Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 3 de maio de 2019
Friedrich Hayek, Ayn Rand - Entrevista e obras de Dennys Xavier
quinta-feira, 2 de maio de 2019
Mercados financeiros: perspectivas futuras - J. P. Morgan
Video: J.P. Morgan Perspectives
Leaving LIBOR: The Long Road Ahead
Rationale for Benchmark Interest Rate Reform
- Interest rate benchmark reform has been driven by the post-Global Financial Crisis (GFC) decline of the underlying market that LIBOR seeks to measure, as the reduced size of the market feeding into LIBOR submissions has contributed to structural weaknesses in the calculation.
Policy and Market Responses around the Globe
- Benchmark reform in the US is a reality with SOFR passing its one-year anniversary. Average daily trade volumes of the SOFR index components are regularly in excess of $900bn, or more than 1800x the average daily unsecured bank trades underlying USD LIBOR tenors. Activity in SOFR futures and floating rate notes (FRNs) continues to build, facilitating the growth of OTC swap markets.
- There is a possibility that the Fed may shift from targeting the Fed funds rate to targeting SOFR, hastening the transition.
- The reform process for GBP is advancing with SONIA established as the risk-free rate for the UK in April 2017 and gaining a steady increase in OTC derivative and exchange-traded futures.
- The Euro area is lagging, with the ECB launch of risk-free benchmark rate €STR slated for October 2019, while Euribor will likely be alive longer than other LIBOR rates.
- TONAR, also known as the JPY uncollateralized overnight call rate, will be used as the risk-free rate in Japan but implementation will not begin until 2H19.
- LIBOR, in its current form, will probably cease to exist after 2021 as regulators will no longer compel banks to provide quotes.
Challenges Ahead: Future Risks to Monitor
- Term reference rates still need to be developed since the new reference rates are overnight rates; the market needs to model a term structure—also known as a yield curve—with different maturities to reflect expectations about where interest rates will be in the future.
- There is some support for a “two-benchmark” approach to capture banks’ marginal term funding costs, while the ICE Benchmark Administration (IBA)—the administrator for LIBOR—announced that it is working on its own potential alternative benchmark to LIBOR, known as the US Dollar ICE Bank Yield Index (BYI) to reflect wholesale unsecured bank funding costs.
- US banks started issuing debt tied to SOFR, but European and Asian banks are lagging.
- Fallback provisions for contracts tied to LIBOR are not yet consistent, and there is no uniform approach for adoption across fixed income markets.
Ordem do Rio Branco 2019: mais do mesmo e mesmo do menos
Ou seja, é sempre assim: ocorre uma farta distribuição de comendas, até para quem nem desejaria receber, pois a coisa é mais ou menos automática para a maioria dos casos: se aciona a lista dos empossados no novo governo e, pimba!, não falta praticamente ninguém, até alguns inimigos do novo regime, que estão ali quase que por acaso, por acidente, distração ou esquecimento de que passaram à oposição. Não esquecer dos líderes religiosos próximos da nova elite dirigente, de quem financiou campanha também, mesmo em regime de caixa 2.
Entra todo mundo naquela farra. No segundo ano do governo, já é mais difícil premiar tanta gente e é preciso raspar o fundo tacho para encontrar quem ganhou um modesto cargo de Aspone em algum dos muitos palácios faraônicos de Brasília.
E tem mais: quem caiu em desgraça, ou foi pego em alguma investigação da Lava Jato, levado em algum rapa da Polícia Federal, indiciado em processo do MPF ou até mesmo condenado e encarcerado, inclusive por ter matado a mãe, não precisa devolver a Ordem: ninguém vai pedir de volta, nenhum Comitê de Ética, tribunal de revisão ou o próprio Conselho da Ordem: pode dormir tranquilo ou até deixar no currículo, exibir a Ordem num quadro, mesmo na prisão.
A Ordem é generosa, mais até do que coração de mãe...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 2/05/2019
Bolsonaro concede mais alta condecoração diplomática a Olavo de Carvalho
Mourão e Moro também receberam
atualizado: 01.maio.2019 (quarta-feira) - 21h03
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ANTÔNIO HAMILTON MARTINS MOURÃO, Vice-Presidente da República;
DAVID SAMUEL ALCOLUMBRE TOBELEM, Presidente do Senado Federal;
SÉRGIO FERNANDO MORO, Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
PAULO ROBERTO NUNES GUEDES, Ministro de Estado da Economia;
TARCISIO GOMES DE FREITAS, Ministro de Estado da Infraestrutura;
TEREZA CRISTINA CORRÊA DA COSTA DIAS, Ministra de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento;
ABRAHAM BRAGANÇA DE VASCONCELLOS WEINTRAUB, Ministro de Estado da Educação;
LUIZ HENRIQUE MANDETTA, Ministro de Estado da Saúde;
RICARDO DE AQUINO SALLES, Ministro de Estado do Meio Ambiente;
MARCELO HENRIQUE TEIXEIRA DIAS, Ministro de Estado do Turismo;
GUSTAVO HENRIQUE RIGODANZO CANUTO, Ministro de Estado do Desenvolvimento
Regional;
DAMARES REGINA ALVES, Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos;
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA, Advogado-Geral da União;
ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO, Presidente do Banco Central do Brasil;
IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR, Governador do Distrito Federal;
WILSON JOSÉ WITZEL, Governador do Estado do Rio de Janeiro;
JOÃO AGRIPINO DA COSTA DORIA JÚNIOR, Governador do Estado de São Paulo;
ROMEU ZEMA NETO, Governador do Estado de Minas Gerais;
EDUARDO FIGUEIREDO CAVALHEIRO LEITE, Governador do Estado do Rio Grande do Sul;
CARLOS MOISÉS DA SILVA, Governador do Estado de Santa Catarina;
CARLOS ROBERTO MASSA JÚNIOR, Governador do Estado do Paraná;
GLADSON DE LIMA CAMELI, Governador do Estado do Acre;
ANTÔNIO OLIVERIO GARCIA DE ALMEIDA, Governador do Estado de Roraima;
Almirante de Esquadra CLAUDIO PORTUGAL DE VIVEIROS;
Almirante de Esquadra ALIPIO JORGE RODRIGUES DA SILVA;
Almirante de Esquadra ALMIR GARNIER SANTOS;
General de Exército CLAUDIO COSCIA MOURA;
General de Exército ARTUR COSTA MOURA;
General de Exército WALTER SOUZA BRAGA NETTO;
General de Exército DÉCIO LUÍS SCHONS;
Tenente-Brigadeiro do Ar CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JUNIOR;
Tenente-Brigadeiro do Ar LUIZ FERNANDO DE AGUIAR;
Tenente-Brigadeiro do Ar LUIS ROBERTO DO CARMO LOURENÇO;
JOSÉ MUCIO MONTEIRO FILHO, Presidente do Tribunal de Contas da União; e
OLAVO LUIZ PIMENTEL DE CARVALHO;
FLÁVIO NANTES BOLSONARO, Senador;
MARCOS RIBEIRO DO VAL, Senador;
SELMA ROSANE SANTOS ARRUDA, Senadora;
SÉRGIO OLÍMPIO GOMES, Senador;
SORAYA VIEIRA THRONICKE, Senadora;
BEATRIZ KICIS TORRENTS DE SORDI, Deputada Federal;
EDUARDO NANTES BOLSONARO, Deputado Federal;
HÉLIO FERNANDO BARBOSA LOPES, Deputado Federal;
JOICE CRISTINA HASSELMANN, Deputada Federal;
LUIZ PHILIPPE DE ORLÉANS E BRAGANÇA, Deputado Federal;
MARCEL VAN HATTEM, Deputado Federal;
NILSON PINTO DE OLIVEIRA, Deputado Federal;
VITOR HUGO DE ARAÚJO ALMEIDA, Deputado Federal;
WALDIR SOARES DE OLIVEIRA, Deputado Federal;
LUIS ROBERTO DI SAN MARTINO-LORENZATO DI IVREA, Deputado do Parlamento da República
Italiana;
JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Presidente do Superior Tribunal de Justiça;
JOÃO BATISTA BRITO PEREIRA, Presidente do Tribunal Superior do Trabalho;
MARIA THEREZA ROCHA DE ASSIS MOURA, Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça;
General de Divisão CESAR LEME JUSTO;
Major-Brigadeiro do Ar HERALDO LUIZ RODRIGUES;
Major-Brigadeiro do Ar PAULO BORBA;
CÉLIO FARIA JÚNIOR;
JORGE ANTÔNIO DE OLIVEIRA FRANCISCO;
JOSÉ COÊLHO FERREIRA;
MARCOS PRADO TROYJO;
PEDRO CESAR NUNES FERREIRA MARQUES DE SOUSA; e
ROGÉRIO SIMONETTI MARINHO;
quarta-feira, 1 de maio de 2019
O povo contra a democracia - Yascha Mounk (livro)
“Qual é exatamente a natureza dessa crise? E o que a impulsiona? Em meio a tantos livros do gênero, O povo contra a democracia destaca-se pela qualidade das respostas a essas perguntas. Mounk fornece uma combinação admirável de experiência acadêmica e senso político.” — The Economist
Inclui prefácio exclusivo à edição brasileira.
Leia um trecho: https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/14645.pdf
Confira a repercussão na imprensa
Veja: Civilização em risco
O cientista político Yascha Mounk diz que a ligação histórica entre liberdade individual e instituições democráticas está se esgarçando.
Estadão: “Temo que possa ser o início de uma era populista”, afirma Yascha Mounk em entrevista
Cientista político analisa o fenômeno político em novo livro e diz que discurso de Jair Bolsonaro é preocupante”.
Folha de S.Paulo: “Democracia liberal está sendo corroída”
Para Yascha Mounk, conflito entre vontade popular e direitos individuais ameaça sistema.
BBC News Brasil: “É preocupante depender de militares para manter estabilidade do governo”, diz cientista político de Harvard
Correio Braziliense: Cientista político Yascha Mounk fala sobre as ameaças autoritárias
Em entrevista ao Correio, Yascha Mounk analisou a situação de democracias no Brasil e no mundo.
Folha de S.Paulo: “Se subestimarem o perigo que vem de Bolsonaro, teremos um problema”, diz professor de Harvard
Yascha Mounk, autor de O povo contra a democracia, lançou edição em português na quinta-feira (25).
Tocqueville’s Rigorous Logic of Egalitarian Conformity - James R. Rogers
Tocqueville’s Rigorous Logic of Egalitarian Conformity
The idea of secondary powers, placed between the sovereign and the subjects, presented itself naturally to the imagination of aristocratic peoples, because these powers contained within them individuals or families who were elevated above all others by birth, enlightenment, and wealth and who seemed destined to command. This same idea is naturally absent from the minds of men in times of equality for opposite reasons; it can only be introduced there in an artificial way, and it is only retained there with difficulty, whereas they conceive, as it were without thinking about it, the idea of a unique and central power that leads all the citizens by itself.
These opposite penchants of mind [aristocracy versus democratic uniformity] end up, on both sides by becoming instincts so blind and habits so invincible that they still govern actions even in the face of exceptional cases. . . . [I]n our day governments exhaust themselves in order to impose the same practices and the same laws on populations who are not yet alike.
Mini-reflexões sobre o atual momento político - Paulo Roberto de Almeida
Cidadãos livres, conscientemente e verdadeiramente democratas, deveriam estar profundamente preocupados com o movimento revolucionário-reacionário olavista-bolsonarista em curso atualmente no Brasil, enquanto poderosa ameaça à nossa frágil democracia. Portanto, os democratas devem acionar o modo resistência e se preparar para uma dura luta no sentido de conscientizar a imensa massa de corações e mentes já tomados e/ou dominados pelo movimento em questão. A acomodação passiva à nova ordem em fase de instalação pode nos levar à mesma triste situação de outros regimes iliberais, antiliberais e reacionários de direita já conhecidos na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. A ameaça é real e pode durar muitos anos.
Uma nota sobre a diplomacia improvisada do momento - Paulo Roberto de Almeida
A realidade é que a diplomacia brasileira atual converteu o Brasil em objeto do ridículo universal.
Uma das características mais evidentes (e mais alarmantes) da atual diplomacia bolsonarista é o alinhamento da política externa brasileira com a dos EUA, mais exatamente com a diplomacia de Donald Trump, numa demonstração inédita em nossa história de extrema subserviência a um dirigente estrangeiro.
Ficará certamente como marca exclusiva de uma gestão que não conseguiu, em 4 meses de governo, explicar racionalmente as bases conceituais, os princípios estratégicos e as prioridades táticas de uma diplomacia até aqui extremamente confusa, hesitante, incompreensível no plano da estrita funcionalidade entre meios e fins, provavelmente porque seu titular não possui nenhum dos atributos que normalmente qualificam um chanceler consciente da responsabilidade inerente ao alto significado nacional de seu trabalho.
Demonstra, ao contrário, sua subserviência total aos amadores que guiam de forma autoritária o seu trabalho de mera assistência sabuja, atendendo inclusive a recomendações estapafúrdias de um sofista completamente inepto em matéria de relações internacionais.
Nunca antes na diplomacia, mesmo...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1. de maio de 2019