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sábado, 7 de abril de 2012

Ministros obesos engordam cada vez mais...

Não, não estou falando de gordura adiposa, mas daquela gordura financeira, que enche os bolsos, as contas bancárias -- e sabe-se lá o que mais -- de ministro espertos que, não contentes de já ganharem o limite constitucional -- no trem da alegria que fizeram para eles, equiparando-os aos ministros do Supremo, além de todas as mordomias caseiras, ministeriais, restauracionais, transportais e outras --, ainda encontram maneira de enriquecerem um pouco mais, com esses cargos vergonhosos de conselheiros "copone", como para provar que nada em excesso é excesso, neste governo (e no anterior também).
Existem obesos e obesos, sendo que todos são obesos, mas alguns são mais obesos que outros.
Deve combinar com o grau de moralidade do indigitado...
Com vocês, o puro retrato da moralidade reinante no governo...
Paulo Roberto de Almeida 

Salário de 13 ministros extrapola teto de R$ 26,7 mil

O Estado de S.Paulo, 7/04/2012

Levantamento feito nos 38 ministérios da presidente Dilma Rousseff revela que um terço dos titulares das pastas engorda os rendimentos com a participação em conselhos de estatais

Artifício largamente empregado em governos passados para proporcionar uma remuneração de mercado a integrantes do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, os conselhos de administração e fiscal de estatais e empresas públicas continuam a ser usados para turbinar os salários de ministros de Estado.
Levantamento feito pelo Estado nos 38 ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff aponta que um terço dos ministros integra hoje uma elite do funcionalismo com supersalários que ultrapassam o teto salarial de R$ 26.723,15. São 13 ministros que engordam seus rendimentos com jetons por participação em conselhos de empresas.
O campeão é o ministro da Defesa, Celso Amorim, que acumula seu salário com o pró-labore de R$ 19,4 mil pagos pela participação no Conselho de Administração da Itaipu Binacional. São R$ 46,1 mil mensais brutos de remuneração.
A renda do ministro poderia ainda ser maior, se não houvesse o abate teto, mecanismo que impede Amorim de acumular na integralidade seus vencimentos de ministro da Defesa com a aposentadoria do Itamaraty. Diplomata de carreira, Amorim é aposentado do Ministério das Relações Exteriores desde 2007.
No comando da área econômica do governo, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, estão empatados na segunda posição do ranking dos mais bem pagos da Esplanada, com renda mensal bruta de R$ 41,5 mil.
Ambos são conselheiros da Petrobrás e da BR Distribuidora, com jetons que alcançam quase R$ 15 mil mensais. Miriam Belchior poderia ganhar ainda mais: como titular da pasta do Planejamento, ela é obrigada a fazer parte do Conselho de Administração do BNDES mas, segundo sua assessoria, abriu mão de receber o pró-labore de R$ 6 mil por essa participação.
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) engorda o salário com jetons de dois conselhos: é presidente do Conselho de Administração do BNDES, onde ganha R$ 6 mil mensais brutos, e integra também o BNDESPar, recebendo R$ 5,3 mil.
Braço direito de Dilma, Pimentel usufrui de R$ 38,1 mil por mês de renda. O vencimento do ministro da Ciência e Tecnologia é inferior ao do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que acumula o salário de ministro com os jetons de duas empresas: BrasilPrev e BrasilCap, chegando a ganhar R$ 38,7 mil mensais.
Conexões
O pagamento de jetons por estatais ou empresas públicas aumenta a renda de mais oito ministros. A maioria deles participa de conselhos que têm relação com as respectivas pastas. É o caso do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que integra dos conselhos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e da Finep, elevando sua renda mensal bruta para R$ 32,6 mil.
Para tentar pôr um freio nos supersalários, o governo federal decidiu encaminhar projeto de lei complementar que regulamenta o artigo 37 da Constituição. Esse dispositivo estabelece que nenhum servidor público pode ganhar mais que a remuneração de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ocorre que o artigo não foi regulamentado até hoje, deixando brechas para os megassalários.
"Temos que criar um limite para que os jetons pagos a ministros tenham um teto. Tem muita gente inflando o salário com jetons", defende a senadora Ana Amélia (PP-RS). "Essa acumulação é uma aberração, uma distorção. Afinal, os ministros acabam ganhando além do teto para exercer atividades afins a sua pasta, que são inerentes ao ministério", afirma o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ).
O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), argumenta que "é correta" a participação de ministros em conselhos de empresas que têm programas e projetos vinculados a suas pastas. "Está errado se, no meio do caminho, desvirtuaram a participação de ministros em conselhos para complementar salário", diz.
Regulamentação
Em fevereiro de 2011, logo após assumir uma cadeira no Senado, a hoje ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou proposta para acabar com os supersalários no Executivo, Legislativo e Judiciário associada ao projeto que pôs fim aos 14.º e 15.º salários dos parlamentares. Mas a tramitação da proposta que regulamenta o somatório das remunerações do funcionalismo até o teto não prosperou e o texto parado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.
"É preciso saber quais são as verbas que integram o vencimento bruto e as que têm caráter indenizatório", diz o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), que é relator do projeto na CAE.
O petista detectou erros na proposta elaborada por Gleisi Hoffmann e, daí, a necessidade de o governo enviar um novo projeto sobre o tema. A expectativa é a de que o texto seja encaminhado ao Congresso ainda no primeiro semestre deste ano.


sábado, 15 de maio de 2010

Conselheiros da Petrobras, ops, do BNDES

Um post, neste blog, sobre os famosos (alguns obscuros) conselheiros da Petrobras, que recebiam uma grana firme por alguns conselhos eventuais (alguns nem isso) em períodos esparsos, foi o que mais rendeu comentários, alguns raivosos, sobre o assunto.
Não importa tanto o dinheiro em si, pois se trata de empresas, com contabilidade supostamente aferida pelo mercado, ou pelas agências públicas de controle. O que se está mencionando é a "qualidade" (ou falta de) dos conselheiros, na verdade apenas indicados para complementação salarial (entre companheiros, claro).

Pague a ministra
A substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra (aquela do dossiê contra a falecida Ruth Cardoso), já tem novo complemento de salários: foi nomeada pelo presidente Lula para o Conselho de Administração do BNDES. Erenice é, desde o início de 2008, membro do Conselho Fiscal do BNDES. Recebe, a cada reunião, realizada de três em três meses, o jeton de R$ 15.370,00. Recebe também o salário de ministra, R$ 11.240 mensais.

PS: Já espero vários comentários, alguns raivosos. Ofensas serão deletadas, comentários sem foco no objeto também. Apenas um aviso preventivo (PRA).

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Conselheiros da Petrobras: finalmente a solucao do mistério...

Um dos posts mais acessados deste humilde blog, um dos mais controversos também (deve ter recebido dezenas de comentários, alguns raivosos, no que imagino sejam os cães de guarda de algum conselheiro que pretende discrição sobre seus ganhos, talvez em virtude de suas pretensões políticas), tem finalmente uma unformação fiável sendo disponibilizada por um ilustre Anônimo (se é que não há contradição nessa qualificação), ao ter o frequentador atento deste blog postado o seguinte comebtário:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem
"1165) Conselheiros da Petrobras: 76 mil por mes":

Resolvida a questão. O presidente da Petrobras publicou nota divulgando a remuneração do conselho de administração. Não é R$ 76 mil como diuvlgado. É R$ 74.423,57
Veja no link:
http://www2.petrobras.com.br/ri/port/ago_age/pdf/Convocacao-AGO-Item7-Remuneracao.pdf

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Postado por Anônimo no blog Diplomatizzando... em Segunda-feira, Maio 03, 2010 7:53:00 AM

Bem, publicado agora, só falta divulgar amplamente, e para isso serve esta minha humilde campanha pela transparência na vida de personagens públicos...

Paulo Roberto de Almeida