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domingo, 14 de abril de 2024

Nota do Itamaraty: o máximo de contenção no Oriente Médio

 

Ataques do Irã a Israel  

O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.

Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

Em vista dos últimos acontecimentos no Oriente Médio, o Ministério das Relações Exteriores orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.

O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Segundo Round do clash Venezuela contra a Guiana: não será ainda desta vez - Nota do Itamaraty

 NOTA À IMPRENSA Nº 31

Reunião da Comissão Conjunta Guiana – Venezuela em BrasíliaCompartilhe por Facebook

O Palácio Itamaraty sediará, na manhã de 25 de janeiro, reunião da Comissão Conjunta de Chanceleres e Técnicos da República Cooperativa da Guiana e da República Bolivariana da Venezuela. A instância foi estabelecida pela Declaração de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela, adotada em 14 de dezembro passado, em São Vicente e Granadinas.

Em Brasília, acompanharão o diálogo os governos do Brasil, por intermédio do Chanceler Mauro Vieira, de São Vicente e Granadinas (em exercício da presidência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos - CELAC) e de Dominica (em exercício da presidência da Comunidade do Caribe - CARICOM), que atuam como interlocutores principais no processo.

Também assistem ao encontro representantes da Secretária-Geral da CARICOM, em apoio à presidência da CARICOM, e do Secretário-Geral das Nações Unidas, na condição de observador.

O Governo brasileiro valoriza o compromisso da Guiana e da Venezuela com o processo de diálogo ora em curso, facilitado por atores e mecanismos regionais. Ressalta ainda o espírito de integração que move os países da América Latina e do Caribe com vistas a consolidar a região como uma zona de paz, cooperação e solidariedade.

Comunicações e Transparência Pública

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Seminário "Uma Nova Agenda de Infraestrutura para a América do Sul" - Nota do Itamaraty

 Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social 

Nota nº 516

7 de novembro de 2023

 

Seminário "Uma Nova Agenda de Infraestrutura para a América do Sul" – 6 e 7 de novembro de 2023

 

Realizou-se, nos dias 6 e 7 de novembro, no Instituto Rio Branco, em Brasília, o seminário “Uma Nova Agenda de Infraestrutura para a América do Sul”. O evento, apoiado pela ABC e pelo IPEA, integra o calendário de atividades realizadas no contexto de implementação do Consenso de Brasília e de seu Mapa do Caminho para a Integração da América do Sul, documentos adotados pelos presidentes sul-americanos em 30 de maio e 5 de outubro últimos, respectivamente.

O seminário contou com quatro painéis. No primeiro, foram discutidos, a partir da experiência da Iniciativa para a Integração Regional Sul-americana (IIRSA) e do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planificação (COSIPLAN) da UNASUL, critérios para identificação de projetos prioritários de infraestrutura, com apresentações de representantes da CEPAL, Tribunal de Contas da União, IPEA e da Universidad Nacional de San Martín, da Argentina. O segundo painel foi dedicado aos desafios do financiamento da infraestrutura da região e contou com expositores do Banco Mundial, FONPLATA, BID e CAF.

O terceiro painel tratou de aspectos operativos e regulatórios que devem ser levados em consideração para facilitar a integração da infraestrutura regional. O quarto e último painel chamou a atenção para a importância de incorporar a dimensão sócio ambiental na definição das iniciativas de integração da infraestrutura regional. Participaram dos painéis representantes de SELA, INFRA S.A, MDIC, OCDE, UFRJ, PUC-Rio e CEPAL

O seminário contou com a participação de representantes de vários órgãos do governo brasileiro com atuação na área de infraestrutura e permitiu um amplo intercâmbio sobre os principais aspectos que devem pautar a retomada do diálogo regional sobre o tema. Ao final do seminário, foi realizada sessão de trabalho entre os representantes dos 12 países em que se discutiram possíveis linhas de ação para aprofundar a cooperação nessa matéria.

A íntegra dos debates está disponível no seguinte link: <https://www.youtube.com/watch?v=FzlaR2L0kvo>.

  

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/seminario-uma-nova-agenda-de-infraestrutura-para-a-america-do-sul-2013-6-e-7-de-novembro-de-2023 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Comissão Nacional para Difusão e Implementação do Direito Internacional Humanitário - Nota do Itamaraty

 Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social

 

Nota nº 514

6 de novembro de 2023

 

Recriação da Comissão Nacional para Difusão e Implementação do Direito Internacional Humanitário (CNIDH)

 

Foi recriada, pelo Decreto 11.752, a Comissão Nacional para Difusão e Implementação do Direito Internacional Humanitário (CNDIH).

A CNDIH será ferramenta para a difusão do direito internacional humanitário no país, em particular as Convenções de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais, e o aperfeiçoamento da legislação nacional. A iniciativa fortalece as credenciais brasileiras como importante ator humanitário internacional e país promotor da paz.

O momento é particularmente oportuno, em vista dos preparativos para o 75º aniversário das Convenções de Genebra, em 2024.

A Comissão é composta por representantes do Ministério das Relações Exteriores, que a presidirá; da Casa Civil da Presidência da República; do Ministério da Defesa; do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Participa também, sem direito a voto, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

 

 

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/recriacao-da-comissao-nacional-para-difusao-e-implementacao-do-direito-internacional-humanitario-cnidh 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Encerramento da presidência brasileira do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Nota do Itamaraty

 Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social

 

Nota nº 511

1 de novembro de 2023

Encerramento da presidência brasileira do Conselho de Segurança das Nações Unidas
 

Encerrou-se ontem, 31/10, a presidência brasileira do Conselho de Segurança das Nações Unidas, exercida no mês de outubro de 2023. A China exerce a presidência do órgão em novembro.

Sob a presidência brasileira, o Conselho de Segurança adotou sete resoluções: duas sobre a situação no Haiti; duas sobre a situação na Líbia; uma sobre a situação no Saara Ocidental; uma sobre a situação na Colômbia; e uma sobre a situação na Somália.

Ao longo do mês, foram realizadas 18 sessões informativas, 16 consultas fechadas, uma reunião privada e três debates abertos a todos os membros da ONU, além de diversas rodadas de negociações informais sobre os mais diversos temas da agenda do Conselho. Realizou-se também reunião conjunta com o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. O Ministro Mauro Vieira esteve presente em três oportunidades em Nova York para presidir reuniões do Conselho de Segurança.

A eclosão do conflito israelo-palestino coincidiu com a presidência brasileira do Conselho e foi objeto de cinco reuniões formais, três das quais presididas pelo Ministro Mauro Vieira. O debate de Alto Nível sobre Oriente Médio, inclusive a Questão Palestina, de 24/10, contou com a participação de mais de vinte ministros e vice-ministros estrangeiros e permitiu que todos os membros das Nações Unidas se manifestassem sobre os desdobramentos da crise em Israel e na Palestina e sobre formas de conter o conflito e retomar o processo de paz.

O Conselho de Segurança examinou quatro projetos de resolução sobre o conflito. O projeto apresentado pelo Brasil, submetido a votação em 18/10, obteve o maior número de apoios (12 votos a favor e 2 abstenções), mas não foi adotado devido ao voto contrário dos Estados Unidos, membro permanente do Conselho, que configurou veto.

Na qualidade de presidente de turno do Conselho de Segurança, o Brasil buscou acordo em torno da cessação de hostilidades, da proteção da população civil e do alívio da situação humanitária na Faixa de Gaza. Até as últimas horas de sua presidência, o país trabalhou para aprovar um documento que determinasse a realização de pausas humanitárias, a libertação de reféns e a saída de civis que assim o desejassem de Gaza.

O Conselho de Segurança também se reuniu em cinco ocasiões para tratar do conflito na Ucrânia, sem lograr avanços na promoção do diálogo. O Brasil tem enfatizado sua preocupação com a falta de progressos que penalizam, em primeiro lugar, as populações civis.

Durante sua presidência, em 20/10, o Brasil organizou evento autoral intitulado “Paz pelo Diálogo”. O debate contou com a participação da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet; do ex-presidente da África do Sul, Thabo Mbeki; e da representante do Instituto Kroc para Estudos Internacionais de Paz, Josefina Echevarria (Colômbia). A reunião valorizou a tradição diplomática brasileira de privilegiar vias políticas e diplomáticas para a solução de conflitos, em especial em momento de grandes tensões geopolíticas.

Em 25/10, o Ministro Mauro Vieira presidiu o debate aberto “A participação das mulheres na paz e na segurança internacionais: da teoria à prática”. O evento reuniu representantes de mais de 80 países, inclusive dez ministros, e destacou a importância fundamental da participação plena, igualitária e significativa das mulheres nos processos de paz e segurança.

A atuação brasileira à frente do Conselho de Segurança, com ênfase na busca da paz e da proteção de civis, reforçou as credenciais do país para atuar, de forma permanente, no órgão responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais. O uso recorrente do veto e as dificuldades para que o Conselho desempenhe adequadamente suas funções, tal como exemplificado durante a presidência brasileira, confirmam a necessidade de uma reforma para tornar o Conselho mais representativo, legítimo e eficaz.

O Brasil integra o Conselho de Segurança até 31 de dezembro de 2023, quando se encerra seu 11° mandato no órgão. A atuação brasileira continuará a pautar-se pela busca do diálogo e da construção de pontes, com o objetivo de encontrar saídas pacíficas e duradouras para os conflitos, sempre primando pela preservação da vida humana.

 

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/encerramento-da-presidencia-brasileira-do-conselho-de-seguranca-das-nacoes-unidas 

Regime de Controle de Tecnologia de Misseis (MTCR): Brasil Assume a presidência (Nota do Itamaraty)

Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social

 

Nota nº 509

1 de novembro de 2023

Reunião Plenária do Regime de Controle de Tecnologia de Misseis (MTCR) - Rio de Janeiro, 30/10-3/11/2023

O Brasil assumiu hoje, 1º/11, a presidência do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (“Missile Technology Control Regime - MTCR”), para o biênio 2023-2024.

A Presidência inicia-se com a realização, no Rio de Janeiro, da 35ª Reunião Plenária do MTCR, entre 1º e 3 de novembro, aberta esta tarde pelo Ministro Mauro Vieira. A presidência brasileira será exercida pelo Embaixador Flávio Soares Damico, representante especial do Brasil junto à Conferência do Desarmamento.

O MTCR é um regime informal, composto por 35 Estados participantes, que tem como objetivo limitar o risco da proliferação de tecnologias de mísseis e veículos aéreos não tripulados (VANTs) como vetores de armas de destruição em massa (nucleares, químicas e biológicas).

No exercício da presidência do MTCR, o governo brasileiro buscará promover o equilíbrio entre o controle de tecnologias missilísticas sensíveis e o direito ao intercâmbio, acesso e desenvolvimento dessas tecnologias para propósitos legítimos, incluindo programas espaciais.

Membro do MTCR desde 1995, a eleição do Brasil por seus pares, de forma unânime, para presidir o regime evidencia as credenciais do país no controle de exportações de bens sensíveis e de uso dual.

 

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/reuniao-plenaria-do-regime-de-controle-de-tecnologia-de-misseis-mtcr-rio-de-janeiro-30-10-3-11-2023  

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Repatriação de brasileiros de Israel e dos territórios na Palestina ocupada - Nota do Itamaraty

 Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social 

Nota nº 444

9 de outubro de 2023

 

Situação em Israel e na Palestina. Atendimento a brasileiros.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Tel Aviv e do Escritório de Representação em Ramala, segue acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras em Israel e na Palestina. O Itamaraty tem registro de três brasileiros desaparecidos na região até o momento.

O governo brasileiro desaconselha quaisquer deslocamentos não essenciais para a região.

Até o momento, a Embaixada em Tel Aviv colheu, por meio de formulário “online”, os dados de cerca de 1700 brasileiros que externaram interesse em sua repatriação, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel Aviv e Jerusalém. Os candidatos à repatriação serão acomodados em listas de prioridade. Em um primeiro momento, deverão ser priorizados os residentes no Brasil, sem passagem aérea.

Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar.

Os sobrevoos e pousos das aeronaves destacadas para repatriação de brasileiros foram autorizados por Israel. A primeira aeronave destacada para repatriação encontra-se em Roma. O segundo avião tem decolagem, de Brasília, prevista para a tarde de hoje.

O Escritório de Representação em Ramala segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo.

Os plantões consulares da Embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e do Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510), com “Whatsapp”, permanecem em funcionamento para atender nacionais em situação de emergência.

O plantão consular geral do Itamaraty também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.

Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/situacao-em-israel-e-na-palestina-atendimento-a-brasileiros 

sábado, 7 de outubro de 2023

Relações Brasil- Asean: visita do chanceler brasileiro

 Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social

 

Nota nº 437

6 de outubro de 2023

 

Visita oficial do Ministro Mauro Vieira a países-membros da ASEAN – 9 a 13 de outubro de 2023
 

O Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Mauro Vieira, realizará, entre 9 e 13 de outubro, visita oficial à Indonésia, ao Camboja e às Filipinas. Os três países integram a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Em Jacarta, em 9 de outubro, o Ministro manterá reunião com a Ministra das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi, para tratar de temas relativos à parceria estratégica entre Brasil e Indonésia, estabelecida em 2008.

Juntamente com a Ministra Marsudi e o Secretário-Geral da ASEAN, Dr. Kao Kim Hourn, o Ministro Mauro Vieira participará da 1ª Reunião Trilateral Brasil-ASEAN, quando será lançada a implementação da Parceria de Diálogo Setorial do Brasil com a ASEAN.

Ainda em Jacarta, o Ministro abrirá o seminário Ethanol Talks, evento organizado pelo setor privado, com o apoio do Itamaraty, destinado a aproximar Brasil, Indonésia e demais países da ASEAN em torno da pauta dos biocombustíveis como alternativa viável para a transição energética.

Em 11 de outubro, realizará visita ao Camboja, a primeira de um chanceler brasileiro àquele país. O Ministro será recebido pelo Primeiro-Ministro Hun Manet e manterá reunião de trabalho com o Vice-Primeiro Ministro e Ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação Internacional Sok Chenda Sophea. O Camboja abriu recentemente uma embaixada em Brasília, a primeira na América do Sul.

Em 13 de outubro, o ministro Mauro Vieira será recebido pelo Secretário de Negócios Estrangeiros das Filipinas, Enrique Manalo. Trata-se da primeira visita de um chanceler brasileiro às Filipinas, desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países em 1946.

Em conjunto, os dez países-membros da ASEAN representam a quinta maior economia global. Segundo projeção do FMI, os países da ASEAN contribuirão com 10% do crescimento do PIB global em 2023, o que representa mais do que o dobro do seu peso na economia mundial. Com uma população de aproximadamente 670 milhões de habitantes, a ASEAN é hoje, em seu conjunto, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil. Nos últimos 12 meses, o comércio do Brasil com os países da ASEAN foi de USD 33,7 bilhões.

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/visita-oficial-do-ministro-mauro-vieira-a-paises-membros-da-asean-2013-9-a-13-de-outubro-de-2023]


domingo, 24 de setembro de 2023

Intervenção do Ministro Mauro Vieira na Reunião Ministerial do G-77 - Nota do Itamaraty

O Itamaraty, ou pelo menos o atual governo brasileiro, parece acreditar que uma ampliação das instituições multilaterais, para maior participação de países em desenvolvimento, e uma reforma destas, incorporando essa maior diversidade de opiniões e uma multitudes de propostas, vindas dos mais diferentes setores e categorias de reivindicações, fará com que essas instituições, seu processo decisório, a qualidade das propostas passem a uma fase superior de funcionalidade e desempenho.

O mais provável é o contrário que ocorra, não obstante a justiça e a legitimidade da pretensão.

Paulo Roberto de Almeida


Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social

 

Nota nº 403

22 de setembro de 2023

 

 

Intervenção do Ministro Mauro Vieira na Reunião Ministerial do G-77 - Nova York, 22 de setembro de 2023

 

Fellow Ministers, 

         It gives me great pleasure to take part in this forty-seventh annual meeting of Ministers of Foreign Affairs of the Group of 77 and China. Even more auspicious is the fact that I came to New York directly from Havana, where I was able to accompany President Lula in the G77 Summit.

         Existing multilateral institutions, created over 75 years ago, reflect an international order that ceased to exist a long time ago. They are no longer capable of addressing the multifaceted challenges the world faces today.

         This becomes evident when the United Nations and its Security Council prove to be unable to solve or prevent conflicts, when the international financial institutions are incapable to address the growing debt crisis in the developing world and when the WTO is incapable of guaranteeing a fair and non-discriminatory multilateral trading system and its dispute settlement system becomes totally dysfunctional. I could go on with other examples.

         So, the need for reform is more urgent than ever, and it should start with United Nations Security Council. I want to reiterate once more that Brazil is firmly committed to a comprehensive reform, including the expansion of both permanent and non-permanent members in order to solve the serious lack of representation in that body.

         It is also critical to reform the Multilateral Trading System. More than ever, we need a credible WTO reform that puts the challenges faced by developing countries and the promotion of sustainable development front and center, with a functioning, fair and effective dispute settlement system.

         Developing countries also need to play a greater role in the decision-making and governance structures of International Financial Institutions. It is essential to reduce bureaucracy and conditionalities, increase concessional financing, promote true national ownership, and provide policy space for developing countries. At the midpoint of the 2030 Agenda, it is necessary to guarantee the adequate means of implementation for our shared goals.

         It is crucial that developed countries meet their commitments on financing for development, such as allocating 0.7% of their GDPs to Official Development Assistance and achieving the initial US$ 100 billion annual target on climate financing. This is just a drop in the ocean of the investments necessary to fight climate change and fulfill the SDGs, which are in the scale of trillions and not billions.

         Developed countries have been putting increased pressure to focus international financing almost exclusively on climate and environmental issues. Fighting climate change is of the utmost importance, but we cannot ignore other urgent issues such as fighting inequality, hunger and poverty. It is imperative to maintain a balanced approach to sustainable development in its economic, social and environmental dimensions.

         “Green policies” must not be an excuse for protectionism and unfair competition, and the global South must not be relegated to the role of commodity exporters while lacking adequate access to the technological tools they need achieve the SDGs.

         It is also critical to put an end to unilateral coercive measures and illegal and unfair sanctions, which negatively affect developing countries preventing them from reaping the benefits of international trade and investments. These types of measures are legally and morally unjustifiable. They harm the poorest and the most vulnerable peoples and must be thoroughly condemned.

 

Dear Ministers,

         During Brazil´s presidency of the G20, we will put the concerns, interests and needs of the developing countries at the heart of our agenda. We will build upon the hard work of the Indonesian and Indian presidencies and strive towards the reform of the international financial system and the creation of a new international economic order.

         Moreover, we will emphasize the importance of social inclusion. President Lula has proposed a global partnership for food security, with the aim of ending hunger and reducing inequalities, with full climate responsibility. In his words, ending hunger is a “civilizational challenge for the entire planet”, one which we can only overcome with collective political will and the reinforcement of multilateralism.


Thank you.

 



terça-feira, 12 de setembro de 2023

Países em desenvolvimento contra o protecionismo agrícola europeu - Nota do Itamaraty

 Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social 

Nota nº 377

8 de setembro de 2023

 

Carta de países em desenvolvimento a autoridades europeias sobre a entrada em vigor da chamada “lei antidesmatamento” da União Europeia

No dia 7 de setembro, foi encaminhada carta conjunta de 17 países em desenvolvimento a respeito da entrada em vigor, em 29 de junho passado, da chamada "lei antidesmatamento" da União Europeia ("EU Deforestation Regulation"). O Brasil é um dos países signatários desta carta endereçada às principais autoridades da União Europeia, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

O objetivo da iniciativa é reiterar preocupações com o caráter punitivo e discriminatório da normativa europeia, bem como ressaltar a importância de que a União Europeia mantenha diálogo efetivo com os países produtores, com vistas a evitar rupturas no comércio e ônus excessivo para produtores de bens agrícolas e derivados abrangidos pela medida.

O Brasil mantém firme compromisso com o combate ao desmatamento e tem fortalecido atividades de fiscalização e preservação das florestas brasileiras, em particular da Amazônia.  Na visão brasileira, entretanto, a lei europeia, além de conflitar com os princípios que regem o comércio internacional e com os entendimentos multilaterais sobre clima e biodiversidade, apresenta equívocos e desequilíbrios nos aspectos econômicos, sociais e ambientais do problema que visa a abordar, de modo incompatível com a efetiva garantia do desenvolvimento sustentável.

A carta foi assinada por um conjunto expressivo de países da América Latina e do Caribe, da África e da Ásia. Além do Brasil, assinaram o documento Argentina, Bolívia, Colômbia, Côte d`Ivoire, Equador, Gana, Guatemala, Honduras, Indonésia, Malásia, México, Nigéria, Paraguai, Peru, República Dominicana e Tailândia.

Reproduz-se, a seguir, o teor integral da carta:

ABRE ASPAS

Nós, abaixo assinados, desejamos transmitir por meio desta carta a nossa profunda preocupação com relação à recente entrada em vigor do regulamento da União Europeia sobre produtos livres de desmatamento (EUDR), em 29 de junho de 2023. Conforme afirmado na carta datada de 27 de julho de 2022, enviada por um grupo de países produtores, essa legislação desconsidera as circunstâncias e as capacidades locais, as legislações nacionais e os mecanismos de certificação dos países produtores em desenvolvimento, bem como seus esforços para combater o desmatamento e os compromissos assumidos em foros multilaterais, incluindo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Além disso, estabelece um sistema unilateral de avaliação de risco que é intrinsecamente discriminatório e punitivo, o que pode ser inconsistente com as obrigações perante a OMC.

Considerando que, apesar de múltiplas manifestações de preocupação, especialmente dos países em desenvolvimento, a legislação começará a ser implementada em menos de 18 meses, e que a UE ainda elabora os seus atos e diretrizes de implementação, instamos a Comissão e outras instituições da UE a se engajarem em um diálogo mais significativo e aberto com os países produtores do que o promovido até o momento. A UE deveria trabalhar para corrigir sua legislação, ou, no mínimo, buscar mitigar seus impactos mais prejudiciais por meio de diretrizes de implementação que valorizem adequadamente as práticas sustentáveis locais nas cadeias de valor agrícolas, tanto as já aplicadas quanto aquelas em fase de desenvolvimento, e evitem perturbações comerciais, incluindo a carga administrativa excessiva relacionada aos requisitos de geolocalização e rastreabilidade, certificação e controle alfandegário.

A abordagem inflexível adotada pela UE, implementada por meio deste modelo de diligência devida e rastreabilidade, ignora as diferentes condições locais e inevitavelmente imporá custos imensos tanto aos países exportadores quanto aos importadores, bem como aos produtores e consumidores. Embora esses custos sejam certos, consideramos que a legislação, por si só, não terá impacto positivo nas taxas de desmatamento e pode até mesmo produzir outros efeitos adversos, como aumento da pobreza, desvio de recursos e atraso na realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Os pequenos produtores são especialmente vulneráveis à EUDR e requerem apoio especial. A UE deveria reconhecer os esforços feitos pelos países em desenvolvimento para melhorar seus meios de subsistência e práticas de sustentabilidade, bem como os desafios significativos que esses produtores enfrentam, como acesso limitado a esquemas de financiamento, novas tecnologias e treinamento e assistência técnica. Os pequenos produtores podem acabar excluídos das cadeias de valor internacionais, não porque desmataram suas terras, mas em função de sua incapacidade de cumprir com os rigorosos requisitos impostos pela EUDR. Isso privaria injustamente os pequenos produtores de uma fonte importante de renda e subsistência, e até mesmo afetaria sua capacidade de adotar práticas sustentáveis. Solicitamos à Comissão, portanto, que formule atos de implementação e diretrizes claros e detalhados, nos quais sejam previstos regimes diferenciados de conformidade e diligência devida para produtos e mercadorias originários de pequenos produtores em países em desenvolvimento, considerando que as PMEs da UE receberão um tratamento mais flexível.

Em conclusão, reiteramos nosso compromisso com os ODS e com acordos e metas ambientais multilaterais. Considerando nossos objetivos compartilhados e a necessidade de trabalharmos juntos para enfrentar desafios globais, pedimos à UE que se envolva em processos de cooperação eficazes e diálogos significativos com seus parceiros nas áreas de comércio e desenvolvimento sustentável, a fim de abordar conjuntamente o impacto da legislação da UE e seus instrumentos de implementação, inclusive o fornecimento de apoio para facilitar o comércio.

FECHA ASPAS         

 

 

sábado, 19 de agosto de 2023

19 de agosto: Vinte anos da morte de Sérgio Vieira de Mello - Nota do Itamaraty

19 de agosto: Vinte anos da morte de Sérgio Vieira de Mello

 

 

Amanhã, 19 de agosto, completam-se vinte anos da morte de Sergio Vieira de Mello, vitimado, junto com 21 outros funcionários e colaboradores das Nações Unidas, por atentado terrorista contra a sede da ONU em Bagdá, no Iraque.

Na ocasião, Vieira de Mello encontrava-se licenciado do cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, para atuar como Representante do Secretário Geral da ONU no Iraque, atendendo a apelo do então Secretário Geral da ONU, Kofi Annan.

Em 2008, a Assembleia Geral da ONU, por meio da Resolução A/63/129, instituiu o dia 19 de agosto como Dia Mundial Humanitário, em homenagem a todos que perderam suas vidas na promoção da causa humanitária.

O brasileiro Sérgio Vieira de Mello ingressou na ONU, em 1969, como funcionário do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e atuou em operações humanitárias e de manutenção de paz em diversos países. No Camboja, coordenou a repatriação de 360 mil refugiados. Entre 1999 e 2002, Sérgio liderou a missão da ONU que acompanhou a transição do Timor Leste para a independência.

Dedicou sua vida a apoiar a reconstrução de comunidades afetadas por guerras e violências extremas, sempre atuando com independência e imparcialidade na negociação pacífica de conflitos e na defesa dos direitos humanos.

  Nota nº 344, 18 de agosto de 2023

 

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/19-de-agosto-vinte-anos-da-morte-de-sergio-vieira-de-mello]

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Declaração de Belém sobre a nova cooperação amazônica - Nota do Itamaraty

 

Nota 330 – Adoção Da Declaração De Belém Pelos Presidentes Dos Estados Partes No Tratado De Cooperação Amazônica

Ministério das Relações Exteriores

Assessoria Especial de Comunicação Social

  

Nota nº 330

8 de agosto de 2023

 

Adoção da Declaração de Belém pelos Presidentes dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica

 

Reunidos em Belém, a convite do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os Presidentes dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica adotaram hoje, 8 de agosto, a Declaração de Belém, documento que consolida nova e ambiciosa agenda comum de cooperação para a Amazônia.

O texto aprovado pelos oito países amazônicos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) foi elaborado a partir de proposta brasileira, na condição de anfitrião da Cúpula. A preparação do texto baseou-se em aportes da sociedade civil, para o que contribuiu a realização do Seminário sobre Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Palácio Itamaraty, 16 a 18 de maio), e de órgãos do Governo.

Podem ser destacados, entre os principais pontos da Declaração de Belém:

- a adoção de princípios transversais para sua implementação, os quais incluem proteção e promoção dos direitos humanos; participação ativa e promoção dos direitos dos povos indígenas e das comunidades locais e tradicionais; igualdade de gênero; combate a toda forma de discriminação; com base em abordagem intercultural e intergeracional;

- a consciência quanto à necessidade urgente de cooperação regional para evitar o ponto de não-retorno na Amazônia;

- o lançamento da Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, a partir das metas nacionais, como a de desmatamento zero até 2030 do Brasil, fortalecendo a aplicação das legislações florestais;

- o oferecimento, pelo governo brasileiro, do Centro de Cooperação Policial Internacional em Manaus para a cooperação entre as polícias dos oito países;

- o estabelecimento de um Sistema Integrado de Controle de Tráfego Aéreo para combate ao tráfego aéreo ilícito, o narcotráfico e outros crimes na região;

- a criação de mecanismos financeiros de fomento do desenvolvimento sustentável, com destaque à Coalizão Verde, que congrega bancos de desenvolvimento da região;

- a criação de instâncias, no âmbito da OTCA, como: (a) o Mecanismo Amazônico de Povos Indígenas, que promoverá sua participação na agenda da OTCA; (b) o Painel Técnico-Científico Intergovernamental da Amazônia - o “IPCC da Amazônia” -, que incluirá governo, pesquisadores e sociedade civil, povos indígenas e comunidades locais e tradicionais; (c) o Observatório da situação de defensores de direitos humanos, do meio ambiente e de povos indígenas, para identificar financiamento e melhores práticas de proteção dos defensores; (d) o Observatório de Mulheres Rurais para a Amazônia, para fortalecer a mulher empreendedora rural; (e) o Foro de Cidades Amazônicas, congregando autoridades locais; (f) a Rede de Inovação e Difusão Tecnológica da Amazônia, para estimular o desenvolvimento regional sustentável; e (g) a Rede de Autoridades de Águas para aperfeiçoar a gestão dos recursos hídricos entre os países.

Caberá à OTCA um papel central na execução da nova agenda de cooperação amazônica. Assim, a Declaração de Belém prevê importantes revisões na institucionalidade da Organização, incluindo a constituição de um mecanismo financeiro para captar e capitalizar recursos não reembolsáveis.

A implementação e incorporação da Declaração de Belém ao quadro normativo da OTCA caberá aos ministros de Relações Exteriores dos países membros, que deverão reunir-se com a brevidade possível para detalhar os mandatos presidenciais recebidos, bem como para considerar as conclusões recebidas da sociedade civil reunida nos Diálogos Amazônicos (Belém, 4 a 6 de agosto) e da Reunião Técnico-Científica da Amazônia (Letícia, 5 a 8 de julho).

 

 

[Nota publicada em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/adocao-da-declaracao-de-belem-pelos-presidentes-dos-estados-partes-no-tratado-de-cooperacao-amazonica 

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