Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
A Câmara esbofeteia o Brasil (Editorial Estadão)
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal - Edição comemorativa dos 65 anos do IHGDF
RIHGDF - REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO DISTRITO FEDERAL
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A Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal é uma revista associada ao Instituto Histórico Geográfico do Distrito Federal, que completou no ano de 2025, 65 anos (sessenta e cinco) de existência.https://revistaihgdf.com.br/index.php/ojs
Aceita para publicação artigos, ensaios, documentos, resenhas bibliográficas e biográficas, entrevistas e atualidades relacionados às áreas de ciências humanas, sociais aplicadas e linguística, letras e artes, resultantes de estudos teóricos, pesquisas, reflexões sobre práticas atualizadas na área. Os textos em português devem ser inéditos, de autores(as) brasileiros(as) ou estrangeiros(as), conforme padrão da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.
Edição Atual
v. 14 n. 1 (2025): Revista do IHG_DF
Visualizar v. 14 n. 1 (2025): Revista do IHG_DF
Edição comemorativa dos 65 anos do IHGDF
Publicado: 2025-05-09
Expediente
Editorial
Thérèse Hofmann Gatti
Artigos
Estudo Histórico do Cinema Brasileiro Mediante Importantes Autores e Obras
Roberto Minadeo
O conceito de heteronomia de Arendt para a compreensão das práticas de exceção durante repressão à luta armada no Brasil
Hugo Studart
Permanências imperiais e nova ordem global no teste da história
Paulo Roberto de Almeida
PDF: https://revistaihgdf.com.br/index.php/ojs/article/view/9/17
“Seu doutor, eles nem parecem gente”
a outra história da “Coluna Prestes”, 100 anos depois
Gustavo Henrique Marques Bezerra
Perdão e conversão na política: mundano ou sagrado?
O conteúdo paulino dos acordos políticos. Maragatos e Pica-paus, degola, ódio, intolerância política e a execução do pai de Leonel Brizola.
Luís Maximiliano Leal Telesca Mota
Padre Aleixo Susin, das obras a obra.
Um padre pioneiro na construção do (Mutirão) Guará
Luís Gustavo Ferrarini Venturelli, Arnaldo Jose Damaso de Oliveira Souza
Hollywood no Cerrado e o devir do espaço:
Sobrevivência, imagem e narrativa
Valéria Cristina Pereira da Silva, Alberto da Silva
Permanências medievais nos relatos dos viajantes da modernidade:
André Thevet, Jean de Léry e Claude D’Abbeville (séculos XVI e XVII).
Carmen Lícia Palazzo
Museu Memorial Brasília
Filipe Rizzo Oliveira
Festivais de cinema de arquitetura: narrativas audiovisuais, protagonismo e ativismo no espaço urbano contemporâneo
Liz da Costa Sandoval, Tânia Siqueira Montoro
Tradução
O Sonho de Dom Bosco sobre a América do Sul
Sebastião Moreira Duarte
Ver Todas as Edições
Livro: História da América Latina em 100 fotografias", Paulo Antonio Paranaguá (Bazar do Tempo)
Em 100 fotografias, livro revela conexões globais da América Latina desde o período pré-colonial
RFI,
Um continente marcado por revoluções, trocas culturais e conexões globais ganha nova leitura no livro "História da América Latina em 100 fotografias", do historiador e jornalista Paulo Antonio Paranaguá, lançado neste mês de setembro pela editora Bazar do Tempo. A obra, construída como um mosaico de 100 fotografias, percorre desde o passado pré-colombiano até os dias atuais, revelando momentos decisivos e figuras emblemáticas que moldaram a região.

“As histórias se escreveram na América Latina a partir do século 19 para justificar os países independentes, com fronteiras muito aleatórias. Essas histórias estão voltadas para si mesmas e não tratam das relações na região, e às vezes não tratam sequer das relações entre esses países e o resto do mundo”, afirma o autor, ao explicar o ponto de partida de sua pesquisa.
Paranaguá defende que a evolução da América Latina precisa ser contada como uma história conectada, que reconheça a relação triangular permanente com Europa, Estados Unidos e uma relação forçada com a África, além de uma conexão menos conhecida com a Ásia desde o período colonial. "É importante abordar a história da América Latina em termos de história comparada, de história global, de uma história conectada entre esses países e outras regiões do mundo", sublinha.
A escolha das fotografias não seguiu uma cronologia tradicional. Paranaguá recorreu a registros dos descobrimentos arqueológicos do século 19 e início do século 20 para lembrar ao leitor que a história da região começou muito antes da invenção da fotografia. "Nossa história começou com os olmecas, os astecas, os incas, os guaranis", destaca. “Isso dá uma outra perspectiva histórica para o livro”, explica.
A curadoria das imagens foi um dos maiores desafios. “Enquadrar um período tão amplo em apenas 100 imagens foi terrível. Às vezes choro com tudo o que tive que deixar de fora”, confessa. Produtos como o café e o cacau estão presentes por sua importância econômica, cultural e social, mas o tabaco, por exemplo, ficou de fora – uma ausência que Paranaguá lamenta com humor: “Afinal de contas, eu adoro charutos”.

Entre guerras e diversidade
O livro não ignora os episódios dramáticos da história política e institucional da América Latina, como guerras e revoluções. Mas Paranaguá faz questão de destacar que a região é também marcada por uma diversidade cultural, social, étnica e religiosa espantosa. “A fotografia já é uma história cultural. Ela amplia o espectro. Não podemos tratar a evolução da região apenas com base em batalhas e golpes. É preciso ir mais longe”, defende.
Com textos curtos e linguagem acessível, o livro busca dialogar com um público amplo, especialmente os jovens. “Tenho uma formação acadêmica sólida, mas trabalhei a vida inteira como jornalista. Aprendi que me dirijo ao público em geral, não à panelinha de professores ou estudantes que querem ser cada um mais genial do que o outro. Isso não me interessa”, afirma.
Apesar da leveza na forma, o conteúdo é denso e revelador. “Os conhecedores da América Latina vão descobrir imagens que não conhecem, aspectos para os quais talvez não tenham dado a devida relevância”, garante. A motivação maior, segundo ele, é a transmissão de conhecimento às novas gerações. “Pensei nos meus sobrinhos, no meu filho... essa geração que não teve a ocasião de estudar a América Latina, que é a região do mundo na qual nós estamos inseridos. Nós fazemos parte dela.”
Cartões postais, cabeças reduzidas e a guerra das imagens
Ao mergulhar em arquivos e mercados de antiguidades, Paranaguá descobriu registros fotográficos que o surpreenderam, mesmo após mais de cinco décadas dedicadas ao estudo da América Latina. Uma das descobertas mais marcantes foi uma série de cartões postais produzidos pelas missões salesianas em 1937, em Lyon, com imagens da África, da Ásia e da América Latina.
“Achei imagens sobre o Mato Grosso e várias sobre o Equador. Algumas mostravam o trabalho dos missionários em saúde, ensino, construção de pontes. Outras revelavam aspectos da vida dos indígenas equatorianos, como a maloca e, curiosamente, as cabeças reduzidas dos chamados jívaros – que na verdade são os shuar”, conta.
Os shuar ficaram conhecidos por uma prática ritual que consistia em reduzir a cabeça de seus inimigos, como uma maneira de impedir que seus espíritos revidassem. A imagem das cabeças reduzidas, reproduzida no livro, revela mais do que um costume ancestral: expõe o olhar europeu sobre os povos originários. “Para o olhar europeu, é a prova de que os índios são bárbaros e precisam ser evangelizados. Isso faz parte de uma verdadeira guerra das imagens", aponta o autor. A colonização não foi só obra de soldados, mas também de evangelizadores e de uma produção simbólica que moldou a visão sobre os povos da América.
Fotógrafos identificados e invisibilizados
Das 100 imagens selecionadas, 30 são de autores não identificados. Entre os 70 fotógrafos conhecidos, 44 são latino-americanos, 14 europeus e 12 estadunidenses. A escolha não seguiu uma lógica de “olhar de dentro versus olhar de fora”, mas foi condicionada pela disponibilidade e conservação dos registros.
“Às vezes eu queria uma foto emblemática de um fotógrafo local e não conseguia. Por exemplo, sobre a intervenção na República Dominicana em 1965, não encontrei uma imagem de qualidade feita por um fotógrafo dominicano”, lamenta. Outro caso marcante foi uma fotografia sobre a redemocratização da década de 1980 na América do Sul. O jornal El País publicou a imagem de uma mulher de braços abertos enfrentando um jato d’água da repressão na frente da catedral de Assunção. “É uma fotografia em preto e branco maravilhosa, me apaixonei por ela, mas o autor perdeu o negativo. Não pude reproduzi-la com qualidade.”
A precariedade dos acervos em muitos países latino-americanos é um obstáculo recorrente.
Um livro que pode incomodar
Ao tratar de temas sensíveis e controversos, Paulo Paranaguá reconhece que o livro pode desagradar alguns leitores. “Cada texto que acompanha as 100 fotografias fala de várias coisas. Em vez de fechar o foco, eu abro completamente. Não são cem assuntos, são mil”, diz.
Entre os temas que podem gerar polêmica está a Revolução Cubana. Paranaguá estima que a esquerda latino-americana ainda mantém uma relação sentimental com o que ocorreu na ilha. “Provavelmente vão me cobrar por ter sido severo com Cuba. Mas procurei ser equilibrado e lúcido com todas as revoluções que abordo: a mexicana, a boliviana de 1952, a cubana, a da Nicarágua em 1979.”
Na opinião de Paranaguá, é impossível tratar dessas revoluções sem reconhecer seus altos e baixos. “Quase todas tiveram um momento de apogeu e depois de decadência. Muitas traíram as esperanças e provocaram verdadeiros desastres. A revolução mexicana, por exemplo, abriu caminho para uma guerra civil terrível e uma guerra religiosa contra os católicos. E o caso cubano, quando a União Soviética caiu, o sistema ruiu.”
Intelectuais na Diplomacia Brasileira: a cultura a serviço da nação - livro disponível para compra
Livro disponível para aquisição, chez Francisco Alves ou Unifesp.
Intelectuais na Diplomacia Brasileira: a cultura a serviço da naçãoLivro: O Brasil diante das turbulências internacionais - Bernardo Sorj e Sergio Fausto (orgs.), prefácio de Celso Lafer (Plataforma Democratica)
Livro:
O Brasil diante das turbulências internacionais
• Crise e Atualização da Democracia
• Nova Geopolítica Mundial
• COLEÇÃO O ESTADO DA DEMOCRACIA
• PUBLICAÇÃO ORIGINAL - PLATAFORMA DEMOCRÁTICA
Disponível para download gratuito, o livro analisa a rivalidade entre Estados Unidos e China, o papel dos BRICS, os rumos da integração latino-americana, os desafios das negociações climáticas e os impactos das transformações internacionais na política interna.
O livro O Brasil diante das turbulências internacionais reúne análises de renomados especialistas em relações internacionais, que oferecem visões plurais, tanto no campo intelectual quanto no ideológico, sobre os desafios geopolíticos enfrentados pelo Brasil. A obra discute como o país pode defender seus interesses estratégicos sem abrir mão de princípios fundamentais de sua tradição diplomática, como a valorização dos direitos humanos, a preservação da soberania nacional e o fortalecimento das instituições democráticas.
Disponível para download gratuito, a publicação, organizada por Bernardo Sorj e Sergio Fausto, traz prefácio de Celso Lafer e contribuições de Adriana Abdenur, Antonio Ruy de Almeida Silva, Fernanda Magnotta, Gelson Fonseca, Guilherme Casarões, Maria Hermínia Tavares de Almeida, Maria Regina Soares de Lima, Marianna Albuquerque e Rubens Ricupero.
Os textos exploram questões centrais da agenda internacional contemporânea: a crescente rivalidade entre Estados Unidos e China, o papel desempenhado pelos BRICS, os rumos da integração latino-americana, os desafios das negociações climáticas e os impactos das transformações internacionais na política interna.
https://fundacaofhc.org.br/publicacao/o-brasil-diante-das-turbulencias-internacionais/?utm_source=meio&utm_medium=email#
Ficha catalográfica:
O Brasil diante das turbulências internacionais / organização Bernardo Sorj, Sergio Fausto. – 1. ed. – São Paulo: Edições Plataforma Democrática, 2025. Vários autores. Disponível em: https://fundacaofhc.org.br ISBN 978-65-87503-59-2 1. Brasil – Geopolítica. 2. Relações internacionais. 3. Direitos humanos. I. Sorj, Bernardo. II. Fausto, Sergio. III. Título
Índice
Prefácio Celso Lafer, 5
Introdução Bernardo Sorj e Sergio Fausto, 9
Autores
Adriana Abdenur, 17
Antonio Ruy de Almeida Silva, 37
Fernanda Magnotta, 57
Gelson Fonseca, 64
Guilherme Casarões, 78
Maria Hermínia Tavares de Almeida, 97
Maria Regina Soares De Lima, 102
Marianna Albuquerque, 119
Rubens Ricupero, 130
A propaganda eleitoral de Lula no ‘NYT’ - Editorial O Estado de S. Paulo
Grato, uma vez mais, a Walmyr Buzatto, pela transcrição:
“O artigo de opinião do Estadão de hoje complementa bem o que comentei em postagem anterior, sobre um artigo no mesmo jornal, de um professor de linguística da Universidade de Colúmbia, sobre Trump. Meu comentário se referia ao foco de Lula no palanque e os olhos sempre voltados à próxima eleição. Nada de novo.” (WB)
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A propaganda eleitoral de Lula no ‘NYT’
O Estado de S. Paulo, 16 de set. de 2025
Em artigo no ‘NYT’, Lula reafirma princípios, mas evita soluções no entrevero com Trump. Reforçando barricadas ao invés de construir pontes, mira na eleição em prejuízo do interesse nacional
O artigo do presidente Lula da Silva no jornal The New York Times endereçado ao presidente dos EUA, Donald Trump, oferece mais um retrato da subversão da diplomacia de Estado pela estratégia eleitoral. Adornado por apelos ao “diálogo franco” e à “cooperação entre grandes nações”, ele funciona na prática como peça de propaganda política: reafirma princípios óbvios e limites intransponíveis, mas não sugere um único terreno concreto de negociação. Longe de abrir canais, tranca-os.
Não se discute a validade de vários pontos levantados. A independência dos Poderes nacionais – a começar pelo Judiciário – é inegociável. É verdade que os EUA acumulam superávit comercial com o Brasil, o que enfraquece a lógica econômica de tarifas punitivas, ou que instrumentos como o Pix servem à inclusão financeira, não à concorrência desleal. Mas tudo isso já foi enfatizado em comunicados oficiais, entrevistas e discursos. O que caberia agora seria oferecer pistas de solução – entendimentos setoriais, iniciativas conjuntas, formatos de cooperação. Lula optou pelo contrário: enumerou apenas cláusulas pétreas, endurecendo ainda mais as posições.
A escolha do momento revela muito. O artigo saiu dois dias após a condenação de Jair Bolsonaro – transformando uma decisão judicial em combustível para a retórica confrontacional – e a poucos dias da Assembleia-Geral da ONU em Nova York – ocasião que poderia ser usada para estimular contatos de alto nível com os americanos. Um estadista disposto a reduzir tensões teria guardado munição para a mesa de negociações; Lula preferiu gastar palavras na vitrine internacional, reforçar barricadas e dinamitar pontes, ao invés de atravessá-las.
Desde antes da escalada tarifária, o Planalto evitou buscar uma conversa direta e produtiva com Trump. Agora, manipula a crise para inflamar discursos sobre “soberania” e “resistência”. É uma escolha calculada: quanto maior a animosidade com Washington, mais fácil para o governo se vitimar e se retratar como salvador da Pátria. Nessa lógica, empresários brasileiros que lutam para preservar contratos e mercados tornam-se figurantes abandonados à própria sorte por sua diplomacia.
A carta ainda trouxe um elemento que seria cômico, não fosse trágico: o elogio às investidas intervencionistas de Trump, como uma prova, segundo Lula, de que o Brasil (leia-se, o lulopetismo) foi “vingado” ao rejeitar o chamado Consenso de Washington, proposto por instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial nos anos 1980: disciplina fiscal e monetária, abertura comercial, privatizações e desregulação. Mas enquanto países que investiram nesse receituário – como Coreia, Chile ou México – avançaram, nós ficamos para trás. O Brasil segue sendo uma das economias mais fechadas do G-20, e o resultado está aí: estagnação da produtividade, preços elevados e exclusão das cadeias globais de valor. Se o governo americano insistir com essas práticas, colherá os mesmos frutos – queda de dinamismo e perda de credibilidade. Os improvisos estatistas de Trump não confirmam nossas virtudes, e sim repetem nossos vícios – e quem sairá vingada, como sempre, é a realidade.
A crise atual tem múltiplos culpados. Trump manipula tarifas e sanções para favorecer um aliado e intimidar instituições brasileiras. O clã Bolsonaro, por sua vez, alimenta essa chantagem em busca de ganhos pessoais. Mas nada disso justifica a má-fé e a má vontade diplomáticas de Lula. Cabe a um chefe de Estado defender interesses permanentes da Nação, não acirrar crises para acumular dividendos eleitorais. O governo poderia propor fóruns técnicos sobre regulação digital, intensificar esforços de lobby em Washington ou sinalizar cooperação em áreas de interesse mútuo. Ao invés disso, prefere multiplicar gestos de confronto retórico.
O Brasil precisa de diplomacia ativa e inteligente, não de provocações em jornais estrangeiros; precisa de portas abertas, não de “cartas abertas”. Mas enquanto Trump joga para sua base e Bolsonaro para a sua sobrevivência pessoal, Lula joga para a plateia doméstica. Todos saem ganhando, menos o Brasil. •
Banco Central do Brasil revela dado alarmante: em 31 anos, o real já perdeu 88% do poder de compra e R$ 100 de 1994 valem apenas R$ 11,75 em 2025 - Valdemar Medeiros (Petróleo e Gás)
Banco Central do Brasil revela dado alarmante: em 31 anos, o real já perdeu 88% do poder de compra e R$ 100 de 1994 valem apenas R$ 11,75 em 2025
Escrito por Valdemar MedeirosPetróleo e Gás, 16/09/2025
https://clickpetroleoegas.com.br/banco-central-do-brasil-revela-dado-alarmante-em-31-anos-o-real-ja-perdeu-88-do-poder-de-compra-e-r-100-de-1994-valem-apenas-r-1175-em-2025-vml97/
Real perdeu 88% do valor em 31 anos: R$ 100 de 1994 valem apenas R$ 11,75 em 2025, segundo estudo do Banco Central sobre inflação acumulada.
Em 1994, o Brasil celebrava o nascimento do Plano Real, que trouxe estabilidade a uma economia devastada pela hiperinflação. A nova moeda foi recebida como símbolo de modernidade e esperança, colocando fim ao ciclo de sucessivas mudanças de padrão monetário que marcaram as décadas anteriores. Trinta e um anos depois, porém, o dado do Banco Central do Brasil: segundo cálculo baseado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os R$ 100 que em 1994 compravam uma cesta completa de bens e serviços hoje têm poder de compra equivalente a apenas R$ 11,75. Na prática, o real perdeu 88% do seu valor em pouco mais de três décadas.
Esse fenômeno não significa que a moeda fracassou afinal, conseguiu manter níveis de inflação relativamente baixos em comparação ao período pré-Plano Real, mas escancara como o custo de vida no Brasil cresceu de forma acelerada, corroendo a renda de famílias e pressionando os orçamentos.
Inflação acumulada e o impacto no dia a dia
A inflação é o principal responsável por essa erosão do poder de compra. O IPCA, calculado pelo IBGE, acumulou uma elevação superior a 750% desde 1994 até agosto de 2025. Esse movimento explica por que produtos que antes custavam poucos reais hoje demandam dezenas ou até centenas. Itens de primeira necessidade, como arroz, feijão, café e combustíveis, sentiram variações ainda mais intensas em certos períodos.
As famílias de baixa renda, que comprometem grande parte do orçamento com alimentação e transporte, foram as mais afetadas, vivendo uma sensação constante de perda de poder aquisitivo.
Para muitos, a lembrança de encher o carrinho de supermercado com uma nota de R$ 100 se tornou um símbolo nostálgico de um passado distante.
Crises fiscais, políticas e cambiais
O processo de desvalorização não pode ser explicado apenas pela inflação de preços. Ao longo das últimas três décadas, o Brasil enfrentou sucessivas crises fiscais e políticas que abalaram a confiança dos investidores e do mercado internacional.
Em 1999, a maxidesvalorização do câmbio expôs a fragilidade do regime de bandas cambiais. Nos anos seguintes, choques externos, como a crise financeira global de 2008, e fatores internos, como os déficits fiscais persistentes e o aumento da dívida pública, contribuíram para desvalorizar a moeda frente ao dólar.
Mais recentemente, em 2024, o real foi apontado como uma das moedas mais desvalorizadas entre as principais economias, com uma queda de mais de 20% frente ao dólar. A percepção de risco fiscal, a instabilidade política e a redução do diferencial de juros em relação aos Estados Unidos foram determinantes para esse resultado, encarecendo produtos importados e pressionando a inflação doméstica.
O contraste com outras moedas
Enquanto o real perdeu 88% do valor em 31 anos, moedas de países desenvolvidos tiveram trajetória distinta.
O dólar americano, mesmo enfrentando seus próprios ciclos inflacionários, preservou maior estabilidade global, beneficiado pelo papel de moeda de reserva internacional.
Já o euro, lançado em 1999, conseguiu manter perdas de poder aquisitivo em níveis mais moderados, reforçando a percepção de solidez da União Europeia.
Esse contraste reforça como a trajetória brasileira foi marcada por desafios estruturais. O país, embora celebre avanços na agricultura, na indústria e em setores como petróleo e gás, convive com problemas históricos de gasto público elevado, baixa produtividade e volatilidade política que minam a confiança na moeda.
O custo invisível para os brasileiros
A corrosão do valor do real não é apenas um dado técnico. Ela se traduz em dificuldades concretas para milhões de famílias.
A classe média viu sua capacidade de poupança encolher, enquanto os mais pobres enfrentaram aumento da desigualdade social.
Salários que não acompanham a inflação plena geram a sensação de que, ano após ano, o trabalhador compra menos com o mesmo dinheiro. Benefícios previdenciários e assistenciais, mesmo corrigidos, perdem relevância diante de aumentos expressivos em setores específicos, como energia elétrica e transporte.
Essa realidade alimenta um ciclo de descrença no futuro da moeda nacional e incentiva parte da população a buscar proteção em ativos como dólar, ouro ou criptomoedas, tentando preservar o patrimônio contra a inflação.
Perspectivas para o futuro do real
Apesar do diagnóstico severo, especialistas destacam que o real ainda é uma moeda com papel importante na estabilidade macroeconômica do Brasil.
A inflação anual, embora elevada em alguns momentos, está longe dos patamares de hiperinflação pré-1994. Além disso, instrumentos como o regime de metas de inflação e a autonomia do Banco Central ajudam a conter pressões mais graves.
O grande desafio para o futuro é combinar responsabilidade fiscal, política monetária consistente e aumento de produtividade. Sem reformas estruturais, o real continuará vulnerável a ciclos de desvalorização, especialmente diante de choques externos e crises internas.
Há também um debate crescente sobre alternativas de longo prazo, como a criação de uma moeda comum entre os BRICS ou o fortalecimento do uso do real em comércio internacional. Ainda que essas propostas sejam incipientes, refletem a busca por soluções para reduzir a dependência cambial e reforçar a credibilidade da moeda brasileira.
Um alerta sobre o custo da instabilidade
Os 31 anos do Plano Real são um marco na história econômica do Brasil. A moeda que nasceu para domar a hiperinflação conseguiu garantir três décadas sem mudanças de padrão monetário — um feito inédito no país.
Mas o dado de que R$ 100 de 1994 hoje compram apenas R$ 11,75 é um alerta contundente sobre o peso da inflação e da instabilidade econômica.
Mais do que números, essa desvalorização mostra como políticas fiscais frágeis, crises políticas recorrentes e choques cambiais corroem o cotidiano das famílias. Ao mesmo tempo, lembra que a estabilidade monetária exige vigilância constante e compromissos de longo prazo que vão além de governos.
O real, mesmo sobrevivendo como moeda estável em comparação ao passado inflacionário, carrega a marca de uma perda de 88% de poder de compra em 31 anos. É um retrato da força corrosiva da inflação e do desafio permanente de proteger o bolso dos brasileiros.
O chanceler acidental e seu artigo sobre Trump e o Ocidente - Paulo Roberto de Almeida
O chanceler acidental em seu artigo sobre Trump e o Ocidente
Um sujeito de sorte, depois de azar, e novamente de sorte: o chanceler acidental, defenestrado por acaso, salvo com certeza de figurar no processo da tentativa de golpe de Estado, recentemente julgado pelo STF.
Estou me referindo ao diplomata obscuro que ascendeu repentinamente com um empurrão do assim chamado "filósofo do bolsonarismo", con muita influência (infeliz) na educação e sobretudo no "bolsolavismo diplomático" que envergonhou nossa política externa e desestruturou nossa diplomacia no excepcional desgoverno do golpista condenado a 27 anos e 3 meses. Vocês sabem quem foi o sortudo-azarento e sortudo, tenho certeza disso, que voltou à obscuridade.
Ele só chegou a ser escolhido como chanceler (acidental), por ter escrito um artigo que eu publiquei nos Cadernos de Política Exterior, apesar de que o artigo em questão não tivesse nada a ver com política exterior, e sim com história das ideias (malucas).
Pois bem, no dois anos em que o chanceler acidental tentou administrar (desgovernar seria o termo mais correto) a política externa e a diplomacia, os verdadeiros chanceleres e chefes dele foram o Bananinha 03 – atualmente autoexilado na Trumplância e prejudicando o Brasil – e o tal de Robespirralho, Filipe Martins, que foi devidamente enquadrado num dos núcleos dos golpistas trapalhões, ficou efetivamente preso durante meses e ainda aguarda julgamente por ter sido o cara que ofeereceu uma das minutas do golpe ao chefão incompetente e covarde.
O chanceler acidental só escapou da malta que planejou o golpe e hoje enfrenta o julgamento no STF pelo fato de ter brigado com a senadora Katia Abreu e ter sido expurgado em março de 2021, depois de ter infelicitado o Itamaraty durante mais de dois anos.
Eu havia publicado, como disse, seu artigo sobre "Trump e o Ocidente", e apenas suspeitava que isso iria ridicularizá-lo em face de todos os colegas, pois quem seria capaz de admitir, sequer aceitar que o Trump (na primeira versão) pudesse ser o "salvador do Ocidente". Pois, graças ao Olavo de Carvalho, a que o obscuro diplomata foi levar seu artigo, ele foi escolhido chanceler acidental.
Logo depois de assumir, ele me demitiu do cargo de diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais da Funad (IPRI), e só aí eu fui ler com atenção e anotar seu tristemente famoso artigo que o fez alçar à chefia da Casa de Rio Branco (que ele envergonhou terrivelmente). Mas, o fato de ter sido defenestrado o salvou da tentativa de golpe, e ele hoje permanece quieto, com repentes ocasionais, em sua tradicional obscuridade.
Minha análise está neste trabalho:
3483. “O Ocidente e seus salvadores: um debate de ideias”, Brasília, 28 junho 2019, 10 p. Avaliação crítica do artigo de Ernesto Araújo, “Trump e o Ocidente” (Cadernos de Política Exterior, n. 6).
1. A decadência e o Ocidente: algum perigo iminente?
2. Quais são as “teses” principais de “Trump e o Ocidente”?
3. O grande medo do Ocidente cristão: realidade ou paranoia?
4. Contradições insanáveis no projeto de salvamento do Ocidente cristão
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Una nota sobre los 200 años de relaciones diplomáticas formales entre Brasil y Colombia - Daniel Rojas
Una nota sobre los 200 años de relaciones diplomáticas formales entre Brasil y Colombia
Daniel Rojas
El 3 de febrero de 1827, en el Palacio Imperial de Río de Janeiro, se produjo un acontecimiento que marcó un hito en la historia diplomática sudamericana.
Ese día, el emperador Pedro I de Brasil recibió en audiencia al ministro plenipotenciario y enviado extraordinario de Colombia, José Leandro Palacios, acompañado por el secretario de la legación, Juan María Gómez Pastor. Poco después, fue recibido José Domingos Cáceres como cónsul general y encargado de negocios del Perú.
La corte imperial, reunida en pleno junto al cuerpo diplomático acreditado, fue testigo de la presentación de credenciales y del discurso en que Colombia saludaba a un “soberano poderoso que entra[ba] en la sociedad de las nuevas naciones de América”. En esas palabras se evocaba ya la necesidad de respetar la independencia y la diversidad institucional de los pueblos del continente, según sus circunstancias particulares. La solemnidad del acto estuvo marcada por el luto de la corte, tras el fallecimiento de la emperatriz María Leopoldina, ocurrido dos meses antes.
Ese encuentro simboliza el inicio de las relaciones diplomáticas oficiales entre Colombia y Brasil, un vínculo que, a lo largo de dos siglos, ha atravesado momentos de acercamiento y de tensión, pero que jamás ha comprometido la seguridad existencial de nuestros Estados. Muy al contrario, abundan los gestos de buena voluntad y cooperación: desde el apoyo colombiano al ingreso de Brasil en el Consejo Permanente de la Sociedad de las Naciones, hasta la mediación brasileña en el conflicto colombo-peruano de 1932, que desembocó en el Protocolo de Río de Janeiro.
Por todo ello, quisiera subrayar ante ustedes la trascendencia del 3 de febrero de 2027, fecha en que se cumplirán doscientos años de este acto fundacional. Más que una efeméride puntual, se trata de una ocasión privilegiada para conmemorar dos siglos de diplomacia y de vínculos sudamericanos, para reflexionar juntos sobre los desafíos de nuestra región en el presente y en el porvenir y para celebrar la amistad y la cordialidad que han caracterizado las relaciones colombo-brasileñas.
Trump: DEMÊNCIA PRECOCE - John Gartner (via Olympio Pinheiro)
Avaliação preocupante de um especialista renomado: Trump está perigosamente doente, próximo da demência. Não é só preocupante para ele e para os EUA. É preocupante e perigoso para o mundo intriro. Talvez até Putin esteja preocupado de perder o seu melhor “amigo-serviçal”. PRA
(Postado por Olympio Punheiro)
"DEMÊNCIA PRECOCE"
ÚLTIMAS NOTÍCIAS: Dois psicólogos renomados lançam uma bomba sobre o agravamento dos problemas cognitivos e o declínio da saúde de Donald Trump, afirmando que ele parece ter "demência precoce".
As evidências são claras...
"Você está na final do Aberto dos Estados Unidos, uma performance fascinante... você é o centro das atenções. Então, como Trump reage? Ah, ele está dormindo de novo, assim como dormiu durante a maior parte dos dias de seu julgamento criminal", disse o psicólogo John Gartner ao coapresentador Harry Segal em seu podcast "Shrinking Trump".
Gartner passou cerca de trinta anos lecionando na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins e, portanto, sua opinião tem muito peso em sua área. Segal é professor sênior na Universidade Cornell, o que reforça ainda mais a trajetória do podcast.
"Só quero ressaltar que isso não é normal", disse Gartner, explicando que adormecer descontroladamente em momentos inoportunos costuma ser um sintoma de demência.
Os especialistas então passaram a abordar a questão da saúde física de Trump, que tem sido cada vez mais analisada nos últimos meses, com manchas estranhas na pele, tornozelos inchados e uma estranha flacidez na boca. A Casa Branca admitiu que ele tem válvulas defeituosas que causam acúmulo de sangue nas pernas, mas parece improvável que saibamos a história completa.
"Insuficiência cardíaca congestiva é o que normalmente causa inchaço, principalmente nos tornozelos", disse Segal. "Acho que ele não está, quer dizer, ele não está bem."
Não pararam por aí: eles criticaram o governo por tentar fazer as mãos machucadas de Trump parecerem um problema menor causado por "aperto de mão" e aspirina.
"Eles obviamente estão escondendo o problema mais sério", disse Gartner. "Ele provavelmente está recebendo algum tipo de fluido intravenoso."
Os psicólogos também mencionaram a já mencionada queda, ocorrida em um evento em memória aos ataques de 11 de setembro. Sua aparência era tão gravemente debilitada que muitos começaram a especular que ele havia sofrido um derrame.
"Quando você vê alguém com metade do rosto caído daquele jeito, não é apenas cansaço, não é um rosto normal", disse Segal. "É significativo. E é por isso que estou mostrando, não apenas para zombar dele ou para brincar."
E as evidências continuam se acumulando. No fim de semana, Trump afirmou que 300 milhões de americanos morreram de overdose de drogas no ano passado. A população total dos Estados Unidos é de aproximadamente 340 milhões.
Este não foi um caso inocente de Trump simplesmente falando errado, e esse tipo de problema cognitivo está acontecendo cada vez com mais frequência. Algo está profundamente errado com a mente e o corpo desse homem.
Compare a cobertura da mídia sobre o estado atual de Trump com as reportagens frenéticas sobre Joe Biden. A duplicidade de critérios é irritante.
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BREAKING: Two top psychologists drop a bombshell about Donald Trump’s worsening cognitive problems and declining health, stating that he appears to have “early dementia.”
The evidence is right out in the open…
“You’re at the finals of the U.S. Open, a riveting performance… you’re the center of attention. So how does Trump react? Oh, he’s asleep again, just like he slept through most of the days of his criminal trial,” said psychologist John Gartner to co-host Harry Segal on their podcast “Shrinking Trump."
Gartner spent roughly thirty years teaching at Johns Hopkins University Medical School and so his opinion carries a lot of weight in his field. Segal is a Senior Lecturer at Cornell University, adding even more force to the podcast’s pedigree.
“I just wanna point out, this isn’t normal,” Gartner said, explaining that uncontrollably falling asleep at inopportune times is often a symptom of dementia.
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The experts then moved on to the issue of Trump’s physical health which has come under increasing scrutiny in recent months, with bizarre skin patches appearing on his skin, swollen ankles, and a strange droop to his mouth. The White House has admitted that he has malfunctioning valves that cause blood to pool in his legs, but it seems unlikely that we’re getting the full story.
“Congestive heart failure is what typically causes swelling, you know, largely swollen ankles,” said Segal. “I think he’s not, I mean, he’s not doing well.
Not done there, they criticized the administration for trying to pass off Trump’s bruised hands as a minor issue cause by “handshaking” and aspirin.
“They’re obviously hiding the more serious problem,” said Gartner. “He’s probably getting some kind of IV fluids.”
The psychologists also brought up the aforementioned drooping, which occurred at an event commemorating the 9/11 attacks. His appearance was so dramatically unwell that many began to speculate that he had suffered a stroke.
“When you see someone with half their face drooping like that, that’s not just someone being tired, that’s not a normal face,” said Segal. “It’s significant. And that’s why I’m showing it, not just to make fun of him or to joke.”
And the evidence keeps piling up. Over the weekend, Trump claimed that 300 million Americans died of drug overdoses last year. The entire population of the United States is roughly 340 million.
This was not an innocent case of Trump simply misspeaking and these kinds of cognitive screwups are happening more and more frequently. Something is deeply wrong with this man's mind and body.
Compare the news media's coverage of Trump's current state to the breathless wall-to-wall reports about Joe Biden. The double standard is infuriating.
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Occupy Democrats
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
Itamaraty não explica por que deixou de exigir retirada das tropas russas - Cedê Silva (O Fator)
Itamaraty não explica por que deixou de exigir retirada das tropas russas
Brasil descartou linguagem sobre “retirada imediata e incondicional” das forças russas na Ucrânia, que tinha apoiado na ONUCedê Silva
O Fator, 15/09/2025, 13:13
https://ofator.com.br/informacao/itamaraty-nao-explica-por-que-deixou-de-exigir-retirada-das-tropas-russas/
Ministro Marcelo Viegas (ao centro) no Itamaraty: sem explicação para o abandono da linguagem sobre retirada dos russos. Foto: Cedê Silva/O Fator
O diplomata Marcelo Viegas, diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, não soube responder nesta segunda (15) à pergunta de O Fator sobre o motivo para o Brasil abandonar a exigência de retirada incondicional das tropas russas da Ucrânia, como consta em resoluções aprovadas na ONU com voto a favor do Brasil.
Em maio de 2024, o enviado especial Celso Amorim assinou na China uma “proposta de paz” que na prática normaliza a invasão russa.
O texto é muito diferente das resoluções aprovadas pela Assembleia Geral da ONU, com voto favorável do Brasil, em março de 2022 e de novo em fevereiro de 2023, exigindo a retirada imediata e incondicional de todas as forças militares russas na Ucrânia. Desde então, a diplomacia brasileira abandonou essa linguagem e fala em negociações sem essa condição.
“Desculpe, eu não tenho nada preparado especificamente para essa pergunta”, disse Viegas, em coletiva de imprensa no Itamaraty. “Eu nem sei se reflete adequadamente a realidade”.
“O Brasil, desde a visita com a China, estabeleceu um grupo de amigos pela paz, e busca aportar uma perspectiva do Sul Global para a resolução pacífica do conflito na Ucrânia”, acrescentou o ministro Viegas (patente de diplomata logo abaixo da de embaixador).
Segundo o site do próprio Itamaraty, o BRICS serve como “foro de articulação político-diplomática e de cooperação de países do Sul Global” – o bloco inclui a Rússia, mas não a Ucrânia.
Frederico "Cedê" Silva é repórter em Brasília. Tem passagens por O Antagonista, VEJA BH, Estadão e Estado de Minas. Foi produtor do 'CQC' na Band e do programa 'Manhattan Connection' no MyNews.
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