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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Prata da Casa: os livros dos diplomatas - Paulo Roberto de Almeida

Tudo o que você sempre quis saber sobre as relações internacionais e a política externa do Brasil, e não tinha a quem perguntar?
Quase isso. Sem ser um guia sistemático de leituras direcionadas, este livro é, na verdade, um diretório anotado de todas as publicações mais importantes, escritas nas últimas décadas por diplomatas e por acadêmicos, sobre questões da agenda internacional e das relações exteriores do Brasil, sobre temas que interessam aos próprios profissionais da área, bem como aos estudantes e aos candidatos à carreira diplomática.
Os melhores livros resenhados, anotados, criticados, no que eles têm de bom, de menos bom, em todo caso de útil, para um aprofundamento crítico sobre o que de melhor se escreveu em torno dos temas mais relevantes da diplomacia brasileira desde o final do século passado. Uma referência doravante indispensável a quem quer saber quem escreveu o quê, como o fez, e com qual metodologia, sobre os mais diversos assuntos da agenda internacional contemporânea, assim como da própria história e economia do Brasil e mundial.

Ele é o equivalente ao que na tradição britânica se chama de companion, ou seja, um companheiro de leituras, ou de releituras, para a melhor literatura disponível no setor.
Paulo Roberto de Almeida

Desde já à disposição dos interessados:
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Prata da Casa: os livros dos diplomatas
Índice alfabético de autores e livros 

Abdenur, Roberto, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Albuquerque, Roberto Cavalcanti de; Reis Velloso, João Paulo dos (coords.): Brasil, um país do futuro?; Projeto de Brasil: opções de país, opções de desenvolvimento, 671
Albuquerque e Silva, Silvio José: As Nações Unidas e a luta contra o racismo, 100
Almeida, Paulo Roberto de: Formação da Diplomacia Econômica (2005), 31, 208
     O Estudo das Relações Internacionais do Brasil (2006), 40, 239
     O Moderno Príncipe (Maquiavel Revisitado), 69, 297
     Relações internacionais e política externa do Brasil (2012), 77, 311
     Integração Regional: uma introdução, 93, 319
     O Mercosul no contexto regional e internacional, 117
     Cardoso de Oliveira, José Manoel: Actos Diplomaticos do Brasil, 135
     Relações internacionais e política externa do Brasil (1998), 140
     Mercosul: fundamentos e perspectivas, 140
     Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização, 145
     O Brasil e o multilateralismo econômico, 148
     O estudo das relações internacionais do Brasil (1999), 148
     Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud, 151
     Formação da diplomacia econômica no Brasil (2001), 161
     Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais, 182
     A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política, 192
     Relações internacionais e política externa do Brasil (2004), 200
     Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização, 307
     Delgado de Carvalho, Carlos: História Diplomática do Brasil, 541
Almeida, Paulo Roberto de; Barbosa, Rubens Antônio; Rogido Fins, Francisco (orgs.): Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil, 71, 290
Almeida, Paulo Roberto de; Barbosa, Rubens Antônio; Eakin, Marshall C. (orgs.): O Brasil dos brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 167
Almeida, Paulo Roberto de; Chaloult, Yves (coords.): Mercosul, Nafta e Alca, 148
Almeida, Paulo Roberto de; Queiroz Mattoso, Katia de: Une Histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain, 190
Almeida, Paulo Roberto de; Eakin, Marshall C. (eds.): Envisioning Brazil: a Guide to Brazilian Studies in the United States, 211
Almeida, Paulo Roberto de; Barbosa, Rubens Antônio (orgs.): Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências, 215
Almeida Pinto, José Roberto de: O Conceito de Poder nas Relações Sociais, 56
Almeida Santos, Elias Luna: Investidores soberanos, política internacional, 98
Almino, João: Escrita em contraponto: ensaios literários, 58
Alsina, João Paulo, et alii (orgs.): Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras, 70
Álvarez, Vera Cíntia: Diversidade cultural e livre-comércio, 59
Amado, André: Por Dentro do Itamaraty: impressões de um diplomata, 94
Amaral, José Estanislau do: Usos da história: a diplomacia dos Estados Bálticos, 82
Amaral, Luís Gurgel do: O Meu Velho Itamarati, 66
Amaral, Sérgio, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Amorim, Celso: Conversas com Jovens Diplomatas, 74
         Breves Narrativas Diplomáticas, 98
Anjos, João Alfredo dos: José Bonifácio, o primeiro Chanceler do Brasil, 57
Aragão, José Maria: La Armonización de Políticas en el Mercosul, 639
Araújo, Ernesto Henrique Fraga; Florêncio, Sérgio Abreu e Lima: Mercosul Hoje, 132
Arslanian Neto, Michel: A Liberalização do Comércio de Serviços no Mercosul, 72
Azambuja, Marcos, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Baena Soares, João Clemente: Sem medo da diplomacia, 39
Balze, Felipe A. M. de la (comp.): Argentina y Brasil: enfrentando el Siglo XXI, 612
Barbosa, Rubens Antonio: O Dissenso de Washington, 76
     Interesse Nacional & Visão de Futuro, 90
     América Latina em Perspectiva: A Integração Regional, 111
     Revista Interesse Nacional, 278
Barbosa, Rubens A. (org.): Mercosul quinze anos, 260
Barbosa, Rubens Antônio; Almeida, P. R.; Rogido F., F. (orgs.): Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil, 71, 290
Barbosa, Rubens Antônio; Almeida, Paulo Roberto de; Eakin, Marshall C. (orgs.): O Brasil dos brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 167
Barbosa, Rubens Antônio; Almeida, Paulo Roberto de (orgs.): Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências, 215
Barreto, Fernando de Mello: Os Sucessores do Barão, 2, 1964-1985, 39, 244
         A Politica Externa Após a Redemocratização, 1985-2010, 84
         Os Sucessores do Barão: relações exteriores do Brasil, 1912-1964, 155
Barros, Fernando Antonio Ferreira de: A tendência concentradora da produção de conhecimento no mundo contemporâneo, 407
Barros Filho, Omar L. de; Sylvia Bojunga (eds.): Potência Brasil: Gás natural, 55
Bath, Sérgio: Maquiavelismo: A prática política segundo Nicolau Maquiavel, 114
Batista, Paulo Nogueira; Silva, Suely B. da (org.): O diplomata e seu arquivo, 250, 254
Batista Jr., Paulo Nogueira (org.): Paulo Nogueira Batista: Pensando o Brasil, 65
Bezerra, Gustavo Henrique M.: A Política Externa Brasileira e a Questão Cubana, 89
Bhagwati, Jagdish: Em Defesa da Globalização, 446
Böhlke, Marcelo: Integração Regional e Autonomia do seu Ordenamento Jurídico, 51
Bojunga, Sylvia; Barros Filho, Omar L. de; (eds.): Potência Brasil: Gás natural, 55
Brancato, Sandra Maria Lubisco (coord.): Arquivo Diplomático do Reconhecimento da República, 573
Branco, Luizella Giardino B.: Sistema de Solução de Controvérsia no Mercosul, 612
Brasil. Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros: O Conselho de Estado e a política externa do Império: Consultas, 1863-1867, 46
Brasil. Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros: O Conselho de Estado e a política externa do Império: Consultas, 1858-1862, 250
Brigagão, Clóvis; Fernandes, Fernanda (orgs.): Diplomacia brasileira para a paz, 92
Brigagão, Clóvis; Spadale, Pedro; Castanheira, Fernanda: Relações internacionais no Brasil: instituições, programas, cursos e redes, 578
Bueno, Clodoaldo; Cervo, Amado Luís: História da Política Exterior do Brasil, 507
Cabral de Mello, Evaldo: Nassau: governador do Brasil holandês, 50
         A outra Independência: o federalismo pernambucano de 1817 a 1824, 198
Cachapuz de Medeiros, Antônio Paulo (org.): Desafios do Direito Internacional Contemporâneo, 50
Cadaxa, Armindo Branco Mendes: No Jardim de Inverno, 41
Calógeras, João Pandiá: A Política Exterior do Império, 3 volumes, 529
Camargo, Alfredo José Cavalcanti Jordão de: Bolívia: a criação de um novo país, 44
Campos, Roberto: A Lanterna na Popa: Memórias, 53
Cançado Trindade, Antonio Augusto: Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público, 85, 519
         Os tribunais internacionais contemporâneos, 101
Cançado Trindade, Otávio A. Drummond: O Mercosul no Direito Brasileiro, 43, 257
Cardim, Carlos Henrique: A Raiz das Coisas: Rui Barbosa, o Brasil no Mundo, 48 , 271
Cardoso de Oliveira, José Manoel: Actos Diplomaticos do Brasil, 135
Carneiro, Teresa Dias: Otávio Augusto Dias Carneiro, 44
Carneiro Leão, Valdemar: A Crise da Imigração Japonesa no Brasil, 105
Castro, Augusto C. B.: Os bancos de desenvolvimento e a integração da América do Sul, 95
Castro, Flávio de Oliveira: Caleidoscópio: cenas da vida de um diplomata, 48
Castro, Flavio Mendes de Oliveira; Castro, Francisco Mendes de Oliveira: Dois séculos de história da organização do Itamaraty, 63
Castro, Maria Silvia Portella de, et alii (orgs.): Processos de Integração Regional e Sociedade: o sindicalismo na Argentina, Brasil, México e Venezuela, 612
Cavalcanti, Geraldo Holanda: Encontro em Ouro Preto: contos fantásticos, 49
         As desventuras da graça, 65
         A herança de Apolo: Poesia, Poeta, Poema, 96
         Encontro em Ouro Preto: contos fantásticos, 276
Centro de História e Documentação Diplomática: A Missão Varnhagen nas Repúblicas do Pacífico, 33
Cervo, Amado Luís; Saraiva, José Flávio Sombra, O crescimento das relações internacionais no Brasil, 31
Cervo, Amado Luís; Bueno, Clodoaldo: História da Política Exterior do Brasil, 507
Chaloult, Yves; Almeida, Paulo Roberto de (coords.): Mercosul, Nafta e Alca, 148
Chang, Ha-Joon: Kicking Away the Ladder; Chutando a Escada; Bad Samarithans: The Myth of Free Trade; Maus Samaritanos: o mito do livre-comércio, 470
Cherem, Mônica T. C. Sousa; Di Sena Júnior, Roberto (eds.): Comércio Internacional e Desenvolvimento, 489
Cid, Marcelo: Os Unicórnios, 68
         Priapeia: Poesia erótica latina, 73
Corrêa da Costa, Sérgio: Le nazisme en Amérique du Sud, 61
Corrêa do Lago, André Aranha: Conferências de desenvolvimento sustentável, 102
Costa, Tarcísio: As duas Espanhas e o Brasil, 62
Costa e Silva, Alberto da: Das mãos do oleiro: aproximações, 33
         Castro Alves: Um poeta sempre jovem, 60
Costa e Silva, Alberto da (org.): História do Brasil Nação: 1808-1830, 79
Costa Franco, Álvaro da (org.): Com a palavra, o Visconde do Rio Branco, 250
Couteau-Bégarie, Hervé: Géostratégie de l’Atlantique Sud, 418
Cruz Jr., Ademar S. da: Diplomacia, desenvolvimento e sistemas nacionais de inovação, 81
Cunha, Brazílio Itiberê da: Expansão Econômica Mundial, 267
Cunha, Ciro Leal M. da: Terrorismo Internacional e Política Externa Brasileira, 67
Delgado de Carvalho, Carlos: História Diplomática do Brasil, 539
Devoto, Fernando J.; Fausto, Boris: Brasil e Argentina: Um ensaio de história comparada (1850-2002), 594
Diniz Forster, Maria Theresa: Oliveira Lima e as Relações Exteriores do Brasil, 80
Di Sena Júnior, Roberto; Cherem, Mônica T. C. Sousa (eds.): Comércio Internacional e Desenvolvimento, 489
Doratioto, Francisco: Relações Brasil-Paraguai, 91
Eakin, Marshall C.; Barbosa, Rubens Antônio; Almeida, Paulo Roberto de (orgs.): O Brasil dos brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 167
Eakin, Marshall C.; Almeida, Paulo Roberto de (eds.): Envisioning Brazil: a Guide to Brazilian Studies in the United States, 211
Earp, Jorge Sá: O olmo e a palmeira, 45
         O Legado, 60
         O novelo, 64
Enge, Leonardo de A. Carneiro: A Convergência Macroeconômica Brasil-Argentina, 225
Farani de Azevedo, Maria Nazareth: A OMC e a Reforma Agrícola, 52
Faria, José Ângelo Estrella: O Mercosul: Princípios do Tratado de Assunção, 630
Fausto, Boris; Devoto, Fernando J.: Brasil e Argentina: Um ensaio de história comparada (1850-2002), 594
Fernandes, Daniel Costa: A Política Externa da Inglaterra, 76
Fernandes, Santiago: A Ilegitimidade da Dívida Externa do Brasil e do III Mundo, 665
Fiori, José Luis (org.): O Poder Americano, 591
Fischer, David Hackett: The Great Wave: price revolutions, the rhythm of History, 430
Florêncio, Sérgio Abreu e Lima; Araújo, Ernesto Henrique Fraga: Mercosul Hoje, 132
Fonseca, Gelson: Diplomacia e Academia, 80
Fortuna, Felipe: Em Seu Lugar: Poemas Reunidos, 32
Freitas, Jacqueline Ventapane de, et alii (orgs.): Brasil do AI-5, 55
Freixo, Adriano de, et alii (orgs.): Brasil do AI-5, 55
Frenkel, Jacob A.; Goldstein, Morris (eds.): International Financial Policy, 430
Furet, François: Le Passé d’une Illusion: essai sur l’idée communiste au XXe siècle, 358
Fukuyama, Francis: “The End of History?”; The End of History and the Last Man, 344
         Construção de Estados: governo e organização no século XXI, 395
Garcia, Eugênio Vargas: Diplomacia Brasileira e Política Externa: Documentos, 56
         O Sexto Membro Permanente: o Brasil e a criação da ONU, 79
         Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920, 232
Garcia, Fernando Cacciatore de: O Príncipe Irreal e o Poeta Errante, 52
         Fronteira Iluminada: História do Povoamento, 68
         O Ritual dos Pastores: Memórias, 73
Goes Filho, Synesio Sampaio: As Fronteiras do Brasil, 102
Gomes Pereira, Manoel (org.): Barão do Rio Branco: 100 anos de memória, 94, 314
Gomes Pereira, Manoel (ed.); Paranhos da Silva Jr., José Maria: Obras do Barão do Rio Branco, 12 volumes, 314
Gordon, Lincoln: Brazil’s Second Chance: En Route toward the First World; A Segunda Chance do Brasil: a caminho do Primeiro Mundo, 604
Hees, Felipe; Marília C. P. Valle (orgs.): Dumping, Subsídios e Salvaguardas, 86
Hufbauer, Gary Clyde; Schott, Jeffrey J.: North American Free Trade, 642
James, Harold: International Monetary Cooperation since Bretton Woods, 430
Kessel, Carlos: Tesouros do Morro do Castelo, 53
Kindleberger, Charles P.: World Economic Primacy: 1500 to 1990, 430
Kloss, Emerson Coraiola: Transformação do Etanol em Commodity, 92
Komniski, Murilo Vieira: Buritizal, 34
Krugman, Paul R.: Rethinking International Trade, 481
Kuczynski, Pedro-Pablo; Williamson, John (orgs.): After the Washington Consensus; Depois do Consenso de Washington, 464
Lafer, Celso: Comércio, Desarmamento, Direitos Humanos, 486
Lampreia, Luiz Felipe, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Leis, Héctor Ricardo; Viola, Eduardo: Sistema Internacional com Hegemonia das Democracias de Mercado: Desafios de Brasil e Argentina, 597
Leite Barbosa, Carlos Alberto: A política externa de Jânio Quadros, 45, 270
Lessa, Antonio Carlos; Rolland, Denis (coords.): Relations Internationales du Brésil, 72
Lessa, Antonio Carlos; Oliveira, Henrique Altemani de (orgs.): Política Internacional Contemporânea: mundo em transformação, 400
Relações internacionais do Brasil: temas e agendas, 2 volumes, 494
Lessa, José Vicente: O autoengano coletivo, 32
Ligiéro, Luiz Fernando: A Autonomia na Politica Externa Brasileira, 83
Lindgren Alves, José Augusto: Os direitos humanos na pós-modernidade, 35
         Viagens no Multiculturalismo, 71
Lorenzo Fernandez, Oscar S.: Três Séculos e uma Geração, 69
Macedo, Sérgio Teixeira de, et alii: Pareceres dos Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros: 1859-1864, 250
Machado, Luís Fernando Corrêa da Silva: Brasil e investimentos internacionais, 42
Magnoli, Demétrio; Serapião Jr., Carlos: Comércio Exterior e negociações, 258
Mariano, Marcelo Passini; Vigevani, Tullo: Alca: o gigante e os anões, 648
Mariz, Vasco (org.): Brasil-França: relações históricas no período colonial, 40
Mariz, Vasco: Temas da política internacional, 59
         Depois da Glória: ensaios históricos, 89
Marques, Renato L. R.: Duas Décadas de Mercosul, 78, 88
         Mercosul 1989-1999: depoimentos de um negociador, 285
Matias, Eduardo Felipe P.: A Humanidade e suas Fronteiras, 402
Melo, Ovídio de Andrade: Recordações de um Removedor de mofo no Itamaraty, 64
Mello Mourão, Gonçalo de Barros C. e: A Revolução de 1817 e a História do Brasil, 63
Mendonça, Renato: A Influência Africana no Português do Brasil, 87
Menezes, Adolpho Justo Bezerra de: O Brasil e o mundo ásio-africano, 88
Merquior, José Guilherme: Liberalism, Old and New, 100
Moniz Bandeira, Luiz A.: Estado Nacional e Política Internacional na América Latina, 584
         O Expansionismo Brasileiro e a formação dos Estados na Bacia do Prata, 587
Moraes Leme, Letícia Frazão Alexandre de: O Tratamento Especial e Diferenciado dos Países em Desenvolvimento, 84
Moreira Lima, Sérgio Eduardo: A Time for Change, 54
Motta Veiga, Pedro da: A Evolução do Mercosul no Período de Transição, 634
Munhoz, Sidnei J.; Silva, Francisco Carlos T. da (orgs.): Relações Brasil-Estados Unidos: séculos XX e XX, 77
Munteal Filho, Oswaldo, et alii (orgs.): Brasil do AI-5, 55
Murphy, Craig N.: International Organization and Industrial Change, 430
Nabuco, Joaquim: My Formative Years, 93
Nasser, Rabih Ali: A OMC e os países em desenvolvimento, 490
Neves, Rômulo Figueira: Cultura Política e Política Venezuelana, 67
Oliveira, Henrique Altemani de: Politica Externa Brasileira, 576
Oliveira, Henrique Altemani de; Lessa, Antonio Carlos (orgs.): Política Internacional Contemporânea: mundo em transformação, 400
Relações internacionais do Brasil: temas e agendas, 2 volumes, 494
Oliveira, Luís Valente; Ricupero, Rubens (orgs.): A Abertura dos Portos, 49, 273
Oliveira, Rubem Mendes de: A Questão da Técnica em Spengler e Heidegger, 42
Oliveira Lima, Manoel de: Nos Estados Unidos, Impressões políticas e sociais, 280
Pabst, Haroldo: Mercosul: direito da integração, 612
Paiva Torres, Miguel Gustavo de: O Visconde do Uruguai e sua atuação diplomática, 82
Palm, Paulo Roberto: A Abertura do Rio Amazonas à Navegação Internacional, 61
Paranhos da Silva, José Maria, et alii: Pareceres dos Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros: 1859-1864, 250
Paranhos da Silva Jr., José Maria; Gomes Pereira, Manoel (ed.): Obras do Barão do Rio Branco, 12 volumes, 314
Parola, Alexandre Guido Lopes: A Ordem Injusta, 54
Patriota, Antonio de Aguiar: O Conselho de Segurança após a Guerra do Golfo, 66
Pereira, Ana Cristina Paulo: Mercosul: o novo quadro jurídico das relações comerciais na América Latina, 612
Pereira, Antonio Carlos, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Pereira de Araújo, João Hermes; Ricupero, Rubens (org.): José Maria da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco: Uma Biografia Fotográfica, 1845-1995, 123
Pimenta Bueno, José Antonio, et alii: Pareceres dos Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros: 1859-1864, 250
Pimentel, Fernando: O Fim da era do petróleo, 78
Pimentel, José Vicente Sá (org.): O Brasil, os BRICS e a agenda internacional, 99
         Pensamento Diplomático Brasileiro: formuladores e agentes, 102, 322
Pinheiro Guimarães, Samuel: Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes, 38
Pinto, Paulo Antonio Pereira: Taiwan – um futuro formoso para a ilha?, 36
         Iruan nas reinações asiáticas, 37
Porto, Alexandre Vidal: Matias na cidade – romance, 37
Porto, Ângela (org.): Barão do Rio Branco e a caricatura: coleção e memória, 314
Proença Rosa, Carlos Augusto de: História da Ciência, 70
Pucci, Adriano Silva: O Avesso dos Sonhos, 58
Queiroz Mattoso, Katia de; Almeida, Paulo Roberto de: Une Histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain, 190
Raffaelli, Marcelo: A Monarquia e a República: relações Brasil-Estados Unidos durante o Império, 41, 255
Rêgo, André Heráclio do: Famille et Pouvoir Regional au Brésil, 34
         Família e Coronelismo no Brasil: uma história de poder, 56
Rego Barros, Sebastião do, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Reis, Fernando: Falta um cão na vida de Kant, 47
         Caçadores de Nuvens: Em busca da Diplomacia, 75
Reis Velloso, João Paulo dos; Albuquerque, Roberto Cavalcanti de (coords.): Brasil, um país do futuro?; Projeto de Brasil: opções de país, opções de desenvolvimento, 671
Renouvin, Pierre (ed.): Histoire des Relations Internationales, 329
Ribeiro, Elisa de Sousa (coord.): Direito do Mercosul, 101
Ricupero, Rubens; Oliveira, Luís Valente (orgs.): A Abertura dos Portos, 49, 273
Ricupero, Rubens, et alii: A Política Externa Brasileira, 74
Ricupero, Rubens; Pereira de Araújo, João Hermes (org.): José Maria da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco: Uma Biografia Fotográfica, 1845-1995, 123
Ricupero, Rubens (colaborador): História do Brasil Nação: 1808-1830, 79
Roberts, Brad (ed.): New Forces in the World Economy, 430
Rodrigues, Iram Jácome, et alii (orgs.): Processos de Integração Regional e Sociedade: o sindicalismo na Argentina, Brasil, México e Venezuela, 612
Rodrigues; José Honório; Seitenfus, Ricardo A. S.: Uma História Diplomática do Brasil (1531-1945), 525
Rogido Fins, Francisco; Almeida, Paulo Roberto de; Barbosa, Rubens Antônio (orgs.): Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil, 71, 290
Rufin, Jean-Christophe: L’Empire et les Nouveaux Barbares, 387
Rolland, Denis; Lessa, Antonio Carlos (coords.): Relations Internationales du Brésil, 72
Sampaio, Maria Feliciana Nunes Ortigão de: O Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares, 87
San Tiago Dantas, F. C.: Política Externa Independente – Edição Atualizada, 83
Santos, Agenor Soares dos: Dicionário de anglicismos e de palavras inglesas, 36
Santos, Luís Cláudio Villafañe Gomes: Imperio del Brasil y las Repúblicas del Pacífico, 43
         O evangelho do Barão: Rio Branco e a identidade brasileira, 85
         Duarte da Ponte Ribeiro: pionero de la diplomacia, 91
         O Império e as repúblicas do Pacífico, 186
Santos, Luís Cláudio Villafañe G. (curador): Rio Branco: 100 anos de memória, 314
Saraiva, José Flávio Sombra, Amado Luís Cervo (orgs.): O crescimento das relações internacionais no Brasil, 31
Sardenberg, Ronaldo Mota: O Brasil e as Nações Unidas, 102
Sarquis, J. B. Sarquis: Comércio Internacional e Crescimento Econômico no Brasil, 81
Schott, Jeffrey J.; Hufbauer, Gary Clyde: North American Free Trade, 642
Seitenfus, Ricardo: Manual das organizações internacionais, 397
Seitenfus, Ricardo A. S.; Rodrigues; José Honório: Uma História Diplomática do Brasil (1531-1945), 525
Seixas Corrêa, Luiz Felipe de (org.): O Brasil nas Nações Unidas, 1946-2006, 46
     O Barão do Rio Branco: Missão em Berlim – 1901/1902, 62
     O Brasil nas Nações Unidas, 1946-2011, 90
     A Palavra do Brasil nas  Nações Unidas: 1946-1995, 119
Serapião Jr., Carlos; Magnoli, Demétrio: Comércio Exterior e negociações, 258
Silva, Luiza Lopes da: A questão das drogas nas relações internacionais, 96
Silva, Ricardo Luís Pires Ribeiro da: A Nova Rota da Seda, 95
Silva, Suely Braga da: Paulo Nogueira Batista: o diplomata através de seu arquivo, 250
Silveira, Helder Gordim da: Integração latino-americana: projetos e realidades, 626
Tachinardi, Maria Helena: A Guerra das Patentes: o conflito Brasil x EUA, 662
Taunay, Raul de: Rosas da infância ou da estrela, 35
Telles Ribeiro, Edgard: Diplomacia Cultural, 75
         O Punho e a Renda, 302
Torres, Milton: O Maranhão e o Piauí no Espaço Colonial, 38
     No Fim das Terras e Andaimes, 47
Varella, Marcelo Dias: Propriedade Intelectual de Setores Emergentes, 655
Vargas, Everton Vieira: O Legado do Discurso: Brasilidade e Hispanidade, 51
Vasconcellos, Douglas Wanderley de: Esporte, poder e relações internacionais, 99
Ventura, Deisy de Freitas Lima: A ordem jurídica do Mercosul, 612
Verdier, Daniel: Democracy and International Trade, 430
Vianna, Hélio: História Diplomática do Brasil, 566
Vigevani, Tullo: O Contencioso Brasil x Estados Unidos da Informática, 655
Vigevani, Tullo, et alii (orgs.): Processos de Integração Regional e Sociedade: o sindicalismo na Argentina, Brasil, México e Venezuela, 612
Vigevani, Tullo; Mariano, Marcelo Passini: Alca: o gigante e os anões, 648
Viola, Eduardo; Leis, Héctor Ricardo: Sistema Internacional com Hegemonia das Democracias de Mercado: Desafios de Brasil e Argentina, 597
Vizentini, Paulo Fagundes: A política externa do regime militar brasileiro, 140
Yergin, Daniel: The Prize: The epic quest for Oil, Money and Power; O Petróleo: Uma História de Ganância, Dinheiro e Poder, 378
Williamson, John (org.): Latin American Adjustment: How Much Has Happened?, 448
Williamson, John; Kuczynski, Pedro-Pablo (orgs.): After the Washington Consensus; Depois do Consenso de Washington, 464

Zylberstain, Hélio, et alii (orgs..): Processos de Integração Regional e Sociedade: o sindicalismo na Argentina, Brasil, México e Venezuela, 612


Outros livros de Paulo Roberto de Almeida:
http://www.pralmeida.org/01Livros/1NewBoooks/1LivrosPRA.html

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Economist: Great Depression, entao e agora - licoes da Historia

Economic history
What can we learn from the Depression?
The Economist, November 8th 2013, by C.R. | LONDON

SINCE the start of what some now call the “Great Recession” in 2007, economists have been unable to avoid comparing it with the Depression of the early 1930s. For some, the comparisons are explicit. Economists like Paul Krugman and Barry Eichengreen have drawn parallels between the two slumps. Olivier Blanchard, chief economist of the International Monetary Fund (IMF), warned several times over the last few years that the world risked falling into a new “Great Depression”. Economic historians themselves have had an unprecedented role in policy making during the recent crisis. Ben Bernanke at the Federal Reserve and Obama-administration advisors like Christina Romer all have academic backgrounds in the discipline.
Can economic historians give policy-makers advice on the basis of what they believed caused the Great Depression? A discussion of this topic by Britain’s top economic historians in a lecture at Cambridge University on November 4th suggested the question is more complex than it first appears. Although there are similarities between this crisis and that of the 1930s, much else—including technology, geopolitics, and the role of the state—has changed dramatically in the intervening period. Financial markets and credit systems now work in different ways than back then. Exotic derivatives like CDOs and CDSs only became widely used in the 1990s. Global economic institutions like the IMF and the World Bank did not exist, and Europe was dominated by the Treaty of Versailles rather than the European Union.
But what has made producing lessons more difficult is that many traditional views about the causes of the Depression have been overturned by academics in recent decades.
Take, for example, the view that the rise of protectionism, such as the Smoot-Hawley Tariffs of 1930, “caused” the Depression. According to research by Paul Bairoch, tariff rates in fact fell in the period immediately before the calamity. He found that average annual customs rates of countries in continental Europe remained broadly flat between 1913 and 1927—only rising from 24.6% to 24.9% in those fourteen years. European tariff rates continued to hold flat until 1930, well after the Depression had begun. Outside Europe, average tariff rates actually fell in the 1927-29 period as the result of the success of the International Economic Conference in 1927, at which countries around the world agreed to reduce barriers to trade.
Although the rise of protectionism increased the velocity and depth of the depression when tariffs started rising in 1930, they were still only responsible for part of the fall in world GDP during the Depression. Since American exports only accounted for 7% of GDP in 1929, falling trade volumes can only explain part of the 29.5% reduction in real GDP it experienced between 1929 and 1933.
The idea that the Wall Street crash caused the depression has also gone out of favour in recent years. This perception was popularised by the Harvard economist J. K. Galbraith, who in the 1950s emphasised the importance of the stock-market crash in sparking off the Great Depression.
However, historians in other parts of the world have pointed out that the global economy was already on a downward path before stock prices in New York started falling. American house prices peaked by the mid-1920s and the construction industry had gone into a tailspin by 1929. Industrial production in Germany and Britain, Europe’s largest economies, was already falling by mid-1928. The redirection of capital towards the overheating stock market in America exacerbated credit shortages elsewhere in the world before the crash. Businesses in Europe and Latin America were already facing a credit crunch by the start of 1929. As with the rise of protectionism, it seems that the Wall Street crash was a symptom of problems in the global economy, rather than the underlying cause of them.
Economic historians now focus on a different candidate to take the blame for the sudden economic collapse of the 1930s: the structure of the world financial system before 1929. In particular, the work of the economic historians such as Mr Eichengreen and Peter Temin has recently stressed the importance of the malfunctioning of the gold standard currency system as the cause of the Depression, as well as its severity.
From the mid-19th century most countries pegged their currencies to a fixed value of gold, an arrangement that became known as the “gold standard”. This system worked whilst countries helped each other with loans to solve periodic balance-of-payments crises (and while gold discoveries made for gentle price-level trends) but World War One disrupted this system. The result was that many countries found themselves with currencies fixed at an inappropriate rate of exchange to those of other countries. While France and America initially gained in the 1920s from holding their currencies at too low a value, countries like Britain and Germany suffered from recurrent balance-of-payments problems as the result their overvalued currencies.
This system came to a head when the global economy started what, at first, seemed to be a very ordinary business cycle downturn in the late-1920s. When the drop in global demand caused balance-of-payments crises in countries around the world due to gold outflows, they were forced to use fiscal and monetary means to deflate their economies to protect the fixed value of their currencies (they also resorted to tariffs).
This amplified the recession into a depression. According to some monetarist historians, the four waves of banking crises in the 1930-33 period that bankrupted half of America’s banks were caused by the Federal Reserve tightening monetary policy in response to gold outflows. Similar effects were seen in Europe too. Austerity in Germany and Austria lead to a wave of bank failures in 1931, plunging the central European economy into its most severe period of contraction. According to research by Mr Eichengreen, countries that escaped the gold standard and changed to floating exchange rates first, such as Britain in 1931 and America in 1933, tended to recover earlier and far faster. The critique of monetary policy as a conduit of Depression dates back to Milton Friedman and Anna Schwartz's "Monetary History of the United States", first published in 1963.
Policy-makers have drawn some lessons from the 1930s. Unlike in the Depression, central banks in Britain and America avoided unnecessary monetary tightening. Instead, they slashed interest rates and used unconventional monetary stimulus such as quantitative easing in an effort to fend off deflation (a scourge of the Depression). The role of banking crises in turning a normal recession into a deep depression has also been recognised. Governments pulled out the stops to prevent the Lehman failure from generating a global financial meltdown, keenly aware of the role of financial contagion in the 1930s. 
However, lessons from the Great Depression for Europe's current problems may be more difficult to discern than one might assume. The euro zone is a fixed-exchange-rate system, with elements similar to those of the gold standard. But the political and economic constraints holding back policy-makers are different from those that prevailed in the 1930s. Economists now say that the higher level of financial integration in Europe today makes leaving the euro-zone a much riskier prospect than was leaving the gold standard was back in the 1930s. And the euro zone has a central bank that can print euros—something the gold-standard system lacked.
Perhaps economic historians can make a better contribution by ensuring the past is not abused in debates about modern-day crises. For instance, putting all the blame on Wall Street for the Great Depression—or on bankers in the current crisis—does not stand up to historical scrutiny. The responsibility may more properly lie in a complex combination of factors, like how global financial systems are structured. But this still needs be interpreted from modern day evidence rather than in over-simplistic “lessons” from the past. As the Irish economic historian Cormac Ó Gráda once wrote, “shattering dangerous myths about the past is the historian’s social responsibility”. Such sentiments should apply to the Great Depression as much as they do any other episode in history.

Suggested reading:
Bairoch, P., (1993). Economics & World History: Myths and Paradoxes. Chicago: University of Chicago Press.
Bernanke, B. S., (2000). Essays on the Great Depression. Princeton: Princeton University Press.
Crafts, N.,and Fearon, P. (eds.), (2013). The Great Depression of the 1930s: Lessons for Today. Oxford: Oxford University Press.
Eichengreen, B., (1992). Golden Fetters: The Gold Standard and the Great Depression, 1919-1939. Oxford: Oxford University Press. 
Eichengreen, B., and Temin, P., (1997). “The Gold Standard and the Great Depression”. NBER Working Paper 6060.
Friedman, M., and Schwartz, A. J., (1963). A Monetary History of the United States 1867-1960. Princeton: Princeton University Press.
Galbraith, J. K., (1954). The Great Crash, 1929. New York: Time Incorporated.

Kindleberger, C. P., (1973). The World in Depression, 1929-39. Berkeley: University of California Press.

Educacao: melhor jogar o MEC na lata do lixo e comecar tudo outra vez...

A educação em escombros
11 de novembro de 2013 | 2h 11
Editorial O Estado de S.Paulo

Se ainda faltasse alguma prova da crise educacional brasileira, o novo relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a escassez de pessoal para a construção seria mais que suficiente. Durante muito tempo as construtoras foram uma das principais portas de entrada para o trabalho urbano. Absorviam enormes contingentes de mão de obra de baixa escolaridade e ofereciam ocupação mesmo a analfabetos. Programas de investimento em obras de infraestrutura e em construções habitacionais contribuíam de forma importante para a criação direta e para a manutenção de empregos. Hoje essa porta é muito menos ampla, porque a tecnologia mudou e a atividade requer outro tipo de trabalhador. Mas a política educacional foi incapaz de acompanhar essa mudança e o descompasso é evidenciado, mais uma vez, pela sondagem da CNI.

Mesmo com o ritmo de produção abaixo do esperado, o setor da construção continua encontrando muita dificuldade para contratar mão de obra adequada às suas necessidades. O problema foi apontado por 74% das 424 empresas consultadas na sondagem recém-divulgada. Há dois anos a queixa havia aparecido em 88% das respostas, mas o nível de atividade era bem mais alto e isso se refletia na procura de trabalhadores. Mas o detalhe mais alarmante é outro. A falta de pessoal para as atividades básicas - pedreiros e serventes - foi apontada por 94% das firmas com problemas para preenchimento de quadros. Parcela pouco menor (92%) indicou escassez de funcionários técnicos para ocupações ligadas diretamente à obra.
As indústrias consultadas mencionaram problemas para preenchimento de postos em todos os segmentos e em todos os níveis administrativos. Em relação à gerência, por exemplo, queixas foram apresentadas por 69% das empresas com dificuldades de contratação. De modo geral, os níveis de insatisfação quanto às condições do mercado foram tanto mais altos quanto maior o porte da companhia consultada. A falta de trabalhadores qualificados - a questão mais genérica - foi apontada como problema importante por 81% das empresas grandes, 77% das médias e 64% das pequenas. A média dessas respostas ficou em 74%.
A qualificação de pessoal na própria empresa é a solução mais comum, mas também a aplicação desse remédio está longe de resolver o problema. Alta rotatividade, pouco interesse dos trabalhadores e baixa qualidade da educação básica foram os principais obstáculos apontados pelas companhias consultadas. Mas o terceiro item apontado, a educação básica deficiente, talvez seja a explicação mais provável tanto do desinteresse dos trabalhadores como da rotatividade.
A sondagem do setor da construção complementa com um toque especialmente dramático o cenário mostrado, há poucos dias, na última pesquisa sobre os demais segmentos da indústria. Também neste caso é relevante levar em conta o baixo nível de atividade do setor: mesmo com a lenta recuperação registrada depois de um ano de retração, as empresas continuam com problemas para preencher seus quadros.
Praticamente dois terços das firmas (65%) indicaram dificuldades para encontrar pessoal qualificado. Desse grupo, 81% procuram qualificar os trabalhadores na própria empresa. Mas também neste caso a tarefa é dificultada pela falha da escola. A baixa qualidade da educação básica foi apontada como a maior causa de dificuldade por 49% das empresas com problemas de preenchimento de postos.
Esses dados esclarecem facilmente um paradoxo aparente. Por que - muitas pessoas têm perguntado - as empresas têm evitado demitir, apesar do baixo nível de atividade a partir de 2011? A resposta é evidente. Além dos custos da demissão, os administradores levaram em conta as dificuldades para recompor os quadros.

Durante quase dez anos a administração petista deu prioridade à ampliação do acesso às faculdades, para facilitar a distribuição de diplomas. Quase nenhuma atenção foi dada aos outros níveis. A escassez de mão de obra com a formação mínima é uma das consequências desse erro, ao lado, é claro, da perda de competitividade.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Venezuela: a degringolada continua (e se acelera), cambio dispara, aperder de vista...

Adivinhe quem vai perder?
Não estou pensando só no povo venezuelano, coitado: esse vai pagar uma conta incomensurável, terrível mesmo. Mas tem outro povo que, devido à incúria de seus dirigentes, vai pagar uma conta não só mensurável, mas irrecuperável. 
Adivinhou quem vai pagar?
PRA

Venezuela retira do ar sites que informam valor do dólar paralelo

O Globo, 11/11/2013
O governo da Venezuela anunciou no sábado que decidiu retirar o ar os sites da internet que publicam a cotação do dólar paralelo com o objetivo de combater especulações em um país onde existe um forte controle cambial. Em discurso público pronunciado no final da noite de sábado, o presidente Nicolás Maduro (foto abaixo) enumerou os sites que estão sendo retirados do ar. São eles: 'dólar today', 'tucadivi.com', 'lalechugaVerde.com', 'dolarparalelovenezuela.com', 'dolarparalelo.org', 'preciodolar.info' e 'dolarparalelo.tk'.
Embora a lei venezuelana proíba, estes sites publicam de maneira permanente a cotação do chamado dólar paralelo, a moeda americana que é comercializada de maneira ilegal na Venezuela e que supera em mais de oito vezes o preço oficial do dólar.


Brasil-Uruguai: diplomacia do segredo (nao bilateral)

Nenhum tema das relações bilaterais justificaria uma reunião dessas e um segredo desse tamanho.
Só existiriam duas justificativas: Argentina, de um lado, Venezuela, de outro.
PRA

Dilma e Mujica se reúnem por 3 horas a portas fechadas em Brasília

Terra
O presidente do Uruguai, José Mujica (foto abaixo), foi recebido neste domingo em Brasília pela presidente Dilma Rousseff, num encontro a portas fechadas, ao fim do qual nenhuma das partes deu declarações. O encontro privado durou cerca de três horas e aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência brasileira.
Mujica estava à frente de uma comitiva integrada por vários funcionários de seu governo, entre eles, o ministro das Relações Exteriores, Luis Almagro. Dilma estava acompanhada do chanceler, Luiz Alberto Figueiredo, do assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e vários ministros.



Relacoes Brasil-EUA: diplomacia ativa, altiva... e agressiva - despedida do Embaixador dos EUA

Parece que certo estilo tem se espalhado pela esplanada, ou então, certas pessoas, por excesso de zelo, precisam se mostrar em conformidade com os ares do tempo, e os espíritos da época. Que tempos, que espíritos...
Paulo Roberto de Almeida
Folha de S.Paulo, 10/11/2013

Tratamento dado por Brasil a embaixador desagrada aos EUA

PATRÍCIA CAMPOS MELLO

DE SÃO PAULO
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O governo americano considerou "humilhante" o tratamento dado a seu ex-embaixador em Brasília Thomas Shannon, que deixou o cargo quando estourava o escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA). A mágoa da diplomacia americana contribui para azedar o já desgastado clima entre Washington e Brasília, em crise desde que foi revelado que a NSA espionou a presidente Dilma Rousseff.
Após deixar o Brasil, em setembro, Shannon foi escolhido para ser o assessor especial do secretário de Estado, John Kerry. Ocupará um cargo estratégico, que já foi de George Kennan, ícone da diplomacia do país.
Em seu almoço de despedida no Itamaraty, em 5 de setembro, Shannon foi recebido por um diplomata de terceiro escalão, em vez do ministro, como era esperado.
Logo no início do almoço, o embaixador Carlos Antônio Paranhos, subsecretário-geral político 1, puxou um papel e fez um discurso com declarações agressivas, segundo pessoas presentes, referindo-se ao unilateralismo e denunciando indiretamente intervenções militares dos EUA, diante de cerca de 30 pessoas, entre elas embaixadores de Israel e da Croácia.
Esses almoços normalmente são uma forma protocolar de o ministério se despedir dos representantes estrangeiros e reconhecer o serviço prestado. O almoço para Shannon, no entanto, não foi nada disso.
"Convidar alguém e depois fazer declarações agressivas contra seu país, ainda mais alguém que se esforçou tanto pelas relações bilaterais, é inexplicável", diz uma pessoa presente.
"Poderiam ter dito a ele que não havia clima para um almoço, por causa da NSA, e fazer só uma cerimonia íntima."

domingo, 10 de novembro de 2013

Surrealismo do seculo XXI: Chavez so aparece para Maduro

Talvez o povo venezuelano nao tenha ainda amadurecido o bastante, mas a situação smeaça apodrecer rapidamente.
PRA

América Latina

Maduro afirma que Chávez apareceu em túnel do metrô de Caracas

Veja.com, 31/10/2013

Presidente venezuelano também já tinha visto o falecido caudilho em forma de passarinho

Nicolás Maduro é visto em Caracas em 21 de outubro de 2013
Nicolás Maduro anda tendo visões do fantasma de Chávez (Leo Ramirez/AFP)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não se cansa de passar vergonha com suas invencionices. Desta vez, ele revelou mais um contato mediúnico com o além e exibiu na noite de quarta-feira uma suposta imagem do rosto do falecido Hugo Chávez, que teria aparecido nas obras de um túnel do metrô de Caracas. "Olhem a figura, um rosto. Esta foto foi feita pelos trabalhadores. Quem está neste rosto? Os trabalhadores estão ali, trabalhando e lhes aparece uma imagem na parede e, assim como apareceu, desapareceu. Chávez está em todas as partes", disse Maduro, sorrindo, em um encontro com movimentos populares no Poliedro de Caracas.
Visões - Em abril, durante a campanha para a eleição presidencial convocada após a morte de Chávez, em 5 de março, Maduro afirmou ter visto o falecido comandante encarnado em um passarinho. Desde então, em vários discursos imitou o som do pássaro para fazer referência à presença de Chávez.
Maduro foi muito criticado e alvo de piadas de opositores pela referência, mas disse que não estava preocupado. Em junho, o presidente venezuelano afirmou que Chávez "aparecia" nas montanhas que dominam a paisagem de Caracas. "Cada vez que observo a montanha, vejo Chávez aparecer na montanha. Chávez nosso de todos os dias", afirmou durante um evento público em Caracas.