A Low Risk Still Isn’t Zero Risk
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Eu não sou religioso, mas VACINEM AS CRIANÇAS, pelo amor de Deus... - Entrevista preocupante: Jana Schroeder (Der Spiegel)
O Brasil começa progressivamente a reconstruir a sua política externa multilateral: acordo mundial sobre a pandemia
Brasil é escolhido para negociar tratado sobre pandemia na OMS
Jamil Chade
Colunista do UOL
02/02/2022 16h54
Brasil foi escolhido para formar parte do órgão restrito de países com a missão de negociar um tratado internacional sobre pandemias. A iniciativa, que irá mobilizar as chancelarias por anos, é considerada como o projeto diplomático mais importante na construção de um sistema mundial pós-covid-19.
Se sob a gestão de Ernesto Araújo no Itamaraty o Brasil sequer fez parte do evento que lançou o projeto de um tratado, em 2021, o governo brasileiro agora busca um lugar de protagonismo no processo de negociação.
A escolha do Brasil ocorreu por consenso nas Américas, enquanto candidaturas de Chile e Canadá foram preteridas. Se a atual gestão de Jair Bolsonaro pesa contra o Brasil no fórum internacional, a perspectiva internacional de que seu governo está chegando ao fim e a experiência do Itamaraty em construir pontes entre diferentes grupos de países acabaram convencendo a região a dar seu apoio ao Brasil.
A ideia da OMS é que o mundo não pode simplesmente virar a página da pandemia, sem antes estabelecer um tratado que permita criar regras entre países. A meta é que, em uma eventual nova crise sanitária, os mesmos erros identificados em 2020 e 2021 sejam evitados, inclusive sobre a transparência de governos diante de surtos, a transferência de tecnologia e amostras de vírus.
"Se o mundo conta com tantos tratados internacionais sobre outros riscos, ele precisa ter um acordo sobre a pandemia", defendeu Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. O objetivo do novo acordo é estabelecer regras no mundo sobre como lidar com futuras crises sanitárias, com obrigações e direitos de países.
O tratado pandêmico terá de ser aprovado por todos os governos. Mas um grupo foi designado para que, nos próximos anos, comece a desenhar o que seria o novo instrumento internacional.
Além do Brasil, o órgão negociador contará com Egito, Japão, Holanda, África do Sul e Tailândia.
Do mesmo lado da China e EUA, Brasil resiste à ideia de dar maiores poderes para inspeções da OMS
Em alguns pontos do processo negociador, a postura brasileira coincide com potências que não querem a criação de um pacto internacional que permita que a OMS simplesmente entre em um país para vistoriar surtos.
De fato, no processo de debate sobre o tratado, o governo brasileiro resistiu e pediu esclarecimentos sobre propostas que poderiam significar um questionamento da soberania.
O governo brasileiro não é contra um acordo. Mas vê com preocupação algumas das bases sobre as quais a proposta está sendo construída.
A proposta sobre a mesa, hoje, é considerada como sendo delicada, tanto em termos geopolíticos como econômicos. Para alguns governos, como o do Brasil, o conceito de uma suposta responsabilidade por proteger a saúde da população esbarra num flerte ao questionamento da própria soberania.
Um dos elementos de maior discórdia vem da ideia apresentada pela OMS e pela União Europeia sobre a necessidade de criar uma espécie de direito à inspeção, sempre que um surto aparecer.
Os emergentes, porém, alertam que não existe clareza sobre quem estaria sob comando dessa inspeção e sob qual mandato.
O temor é que, sendo países tropicais, esses locais sejam mais frequentemente alvos de pressões por missões de inspeção, justamente pela existência de diferentes surtos.
Missões internacionais, portanto, poderiam significar também o questionamento da segurança de algumas dessas áreas e a declaração de zonas de interesse internacional. No Brasil, esse cenário é considerado como uma ameaça contra a soberania.
Além da inspeção, uma das propostas fala na criação de pontos focais da OMS dentro de cada um dos países, com total independência para agir. A proposta também enfrenta resistência dentro do governo brasileiro.
Mas esse não é o único ponto de discórdia. Um dos principais elementos de impasse se refere ao compartilhamento de amostras biológicas.
Pela proposta da UE, essa transparência e trocas de dados deveriam ocorrer de forma automática e sem contrapartida. Países que descubram um vírus devem, imediatamente, tornar uma amostra do elemento acessível a qualquer outro governo.
Mas, para os emergentes, existe um desequilíbrio se tal compartilhamento não for acompanhado por uma garantia de que essas economias terão acesso a tecnologias, vacinas, tratamento e equipamentos de diagnóstico desenvolvidos a partir do acesso ao material biológico.
A queixa é a de que, depois de dar acesso às amostras, os emergentes teriam de pagar para aqueles que receberam de forma gratuita a base de uma inovação.
Para os países em desenvolvimento, a ausência de um debate ainda sobre patentes e acesso a remédios e vacinas também dificulta a criação de um novo tratado que seja considerado como equilibrado.
O impasse, porém, tem gerado a insatisfação de certos grupos, inclusive dentro da OMS. A pressão por um pacto, porém, é grande. Há poucas semanas, num comunicado, mais de 30 países insistiram sobre a necessidade de fechar um acordo.
"Um tratado, convenção ou acordo legalmente vinculante, sob os auspícios da OMS, tem o potencial de fornecer ao mundo uma estrutura ambiciosa para melhor prevenir, preparar e responder a futuras pandemias e epidemias", alegou o grupo, liderado pela Europa.
"Um novo instrumento internacional deve quebrar o ciclo de "pânico e negligência" e elevar a atenção política de alto nível para preparação e resposta a pandemias", disse o bloco que ainda inclui países como Chile, Costa Rica, Quênia, Coreia, Ruanda, Reino Unido, Tailândia, Tunísia e Turquia.
"Um novo tratado deve reunir sistematicamente os signatários, impulsionando e apoiando um cumprimento mais forte através de um processo de revisão regular, e assegurando que a preparação e resposta para pandemias continue sendo uma característica regular nas agendas dos líderes mundiais", eles insistem.
As copresidentes do painel criado para avaliar a resposta internacional à pandemia emitiram uma declaração com um tom semelhante. Elas advertiram que "a necessidade de reformas é urgente", e pediram aos países "que trabalhem com o propósito de obter resultados reais que protejam as pessoas".
"O que é necessário agora é que os países deem um empurrão final para que a oportunidade de criar um mundo mais seguro não nos escape por entre os dedos", disse uma das líderes do processo, a ex primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark.
"Perguntamos: se esta pandemia representando uma ameaça para a saúde e o bem-estar da humanidade no mundo inteiro não pode catalisar uma mudança real, o que irá?", completou.
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/02/02/brasil-e-escolhido-para-negociar-tratado-sobre-pandemia-na-oms.htm
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Revista de Guerra Naval, número de agosto de 2021
A REVISTA DA ESCOLA DE GUERRA NAVAL acaba de publicar seu número V.
27 n.2 maio/agosto de 2021.O sumário encontra-se disponível
em: https://revista.egn.mar.mil.br/index.php/revistadaegn/issue/view/96
Esta edição contém os seguintes trabalhos:
A guerra financeira no século XXI: a revolução da “bomba-dólar” e a
contrarrevolução (?) do “renminbi digital”
Fernando Silva Azevedo, Daniel Santos Kosinski
Guerras brasílicas do século XXI: eclipse da soberania nos black spots das
grandes metrópoles brasileiras
Henrique de Oliveira Mendonça, Tássio Franchi
Submarinos para quê? condicionantes do programa de desenvolvimento dos
submarinos brasileiros
Deywisson Souza Ronaldo Oliveira de Souza, Marcos Aurélio Guedes de
Oliveira
As duas lógicas nucleares
José Augusto Abreu de Moura, Alvaro Augusto Dias Monteiro
China e seus Riscos Geopolíticos pós COVID-19: um exame a partir de
cenários prospectivos
Marcos Alan S.V. Ferreira, Marco Túlio Souto Maior Duarte
Truman doctrine (1946); defense planning guidance (1991) & the national
security strategy (2002): the mackinder & spykman dialectics revisited
Andre Luiz Varella Neves
E-navigation: solução safety e sustentável para uma nova era?
Laís Raysa Lopes Ferreirascola de Guerra Naval - V. 27 N.2 de 2021
Between Russia and europe: the role of national identities in international
relations of Estonia, Latvia and Lithuania
Erica Simone Almeida Resende, Graziela Dumard
Respeitosamente
WALTER MAURÍCIO COSTA DE MIRANDA
Editor-executivo da Revista da Escola de Guerra Naval
Encarregado da Divisão de Divulgação da SPP
REVISTA DA ESCOLA DE GUERRA NAVAL
v. 27, n. 2 (2021): REVISTA DA ESCOLA DE GUERRA NAVAL
Sumário
https://revista.egn.mar.mil.br/index.php/revistadaegn/issue/view/96
Artigos
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A guerra financeira no século XXI: a revolução da “bomba-dólar” e a
contrarrevolução (?) do “renminbi digital” (271-304)
Fernando Silva Azevedo, Daniel Santos Kosinski
Guerras brasílicas do século XXI: eclipse da soberania nos black spots das
grandes metrópoles brasileiras (305-336)
Henrique de Oliveira Mendonça, Tássio Franchi
Submarinos para quê? condicionantes do programa de desenvolvimento dos
submarinos brasileiros (337-374)
Deywisson Souza Ronaldo Oliveira de Souza, Marcos Aurélio Guedes de
Oliveira
As duas lógicas nucleares (375-402)
José Augusto Abreu de Moura, Alvaro Augusto Dias Monteiro
China e seus Riscos Geopolíticos pós COVID-19: um exame a partir de
cenários prospectivos (403-428)
Marcos Alan S.V. Ferreira, Marco Túlio Souto Maior Duarte
Truman Doctrine (1946); Defense Planning Guidance (1991) & The National
Security Strategy (2002) : The Mackinder & Spykman Dialects revisited
(429-468)
Andre Luiz Varella Neves
E-navigation: solução safety e sustentável para uma nova era? (469-498)
Laís Raysa Lopes Ferreira
Between Russia and europe: the role of national identities in international
relations of Estonia, Latvia and Lithuania (499-526)
Erica Simone Almeida Resende, Graziela Dumard
O Mercosul em frangalhos: hora de repensar o bloco? - Notícias argentinas
NOTÍCIAS ARGENTINAS:
China inks $8 bln nuclear power plant deal in Argentina
1 . La Nación, Buenos Aires – 3.2.2022
Alberto Fernández llegó a Moscú y mañana se reunirá con Vladimir Putin
Elisabetta Piqué
Moscú - Temperaturas bajo cero y la guerra de nervios entre Rusia y Ucrania al rojo vivo. Ese es el clima que recibió esta noche aquí al presidente Alberto Fernández...
En efecto, mañana después reunirse con Putin seguirá viaje rumbo a Pekín, donde asistirá a la ceremonia de inauguración de los Juegos Olímpicos Invernales y se verá con otro jugador clave del tablero internacional, el presidente chino, Xi Jinping.
...El Gobierno argentino no sólo busca profundizar en el sentido más amplio el vínculo con Rusia -un país seis veces más grande, con una población de 146 millones de habitantes y uno de los grandes actores de la escena internacional-, sino también, la posibilidad de sumarse al grupo de los BRICS, que integra junto a Brasil, India, China y Sudáfrica.
...“Se trata de uno de los temas en carpeta y una aspiración que podría plantearle Alberto a Putin: que los BRICS incorporen a la Argentina y el club pase a ser BRICSA”, revelaron a La NACION fuentes informadas, que destacaron que un posible cambio de gobierno en Brasil, con Lula da Silva de nuevo el poder, haría plausible tal proyecto.
2. Avanço chinês mostra disfunções do Mercosul
A função de um bloco não é armar protecionismos indefensáveis
02/02/2022 05h02 Atualizado há 10 horas
O fato de a China ter ultrapassado o Brasil em suas exportações para a Argentina diz muito sobre o mau estado do Mercosul e sobre a perda de competitividade das indústrias dos dois lados da fronteira - o contrário do que a criação de um bloco comercial na região se propôs. O poder de conquistar mercados do maior exportador do mundo, a China, é gigantesco, mas os desacertos políticos entre as duas maiores economias do bloco, Brasil e Argentina, facilitaram bastante o trabalho dos chineses.
...Um dos objetivos de acordos comerciais como o do Mercosul é unir as vantagens comparativas de seus membros, propiciar o pleno usufruto delas, buscar novas complementaridades e oportunidades de especialização regional. Não foi o que aconteceu nos 30 anos de vida do Mercosul.
O resultado é que a China, que ninguém pode controlar, vendeu 21,4% de tudo o que a Argentina importou em 2021, e o Brasil, com o qual a Argentina tem um tratado e é obrigado a negociar, exportou 19,6%. Em 2010, as fatias eram respectivamente de 14,3% e 30%. Os chineses subiram os degraus de sofisticação tecnológica. Primeiro derrubaram seus competidores nas indústrias tradicionais, como têxteis e calçados, e depois naquelas em que países como Argentina e Brasil poderiam avançar, e não o fizeram. O progresso chinês no Mercosul explica parte da prostração da indústria nas maiores economias da América do Sul.
https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2022/02/02/avanco-chines-mostra-disfuncoes-do-mercosul.ghtml
Bicentenário da Independência: emissões do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (via YouTube)
Playlist da série História do Brasil em Perspectiva, promovido pelo IHG-DF, em seus vários l episódios já realizados sobre a temática do Bicentenário da Independência:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
Sanções contra a Rússia, contra Putin? Not so easy, como indica Anthony Faiola (WP)
Eu recomendaria que os interessados lessem "Putin's Kleptocracy" de Karen Dawisha. Um livro impressionante...
Paulo Roberto de Almeida
Why it’s not so easy to slap sanctions on Vladimir Putin
In the amped-up war of words between Washington and Moscow, President Biden has leveled what appears to be a next-level threat: If Russian troops defy the West and surge into Ukraine, the United States could slap personal sanctions on Russian President Vladimir Putin.
An increasingly common U.S. tactic, individual sanctions can ban travel and freeze assets in U.S. jurisdictions and bar Americans and U.S. companies from transactions with designees, targeting everything from New York bank accounts to family trips to Disney World. They can also have global reach through foreign banks and companies that fear running afoul of U.S. law.
Pushing back against Biden’s threat, Putin’s spokesman Dmitry Peskov said direct action against Putin would be “politically destructive” to U.S.-Russian ties — but not “painful” for his boss.
He might be right.
Broader U.S. sanctions against Russia could indeed sting. The New York Times reported that U.S. officials are prepared to take a “sledgehammer” to Russia’s financial system by targeting state banks and cutting off foreign lending, sales of sovereign bonds and technologies for critical industries, among other steps. Sanctions on that scale aimed at a country the size of Russia are novel and risk disruptions to the global financial system as well as Russian retaliation. European allies, dependent on Russian energy to light Berlin, Paris and Rome, may also be reluctant to join in. But if fully imposed, such sanctions could serve as serious punishment for Russian transgression.
Sanctions targeting Putin himself might be more difficult to make count. For one, to even consider freezing his assets, you’d have to know where they are. And Putin has buried his wealth better than any James Bond villain.
“Putin doesn’t have an account at JPMorgan Chase,” Eugene Rumer, a Russian expert with the Carnegie Endowment for International Peace, told me. “There’s a lot of talk about him being the richest man in the world with a fortune in the hundreds of billions of dollars. But I’ve never seen any credible proof of that fortune, or where he keeps it. And I don’t think Putin was planning on buying a condo for retirement in Sunny Isles, Florida.”
Forbes recently described Putin’s alleged fortune as “probably the most elusive riddle in wealth hunting — harder than the heirs, other heads of state and even drug lords that we’ve financially smoked out over the years.” Theories run the gambit: That he’s built an empire by demanding cuts from Russian oligarchs, or illicit financial deals or contract kickbacks.
But they’re all just theories. Meanwhile, his stated assets are relatively meager. Bloomberg News reported that a Kremlin declaration of Putin’s earnings claims his income to be roughly $131,000 a year. His declared assets? “A 77-square-meter apartment, an 18-square-meter garage, two vintage Volga GAZ M21 cars, a Lada Niva SUV and a trailer” — all of them in Russia and out of U.S. reach.
“The reality is that there are probably few people other than Putin who know how much loot he has and where he keeps it,” wrote Bloomberg News’s Timothy L. O’Brien. “That will make it difficult to figure out which financial switch to flip to deter Russia from invading Ukraine, or to penalize Putin personally if it does.”
One of the more outlandish possibilities: That Putin actually isn’t as rich as one might think because his awesome powers at home don’t require a fortune to rule.
“In the end, Putin may not need money, so long as he has the appearance of having it and the power that it would otherwise confer,” Forbes Wealth Team mused.
Few believe governments — even U.S. allies — that do business with Russia would agree to steps that turn Putin into a global pariah barred from summits or business events.
“The Europeans are not going to stop him from coming, and the Chinese will welcome him with open arms, so I’m not sure how a travel ban could work,” Rumer said. “Putin is not the kind of leader who goes to Disneyland. If he wanted to, he’d just have one built in Moscow.”
It’s relatively rare for the United States to impose sanctions on a sitting head of state, but it’s happened before — including 1,300 miles off the coast of Florida where Venezuelan President Nicolás Maduro goes to bed at night as the sitting global leader perhaps most targeted by Washington’s wrath.
In 2017, the U.S. government added Maduro to a list of high-ranking Venezuelan officials who faced asset freezes and bans on U.S. citizens doing business with them. Since then, federal authorities in Florida have seized from Venezuelan officials and government-linked business executives more than $450 million in assets — including Miami condos, superyachts and show horses. “But they didn’t seem to find any of Maduro personal assets,” Geoff Ramsey, a Venezuela expert at the Washington Office on Latin America, told me.
A further step not seen as an imminent possibility with Putin hurt Maduro more: His indictment in 2020 by the U.S. Justice Department on narcoterrorism charges, including a $15 million bounty for information leading to his capture. Since then, Maduro’s rare official foreign trips have been confined to friendly nations including Cuba and Mexico.
The White House on Monday signaled what could be a more likely — and damaging — play than going directly after Putin: Targeting figures “in or near the inner circle of the Kremlin.”That could include barring children of certain Russian elites from attending prestigious universities in the United States and Europe, the New York Times reported. The targeted Russians could be closer to Putin than those slapped with U.S. sanctions in the past, and reportedly could include Alina Kabaeva, a former Olympic gymnast alleged to have been romantically involved with the Russian leader.
The United States and Europe have already placed sanctions on more than 800 Russian individuals over Russian aggression, including the annexation of Crimea, attempted assassinations of dissidents and disruptions of U.S. elections. A Post report in October illustrated how those sanctions triggered losses that spread across their interconnected financial networks.
The theory: To get to Putin, you make the rich people close to him uncomfortable — striking personal blows to their business affairs and lavish lifestyles.
There is little question such sanctions hurt. But when it comes to compelling those leaders to change course, or, in the most extreme cases, provoking regime change, individual sanctions sometimes have limited purpose.
For instance, the targeting of Maduro’s inner circle has not worked.
Sure, they’re unhappy: I have sat in Caracas with U.S.-sanctioned individuals close to and within the Maduro government. They bitterly complained about their shrinking worlds, and the personal price they’ve paid because of U.S. sanctions.
But in recent years, only one senior Venezuelan official close to Maduro and sanctioned by the United States has actually defected, and Maduro’s grip on power is tighter now than ever. And Putin commands far more formidable powers of persuasion than the Venezuelan leader.
In fact, some argue that cutting key figures in authoritarian regimes off from the West can make them even more reliant on the authoritarians they serve.
“I think for those on the individual sanctions list, it’s an annoyance,” Ramsey said. “But it can also create incentives that can be counterproductive.
OC era um farsante? Não, um espertalhão, com grande confusão mental - Paulo Roberto de Almeida
Um comentário meu a postagem do Fernando José Coscioni sobre o recém-falecido guru presidencial que se autodemitiu ao constatar a “traição” do seu pupilo:
“O problema de OC não era a falta de leituras ou a capacidade de escrever bem, nos seus artigos, ensaios e livros; era mais a confusão mental e a tendência a exacerbar seus posicionamentos mais à direita, como se esta detivesse a chave da interpretação dos processos políticos contemporâneos, num conservadorismo bem mais reacionário do que liberal.
Não ouso me expressar sobre seus escritos ditos “filosóficos” - nos quais muitos especialistas apontam “exegeses” sofríveis, quando não equivocadas —, mas quanto a seus pronunciamentos sobre temas de política internacional, nos quais guardo certa competência, os exemplos constatados são claramente estapafúrdios, quando não alucinados, no contexto das teorias conspiratórias sobre um complô globalista para retirar soberania aos Estados nacionais.
Num “debate” que não deveria ter ocorrido — pois que eu tinha sido convidado a uma entrevista sobre “globalização e globalismo”, não a um “diálogo” com o polemista e agitador da extrema-direita—, em dezembro de 2017, ele passou a me hostilizar (depois de maneira mais ofensiva no seu blog), pelo fato de eu ter denunciado seus argumentos como uma fantasmagoria alucinada.
Em várias oportunidades se referiu a mim como uma espécie de “ignorante ingênuo”, ao não perceber a dominação dos “globalistas” no plano multilateral e como ameaça concreta à soberania dos Estados.
Seu pupilo no Itamaraty, o ex-chanceler acidental tinha ódio de mim, pelas denúncias que fiz das loucuras que estavam rebaixando a respeitabilidade do Itamaraty e da própria política externa.”
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1/02/2022
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
Mister Bozo goes to Moscow! - Paulo Roberto de Almeida
Mister Bozo goes to Moscow!
Paulo Roberto de Almeida
Bozo parte para visitar os únicos três “amigos” que pensa que tem na Europa.
O papel internacional do Bozo (mas todos já sabem disso) tem sido o de secundar mediocremente o que fazia antes o mentecapto do Trump: destruir todos os fundamentos do multilateralismo e do Direito Internacional. Pode ser que volte a fazê-lo, mas Bozo não estará mais aqui.
Bozo já destruiu a credibilidade da política externa brasileira e desmantelou a nossa diplomacia. Tem se empenhado nisso e continua nessa missão celerada!
O Itamaraty vai ter um imenso trabalho de recuperação da imagem do Brasil no exterior e de restauração dos fundamentos de uma política externa sensata e ponderada como sempre foi a nossa, com a possível exceção do lulopetismo diplomático.
Esperemos que o retorno do Grande Guia ao comando do país não signifique justamente a volta das bobagens ideológicas e da miopia geográfica do “Sul Global”, essa fantasmagoria alucinada que desempenhou o mesmo papel ridículo no lulopetismo diplomático que o antiglobalismo idiota teve para o bolsolavismo diplomático na primeira diplomacia aloprada do Bozo.
O Itamaraty não merece tanta burrice, aliás partilhada por boa parte da academia, que se encantou com a fantasia do Sul Global. Boa parte das bobagens diplomáticas do lulopetismo vem de certa academia…
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1/02/2022
QUEM ASSESSORA O PRESIDENTE EM POLÍTICA EXTERNA? Não parece ser o Itamaraty... - DefesaNet
DefesaNet, uma central de informações independente do Ministério da Defesa, coloca a questão, por um "Fiel Observador", que não se sabe bem quem é?
Paulo Roberto de Almeida
COBERTURA ESPECIAL - Notas Estratégicas BR - Geopolítica
Notas Estratégicas BR -
Quem está assessorando o Presidente?
A questão Russo-Ucraniana é a mais importante no mundo atual. Quem assessora o presidente Jair Bolsonaro e define os rumos a serem tomados na questão?
Fiel Observador
A viagem do presidente Jair Messias Bolsonaro à Rússia, marcada para meados de fevereiro é perigosa e pode representar uma decisão que pode ser um grande erro estratégico do Brasil.
A Rússia concentra tropas nas fronteiras e ameaça invadir a Ucrânia. O mundo vive seu momento mais perigoso desde a Crise dos Mísseis de Cuba. A questão ucraniana é o assunto mais discutido e que tem preocupado a comunidade diplomática mundial. Uma visita oficial a Moscou neste momento tão sensível envia uma mensagem equivocada para o resto do mundo.
A Rússia está ameaçando destruir o Sistema Internacional vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Estão em jogo os valores sagrados que regem o concerto das nações: o respeito à soberania, a inviolabilidade territorial, a autodeterminação dos povos e a resolução pacífica dos conflitos.
O mundo quer saber a posição do Brasil nesta grave crise. Seguindo a tradição da política externa brasileira essa reposta seria fácil. Entretanto, a visita de Bolsonaro a Putin neste momento não ajuda, é totalmente descabida, inoportuna e pode envolver o Brasil numa séria crise internacional, destruir a já capenga política externa e minar os esforços do país nos processos de cooperação para construção da paz internacional.
Mais grave, a Rússia pode preparar um “kompromat” (ação de inteligência e comprometimento), uma especialidade russa e , invadir a Ucrânia justamente durante a visita oficial de Bolsonaro e colocar o Brasil como coadjuvante na crise. A imprensa russa vai dizer que os dois mandatários discutiram o assunto antes da invasão. Imagine Jair Bolsonaro em Moscou enquanto os tanques atravessam a fronteira. Foto de capa dos principais jornais do mundo.
O Brasil estaria avalizando a agressão militar russa. A situação colocaria o país no olho do furacão, no centro de uma perigosa e sangrenta crise internacional de final incerto e na contramão do resto do mundo, maculando para sempre nossa imagem de nação pacífica. As consequências disso seriam inimagináveis.
Ao justificar sua viagem à Rússia porque Vladimir Putin é Conservador, Bolsonaro mostrou que a missão não tem interesse econômico, como se pensava, apenas viés ideológico. Bolsonaro quer assumir o lugar de Nicolás Maduro como o fantoche de Putin no continente americano? Isto é muito perigoso. Acreditamos que isso não interessa a ninguém, muito menos ao Brasil.
Quem será o responsável por um desastre geopolítico: Chanceler Carlos França (MRE), Almirante Flávio Rocha (SAE), Ministro Braga Netto (MD), Comandantes das Forças Armadas, General Augusto Heleno (GSI)?
A ligação do secretário de Estado Anthony Blinken ao Chanceler França, em pleno domingo (ver twitter acima), véspera de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU mostra a relevância do asssunto e a tensão internacional.
Sabemos a arena onde estamos entrando e as possíveis consequências? Como nossos principais parceiros internacionais vão nos enxergar depois disso? Podemos suportar um provável embargo nos nossos principais projetos militares e também na exportação de produtos de defesa e até de aviões civis? Como fica nossa relação com Estados Unidos, Europa e até a ssempre enigmática China, nossos principais parceiros comerciais?
São muitas perguntas para respostas difíceis.
Nota DefesaNet IMPORTANTE
O editor |
O objetivo de ser um player diplomático internacional é charmoso, porém quem assessora o presidente tem todas as variáveis devidamente identificadas e avaliadas?
Neste momento, a questão-chave é saber quem está assessorando o Presidente. Dependendo do que vai acontecer, essa resposta vai ser cobrada.
Sessão do Conselho de Segurança 31 Janero 2022, que trata da questão Russo-Ucraniana.