Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Hayek contra os burocratas - Robert P. Murphy
F. A. Hayek versus Bureaucrats' Conceit
The Independent Institute, May 9, 2016
The economist F. A. Hayek (1899-1992) was one of the most productive social scientists of the 20th century, making important contributions in business cycle theory, comparative economic systems, political philosophy, philosophy of science, and much more. His work remains relevant in the 21st century. Hayek was born in Vienna, 117 years ago on May 8, and Independent Institute Research Fellow Robert P. Murphy, author of a recent book about the work of Hayek's greatest teacher, marked the occasion with an op-ed about the Austrian School economist. READ MORE
What One Economist Knew, by Robert P. Murphy (American Thinker, 5/8/16)
Choice: Cooperation, Enterprise, and Human Action, by Robert P. Murphy
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Varnhagen (1816-1878): Diplomacia e Pensamento Estratégico - livro Funag
A capa será uma derivação dessa provisória que aí está: as datas extremas serão as da vida de Varnhagen, e pronto.
Como não pretendo mais modificar o meu texto até a publicação, já torno o arquivo de meu capítulo livremente disponível, neste link de Academia.edu:
https://www.academia.edu/24088709/O_pensamento_estrategico_de_Varnhagen_contexto_e_atualidade
Paulo Roberto de Almeida
Um extra, aliás dois:
Resenhas de Politica Exterior do Brasil: documentacao diplomata (MRE)
Interessante, ou necessário, segundo a utilidade para cada um.
Paulo Roberto de Almeida
Resenhas de Política Exterior do Brasil
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/resenha-de-politica-exterior-do-brasilAcordo Transatlantico: comecaram as mesmas guerrilhas de sempre - Der Spiegel
Como sempre, muito barulho por nada, ou melhor, contra a liberalização do comércio e contra a abertura econômica de modo geral. De vez em quando, eles conseguem barrar esses projetos de acordos, não porque conseguiram no grito, mas porque governos de orientação populista-esquerdista, e governos mesmo de centro, mas temerosos de uma opinião pública manipulada, e centrais sindicais corporativas e contrárias a qualquer abertura e concorrência.
A Alca, por exemplo, foi barrada pela ação de três governos: a Venezuela de Chávez, a Argentina de Nestor Kirchner e o Brasil de Lula, todos eles orgulhosos pelo fato de terem conseguido "implodir" a Alca, como reconheceu um desses chanceleres sabujos.
Bem, cada vez que alguém consegue punir liberalização do comércio, o mundo fica mais pobre, e os mais pobres entre os pobres continuam a ser pobres, pois se tem algo que estimula a criação de empregos e de renda é a abertura comercial e econômica.
Mas, sempre teremos os inimigos dos mais pobres.
Paulo Roberto de Almeida
THE TTIPING POINT
Protests Threaten Trans-Atlantic Trade Deal
Der Spiegel, May 9, 2016
An unprecedented protest movement of a scope not seen since the Iraq war in Germany has pushed negotiations over the TTIP trans-Atlantic free trade agreement to the brink of collapse. The demonstrations are characterized by a level of professionalism not previously seen.
FREE TRADEOFFS
TTIP is Flawed -- But Necessary
Der Spiegel, May 9, 2016
The planned TTIP free trade agreement between Europe and the United States has generated significant backlash for good reasons. But it's time for Europeans to get on board, or risk being left behind.
Autonomia do Banco Central do Brasil: proposta de Roberto Campos (anos 1980)
Propostas de Roberto Campos (anos 1980)
Autonomia do Banco Central do Brasil
Quando propusemos em, 1965 - o professor Bulhões e eu -, a criação do Banco Central, como controlador e guardião da moeda, jamais imaginávamos que ele se transformaria em um grande banco rural, cúmplice ao invés de disciplinador da expansão monetária. Teve suas funções ampliadas e sua independência reduzidas. É preciso retorná-la à sua concepção original.
Outro exemplo de perversão institucional é o open market. Concebido originalmente como instrumento de controle monetário, tornou-se um grande acelerador da velocidade de circulação de vários tipos de quase-moeda. A regulação da base monetária perdeu eficácia, porque pouco adianta controlar o estoque de meios de pagamento sem controlar a velocidade do fluxo de quase–moeda. Com o open market conseguimos o feito singular de criar um mercado secundário sem um mercado primário!
Já que estamos neste tema, que dizer das excruciantes taxas de juros no segmento livre do mercado, que afligem nossas empresas? Ab initio, descartemos duas soluções que nada solucionam:
- O tabelamento dos juros; e
- A nacionalização dos bancos privados.
A primeira causa dos juros altos é a “expectativa” de inflação e de desvalorização cambial, que alimenta a inflação e dela se realimenta. Em segundo lugar a bizarra coexistência de taxas negativas para dois terço dos empréstimos e taxas explosivas para o terço restante, pois que a isso se limita o segmento livre de mercado. Este mercado não é caldeira; é a válvula de escape da excessiva pressão da procura.
Eliminando o crédito subvencionado, descobriríamos o milagre aritmético da média: os juros tenderiam a baixar pela diminuição da procura e pela mudança de expectativa! E o mercado bancário se tornaria mais competitivo, pois os bancos não mais precisariam ser racionados, dado que o governo poderia melhor controlar a base monetária, e cessaria de pressionar o mercado financeiro que reflete fielmente o excesso de demanda de recursos por parte do setor público, quer federal quer estadual.
Nota de Ricardo Bergamini: Apesar de ter sido escrito na década de 1980 se ajusta perfeitamente aos dias atuais, sem alterar uma única palavra.
A burocracia do Planejamento volta novamente a me incomodar com questoes inuteis
Pela segunda vez eles voltam a me irritar com sua pesquisa (distribuída por http://pesquisa.planejamento.gov.br/burocracia) sob esta pegunta idiota:
Servidor: O que te incomoda na burocracia?
Tornei a responder, e tornei a comentar, nestes termos:O que me incomoda na burocracia?
(Dispensável esse horrível "te": vocês não sabem escrever?)
Como já respondi a este questionário antes, apenas me permito fazer nova consideração qualitativa.
O que me incomoda é justamente a burocracia me incomodar (com o meu próprio dinheiro, diga-se de passagem), com perguntas inúteis, mal formuladas, cujas respostas não servirão para absolutamente nada, a não ser para alimentar mais um pouco essa burocracia burra que fica incomodando burocratas como eu com perguntas inúteis e dispensáveis.
Já que vcs não conseguem fazer nada de útil para a sociedade (como seria, por exemplo, desaparecer da lista de pagamento do funcionalismo público, por absolutamente inúteis), por que vocês não vão catar coquinhos, em lugar de gastar mais dinheiro público com inutilidades?
Como sempre, assino embaixo e assumo total responsabilidade pelo que acabo de dizer.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de maio de 2016