
Coordenação: Prof. Dr. Ruy Braga (FFLCH-DS)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Ana Paula Salviatti Bonuccelli
As reificações contemporâneas do capital. Modo de Produção e Forças produtivas sob a lógica do capital.
Bruno Hofig
Necessidade e contingência em O Capital: contribuição à apreensão científica de um objeto histórico.
Caio Graco Valle Cobério
Tópicos de Investigação sobre o Capitalismo Monopolista:Proposta metodológica elementar para a construção de um modelo histórico.
Vera Aguiar Cotrim
Trabalho complexo e produção capitalista em Karl Marx.
MESA 14 - Economia e vida material no Império Português
Coordenação:  Dra. Profa. Dra. Avanete Pereira  Sousa (UESB)
DH - Sala de Vídeo
Claudia Coimbra do Espírito Santo
A alma é o segredo no negócio: poder, religião, direito e economia no Império Português (1735-1808).
Igor Renato Machado de Lima
Família, vida material e povoamento na formação da Capitania de São Vicente.
Pablo Oller Mont Serrath
Contabilidade do Império Português: o Erário Régio.
Rafael da Silva Coelho
Moeda e sistema colonial no Brasil no final do século XVII
MESA 15 - Juventude: trabalho e educação
Coordenação: Prof. Dr. Horácio Gutiérrez
DH - Sala 12
Antero Maximiliano Dias dos Reis
Juventudes trabalhadoras frente a desregulamentação das relações de trabalho (Florianópolis, 1980-1990).
Cristiano José Pereira
Memória respeitada em arquivo organizado: jovens trabalhadores sindicalizados (1951-1973) da fábrica de louças “Santo Eugênio”, em São José dos Campos-SP.
Eduardo Januário
Finaciamento Educacional no Estado de São Paulo 1986-1994: Uma análise quantitative.
01/06 | 16:00-17:45
MESA 16 - Economia e administração colonial II
Coordenação: Profa. Dra. Avanete Pereira  Sousa (UESB)
DH - Sala de Vídeo
Bruno Aidar
O fim do estanco do sal e a arquitetura de poderes na capitania de São Paulo, c.1790-1808.
Lorena Leite
As Disputas na Fronteira Sul da América: a Colônia do Sacramento e o Tratado de Santo Ildefonso de 1777.
Patrícia Valim
José Pires de Carvalho e Albuquerque, Secretário de Estado e Governo do Brasil: poder, elites e contestação na Bahia de 1798.
Ronaldo Capel
O governo Bernardo José de Lorena: agricultura, economia e sociedade na capitania de São Paulo (1788-1797).
MESA 17 - Política e projetos econômicos
Coordenação: Prof. Dr. Renato Perim Colistete
DH - Sala 10
Adriana Gilioli Citino
Ecos da doutrina social no mundo do trabalho: Brasil 1937-1967.
Ailton Laurentino Caris Fagundes
Os militares e os economistas do regime.
Fernando Furquim de Camargo
A Guerra Civil Espanhola e as ações econômicas de Brasil e Estados Unidos (1936-1939).
Silvia de Bernardinis
O programa econômico do Partido Comunista Italiano na década de 1950.
MESA 18 - Indústria e obras públicas na virada do século XIX para o século XX
Coordenação: Profa. Dra. Raquel Glezer
DH - Sala Caio Prado Junior
Guilherme Carra Makowsky
Os trens sem trilhos: a construção da estrada de ferro norte de São Paulo – 1874 - 1931.
Natália Maria Salla
Apontamentos sobre a indústria cerâmica em São Paulo (1890-1930).
Renata Cipolli d’Arbo
Projeto de pesquisa sobre o desenvolvimento tecnológico e produtividade na agricultura de São Paulo: Ribeirão Preto, 1875-1920.
MESA 19 - Economia na América Latina contemporânea
Coordenação: Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco
DH - Sala 21
Ana Carolina Ramos e Silva
A questão agrária na Colômbia: expansão capitalista e conflitos sociais (1974-1986).
Flávio Benedito
A evolução econômica venezuelana nos anos de Hugo Chávez (1999-2011).
Nelson Alves Caetano
Expansão Econômica Brasileira (2001-2010).
MESA 20 - Intelectuais e pensamento econômico
Coordenação: Profa. Dra. Ana Luiza Marques Bastos (Cátedra Jaime Cortesão)
DH - Sala Nelson Wernek Sodré
Cristiano Addario de Abreu
Rangel e Braudel: similitudes de análise econômica entre dois pensadores contemporâneos.
Leandro Vizin Villarino
“Governamentalidade” e “liberalismo” como categorias de análise histórica em Foucault.
Luiz Felipe Bruzzi Curi
Roberto Simonsen, Wladimir Woytinsky e o período entreguerras: elementos de questionamento à ortodoxia.
Roberto Pereira Silva
Duas respostas à Controvérsia dos Métodos: Alfred Marshall e Max Weber.
Bruno  Vilagra
Manuel Joaquim Rebelo: horizontalidade funcional da divisão do trabalho.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Teses sobre desenvolvimento sustentavel - USP

Parece que o tal de conceito de desenvolvimento sustentável se tornou o mantra dos últimos anos: ninguém faz nada se não for sustentável.
Não sei esses trabalhos acadêmicos se sustentam, mas eles devem ser úteis a quem pesquisa a área.
Paulo Roberto de Almeida 



A Universidade de São Paulo (USP) está lançando um portal com cerca de 1.300 teses e dissertações de doutorado e mestrado sobre temas que serão tratados durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20.

O material, produzido entre junho de 1992 e setembro de 2011, pode ser consultado no site


que permite realizar buscas por autor, resumo e palavras-chave, além do download das pesquisas completas.. O portal está disponível também em inglês. 

“É a primeira experiência [da USP] nesse sentido. Uma forma de fazer a USP estar presente no debate da Rio + 20. São trabalhos científicos de várias ordens que foram articulados, reunidos e disponibilizados para a sociedade e para os tomadores de opinião. Vai auxiliar organizações não governamentais [ONGs], políticos e a sociedade civil. Essa foi a nossa intenção principal”, destacou um dos coordenadores do projeto, o professor titular de geografia da USP, Wagner Costa Ribeiro.

Segundo dados do novo portal, a temática mudanças climáticas só foi percebida pelos programas de pós-graduação da universidade a partir de 1996, como um possível reflexo das discussões realizadas na Rio-92 (a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio em 1992).

“Nós identificamos alguns momentos de pico na produção científica. A gente acredita que há relação direta com as discussões que estavam ocorrendo na época. Dá para associar claramente a discussão dos temas das grandes conferências com a produção nossa aqui”, acrescentou o professor.

De acordo com informações do portal, o primeiro pico de produção de teses e dissertações sobre mudanças climáticas ocorreu em 1998, seis anos após a Rio 92. Depois, houve um ligeiro declínio até 2001. Em 2002 ocorreu o segundo pico de produção. Depois desse ano, houve uma redução até 2006, quando um novo ciclo de crescimento foi observado, até o terceiro pico, alcançado em 2009.

“Interessante apontar que 2002 foi o ano da Conferência Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, reunião realizada em Johanesburgo, que teve como meta avaliar os avanços da Rio-92. Em 2009 ocorreu a reunião de Copenhague sobre mudança climática, que teve ampla repercussão na época, o que pode ter influenciado os trabalhos dos anos seguintes”, analisou Ribeiro.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Guerra Fria: Seminario na USP, 7-9/11/2011


Programa Oficial
Seminário, Estudos sobre a Guerra Fria,
Universidade de São Paulo,
7-9 de novembro de 2011, Auditório de História, FFLCH, USP

Conferência de Encerramento: Alexandre Busko Valim,
Universidade Federal de Santa Catarina
Quarta-feira, 16hrs e 30 a 18hrs e 30
Não é necessário se inscrever.
Mais informações: guerra_friaUSP@yahoo.com.br

1) Segunda-feira, 14hrs-16 hrs
                        Guerra Fria:  Música Popular e Cinema
·               Eliel W. Cardoso: Cantos da Guerrra Fria: Alí Primera e a canción necesaria
·               Suelen M.M. Dias: Representações da corrida espacial na canção brasileira.
·               Maria Rosana Fabris: A batalha das idéias no cinema italiano do Segundo pós-guerra.
·               Michelly C. da Silva: A Guerrra Fria no cinema: o exemplo de Eu fui um comunista  para o FBI (1951) como filme anti-comunista      
            Debatedor: Marcos Napolitano, USP

2) Segunda-feira, 16hrs e 30-18hrs e 30
                        Guerra Fria: Era Atômica e Espionagem
·               Anelise Suzane F. Coelho: A guerra secreta da CIA: o componente propagandístico e psicológico da operação encoberta na Guatemala
·               Julio B. Cattai: O sonho de Julios e Ethel Rosemberg: anti-semitismo, opinião pública e a USIA
·               Tácito Rolim: Duck and cover (1952: aprendendo a sobreviver na Guerra Fria e na Era Atômica.
·               Leslie L. C. hein: O imaginário social da energia atômica em um contexto de conflito internacional (1945-1949).
                        Debatedor: Roberto Baptista Junior

3)             Terça-feira, 10hrs-12hrs
                        Guerra Fria: Raça e Genêro
·               Aruã Silva de Lima: Black Liberation, “Alexandre Pushkin”  e os direitos civis: afro-comunistas e o preâmbulo da geopolítica soviética (1921-1948)
·               Wanderson da Silva Chaves: A Fundação Ford e Departamento de Estado: a montagem de um modelo e operação pós-guerra
·               Teresa Marques, O Feminismo no Brasil e seus diálogos internacionais
                        Debatedor: Sean Purdy, USP
                  
4)             Terça-feira, 14hrs-16hrs
                        Guerra Fria e Brasil
·               Eduardo José Afonso: Para alguns norte-americanos verem
·               Larissa R. Corrêa: "Democracia" e "liberdade" no sindicalismo brasileiro durante a ditadura militar: a atuação da AIFLD.
·               Nilo Dias de Oliveira, A animosidade dentro das Forças Armadas: Vigilância e expurgo na caserna.
·               Elizabeth Cancelli: O Instituto Latino-Americano de Relações Internacionais e a Guerra Fria: A Criação de Agendas Políticas e Intellectuais na América Latina
                        Debatedor: Francisco de Assis Queiroz, USP

5) Terça-feira, 16hrs e 30-18hrs e 30
            Guerra Fria: Literatura e Imprensa
·               André Moreira de Oliveira: A América que nega Buenos Aires ou das aparentes duas mortes de Hector Germán Oesterheld
·               Matheus Cardoso Silva: Historiografia e crítica em meio à recepção da obra de George Orwell nos anos da Guerra Fria Cultural
·               Thiago Fidelis: Política internacional: a Guerra Fria nas páginas do periódico Civilização Brasileira
·               Luciana Marta: Intelectualidade brasiliera em tempos de Guerrra Fria: a agenda intelectual comunista nas revistas político-literárias
                        Debatedor: Alexandre Valim, UFSC
           
Confraternização: terça-feira à noite.

6)             Quarta-feira, 10hrs-12hrs
                        Guerra Fria: Estado, Sociedade Civil e Relações Internacionais
·               Virgílio Arraes: A necessidade de conveniência da Santa Sé com os Estados Unidos ao longo da Guerra Fria
·               Fábio Lucas da Cruz: Denúncia no exílio: a Frente Brasileira de Informação (1964-1979).
·               Renata Meirelles: Anistia para o ocidente: perplexidade, desconforto e religiosidade no pós-guerra.
·               Francisco Palomanes Martinho: Guerra Fria e Questão Colonial: em torno do caso português.
            Debatedor: Elizabeth Cancelli, USP

7)             Quarta-feira, 14hrs-16hrs
                        Guerra Fria e Geopolítica
·               Paulo Roberto Sena Junior: A organização das Relações Internacionais no contexto bipolar. O conflito EUA e URSS (1945-1950) e a elaboração da  Containment Doctrine  norte-americana.
·               Paulo Roberto de Almeida: A economia política da velha Guerra Fria e a nova "guerra fria" econômica da atualidade: o que mudou, o que ficou
·               Sandro Heleno M. Zarpelão: A Guerra do Golfo (1991), os EUA , a Doutrina Powell e a Guerra Fria.
·               Carlos Eduardo Vidigal: Desenhos Geopolíticos da América do Sul (1945-1982)
            Debatedor: Angelo Segrillo, USP

8) Quarta-feira, 16hrs e 30-18hrs e 30
Conferência de Encerramento, Alexandre Busko Valim, Universidade Federal de Santa Catarina

Coordenadores: Elizabeth Cancelli, História, USP; Sean Purdy, História, USP 
Comissão Científica
Elizabeth Cancelli
Marcos Napolitano
Mary Ann Junqueira
Sean Purdy

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A maravilhosa Cuba da USP, e o que deixaram de dizer...

Cuba, pelo que se vê, pelo que se ouve, pelo que se lê em certos setores do Brasil, é uma extraordinária potência desenvolvida, extremamente inovadora, com um povo feliz, sorridente, bem alimentado, sobretudo viajado e lido, com total liberdade de exercer seus direitos e privilégios, desde que dentro da revolução, claro, e com a devida autorização do lider supremo.
Uma maravilha, pelo menos para a revista de Estudos Idiotas, da USP...
Paulo Roberto de Almeida 



Revista de Estudos Atrasados
Leandro Narloch e Duda Teixeira 
Folha de São Paulo, 20/10/2011

A expressão "estudos avançados" deveria designar discussões científicas de ponta, novas interpretações históricas e atualizações a teorias consagradas. A revista "Estudos Avançados", da USP, costuma publicar artigos com esse perfil desde que foi criada, em 1987. Não é o caso do número 72, nas bancas neste mês. O "Dossiê Cuba", que compõe a maior parte da edição, apresenta estudos que são tudo, menos avançados: artigos sem nenhuma intenção científica e peças de propaganda escritas por pessoas ligadas ao governo cubano.

São ao todo 15 artigos de pesquisadores e jornalistas cubanos, e mais dois de brasileiros. Nenhum dos autores é crítico de um regime que, todos hão de concordar, desperta opiniões divergentes.

O texto mais emblemático é "A democracia em Cuba", do ensaísta Julio César Guanche.
O autor afirma que a revolução de 1959 consagrou um "novo conceito de democracia, com o intuito de garantir o acesso à vida política ativa de grandes setores da população" e defende a manutenção do que chama de "unidade revolucionária" - a proibição imposta aos cubanos de fazer reuniões e formar partidos, jornais ou sindicatos.

Um trecho de "Ciência em Cuba: uma aposta pela soberania" lembra um vídeo institucional: "Inaugurada em Havana pelo próprio presidente Fidel Castro, a entidade conhecida pela sigla CIGB [Centro de engenharia genética e biotécnica] contribuiu de maneira excepcional para colocar Cuba entre os líderes mundiais de tão importante setor". Diversos textos seguem o padrão de citar Fidel no início, mencionar a situação de Cuba antes de 1959 e descrever conquistas da revolução.

O artigo "A educação em Cuba entre 1959 e 2010" não traz discussões sobre métodos de ensino ou experiências mais ou menos eficientes. Em vez disso, o autor reproduz diversas falas de Fidel Castro, incluindo até mesmo a tautologia "é necessário mudar tudo o que deva ser mudado". Do mesmo modo, "Um olhar para a saúde pública cubana" não tem problematização ou comparação de dados, como é praxe nos artigos da revista da USP. O autor se destina apenas a destacar supostas conquistas médicas obtidas em Cuba por causa da "vontade política do governo revolucionário". Não há menção à falta de remédios ou aos subornos exigidos por médicos, queixas tão frequentes entre cubanos menos comprometidos.

Quem assina o texto sobre a saúde de Cuba é o jornalista José A. de la Osa, que ensinava censura, ou melhor, ministrava a disciplina de "política informativa" da Universidade de Havana. De acordo com ex-alunos da universidade, Osa ensinava quais eram os temas que não poderiam figurar nos jornais oficiais, como fracassos econômicos, opiniões de dissidentes e crimes chocantes.

A edição é ilustrada com fotos fornecidas pelo governo cubano. As imagens das páginas 47 e 76 são relíquias da propaganda comunista. Trata-se de reconstituições, à la Stálin, de episódios do movimento revolucionário.

Deve ser direito de qualquer pessoa manifestar a opinião que desejar, inclusive as mais ultrapassadas. Mas se essa manifestação envolve dinheiro público, então é preciso acatar opiniões divergentes e realizar apenas as tarefas para as quais os recursos se destinam. A revista "Estudos Avançados" funciona com fundos do governo federal e da USP, que por sua vez ganha 5% de todo o ICMS de São Paulo. São cerca de R$ 3 bilhões por ano pagos por empresas capitalistas e por cidadãos de todas as classes sociais, que vivem numa democracia com liberdade de pensamento. Não é justo que parte desse dinheiro ajude a mascarar a mais longa ditadura do mundo atual.

Leonardo Narloch e Duda Teixeira são jornalistas e autores do "Guia Politicamente Incorreto da América Latina" (editora LeYa).

sábado, 27 de agosto de 2011

Seminário: Estudos sobre a Guerra Fria - USP, 7-9/11/2011

Seminário – Estudos sobre a Guerra Fria
USP, 7-9 de novembro de 2011


Chamada para trabalhos:

O Grupo de Estudos sobre a Guerra Fria, sediado no Departamento de História da USP, convida professores universitários e estudantes de pós-graduação a submeter trabalhos para o primeiro encontro de sua série de seminários semestrais que terá início na segunda semana de novembro (segunda a quarta-feira dias 7-9).

Estamos especialmente interessados em pesquisas cuja abordagem tenha como foco a análise de aspectos relacionados às idéias, à política, à ideologia e à Guerra Cultural, bem como em trabalhos dirigidos ao impacto dos movimentos que tratem das liberdades e direitos civis, liberdade política, relações de gênero e de trabalho, políticas de segurança e movimentos de descolonização.

O Grupo de Estudos sobre a Guerra Fria tem como finalidade agregar pesquisadores interessados em discutir pesquisas em andamento e centrar sua agenda na renovação historiográfica. Trata-se de espaço cujo principal compromisso é privilegiar intenso debate de idéias e troca de experiências de pesquisa.

Não oferecemos qualquer tipo de financiamento para a participação no encontro, mas existe a possibilidade de encaminhar trabalhos para publicação.

Coordenação:
Profa. Elizabeth Cancelli ( Área de Brasil Independente e Pós-graduação em História Social)
Prof. Sean Purdy (Área de América Independente e Pós-graduação em História Social)

Comissão Científica:
Elizabeth Cancelli
Marcos Napolitano
Mary Ann Junqueira
Sean Purdy

Inscrições: Feitas por email, guerra_friaUSP@yahoo.com.br. Prazo: sexta-feira 2 de setembro. Por favor, incluir nome, afiliação e email, juntamente com a versão completa do trabalho (limite de 30 páginas, espaço duplo, Times New Roman, fonte 12) e um pequeno resumo de, no máximo, 10 linhas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Teorias do desenvolvimento -- dissertacao de Danilo F. R. da Silva (FEA-USP)

Uma recomendação de trabalho objeto de minhas pesquisas nesta área do desenvolvimento econômico, obtida em uma lista de história do pensamento econômico.

Dissertação de Mestrado
Documento: Dissertação de Mestrado
Autor: Silva, Danilo Freitas Ramalho da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Área do Conhecimento: Economia das Instituições e do Desenvolvimento
Data de Defesa: 2005-12-16
Orientador: Santos, Raul Cristovao dos
Banca examinadora: Santos, Raul Cristovao dos (Presidente)
Lima, Gilberto Tadeu
Serrano, Franklin Leon Peres

Título em português: A construção do objeto teórico das teorias do desenvolvimento econômico

Resumo em português:
Este trabalho tem como tema as teorias do desenvolvimento econômico, área da economia que ficou conhecida pelo estudo dos países subdesenvolvidos no período compreendido entre a Segunda Guerra Mundial e o final da década de 1970. Sua finalidade é recuperar as principais idéias dessas teorias de forma a entender a construção de seu objeto teórico e, assim, interpretar a sua relevância para o estudo dos países subdesenvolvidos (em desenvolvimento) nos dias de hoje, como proposto por Krugman (1992). Para essa tarefa foram selecionados textos clássicos de quatro autores representativos das teorias do desenvolvimento econômico, com o intuito de abranger as idéias fundamentais dessas teorias; quais sejam eles: Paul Rosenstein-Rodan, Arthur Lewis, Albert Hirschman e Raúl Prebisch. Suas idéias serão analisadas e interpretadas com o auxílio de textos suplementares que têm como objetivo inseri-las no contexto na qual foram formuladas. Chegar-se-á à conclusão de que as teorias do desenvolvimento econômico constituem um corpo teórico à parte do núcleo da teoria econômica tradicional e que a construção de seu objeto teórico de investigação se dá através da rejeição do arcabouço da teoria econômica tradicional. Isso porque os países subdesenvolvidos apresentariam características sui generis que os legitimariam como objeto de estudo diferente dos países desenvolvidos e, conseqüentemente, tornariam a teoria econômica tradicional inaplicável para o entendimento do seu desenvolvimento. Esse resultado está de acordo com a interpretação das teorias do desenvolvimento econômico feita por Seers (1967) e Hirschman (1982) ao mesmo tempo em que apresenta pontos divergentes à interpretação de Myint (1967). O que se espera, entretanto, é que este trabalho tenha cumprido a sua tarefa de trazer, de volta, à tona algumas idéias presentes nas teorias do desenvolvimento econômico em sua forma original, para que elas façam parte do debate acerca do desenvolvimento dos países subdesenvolvidos, nos dias de hoje.

AVISO:
Este trabalho é somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino. Não é autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Esta reserva de direitos abrange a todos os dados do documento bem como seu conteúdo. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar nome da pessoa autora do trabalho.

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Data de Publicação: 2006-04-04
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sábado, 23 de outubro de 2010

Mapas historicos, na ponta do mouse...

Para quem, como eu, gosta de mapas antigos, este é um dos sites (o outro é, obviamente o da Library of Congress):

Biblioteca Digital de Cartografia Histórica da USP

A Biblioteca Digital de Cartografia Histórica reúne a coleção de mapas impressos do antigo Banco Santos - atualmente sob custodia do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP), conforme determinação da Justiça Federal. Além de disponibilizar os mapas em alta resolução, o site oferece informações cartobibliográficas, biográficas, dados de natureza técnica e editorial; assim como verbetes explicativos que procuram contextualizar o processo de produção, circulação e apropriação das imagens cartográficas.

A concepção da Biblioteca Digital foi desenvolvida pela equipe do Laboratório de Estudos de Cartografia Histórica (LECH), da Cátedra Jaime Cortesão, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP), e executada pelo Centro de Informática de São Carlos (CISC/USP), com o apoio da FAPESP (Projeto Temático Dimensões do Império Português). A equipe do IEB realizou a digitalização dos mapas, sendo também responsável pela conservação dos mesmos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ranking das universidades: USP e Unicamp depois de 232...

Melhores universidades do mundo estão nos EUA
MARCOS FLAMÍNIO PERES
Folha de S.Paulo, 16/09/2010

Não é só mito, mas estatística: Harvard é a melhor universidade do mundo, os EUA, sozinhos, abrigam 15 das 20 melhores instituições de ensino do planeta, e é dinheiro, muito dinheiro, que move essa engrenagem.

Essas são algumas das conclusões do Ranking Mundial de Universidades 2010-11 da Times Higher Education, referência em ensino superior que a Folha publica com exclusividade no Brasil.

OPINIÃO: Nova versão do ranking se baseia em detalhadas consultas internacionais
DEPOIMENTO: Em Harvard, você é só um grão de areia em boa companhia
Na América Latina, USP é a 1ª colocada em ranking

A crise financeira de 2008 parece não ter provocado estrago nos campi dos EUA. Entre as 200 instituições que figuram no ranking, mais de um terço é de norte-americanas (72).

A receita é simples, segundo Ann Mroz, editora da THE: "Os EUA investem 3,1% de seu Produto Interno Bruto em educação superior, enquanto os demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico investem 1,5%".

FORÇA ASIÁTICA
Em sua sétima edição, o ranking também revela a forte presença das asiáticas. Entre as 50 melhores, o continente possui sete --China (2), Hong Kong (2), Japão, Coreia do Sul e Cingapura-- e, nessa faixa, já bate a Europa continental: Suíça (2), França (2), Alemanha e Suécia.

No entanto, se for incluído o Reino Unido, a balança pende para a Europa. A ilha detém quatro das 50 melhores universidades, três delas entre as dez primeiras (Cambridge, Oxford e Imperial College). Levando-se em conta o ranking completo, o Reino Unido (com 29) e Europa continental (com 51) disparam.

No total, as asiáticas somam 27 --China (6), Japão (5), Taiwan e Coreia do Sul (4 cada uma) são os destaques.

Já as instituições dos países de língua inglesa, somadas, dominam 120 posições --ou 60% do ranking (Canadá --nove-- e Austrália --sete-- vêm em seguida).

Na Europa continental, a surpresa foi a Alemanha. Com 14 instituições, o motor econômico da região também lidera o ensino superior. O país "investiu 18 bilhões de euros em pesquisa nos últimos cinco anos", afirma Mroz.

A França decepcionou: figura apenas em quinto.

NOVOS CRITÉRIOS
A versão 2010-11 do ranking da THE passou por ampla reformulação --a começar da compiladora dos dados, que é a Thomson Reuters. Mas a mudança mais radical, segundo Mroz, foi de metodologia: "Usamos hoje 13 indicadores, em vez dos seis usados anteriormente [...] e ouvimos 13.388 acadêmicos altamente qualificados, de todo o mundo".

O critério de reputação também teve seu peso reduzido. "Privilegiamos mais as evidências objetivas --e não as subjetivas."

Colaborou EMILIO SANT'ANNA, de São Paulo

[A USP está no lugar 232 e a Unicamp em 248)

domingo, 4 de julho de 2010

Caminhos da Pos-Graduacao no Brasil: mais Humanidades, menos Ciencias Duras

Humanidades puxam expansão da pós-graduação no Brasil
RICARDO MIOTO
Folha de S.Paulo, 04/07/2010

O doutorando brasileiro está cada vez mais interessado em Machado de Assis e menos em relatividade.

Ao menos é isso o que sugere um novo levantamento do governo. Ele mostra que a expansão da pós-graduação brasileira é puxada, em primeiro lugar, pelo aumento de doutores nas humanidades, e não nas ciências exatas e biológicas.

Em 1996, as ciências exatas e da Terra ocupavam o segundo lugar entre as áreas que mais formavam doutores no país, com 16,1%. Em 2008, caíram para o sexto lugar, com 10,6%.

O tombo das engenharias foi menor. A área se manteve como a quinta que mais forma doutores, mas a sua fatia caiu de 13,7% para 11,4%. Redução similar teve a área de ciências biológicas.

"Se olharmos as áreas que cresceram menos, elas ainda cresceram muito", diz Eduardo Viotti, que coordenou o estudo, realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

"É difícil criar doutorados em áreas de ciências exatas, da Terra e engenharias. Eles exigem laboratórios, não são cursos que precisam apenas de cuspe e giz", brinca.

"O custo mais baixo estimula as escolas particulares a abrir cursos nessas áreas. Os novos dados não me surpreendem", diz o especialista em política científica Rogério Meneghini, coordenador de Pesquisas do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Opas-OMS).

Não foi só por causa das particulares que o número de doutores disparou, porém. Nesses 12 anos, as universidades federais aumentaram em mais de cinco vezes o seu número de doutores.

Em 2005, aliás, elas ultrapassaram as estaduais e se tornaram as instituições mais importantes na pós-graduação do Brasil.

Algumas estaduais, porém, como a USP e a Unicamp, ainda concentram grande parte das matrículas no país (veja abaixo). E, apesar do crescimento das federais, o país ainda tem apenas 1,4 doutor por mil habitantes, enquanto os EUA têm 8,4, e a Alemanha, 15,4.

MUDANÇA DE RUMO
Para Carlos Aragão, presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), a queda relativa na formação de quadros em ciências exatas é preocupante.

"Formar cientistas e engenheiros é fundamental para que exista inovação tecnológica nas empresas", afirma.

Além disso, pondera, áreas estratégicas para o país precisam dessas pessoas, como o programa espacial, o programa antártico, a política nuclear, as questões que envolvem clima, energia e agricultura e o pré-sal.

Segundo ele, o CNPq tem procurado apoiar a formação de engenheiros e cientistas lançando editais voltados para essas áreas, assim como facilitando o acesso a bolsas a alunos que se interessarem pelas áreas. "É necessário corrigir essa distorção", diz.

Os especialistas concordam, porém, que pode acontecer um movimento natural de fortalecimento das áreas que envolvem números.

"Nos últimos 20 anos o país não cresceu muito, não havia muito emprego ou interesse nas áreas de engenharia ou ciências da Terra. Direito, economia e administração, por exemplo, eram as áreas onde havia mais possibilidade de os doutores se empregarem", diz Viotti.

Com a economia do país se aquecendo e com empregos sobrando nas áreas de infraestrutura, o próprio mercado de trabalho pode incentivar alunos a buscarem as áreas de exatas, portanto.

segunda-feira, 8 de março de 2010

1757) Brasiliana de Jose Mindlin na internet


José Mindlin exibe em sua casa, em 2006, copia de Grande Sertão: Veredas

Mindlin reuniu ao longo de 80 anos uma biblioteca, chamada Biblioteca Brasiliana, que é considerada a mais importante coleção do gênero no Brasil formada por um particular. Ele e sua esposa doaram o acervo no ano passado à Universidade de São Paulo (USP). Parte dos livros e documentos reunidos já pode ser consultada na Internet:

http://www.brasiliana.usp.br/

Saiba mais sobre a Brasiliana Digital