O governo federal (e, junto com ele, possivelmente todos os governos estaduais, municipais, de clubes, de associações, de condomínios, etc.) está crescendo demasiado, acima de sua já enorme grandeza da fase da chamada Nova República (que ficou velha rapidamente). Ele se tornou desmesurado, atualmente, disforme, balofo, hipertrofiado, cheio de aspones que não sabem nada e não fazem nada, apenas recolhem dinheiro para o partido.
Brasília foi construída com exatamente 19 prédios ministeriais, na Esplanada que leva esse nome. E aí cabiam todos os ministérios, inclusive quatro (sim 4) das FFAA: as três singulares mais o Estado Maior das FFAA, hoje sede do ministério da Defesa.
Isso foi em 1961. Os militares promoveram algumas ampliações, fizeram puxadinhos ministeriais, mas, sobretudo, criaram estatais: talvez umas duzentas. E deixaram o governo com 35% do PIB controlado pelo Estado.
A Nova República começou criando novos ministérios, o que foi revertido na era Collor, que juntou, extinguiu, eliminou vários, pelo menos no papel, mas ainda assim reverteu o processo de crescimento da máquina pública, de maneira altamente irracional e caótica, isso não discuto.
A era FHC foi discreta na ampliação e mais ousada na reformulação, tendo inclusive um ministério da reforma do Estado. Em todo caso, privatizou e reduziu o tamanho do Estado. Ufa! Ainda bem. Mas contraditoriamente, a carga fiscal continuou aumentando, para pagar todas as supostas benesses criadas pela Constituição de 1988.
Mas a era Lula retomou, ampliou, exacerbou, exagerou a imensa obra de conquista do Brasil pelo Estado, a começar pelo próprio governo, devidamente aparelhado pelos companheiros. Agora o Estado cresce não para atender ao que determina a Constituição, mas o partido dos companheiros, e gasta o nosso dinheiro com ele mesmo, seus marajás e seus aspones companheiros.
O que temos hoje é um governo que não cabe em Brasília, nem sequer no Brasil. Se trata de um recorde para o livro do Guinness, sem dúvida.
Ah: não se esqueça, caro leitor: você é quem está pagando tudo isso...
Paulo Roberto de Almeida
Sob protestos da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério e vinculada à Presidência da República. Enviado ao Congresso em 2011, o projeto prevê a criação de 66 cargos em comissão, a serem ocupados por servidores não concursados, e os cargos de ministro e de secretário-executivo. O custo previsto na exposição de motivos é de R$ 7,9 milhões. O projeto precisa ser aprovado no Senado, antes de ir à sanção presidencial.