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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Rodrigo Constantino e a obsessao equivocada da Oxfam com a desigualdade

Obsessões, a despeito do que o conceito pode pretender indicar, podem significar boas coisas.
Eu, por exemplo, tenho obsessão por livros, não pelos objetos em si, ou por constituir uma grande biblioteca, vistosa, bonita, bem organizada, essas coisas exibicionistas. Minha biblioteca é a coisa mais bagunçada que tenho, e já me ocorreu de ter de buscar um livro que eu sabia que tinha em bibliotecas, ou comprar novamente, apenas porque não acho, na barafunda dos meus livros, ou talvez, porque o tenha emprestado, sem anotar, e não recebi de volta. Não importa, a obsessão por livros continua, a despeito de todos esses problemas, e continuo tratando mal os livros, lendo em qualquer lugar, deixando abertos na mesa, espalhados pelo chão (quando a mesa já está cheia), enfim, esse é o meu jeito.
Mas a minha obsessão pelos livros é um função do conhecimento que eles trazem, simples assim. Aprendi com os livros, e devo tudo o que sou a eles, tudo e mais um pouco, até os meus vícios incuráveis, também trazidos por essa febre doentia pelos livros.
Mas tem outros tipos de obsessões menos saudáveis, como essa dos distributivistas, e dos socialistas em geral, com a igualdade, e portanto com o combate às desigualdades. Geralmente, pelas más razões, por métodos errados e com resultados geralmente desastrosos, como a experiência histórica do socialismo demonstrou amplamente, nos últimos cem anos.
Também conheço a Oxfam, bastante bem, por sinal. Quando eu era estudante sem dinheiro, na Bélgica, eu morava numa "mansarda" (ou seja, o último andar de um casarão de três ou quatro andares) que pertencia aos escritórios da Oxfam em Bruxelas, e morava de graça contra o compromisso de limpar os escritórios de noite (tirar o lixo, etc) e fazer uma limpeza um pouco mais elaborada (aspirador, etc) nos fins de semana. Confesso que limpava mal, pois passava meu tempo lendo, obviamente. Mas eu também participava das reuniões da Oxfam, e conheci profundamente sua história e suas atividades.
Ela surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra -- Oxford Famine Relief -- e como seu nome indica, dedicava a saciar a fome dos ingleses durante aqueles tempos de escassez. Finda a guerra passou a fazer caridade um pouco em todos os países, nas colônias e depois nos países independentes. Como sempre acontece com certas ONGs, foi dominada pelos esquerdistas, o que eu também era nesses tempos, mas confesso também que nunca gostei de caridade. Acho que as pessoas precisam ser ensinadas a trabalhar, e depois conseguir o seu sustento no mercado. Sempre pensei assim, mesmo sendo esquerdista. Por isso sempre valorizei a educação.
O único trabalho assistencial que eu concebo, à parte vacinações em massa contra epidemias, endemias e outros problemas desse tipo, seria o de ensino, educação técnica, elementar, básica, fundamental, e para por aí. Depois, ensino superior, graduação, pós, especializações, nada, isso é com cada um, cada família, com o mercado (que também pode ser um mercado com intervenção dos governos, para assegurar a qualidade do ensino, por exemplo, mas sem outras interferências sobre se é pago, quem tem direito a diploma, etc, tudo isso tem de ser uma decisão pessoal, familiar, sem interferência dos governos).
Pois a Oxfam sempre se meteu a querer repartir a riqueza dos mais ricos com os pobrezinhos da África, da América Latina, da Ásia, enfim, do Terceiro Mundo, sempre sem qualquer resultado, a não ser alívios ocasionais.
Conheço muito bem a história da África, pré e pós colonial, já que a Bélgica administrava dois dos grandes desastres humanitários e ditatoriais do continente, Congo Belga, ex-Zaïre do Mobutu, depois República Democrática do Congo, além dos dois irmãos menores, Ruanda e Burundi, ex-colônias alemãs até a Primeira Guerra. Enfim, resumindo, a história da ajuda ao desenvolvimento, da assistência pública, estatal e privada, a esses países, é um desastre do começo ao fim: dezenas de bilhões de dólares foram despejados na África desde os anos 1960 (e mesmo antes), sem muitos resultados aparentes, até com grandes desastres (roubos, corrupção, deformação das estruturas econômicas, por esse maná pingando dos céus, apropriados por certas elites corruptas).
Enfim, a Oxfam pode até ser bem intencionada, mas é profundamente equivocada no que faz, como várias outras ONGs por sinal, e dezenas de governos e economistas, que vivem querendo reduzir a pobreza, "reduzindo as desigualdades". Geralmente dá errado, e o país fica pior.
Essa obsessão com a desigualdade é a pior coisa que possa existir no mundo econômico. Ela mata a criação de riqueza e torna todo o sistema produtivo menos eficiente.
Existem em cada governo, de qualquer país, dezenas, centenas, talvez milhares de burocratas, além da praga de políticos políticos empenhados em diminuir ou até eliminar as desigualdades.
As únicas desigualdades que devem ser eliminadas são as derivadas do ensino elementar e técnico: ciências e matemáticas elementares para todos, língua pátria e um pouquinho mais apenas, e pronto, o país estaria pronto para crescer e se desenvolver. Fazer mais do que isso significa arrancar o dinheiro dos que teem para dar aos que não tem. Não resolve. Melhor criar novas fontes e novos fluxos de riqueza capacitando as pessoas e deixar que elas busquem sua felicidade lutando para ficar tão ricas quanto o Bill Gates e o Warren Buffet. Ponto.
Leiam o resto...
Paulo Roberto de Almeida




22/01/2014
 às 11:26 \ EmpreendedorismoFilosofia políticaHistória

A obsessão com a desigualdade denota uma mentalidade equivocada de riqueza como jogo de soma zero

pesquisa da organização Oxfam International gerou espanto em muita gente. Um seleto grupo de apenas 85 pessoas concentraria a mesma riqueza que os 3,5 bilhões mais pobres do planeta. A fortuna desses bilionários seria de US$ 1,7 trilhão. Os 1% mais ricos do mundo concentrariam a metade da riqueza global. Diz a matéria:
Para a Oxfam, dedicada ao combate à pobreza, o alto nível de desigualdade está relacionado à concentração de poder, que garante mais oportunidades aos mais favorecidos. A entidade cita pesquisas realizadas em seis países, inclusive o Brasil, que mostram que a maioria das pessoas acredita que as leis são distorcidas em favor dos mais ricos. Segundo o estudo, paraísos fiscais, práticas anticompetitivas e baixo investimento em serviços públicos estão entre os fatores que dificultaram uma melhor distribuição de oportunidades.
A mim, o foco obsessivo na desigualdade sempre pareceu fruto ou do sentimento de inveja, o mais mesquinho de todos, ou da ignorância econômica, ao tratar a economia como um jogo de soma zero, onde José é rico porque Pedro é pobre. A típica mentalidade marxista tão disseminada por nossos ilustres professores.
Ofereço um outro ponto de partida. Que tal analisarmos as desigualdades comparando o presente com o passado? Ou seja, ao invés de comparar os mais ricos de hoje com os mais pobres de hoje, que tal comparar a vida dos pobres de hoje com a vida dos pobres de ontem, ou mesmo dos ricos de ontem?
Esse exercício mudaria bastante o quadro. Recomendo o livro The Rational Optmist, de Matt Ridley, sobre o assunto. O autor traz uma quantidade infindável de dados históricos mostrando como a riqueza evoluiu nos últimos séculos, como o comércio permitiu um grau de conforto material inimaginável para nossos antepassados.
Imaginem alguém voltar no tempo e falar para uma tradicional família campestre do século 19 que seus filhos não mais teriam de trabalhar duro para ajudar nas plantações, mas que poderiam apenas focar nos estudos. Que eles não precisariam mais dedicar boa parte do dia para colher lenha e ter alguma energia em casa, bastando apertar um botão em troca. Que o calor do verão seria combatido com uma máquina chamada ar condicionado. Que tudo isso seria possível com cada um do casal trabalhando apenas 8 horas por dia. Eles certamente questionariam onde está a pegadinha.
O avanço na produtividade do trabalho com o capitalismo tem sido brutal. Fazemos hoje muito mais com muito menos. Produzimos uma quantidade de energia absurda sem ter de devastar florestas inteiras para isso. Temos uma produção de alimentos crescente utilizando áreas cada vez menores e liberando um contingente gigantesco de trabalhadores do campo para fazerem outros serviços nas cidades.
Em resumo, o capitalismo tirou centenas de milhões da completa miséria, o estado natural da vida humana, e permitiu um aumento expressivo da população mundial. Se temos 7 bilhões de bocas podendo ser alimentadas hoje, isso se deve ao capitalismo.
Infelizmente, ainda há, sim, muita miséria, justamente por causa dos obstáculos impostos por governos ao funcionamento do mercado. Os locais mais pobres são também aqueles com menos liberdade econômica, menos empreendedorismo, menos concorrência de empresas na busca pelo lucro em ambiente com respeito às regras do jogo.
Quanto mais perto do modelo socialista, que só pensa em distribuir o que já existe, mais pobreza temos (alguns países que ficaram ricos conseguem bancar um modelo distributivista por algum tempo, mas não sem um alto custo e sem ameaçar seu próprio sucesso). É uma mentalidade ex post facto, que olha em retrospecto aquilo que já existe, que foi criado por outros, e exige sua parte como se fosse um “direito natural”, típico das crianças mimadas.
O objetivo de reduzir a pobreza, portanto, é louvável. Mas quando o foco se desvia disso para o combate à desigualdade em si, aí temos um grande perigo à frente. Afinal, tirar dos ricos para dar aos pobres é a fórmula mais certeira de aumentar a pobreza. Tire os bilhões do casal Gates e doe aos africanos, e teremos apenas mais dois miseráveis no mundo.
Muitos dos ricaços modernos vêm do setor de tecnologia, no Vale do Silício. Não é coincidência. Lá temos um ambiente extremamente competitivo, meritocrático, com bastante capital para investimento. Esses empreendedores bem-sucedidos não tiraram riqueza de ninguém para acumular seus bilhões; ao contrário: criaram riqueza para a humanidade!
Temos ganhos de produtividade, mais conforto, mais lazer, mais tecnologia, justamente porque essas empresas, muitas vezes começando com apenas mil dólares em garagens, foram capazes de inovar, de trazer ao mundo algo valorizado pelos próprios consumidores. Suas fortunas, portanto, são o reflexo dessas conquistas sociais que tivemos. São legítimas. Sobretaxar seus patrimônios seria injusto e ineficaz para combater a miséria.
Dito isso, há sim alguns instrumentos políticos que servem aos interesses dos mais ricos e são injustos. Representam o que se convencionou chamar de “capitalismo de estado” (mas prefiro fascismo ou socialismo light), em contraste ao capitalismo liberal. São subsídios, barreiras protecionistas, estímulos monetários que inflam o preço dos ativos, enfim, intervenções estatais que alteram as regras do jogo da livre concorrência.
Se desejamos viver em um mundo com menos pobreza em termos absolutos, desejo nobre que, creio, quase todos compartilham, então precisamos deixar o foco na desigualdade um pouco de lado e mirar mais nas causas da riqueza. Até porque as causas da pobreza conhecemos: é nosso estado natural. Basta olhar para trás para ver como era dura a vida de nossos antepassados, ao contrário da visão idílica e romantizada de muita gente.
A economia não é um jogo de soma zero. Temos claramente um aumento da riqueza mundial com o passar do tempo, que se tornou exponencial após a Revolução Industrial e o avanço do capitalismo. Isso se deve ao aumento da produtividade do trabalho, graças às várias inovações tecnológicas. Se quisermos que continuem, precisamos valorizar esses empreendedores inovadores, e não atacá-los como “exploradores”, como se sua riqueza fosse fruto da miséria alheia. Nada mais falso. E nada mais prejudicial aos pobres.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Existem pessoas e ONGs que acham que os ricos nao deveriam ser ricos...

Não deveriam, não devem e não podem, segundo alguns...
Em lugar de encontrar maneiras de criar ainda mais riquezas num mundo aberto aos talentos, às inovações e sobretudo às iniciativas individuais e associativas, certas pessoas e grupos acham que a riqueza está "mal distribuída" e a partir daí se empenham ativamente em reparti-la, atuando, portanto, sobre os estoques de riqueza, quando poderiam concentrar esforços em aumentar os fluxos.
Paulo Roberto de Almeida 

Desigualdade

Fortuna dos 85 mais ricos é igual à soma da riqueza de metade da população mundial

Segundo estudo divulgado pela ONG Oxfam nesta segunda-feira, patrimônio dos mais ricos é de 1,7 trilhão de dólares, o equivalente ao dinheiro dos 3,5 bilhões mais pobres

Cerca de metade da riqueza mundial é detida por 1% da população (cerca de 70 milhões de pessoas) afirmou nesta segunda-feira a ONG Oxfam, em estudo elaborado especialmente para o Fórum Econômico Mundial de Davos. Segundo a Oxfam, as desigualdades econômicas se intensificaram após a crise financeira, sobretudo nos países desenvolvidos. A ONG ainda aponta que o valor da riqueza das 85 pessoas mais ricas do mundo (1,7 trilhão de dólares) é o mesmo que a soma do patrimônio das 3,5 bilhões mais pobres. 
De acordo com o estudo, a fortuna dos 1% mais ricos é de 110 trilhões de dólares, ou 65 vezes o valor da soma do patrimônio da metade mais pobre da população mundial. A Oxfam alerta que o valor pode ser ainda maior devido ao fato de que a maior parte da população rica mantém contas escondidas no valor de 18,5 trilhões de dólares em offshores em paraísos fiscais.
No relatório intitulado "Governar para as Elites: Sequestro Democrático e Desigualdade Econômica", a Oxfam conclui que a concentração de 46% da riqueza em mãos de uma minoria supõe um nível de desigualdade "sem precedentes" que ameaça "perpetuar as diferenças entre ricos e pobres até as tornar irreversíveis".
Segundo a Oxfam, o nível de avanço da fortuna dos mais ricos é o termômetro da desigualdade. Os cerca de 1% mais ricos de países como a China e os Estados Unidos mais do que duplicaram os rendimentos nacionais desde 1980. E, mesmo nas nações mais igualitárias, como Suécia e Noruega, a variação da riqueza da população mais abastada foi de 50%.
Segundo os dados da Oxfam, 210 pessoas entraram em 2013 no clube dos bilionários, formado por 1.426 pessoas.
O relatório ainda aponta que as desigualdades são intensificadas pelo poder político, que age de acordo com interesses próprios e perpetua privilégios que são transferidos entre gerações. Aos participantes de Davos, a organização apela para um seja acordado um “compromisso” para não se utilizarem paraísos fiscais, não trocar dinheiro por favores políticos e exigir aos governos para que garantam a saúde básica, a educação e a proteção social dos cidadãos com a arrecadação de receitas fiscais.
O Fórum Econômico Mundial, que se reúne a partir de quarta-feira em Davos, na Suíça, com a presença de mais de 2.500 empresários, políticos e líderes de todas as áreas identificou as desigualdades econômicas como um importante risco para o progresso. Um dos principais pontos da agenda do Fórum é o avanço do capitalismo com menos desigualdade.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O governo e sua obsessao pelo trem de alta velocidade

Para um governo que anda, ou se arrasta, em muito baixa velocidade, essa obsessao pelo TAV é realmente incompreensível. No limite chega a ser criminosa, ao comprometer tanto dinheiro público com algo que vai servir a muito poucas pessoas, considerando-se ainda as imensas carências das cidades em metros e outros transportes públicos.
Deve ser alguma mania não explicada... (mania de gastar dinheiro à toa...).
Paulo Roberto de Almeida

Governo pode assumir infraestrutura do trem-bala, diz EPL

Presidente da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística defendeu o TAV como uma estrutura moderna necessária para comportar a movimentação futura de pessoas

05 de fevereiro de 2013 | 13h 38

Wladimir D'Andrade, da Agência Estado
SÃO PAULO - O projeto do trem-bala poderá ser bancado pelo governo com ou sem a iniciativa privada. A declaração foi feita pelo presidente da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele explicou que a ideia é que o governo garanta a infraestrutura do empreendimento, que será licitada em um segundo momento, para o operador do trem-bala a ser escolhido no primeiro leilão.
"Não podemos deixar que o operador perceba um risco de não haver interessado na construção da infraestrutura", disse Bernardo, logo após participar de evento na capital paulista. Por isso, afirmou o presidente da EPL, o governo federal vai assumir as obras caso investidores privados não se mostrem interessados na segunda etapa de leilões do Trem de Alta Velocidade (TAV).
O presidente da EPL defendeu o trem-bala como uma estrutura moderna necessária para comportar a movimentação futura de pessoas no eixo Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro. Segundo ele, sem o TAV seria necessário construir novas rodovias e aeroportos para atender a demanda dos próximos 20 a 40 anos. "Teríamos que construir mais duas ou três rodovias Dutra, assim como mais dois ou três aeroportos de Congonhas e Santos Dumont para dar conta (da demanda)", disse. "Isso não é sustentável."
Editais
Ele afirmou que os editais dos nove lotes de rodovias que o governo pretende conceder à iniciativa privada devem ser publicados entre o final de abril e o início de maio. Entre esse nove lotes estarão as BRs 040 e 116, que tiveram seus leilões adiados na semana passada.
A previsão inicial do governo é de que o leilão seja realizado 30 dias depois da divulgação. Mas, segundo Figueiredo, os investidores pedem mais tempo. "O mercado pede 60 dias. Nós vamos nos avaliar com eles", disse.
De acordo com ele, editais dos 10 mil quilômetros de ferrovias serão publicados até o final do primeiro semestre. Figueiredo disse que a malha ferroviária a ser construída nos próximos anos prevê, além do transporte de carga, a possibilidade de circulação de trens de média velocidade para o transporte de passageiro.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A obsessao com a igualdade de renda - Wall Street Journal

Um artigo de opinião sobre um tema em torno do qual também traçarei algumas linhas de argumentos meus, mais adiante.
Paulo Roberto de Almeida 

The Inequality Obsession

By HOLMAN W. JENKINS, JR.

The Wall Street Journal, April 17, 2012

Why is it in America's interest to persuade the rich to report less income?





If it were learned that the car driven by the average American is 10 times more likely to burst into flames than the car driven by the richest 1%, what should the policy response be? Should it be to mandate that cars driven by the rich burst into flames more often?
Income inequality is a strange obsession, at least to the extent the obsessives focus their policy responses on trying to adjust the condition of the top 1% rather than improving the opportunities of everyone else.
Income inequality could be a sign of real pathology in authoritarian societies where entrenched groups use government-granted privileges to protect themselves from competition. By and large, that's not the case in the U.S., where most see the market actually increasing the competitive advantages of the educated, skilled, hardworking and talented.
Though it's always good to be on guard against political favoritism, the U.S. exhibits mostly a giddy process of wealth creation by people from middle-class backgrounds who start companies or become Wall Street traders or CEOs or celebrity performers in entertainment and sports.
Generalizing about the distribution of incomes is an academic specialty seemingly incapable of freeing itself from tendentiousness. Take a popular study by Thomas Piketty and Emmanuel Saez, two French-born researchers, claiming U.S. income inequality is higher than anytime since the 1920s.
Their result comes from choosing to look at income that leaves out transfers. Unlike the 1920s, Americans today have the opportunity partly to live off Social Security and Medicare. They can decide to do without reportable income. Also left out of the calculation is the large share of compensation accounted for by untaxed health insurance.
Too, the tax code has changed. Income is realized under today's code that wouldn't have been realized under previous tax codes. Owners of capital buy and sell much more easily, and the tax system creates much less incentive for them to sit on their holdings and report less income.
For the record, so sensitive are the inequality generalizations to how you define income, and whether household size is taken into account, that the claimed shift toward greater inequality can be made easily to disappear, especially when consumption rather than income is measured.
Getty Images
And, as always, the solution to income inequality amounts to persuading the rich to report less income. As CNBC's John Carney has shown, Facebook founder Mark Zuckerberg could avoid ever reporting any income simply by borrowing against his assets to meet his living expenses. "Perhaps most bizarrely, Zuckerberg might be eligible for an Earned Income Tax Credit if he keeps his personal income under $13,000," writes Mr. Carney.
This would make America a better place how? Yet, at bottom, such cosmetic fixes are the main outcome from using higher tax rates to "correct" income inequality.
Obsessing about income disparities might be productive if it led to policies that improved opportunity for all. It's hard to exaggerate the movement on school reform over the past 20 years, to the point that the New Yorker, that bastion of Upper West Side propriety, contributed one of the most damning polemics against excessive teachers-union power.
Ditto the return of tax reform to the agenda. Tax reform promises to improve the opportunities of all while sponsoring less tax evasion, less distortion of investment priorities and less politically corrupting pursuit of loopholes, all of which are the certain and inevitable corollary of high tax rates enacted to salve inequality neuralgia.
One can only wonder how much faster progress on tax reform or school choice would have been if the political capital devoted to income inequality had been devoted to fighting entrenched institutional resistance to useful reforms.
One factor is a certain human soul-sickness that's impossible to put a constructive gloss on. Why is the New York Times disproportionately given over to cataloging the consumption of the rich in a tone even more cringing for its pretending to be snarky? Why do some of our dreariest journalists spend all their time writing about Goldman Sachs, except to associate themselves with the status object they attack in order to raise their own status?
That goes doubly for the inequality obsessives. How society stimulates the creation and distribution of income is an important topic—so important that one could wish it were less infected with the pathology Freud diagnosed as "group spirit" and which he said was ultimately founded on envy.
As Freud put it, "Everyone must be the same and have the same. Social justice means we deny ourselves many things so that others may have to do without them as well."
A version of this article appeared April 18, 2012, on page A15 in some U.S. editions of The Wall Street Journal, with the headline: The Inequality Obsession.