Seminário Internacional
Teorias das Relações Internacionais: Perspectivas Nacionais e Regionais
Brasilia, UnB, 25 e 26 de agosto de 2008
A teoria das relações internacionais integra o currículo dos cursos de relações internacionais em posição de relevo quanto à expectativa didática. Influi na capacitação profissional e na formação do pensamento. Atribui-se à disciplina uma função explicativa, para alguns limitada pela carga ideológica, para outros pela impossibilidade de existir teoria universal nas ciências humanas. Nesse contexto cognitivo, diferenciam-se teorias e conceitos.
O evento propõe nova discussão acerca das teorias e dos conceitos em relações internacionais, em torno de seu enfoque nacional ou regional. Com efeito, nas nações ou grupos de nações onde são elaborados, teorias e conceitos embutem valores e interesses próprios, além de induzir padrões de conduta.
Estes valores, interesses e padrões de conduta nacionais limitam o alcance explicativo, a isenção e a imparcialidade de teorias e conceitos? Como esses fatores influem sobre a decisão dos governos e de agentes econômicos e sociais? Como condicionam as relações internacionais? A quem e para que servem teorias e conceitos em relações internacionais? Com que precauções devem ser vistos no ensino?
Programa
Sessão de Abertura: 25 de agosto, 9:30-10:30
* Eiiti Sato, Diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (iREL-UnB);
* José Flávio Sombra Saraiva, coordenador do evento (Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília - iREL-UnB e Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI)
* Conferência de abertura: Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Secretário Geral, Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
1o Dia, Sessão 1, O Estado da questão: 25 de agosto, 10:30 – 12:00
* Coordenação dos trabalhos: Antonio Carlos Lessa (Universidade de Brasília)
* O condicionamento nacional e regional sobre a Teoria das Relações Internacionais (Alexandre Parola – Ministério das Relações Exteriores - Instituto Rio Branco);
* O condicionamento nacional e regional sobre conceitos aplicados às relações internacionais (Amado Luiz Cervo – Universidade de Brasília);
* Debatedor: Nizar Messari (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio).
1o Dia, Sessão 2, Estados Unidos, México e Europa: 25 de agosto, 14:30 – 17:00
* Coordenação dos trabalhos: Ana Flávia Barros-Platiau (The University of Brasilia)
* Teorias de relações internacionais e o enfoque nacional nos Estados Unidos e na Inglaterra (Christopher Coker – London School of Economics and Political Science - LSE, Reino Unido)
* Teorias de relações internacionais e o enfoque europeu (Charles Zorgbibe – Université de Paris I – Sorbonne, França).
* Teorias de relações internacionais e enfoque nacional na França (Frederic Charillon, Sciences Po, Paris, França);
* Teorias de relações internacionais e enfoque nacional no México (Jorge Schiavon, CIDE e Instituto Matias Romero, Mexico)
* Debatedor: Marco Cepik (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brazil).
1o Dia, Sessão Especial: 25 de agosto, 17:30 – 18:00
* Lançamento da nova edição da Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI, 2008(1), Volume 51 - apresentada por Antonio Carlos Lessa (Editor da RBPI).
2o Dia, Sessão 3, Ásia, África e América do Sul: 26 de agosto, 9:00 – 12:30
* Coordenação dos trabalhos: Estevão Chaves de Rezende Martins (Universidade de Brasília)
* Teorias de relações internacionais e enfoque nacional na Argentina (Carlos Escudé – Universidad del CEMA, Buenos Aires, Argentina).
* O enfoque latino-americano da teoria das relações internacionais (Raúl Bernal-Meza – Universidad Nacional del Centro, Argentina).
* Perspectivas críticas africanas acerca da teoria das relações internacionais (Wolfgang Döcpke - Universidade de Brasília).
* Enfoques asiáticos acerca de teorias e conceitos em relações internacionais e o papel do Islã (Zidane Zeraoui, Argelia & Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey - ITESM, Mexico)
* América Latina, África e Ásia na construção de conceitos em Relações Internacionais (Gladys Lechini, Universidade Nacional de Rosário, Argentina, e CLACSO)
* Debatedor: Henrique Altemani (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP)
2o Dia, Sessão 4: Enfoque nacional de teorias e conceitos em relações internacionais no Brasil: 25 de agosto, 14:30 – 17:30
* Coordenação dos trabalhos: Pio Penna Filho (University of São Paulo – USP, Brazil)
* Exposição principal - Enfoque nacional de teorias e conceitos em relações internacionais no Brasil - Tullo Vigevani, Universidade Estadual de São Paulo - UNESP;
* Eduardo Viola, Universidade de Brasília - UnB;
* Alcides Costa Vaz, Universidade de Brasília - UnB;
* Antonio Jorge Ramalho da Rocha, Universidade de Brasília - UnB;
* Williams Gonçalves, Universidade Federal Fluminense - UFF;
* Debatedor: Cristina Pecequillo, Universidade Estadual de São Paulo - UNESP.
2o Dia, Sessão de Encerramento: Painel de conclusão - 25 de agosto, 17:30-18:00
* Robert Frank, Universidade de Paris e Comissão de História das Relações Internacionais;
* Miriam Saraiva, Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ;
* José Flávio Sombra Saraiva, Universidade de Brasília - UnB e Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI
Informações adicionais
Como se inscrever:
* Taxa de Inscrição: R$ 75,00 (setenta e cinco reais), inclui uma assinatura anual da Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI (Volume 51 - 2008 - Nos. 1 e 2);
* Preenchimento da ficha e pagamento da taxa de inscrição: clique aqui.
o Ao concluir o preenchimento da ficha de inscrição, clique em "Enviar Pedido". Se abrirá uma tela com os dados da cobrança e para a geração do boleto bancário. Este boleto é contra apresentação (independentemente da que estiver impressa no campo "Vencimento", pode ser pago em qualquer data até o dia 1 de agosto);
o Uma mensagem será enviada para o e-mail que você cadastrou quando confirmarmos o pagamento da sua taxa de inscrição. Verifique se o seu filtro de spam não está bloqueando mensagens importantes.
o Observação importante: A simples geração do boleto bancário não cria reserva de vaga ou pré-inscrição. Considerando a grande procura pelo evento, considere pagar imediatamente o boleto bancário gerado.
Certificação: Emissão de certificado de participação para os participantes regularmente inscritos.
Local: Auditório da FINATEC - Universidade de Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, Brasília-DF).
Número de vagas: 250
Informações: Secretaria do Instituto de Relações Internacionais - Universidade de Brasília (Telefone: 61 3307 2426, e-mail celi.oliveira@gmail.com).
Organizadores: Amado Luiz Cervo, Eiiti Sato, Antonio Carlos Lessa, Ana Flávia Barros-Platiau e José Flávio Sombra Saraiva
Realização: * Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade de Brasília;
* Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI;
* Comissão de História das Relações Internacionais - CHIR, Sessão Latino-Americana.
Apoio: * Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (Programa Renato Archer);
* Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 3 de julho de 2008
904) Seminario sobre os 200 anos da "independência", RJ
Bem, nem todos os países, ou provavelmente nenhum, podem ainda comemorarar 200 anos de independência. O primeiro a fazê-lo, a Argentina, vai precisar esperar até 2010, para festejar 200 anos de proclamação de autonomia pela junta de Buenos Aires, processo que se consolidou bem mais tarde.
O Brasil passou a ter uma política portuguesa feita a partir do Brasil, mas não ainda autônoma. Em todo caso, a Funag do MRE convida para o seminário abaixo.
Transcrevo o convite recebido.
A Fundação Alexandre de Gusmão e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) convidam Vossa Senhoria para participar do seminário
“200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana”
que ocorrerá no dia 24 de julho de 2008, no Palácio Itamaraty Rio de Janeiro, Av. Marechal Floriano, 196 – Centro.
O seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” reunirá doze historiadores, um de cada país da região, com o propósito de promover um debate qualificado sobre a evolução histórica e perspectivas das doze nações da América do Sul.
O seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” seguirá a metodologia de uma mesa redonda, segundo o seguinte programa:
9 h – Abertura
9 h e 30 min – Debate
13 h e 30 min – Almoço
Os textos do seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” estão disponíveis no site da Fundação Alexandre de Gusmão (www.funag.gov.br).
O Brasil passou a ter uma política portuguesa feita a partir do Brasil, mas não ainda autônoma. Em todo caso, a Funag do MRE convida para o seminário abaixo.
Transcrevo o convite recebido.
A Fundação Alexandre de Gusmão e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) convidam Vossa Senhoria para participar do seminário
“200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana”
que ocorrerá no dia 24 de julho de 2008, no Palácio Itamaraty Rio de Janeiro, Av. Marechal Floriano, 196 – Centro.
O seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” reunirá doze historiadores, um de cada país da região, com o propósito de promover um debate qualificado sobre a evolução histórica e perspectivas das doze nações da América do Sul.
O seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” seguirá a metodologia de uma mesa redonda, segundo o seguinte programa:
9 h – Abertura
9 h e 30 min – Debate
13 h e 30 min – Almoço
Os textos do seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” estão disponíveis no site da Fundação Alexandre de Gusmão (www.funag.gov.br).
quarta-feira, 2 de julho de 2008
903) Seminario sobre comunidades brasileiras no exterior (Rio de Janeiro, 17 e 18 de julho de 2008)
Um enorme e bem-vindo empreendimento do MRE:
I CONFERÊNCIA SOBRE AS COMUNIDADES BRASILEIRAS NO EXTERIOR
“BRASILEIROS NO MUNDO”
Data: 17 e 18 de julho de 2008
Horário: Programa tentativo
Local: Palácio Itamaraty
Av. Marechal Floriano, 196 - Centro
CEP: 20080-002 - Rio de Janeiro - RJ
Contato e dúvidas: dbr@mre.gov.br
Telefone: (55 61) 3411 - 8804
Objetivo e breve descrição
Metodologia e Logística
Lista de temas a serem debatidos no dia 17/7 por autoridades e especialistas
Textos para discussão: documentos elaborados para o Seminário por brasileiras e brasileiros no exterior sobre suas comunidades e trabalhos de suas associações (em elaboração)
PROGRAMA TENTATIVO
Dia 17 de julho
8h00 às 9h00 - café e confirmação das inscrições;
9h00 às 9h30 - sessão de abertura;
9h30 às 12h30 – debates entre as autoridades presentes e autores dos seguintes papers temáticos:
Sessão 1: 9h30 às11h00 – Migrações, controles migratórios e emigração de brasileiros
• Governabilidade das migrações internacionais e Direitos Humanos: o Brasil como país de emigração, Professora Neide Patarra, ENCE/IBGE
• As Projeções Populacionais Brasileiras e a Questão dos Brasileiros que Vivem no Exterior, Juarez de Castro Oliveira (IBGE) e Luiz Antonio Pinto de Oliveira (IBGE)
• Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência, Professor Wilson Fusco, Fundação Joaquim Nabuco
• Controles migratórios. Inadmitidos. O que fazer? Opções para as pessoas e para o Estado, Professor André Regis, Universidade Federal da Paraíba
Sessão 2: 11h00 às 12h30 – A situação dos brasileiros nas diferentes regiões do mundo
• Brasileiros na América do Sul, Professora Rosana Baeninger, NEPO, UNICAMP
• Brasileiros nos Estados Unidos, Professora Teresa Sales, Centro Josué de castro
• Brasileiros na Europa, Professores Duval Fernandes e José Irineu Rigotti, Pontifícia Universidade Católica, MG
• Brasileiros no Japão, Professora Elisa Massae Sasaki, UNICAMP
12h30 às 14h30 - almoço no Palácio Itamaraty;
14h30 às 17h00 – Continuação – debates entre autoridades e autores dos papers temáticos;
Sessão 3: 14h30 às 15h45 - Possibilidades e limites de ação governamental em prol de nacionais no exterior
• Ação do Estado em prol dos brasileiros no exterior: realidades e limites. Quadro atual da assistência e do atendimento prestados pelo Ministério das Relações Exteriores e planos de modernização e reforma consulares, Embaixador Oto Maia, Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (MRE)
• Exame comparado de políticas para comunidades nacionais no exterior, George Torquato Firmeza (MRE);
• Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior nas áreas trabalhista, de previdência, educacional, Representante do Dr. Paulo Sergio Almeida, Presidente do Conselho Nacional de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego; Dr. Helmut Schwarzer, Secretário de Política de Previdência Social do Ministério da Previdência Social; Dr. Cesar Callegari, Membro do Conselho Nacional de Educação
• Paradoxo da grandeza: a necessidade de políticas emigratórias do governo brasileiro, Professores Eduardo Rios Neto e Ernesto Amaral, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional/UFMG;
• Proposta de Política Governamental para Comunidades Brasileiras no Exterior, Ministro Eduardo Gradilone, Diretor do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior (MRE)
• O Congresso Nacional e a diáspora brasileira: o debate sobre a representação política de brasileiros no exterior – Carlos Eduardo de Ribas Guedes (MRE)
Sessão 4: 15h45 às 17h00 - Associações de brasileiros no exterior, remessas, mídia e reivindicações
• Remessas de brasileiros no exterior, Dr. Luciano Schweizer, Especialista Setorial do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
• A mídia voltada para as comunidades brasileiras no exterior, Dr. Roberto Lima, Associação Brasileira de Imprensa nos EUA
• Entidades de união e apoio a brasileiros no exterior, Irmã Carmen Lussi, Centro de Estudos Migratórios
• As Declarações de Lisboa, Boston e Bruxelas, Irmã Rosita e Sr. Orlando Fantazzini, Instituto Migrações e Direitos Humanos
• Redes de brasileiros no exterior para a cooperação em ciência, tecnologia e inovação, Conselheiro Alexandre Candeias, MRE e Eduardo do Couto e Silva, Fundador da Rede Integra Brasil
Dia 18 de julho
9h00 às 12h00 - Debates entre os representantes das comunidades brasileiras no exterior, em formato de quatro mesas redondas "regionais" (EUA, Europa, América do Sul, Japão e outros países) - oportunidade para intercambiar experiências e recomendações.
12h00 às 14h30 - almoço no Palácio Itamaraty
14h30 às 18h00 - Debates temáticos entre os representantes;
• Migrações, cultura e identidade brasileira na Diáspora;
• Iniciativas para melhor articulação e parcerias entre a rede consular brasileira, as ONGs e o terceiro setor;
• Redes de brasileiros no exterior na área de ciência e tecnologia;
18h00 às 19h00 – Tempo para perguntas e pequenas intervenções do público e encerramento da Conferência.
19h00 - Coquetel no Palácio Itamaraty.
METODOLOGIA, LOGÍSTICA E CANAIS DE INTERAÇÃO ENTRE GOVERNO, DIÁSPORA E DEMAIS PARTICIPANTES
• a Conferência dará ênfase aos debates e a discussões sobre formas concretas de beneficiar os brasileiros no exterior. Textos encomendados e de apoio sobre os temas a tratar estarão disponíveis para leitura prévia ao evento
• haverá quiosques geográficos para servir de ponto de informação e para exibição de publicações sobre comunidades brasileiras regionais
• haverá balcão de Ouvidoria Consular para recolher sugestões, críticas e contribuições de todos os participantes do Seminário, para compartilhamento e utilização na formulação de políticas públicas
• haverá espaço para – à margem dos encontros - apresentação individuais em multimídia ou em painéis temáticos
TEMAS A SEREM DEBATIDOS PELAS AUTORIDADES E PELOS ESPECIALISTAS NO DIA 17 DE JULHO E RESPECTIVOS AUTORES
i. Governabilidade das migrações internacionais e Direitos Humanos: o Brasil como país de emigração - Professora Neide Patarra, ENCE/IBGE;
ii. As Projeções Populacionais Brasileiras e a Questão dos Brasileiros que Vivem no Exterior - Juarez de Castro Oliveira (IBGE) e Luiz Antonio Pinto de Oliveira (IBGE) ;
iii. Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência - Professor Wilson Fusco (Fundação Joaquim Nabuco);
iv. Controles migratórios. Inadmitidos. O que fazer. Opções para as pessoas e para o Estado – Professor André Regis (Universidade Federal da Paraíba);
v. Brasileiros nos Estados Unidos - Professora Teresa Sales (Centro Josué de Castro);
vi. Brasileiros na Europa - Professores Duval Fernandes e José Irineu Rigotti (PUC-MG);
vii. Brasileiros no Japão - Professora Elisa Massae Sasaki (UNICAMP);
viii. Brasileiros na América do Sul – Professora Rosana Baeninger (UNICAMP);
ix. Ação do Estado em prol dos brasileiros no exterior: realidades e limites. Criação da SGEB. Quadro atual da assistência e do atendimento prestados pelo Ministério das Relações Exteriores e planos de modernização e reforma consulares – Embaixador Oto Agripino Maia, Subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior do Ministério das Relações Exteriores;
x. Exame comparado de políticas para comunidades nacionais no exterior - Conselheiro George Torquato Firmeza; Ministério das Relações Exteriores
xi. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área trabalhista – Representante do Presidente do Conselho Nacional de Imigração, Ministério do Trabalho e Emprego;
xii. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área de previdência - Helmut Schwarzer, Secretário de Política de Previdência Social/ Ministério da Previdência);
xiii. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área educacional – Cesar Callegari, Membro do Conselho Nacional de Educação;
xiv. Remessas de brasileiros no exterior - Sr. Luciano Schweizer (Especialista Setorial da Representação do Banco Interamericano de Desenvolvimento em Brasília);
xv. A mídia voltada para as comunidades brasileiras no exterior - Roberto Lima (Jornalista e Presidente da Associação Brasileira de Imprensa nos EUA “Brazilian Voice");
xvi. O Congresso Nacional e a diáspora brasileira: o debate sobre a representação política de brasileiros no exterior – Carlos Eduardo de Ribas Guedes, MRE;
xvii. Entidades de união e apoio a brasileiros no exterior - Irmã Carmen Lussi (Diretora do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios-CSEM);
xviii. As Declarações de Lisboa, Boston e Bruxelas. Irmã Rosita Milesi e ex-deputado Orlando Fantazzini, ambos do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH);
xix. Paradoxo da grandeza: a necessidade de políticas emigratórias do governo brasileiro Professores Eduardo Rios Neto e Ernesto Friedrich Amaral, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional/UFMG);
xx. Proposta de Política Governamental para Comunidades Brasileiras no Exterior Ministro Eduardo Gradilone, Diretor do Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior/Ministério das Relações Exteriores.
I CONFERÊNCIA SOBRE AS COMUNIDADES BRASILEIRAS NO EXTERIOR
“BRASILEIROS NO MUNDO”
Data: 17 e 18 de julho de 2008
Horário: Programa tentativo
Local: Palácio Itamaraty
Av. Marechal Floriano, 196 - Centro
CEP: 20080-002 - Rio de Janeiro - RJ
Contato e dúvidas: dbr@mre.gov.br
Telefone: (55 61) 3411 - 8804
Objetivo e breve descrição
Metodologia e Logística
Lista de temas a serem debatidos no dia 17/7 por autoridades e especialistas
Textos para discussão: documentos elaborados para o Seminário por brasileiras e brasileiros no exterior sobre suas comunidades e trabalhos de suas associações (em elaboração)
PROGRAMA TENTATIVO
Dia 17 de julho
8h00 às 9h00 - café e confirmação das inscrições;
9h00 às 9h30 - sessão de abertura;
9h30 às 12h30 – debates entre as autoridades presentes e autores dos seguintes papers temáticos:
Sessão 1: 9h30 às11h00 – Migrações, controles migratórios e emigração de brasileiros
• Governabilidade das migrações internacionais e Direitos Humanos: o Brasil como país de emigração, Professora Neide Patarra, ENCE/IBGE
• As Projeções Populacionais Brasileiras e a Questão dos Brasileiros que Vivem no Exterior, Juarez de Castro Oliveira (IBGE) e Luiz Antonio Pinto de Oliveira (IBGE)
• Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência, Professor Wilson Fusco, Fundação Joaquim Nabuco
• Controles migratórios. Inadmitidos. O que fazer? Opções para as pessoas e para o Estado, Professor André Regis, Universidade Federal da Paraíba
Sessão 2: 11h00 às 12h30 – A situação dos brasileiros nas diferentes regiões do mundo
• Brasileiros na América do Sul, Professora Rosana Baeninger, NEPO, UNICAMP
• Brasileiros nos Estados Unidos, Professora Teresa Sales, Centro Josué de castro
• Brasileiros na Europa, Professores Duval Fernandes e José Irineu Rigotti, Pontifícia Universidade Católica, MG
• Brasileiros no Japão, Professora Elisa Massae Sasaki, UNICAMP
12h30 às 14h30 - almoço no Palácio Itamaraty;
14h30 às 17h00 – Continuação – debates entre autoridades e autores dos papers temáticos;
Sessão 3: 14h30 às 15h45 - Possibilidades e limites de ação governamental em prol de nacionais no exterior
• Ação do Estado em prol dos brasileiros no exterior: realidades e limites. Quadro atual da assistência e do atendimento prestados pelo Ministério das Relações Exteriores e planos de modernização e reforma consulares, Embaixador Oto Maia, Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (MRE)
• Exame comparado de políticas para comunidades nacionais no exterior, George Torquato Firmeza (MRE);
• Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior nas áreas trabalhista, de previdência, educacional, Representante do Dr. Paulo Sergio Almeida, Presidente do Conselho Nacional de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego; Dr. Helmut Schwarzer, Secretário de Política de Previdência Social do Ministério da Previdência Social; Dr. Cesar Callegari, Membro do Conselho Nacional de Educação
• Paradoxo da grandeza: a necessidade de políticas emigratórias do governo brasileiro, Professores Eduardo Rios Neto e Ernesto Amaral, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional/UFMG;
• Proposta de Política Governamental para Comunidades Brasileiras no Exterior, Ministro Eduardo Gradilone, Diretor do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior (MRE)
• O Congresso Nacional e a diáspora brasileira: o debate sobre a representação política de brasileiros no exterior – Carlos Eduardo de Ribas Guedes (MRE)
Sessão 4: 15h45 às 17h00 - Associações de brasileiros no exterior, remessas, mídia e reivindicações
• Remessas de brasileiros no exterior, Dr. Luciano Schweizer, Especialista Setorial do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
• A mídia voltada para as comunidades brasileiras no exterior, Dr. Roberto Lima, Associação Brasileira de Imprensa nos EUA
• Entidades de união e apoio a brasileiros no exterior, Irmã Carmen Lussi, Centro de Estudos Migratórios
• As Declarações de Lisboa, Boston e Bruxelas, Irmã Rosita e Sr. Orlando Fantazzini, Instituto Migrações e Direitos Humanos
• Redes de brasileiros no exterior para a cooperação em ciência, tecnologia e inovação, Conselheiro Alexandre Candeias, MRE e Eduardo do Couto e Silva, Fundador da Rede Integra Brasil
Dia 18 de julho
9h00 às 12h00 - Debates entre os representantes das comunidades brasileiras no exterior, em formato de quatro mesas redondas "regionais" (EUA, Europa, América do Sul, Japão e outros países) - oportunidade para intercambiar experiências e recomendações.
12h00 às 14h30 - almoço no Palácio Itamaraty
14h30 às 18h00 - Debates temáticos entre os representantes;
• Migrações, cultura e identidade brasileira na Diáspora;
• Iniciativas para melhor articulação e parcerias entre a rede consular brasileira, as ONGs e o terceiro setor;
• Redes de brasileiros no exterior na área de ciência e tecnologia;
18h00 às 19h00 – Tempo para perguntas e pequenas intervenções do público e encerramento da Conferência.
19h00 - Coquetel no Palácio Itamaraty.
METODOLOGIA, LOGÍSTICA E CANAIS DE INTERAÇÃO ENTRE GOVERNO, DIÁSPORA E DEMAIS PARTICIPANTES
• a Conferência dará ênfase aos debates e a discussões sobre formas concretas de beneficiar os brasileiros no exterior. Textos encomendados e de apoio sobre os temas a tratar estarão disponíveis para leitura prévia ao evento
• haverá quiosques geográficos para servir de ponto de informação e para exibição de publicações sobre comunidades brasileiras regionais
• haverá balcão de Ouvidoria Consular para recolher sugestões, críticas e contribuições de todos os participantes do Seminário, para compartilhamento e utilização na formulação de políticas públicas
• haverá espaço para – à margem dos encontros - apresentação individuais em multimídia ou em painéis temáticos
TEMAS A SEREM DEBATIDOS PELAS AUTORIDADES E PELOS ESPECIALISTAS NO DIA 17 DE JULHO E RESPECTIVOS AUTORES
i. Governabilidade das migrações internacionais e Direitos Humanos: o Brasil como país de emigração - Professora Neide Patarra, ENCE/IBGE;
ii. As Projeções Populacionais Brasileiras e a Questão dos Brasileiros que Vivem no Exterior - Juarez de Castro Oliveira (IBGE) e Luiz Antonio Pinto de Oliveira (IBGE) ;
iii. Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência - Professor Wilson Fusco (Fundação Joaquim Nabuco);
iv. Controles migratórios. Inadmitidos. O que fazer. Opções para as pessoas e para o Estado – Professor André Regis (Universidade Federal da Paraíba);
v. Brasileiros nos Estados Unidos - Professora Teresa Sales (Centro Josué de Castro);
vi. Brasileiros na Europa - Professores Duval Fernandes e José Irineu Rigotti (PUC-MG);
vii. Brasileiros no Japão - Professora Elisa Massae Sasaki (UNICAMP);
viii. Brasileiros na América do Sul – Professora Rosana Baeninger (UNICAMP);
ix. Ação do Estado em prol dos brasileiros no exterior: realidades e limites. Criação da SGEB. Quadro atual da assistência e do atendimento prestados pelo Ministério das Relações Exteriores e planos de modernização e reforma consulares – Embaixador Oto Agripino Maia, Subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior do Ministério das Relações Exteriores;
x. Exame comparado de políticas para comunidades nacionais no exterior - Conselheiro George Torquato Firmeza; Ministério das Relações Exteriores
xi. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área trabalhista – Representante do Presidente do Conselho Nacional de Imigração, Ministério do Trabalho e Emprego;
xii. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área de previdência - Helmut Schwarzer, Secretário de Política de Previdência Social/ Ministério da Previdência);
xiii. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área educacional – Cesar Callegari, Membro do Conselho Nacional de Educação;
xiv. Remessas de brasileiros no exterior - Sr. Luciano Schweizer (Especialista Setorial da Representação do Banco Interamericano de Desenvolvimento em Brasília);
xv. A mídia voltada para as comunidades brasileiras no exterior - Roberto Lima (Jornalista e Presidente da Associação Brasileira de Imprensa nos EUA “Brazilian Voice");
xvi. O Congresso Nacional e a diáspora brasileira: o debate sobre a representação política de brasileiros no exterior – Carlos Eduardo de Ribas Guedes, MRE;
xvii. Entidades de união e apoio a brasileiros no exterior - Irmã Carmen Lussi (Diretora do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios-CSEM);
xviii. As Declarações de Lisboa, Boston e Bruxelas. Irmã Rosita Milesi e ex-deputado Orlando Fantazzini, ambos do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH);
xix. Paradoxo da grandeza: a necessidade de políticas emigratórias do governo brasileiro Professores Eduardo Rios Neto e Ernesto Friedrich Amaral, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional/UFMG);
xx. Proposta de Política Governamental para Comunidades Brasileiras no Exterior Ministro Eduardo Gradilone, Diretor do Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior/Ministério das Relações Exteriores.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
902) O IPEA e as instituicoes, Fabio Giambiagi
Saindo um pouco de meus temas habituais, mas para um assunto que considero relevante, reproduzo abaixo um artigo de conhecido economista do BNDES, sobre a situação atual do IPEA.
PRA, 30.06.2008
O Ipea e as instituições
Fabio Giambiagi
A DIREÇÃO do Ipea tomou, por ocasião da divulgação da Carta de Conjuntura de junho, a decisão de não mais divulgar sistematicamente as projeções, abandonando uma prática adotada desde os anos 80. Embora eu tenha sido o coordenador de Conjuntura durante quatro anos, sinto-me à vontade para defender o que foi feito até agora, porque isso era mérito não do coordenador A ou B, e sim de um esforço institucional de quase três décadas, desde o início das primeiras reuniões trimestrais de conjuntura, ainda no governo militar, cujo desdobramento foi a criação do Grupo de Acompanhamento Conjuntural no ano de 1987. A atual direção do Ipea age como se a instituição fosse propriedade privada dela e pudesse acabar de uma penada com aquilo que antes fora erguido ao longo de anos. Em 2007, o Boletim de Conjuntura era, de longe, a publicação mais acessada do site do Ipea.
Com seus erros e acertos, havia aí uma credibilidade e uma reputação construídas com muito esforço e investimento institucional. Por ocasião da decisão, uma das autoridades do Ipea declarou que "não somos gestores de política econômica nem operadores do mercado financeiro para nos preocuparmos com as projeções" ("O Globo", 27/6/ 2008).
A frase, além de ofensiva, é reveladora de uma posição insólita em um administrador público em relação às pessoas que ele comanda. Isso porque as posições do Grupo de Conjuntura foram sempre fruto de discussões do grupo como um todo, cujos componentes continuaram trabalhando no Ipea sob a gestão atual. Ao longo dos anos, nenhum número ou editorial do boletim foi fruto da vontade unilateral do seu coordenador ou do diretor responsável. Tudo era discutido previamente com o grupo. Insinuar, como ele fez, que divulgar projeções indicaria algum tipo de relação entre o Grupo de Conjuntura e o mercado financeiro é uma agressão aos seus atuais subordinados, que tinham participado da elaboração do boletim nos anos anteriores.
Cabe ressaltar, porém, que, na mesma entrevista, a mesma autoridade se encarregou se declarar explicitamente que "a taxa de juros é exorbitante". Ora, ou bem o Ipea trata do curto prazo -em cujo caso não havia razão para acabar com as projeções- ou ele se dedica exclusivamente a temas de longo prazo -e, nesse caso, não cabe aos dirigentes do instituto opinar se as taxas de juros são "exorbitantes" ou não.
Embora o assunto seja grave, é impossível não tratar com certo humor a opinião do coordenador do grupo, que, na mesma reportagem, explicando a decisão tomada em nome de "não alimentar as projeções de inflação", declarou que a publicação dos números "vira uma profecia auto-realizadora". A conclusão lógica é que ele julga que a inflação no Brasil era causada pelas projeções do Ipea, o que é um caso de megalomania institucional. Diga-se de passagem, que foi com esse tipo de filosofia que na Argentina se fez a intervenção no Indec (o IBGE vizinho), no pressuposto de que a inflação era causada pelo índice de preços.
Quando a inflação estava abaixo da meta e as autoridades do Ipea atacavam o Banco Central, o fato era visto como expressão do caráter macunaímico do país, capaz de abrigar, no mesmo governo, pólos antagônicos de pensamento. Agora que a inflação está aumentando perigosamente, o país corre dois riscos. O primeiro é que, em momentos em que o BC deve ser fortalecido para debelar a inflação que ameaça as conquistas recentes do governo e do país, o Ipea se torne um bunker de franco-atiradores contra a política monetária. Que a oposição ataque o BC, faz parte do script em qualquer país. Entretanto, que autoridades venham a público dizer que "o problema é o BC", quando a rigor a inflação ameaça ficar acima do teto, é um problema, pois pode gerar a interpretação de que o governo não considera o combate à inflação como uma prioridade.
O segundo risco é o oposto: que as autoridades do instituto continuem se manifestando contra a política monetária -e não ocorra rigorosamente nada. Nesse caso, o Ipea deixará de ser uma referência, como foi durante mais de 40 anos. Para ele, é o pior cenário: o de se tornar irrelevante. Se isso ocorrer e o esvaziamento em curso se prolongar -basta ver a lista dos técnicos que saíram da entidade nos últimos oito meses e comparar a média mensal de Textos para Discussão publicados até 2007 com a dos últimos meses-, a história do Ipea se dividirá em um "antes" e um "depois" da passagem dos atuais gestores pela instituição.
PRA, 30.06.2008
O Ipea e as instituições
Fabio Giambiagi
A DIREÇÃO do Ipea tomou, por ocasião da divulgação da Carta de Conjuntura de junho, a decisão de não mais divulgar sistematicamente as projeções, abandonando uma prática adotada desde os anos 80. Embora eu tenha sido o coordenador de Conjuntura durante quatro anos, sinto-me à vontade para defender o que foi feito até agora, porque isso era mérito não do coordenador A ou B, e sim de um esforço institucional de quase três décadas, desde o início das primeiras reuniões trimestrais de conjuntura, ainda no governo militar, cujo desdobramento foi a criação do Grupo de Acompanhamento Conjuntural no ano de 1987. A atual direção do Ipea age como se a instituição fosse propriedade privada dela e pudesse acabar de uma penada com aquilo que antes fora erguido ao longo de anos. Em 2007, o Boletim de Conjuntura era, de longe, a publicação mais acessada do site do Ipea.
Com seus erros e acertos, havia aí uma credibilidade e uma reputação construídas com muito esforço e investimento institucional. Por ocasião da decisão, uma das autoridades do Ipea declarou que "não somos gestores de política econômica nem operadores do mercado financeiro para nos preocuparmos com as projeções" ("O Globo", 27/6/ 2008).
A frase, além de ofensiva, é reveladora de uma posição insólita em um administrador público em relação às pessoas que ele comanda. Isso porque as posições do Grupo de Conjuntura foram sempre fruto de discussões do grupo como um todo, cujos componentes continuaram trabalhando no Ipea sob a gestão atual. Ao longo dos anos, nenhum número ou editorial do boletim foi fruto da vontade unilateral do seu coordenador ou do diretor responsável. Tudo era discutido previamente com o grupo. Insinuar, como ele fez, que divulgar projeções indicaria algum tipo de relação entre o Grupo de Conjuntura e o mercado financeiro é uma agressão aos seus atuais subordinados, que tinham participado da elaboração do boletim nos anos anteriores.
Cabe ressaltar, porém, que, na mesma entrevista, a mesma autoridade se encarregou se declarar explicitamente que "a taxa de juros é exorbitante". Ora, ou bem o Ipea trata do curto prazo -em cujo caso não havia razão para acabar com as projeções- ou ele se dedica exclusivamente a temas de longo prazo -e, nesse caso, não cabe aos dirigentes do instituto opinar se as taxas de juros são "exorbitantes" ou não.
Embora o assunto seja grave, é impossível não tratar com certo humor a opinião do coordenador do grupo, que, na mesma reportagem, explicando a decisão tomada em nome de "não alimentar as projeções de inflação", declarou que a publicação dos números "vira uma profecia auto-realizadora". A conclusão lógica é que ele julga que a inflação no Brasil era causada pelas projeções do Ipea, o que é um caso de megalomania institucional. Diga-se de passagem, que foi com esse tipo de filosofia que na Argentina se fez a intervenção no Indec (o IBGE vizinho), no pressuposto de que a inflação era causada pelo índice de preços.
Quando a inflação estava abaixo da meta e as autoridades do Ipea atacavam o Banco Central, o fato era visto como expressão do caráter macunaímico do país, capaz de abrigar, no mesmo governo, pólos antagônicos de pensamento. Agora que a inflação está aumentando perigosamente, o país corre dois riscos. O primeiro é que, em momentos em que o BC deve ser fortalecido para debelar a inflação que ameaça as conquistas recentes do governo e do país, o Ipea se torne um bunker de franco-atiradores contra a política monetária. Que a oposição ataque o BC, faz parte do script em qualquer país. Entretanto, que autoridades venham a público dizer que "o problema é o BC", quando a rigor a inflação ameaça ficar acima do teto, é um problema, pois pode gerar a interpretação de que o governo não considera o combate à inflação como uma prioridade.
O segundo risco é o oposto: que as autoridades do instituto continuem se manifestando contra a política monetária -e não ocorra rigorosamente nada. Nesse caso, o Ipea deixará de ser uma referência, como foi durante mais de 40 anos. Para ele, é o pior cenário: o de se tornar irrelevante. Se isso ocorrer e o esvaziamento em curso se prolongar -basta ver a lista dos técnicos que saíram da entidade nos últimos oito meses e comparar a média mensal de Textos para Discussão publicados até 2007 com a dos últimos meses-, a história do Ipea se dividirá em um "antes" e um "depois" da passagem dos atuais gestores pela instituição.
901) Curso na ESPM-SP: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Nunca é demais relembrar (já havia sido postado, mas duas camadas geológicas mais abaixo):
882) Curso em SP: A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
Curso de Férias (noturno): São Paulo, SP
A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil
Objetivo:
Informar, analisar e debater com os participantes do curso os aspectos políticos, econômicos e tecnológicos da ordem internacional contemporânea. Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage com cada uma de suas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.
A quem se destina:
A estudantes de humanidades em geral, de cursos de Relações Internacionais, em particular, mas também a todos os que estudam temas de alguma forma afetos aos negócios globais, em nível de graduação ou especialização em administração (com foco em global business). Deve interessar, igualmente, a homens de negócio, assim como a quaisquer outros profissionais interessados em atualizar conhecimentos sobre a agenda internacional (negociações comerciais multilaterais e regionais, crises financeiras, temas globais) e sobre a diplomacia brasileira em particular.
Metodologia:
Distribuição preliminar de apostila e de ampla bibliografia sobre os pontos selecionados, exposição em classe e interação com os alunos sobre as questões selecionadas e outras sugeridas durante o próprio curso .
Programa:
1) A ordem política mundial do início do século XXI e a posição do Brasil (Segurança estratégica e equilíbrios geopolíticos: interesses do Brasil; Relações entre as grandes potências e conflitos regionais: a América do Sul; Cooperação política e militar nas zonas de conflitos: o Conselho de Segurança)
2) A ordem econômica mundial e a inserção internacional do Brasil
(Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais; Assimetrias de desenvolvimento: crescimento e investimentos estrangeiros; Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio: o fracasso da ajuda oficial; Recursos energéticos e padrões de sustentabilidade: o papel do Brasil)
3) O Brasil e as economias emergentes: desafios e perspectivas
(Evolução recente das economias emergentes no contexto mundial; Acesso a mercados e negociações comerciais multilaterais; O Brasil no contexto das economias emergentes: desafios e limitações)
4) O regionalismo sul-americano e o papel político-econômico do Brasil
(Contexto político da América do Sul em perspectiva histórica; Os processos de integração regional e a evolução da posição do Brasil; Integração regional: origens e evolução do Mercosul, crise e estagnação; Desafios do Mercosul no contexto regional e mundial: perspectivas)
Professor:
Paulo Roberto de Almeida: Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas), Mestre em Economia Internacional (Universidade de Antuérpia); Diplomata de carreira; Professor orientador no Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores; Professor de Economia Política Internacional no Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasília – Uniceub. Ex-Assessor no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; Ministro-Conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington (1999-2004).
Link para CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9470963765065128; pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org.
Duração:
Dias 7 e 8 e 10 e 11 de Julho de 2008; quatro noites de 3:30hs cada uma (das 19 às 22:30hs; total: 14hs).
Inscrições / Vagas Limitadas
On-line no site da ESPM – www.espm.br/ferias
Maiores informações neste link.
882) Curso em SP: A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
Curso de Férias (noturno): São Paulo, SP
A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil
Objetivo:
Informar, analisar e debater com os participantes do curso os aspectos políticos, econômicos e tecnológicos da ordem internacional contemporânea. Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage com cada uma de suas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.
A quem se destina:
A estudantes de humanidades em geral, de cursos de Relações Internacionais, em particular, mas também a todos os que estudam temas de alguma forma afetos aos negócios globais, em nível de graduação ou especialização em administração (com foco em global business). Deve interessar, igualmente, a homens de negócio, assim como a quaisquer outros profissionais interessados em atualizar conhecimentos sobre a agenda internacional (negociações comerciais multilaterais e regionais, crises financeiras, temas globais) e sobre a diplomacia brasileira em particular.
Metodologia:
Distribuição preliminar de apostila e de ampla bibliografia sobre os pontos selecionados, exposição em classe e interação com os alunos sobre as questões selecionadas e outras sugeridas durante o próprio curso .
Programa:
1) A ordem política mundial do início do século XXI e a posição do Brasil (Segurança estratégica e equilíbrios geopolíticos: interesses do Brasil; Relações entre as grandes potências e conflitos regionais: a América do Sul; Cooperação política e militar nas zonas de conflitos: o Conselho de Segurança)
2) A ordem econômica mundial e a inserção internacional do Brasil
(Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais; Assimetrias de desenvolvimento: crescimento e investimentos estrangeiros; Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio: o fracasso da ajuda oficial; Recursos energéticos e padrões de sustentabilidade: o papel do Brasil)
3) O Brasil e as economias emergentes: desafios e perspectivas
(Evolução recente das economias emergentes no contexto mundial; Acesso a mercados e negociações comerciais multilaterais; O Brasil no contexto das economias emergentes: desafios e limitações)
4) O regionalismo sul-americano e o papel político-econômico do Brasil
(Contexto político da América do Sul em perspectiva histórica; Os processos de integração regional e a evolução da posição do Brasil; Integração regional: origens e evolução do Mercosul, crise e estagnação; Desafios do Mercosul no contexto regional e mundial: perspectivas)
Professor:
Paulo Roberto de Almeida: Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas), Mestre em Economia Internacional (Universidade de Antuérpia); Diplomata de carreira; Professor orientador no Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores; Professor de Economia Política Internacional no Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasília – Uniceub. Ex-Assessor no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; Ministro-Conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington (1999-2004).
Link para CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9470963765065128; pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org.
Duração:
Dias 7 e 8 e 10 e 11 de Julho de 2008; quatro noites de 3:30hs cada uma (das 19 às 22:30hs; total: 14hs).
Inscrições / Vagas Limitadas
On-line no site da ESPM – www.espm.br/ferias
Maiores informações neste link.
900) O Brasil e os Estados falidos
Primeiro, uma apresentação do relatório de 2008 do índice de Estados falidos.
Mais abaixo, o relatório sintético sobre o Brasil
The Failed States Index 2008
Foreign Policy, July/August 2008
Whether it is an unexpected food crisis or a devastating hurricane, the world’s weakest states are the most exposed when crisis strikes. In the fourth annual Failed States Index, FOREIGN POLICY and The Fund for Peace rank the countries where state collapse may be just one disaster away.
When troops opened fire in the streets of Mogadishu in early May, it was a tragically familiar scene in war-torn Somalia. Except on this day, soldiers weren’t fighting Islamist militias or warlords. They were combating a mob of tens of thousands rioting over soaring food prices.
On top of the country’s already colossal challenges, a food crisis seems an especially cruel turn for a place like Somalia. But it is a test that dozens of weak states are being forced to confront this year, with escalating prices threatening to undo years of poverty-alleviation and development efforts. The unrest in Mogadishu echoes food riots that have erupted on nearly every continent in the past year. Tens of thousands of Mexicans protested when the price of corn flour jumped 400 percent in early 2007. Thousands of Russian pensioners took to the streets in November to call for a return to price controls on milk and bread. In Egypt, the army was ordered to bake more loaves at military-run bakeries after riots broke out across the country. Kabul, Port-au-Prince, and Jakarta experienced angry protests over spikes in the price of staples.
But if few foretold the hunger and hardship that have followed the uptick in prices, the events of 2007 revealed that unexpected shocks can play a decisive role in the stability of an increasing number of vulnerable states. Primary among last year’s shocks was the implosion of the U.S. subprime market, which burst housing bubbles worldwide, slowed trade, and sent currencies into tailspins. A contested election in Kenya in December swiftly shredded any semblance of ethnic peace in a country that many had considered an African success story. And though Benazir Bhutto feared her own assassination upon returning to Pakistan, her murder reverberated in a country already contending with the challenges of ambitious mullahs, suicide bombers, and an all-powerful military.
These shocks are the sparks of state failure, events that further corrode the integrity of weak states and push those on the edge closer to combustion. As the food crisis has shown, these political and economic setbacks are not unique to the world’s most vulnerable countries. But weak states are weak precisely because they lack the resiliency to cope with unwelcome—and unpleasant—surprises. When a global economic downturn pinches the main export base, an election goes awry, or a natural disaster wipes out villages, the cracks of vulnerability open wider.
Because it is crucial to closely monitor weak states—their progress, their deterioration, and their ability to withstand challenges—the Fund for Peace, an independent research organization, and FOREIGN POLICY present the fourth annual Failed States Index. Using 12 social, economic, political, and military indicators, we ranked 177 states in order of their vulnerability to violent internal conflict and societal deterioration. To do so, we examined more than 30,000 publicly available sources, collected from May to December 2007, to form the basis of the index’s scores. The 60 most vulnerable states are listed in the rankings, and the full results are available at ForeignPolicy.com and fundforpeace.org.
E agora o resumo para o Brasil, neste link (onde também pode ser vista a tabela inicial, que está toda desformatada neste blog).
Brazil
Total Score
Indicators
Social Economic Political/Military
2005 81.0 9.0 5.0 5.7 5.9 9.0 2.0 7.8 8.3 6.7 6.5 8.7 6.4
2006 63.1 6.5 3.6 5.7 5.0 8.5 2.7 5.5 6.7 5.3 5.7 3.2 4.7
Point Change -17.9 -2.5
-1.4 0 -0.9 -0.5 +0.7 -2.3 -1.6 -1.4 -0.8 -5.5 -1.7
Pct Change -14.9% -25% -14% 0% -9% -5% +7% -23% -16% -14% -8% -55% -17%
Overview
Brazil, a former colony of Portugal, has the distinction of being the only country in South America that is non-Spanish speaking. After nearly a half-century of military rule, Brazil has been under civilian leadership since 1985, when the military regime peacefully transitioned power to civilian leaders. Brazil, the largest country in South America, is located in eastern South America and has a population 188 million. With a per capita GDP of $8,400, Brazil has a large and diverse economy. The population is 53.7% white, 38.5% mulatto, 6.2% black, 0.9% other ethnicities and 0.7% unspecified. It is also 73.6% Roman Catholic, 15.4% Protestant, with the rest of the population belonging to other religions or no religion.
Social Indicators
Demographic pressures improved from a 9.0 in the Failed States Index 2005 (FSI 2005) to a 6.5 in the FSI 2006. One reason for the extremely high rating in the FSI 2005 was Hurricane Catarina, which hit Southern Brazil in 2004 and caused an estimated US$350 million in damages. There continued to be severe overcrowding in sections of Brazil’s densely populated urban centers, however, which remained mostly unchanged in the FSI 2006. The rating for refugees and IDPs improved from a 5.0 in the FSI 2005 to a 3.6 in the FSI 2006, largely the result of decreased reports of Colombians fleeing violence across the border into Brazil. The score for group grievance remained unchanged between the two years and human flight improved slightly from a rating of 5.9 in the FSI 2005 to 5.0 in the FSI 2006, although many young professional Brazilians still chose to leave the country in search of better employment opportunities abroad.
Economic Indicators
The indicator for the economy worsened slightly from a rating of 2.0 in the FSI 2005 to 2.7 in the FSI 2006 but it is still extremely low, reflecting Brazil’s relatively diversified economy and 5% rate of GDP growth. However, despite its fairly strong economy, Brazil has a very high level of inequality, which resulted in a rating of 9.0 for uneven development in the FSI 2005. This rating fell to 8.5 in 2006 due to the efforts of the government of President Lula da Silva in regards to social reform, although the improvement was only slight because the reforms fell far short of what had been hoped for. Particularly in the rural interior of the country, many Brazilians live in abject poverty, with the indigenous population suffering the most from labor exploitation and the expropriation of their lands, mainly for mining purposes. It is estimated that up to 22% of Brazil’s population lives below the poverty line.
Political/Military Indicators
The legitimacy of the state improved from a rating of 7.8 in the FSI 2005 to 5.5 in the FSI 2006. This was partly due to the creation of an Anti-Corruption and Government Transparency Council in late 2004 and the corruption charges brought against Paulo Maluf, the former mayor of Sao Paulo, who has been accused of running organized criminal activities within the Brazilian government. He is accused of transferring $446 million out of the country illegally, and once ran under the campaign slogan of “Yes, he robs, but he gets things done.” His arrest and removal from power were viewed as a significant sign that the government of President Luiz Inacio Lula da Silva (popularly known as Lula) was getting tough on high-level corrupt officials.
Brazil’s public services are poor, with the rural interior areas of the country lacking even the most basic access to medical care. Conditions in overcrowded and crime-ridden areas of urban centers are also poor. Although Brazil has an excellent system of free public universities, the entrance requirements are very high and most students are from wealthier families, forcing poor students to attend fee-based private universities. The government has attempted to reverse this trend by offering need-based financial aid and instituting quotas for low-income students at public universities, contributing to the improved rating for public services - from an 8.3 to a 6.7 in the FSI 2006. Government efforts to combat HIV/AIDS also contributed to an improvement in the score.
Human rights improved from a rating of 6.7 to 5.3 in the FSI 2006. These ratings reflected the fact that, although human rights were generally respected, there remained several incidents of serious abuses. These included torture and abuse of detainees, and police involvement in killings for hire. The situation improved somewhat from the previous year, however, with both police and military forces receiving more human rights training. The security apparatus indicator did not change significantly, mostly due to the continued presence of violent gangs in Brazil’s main cities that are responsible for many of the extrajudicial killings that plague the urban areas.
Factionalized elites improved from a rating of 8.7 to 3.2 in the FSI 2006. During 2003, the ruling PT party expelled from government the legislators who had voted against its social security reform, which reduced the diversity of interests represented in government and led to the high score in this category on the FSI 2005. However, following the resignation of several prominent members of the opposition parties for corruption-related scandals and Lula’s attempts to reach out to more opposition groups, this score will likely continue to fall.
Core Five State Institutions
Leadership Military Police Judiciary Civil Service
Moderate Moderate Weak Moderate Moderate
President Luiz Inacio Lula da Silva was elected by a landslide in a free and fair election in 2002, creating Brazil’s first left-wing government. The president retained a high level of popularity until 2005, when a number of corruption scandals in his government damaged his party’s credibility.
Brazil has the largest armed forces in the region with a total of 189,000 troops. The political influence of the army has waned since the return to democracy, but some high-ranking officers retain some political influence. The Brazilian military is generally professional and well trained.
The police are inefficient and their low wages make them prone to corruption. The security forces have also been involved in human rights abuses, including unlawful killings, torture and abuse of detainees, and police involvement in killing for hire.
The judicial process is slow and the legal system is unwieldy.
The civil service is bureaucratic and inefficient, despite the presence of many skilled employees. Clientelism is also present in the civil service.
Prognosis
Although Brazil is relatively stable and the economy is performing well, Brazil faces a number of challenges, the most pressing of which is the high level of inequality. Organized crime and gang violence are also major problems in the larger cities, and more needs to be done to address the high levels corruption in government. The current government has made some efforts to address these issues, including creating an Anti-Corruption and Government Transparency Council, but corruption continues to be a serious problem. Elections scheduled for 2006 will indicate whether the recent corruption scandals that have mired the Lula government will prove costly to his party in the polls.
Copyright (C) 2006 The Fund for Peace
Farei uma análise destes números e algumas considerações sobre metodologia assim que dispuser de um pouco de tempo
(30 Junho 2008)
-------------
Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
On 29/06/2008, at 17:57, Paulo Roberto de Almeida wrote:
Mais abaixo, o relatório sintético sobre o Brasil
The Failed States Index 2008
Foreign Policy, July/August 2008
Whether it is an unexpected food crisis or a devastating hurricane, the world’s weakest states are the most exposed when crisis strikes. In the fourth annual Failed States Index, FOREIGN POLICY and The Fund for Peace rank the countries where state collapse may be just one disaster away.
When troops opened fire in the streets of Mogadishu in early May, it was a tragically familiar scene in war-torn Somalia. Except on this day, soldiers weren’t fighting Islamist militias or warlords. They were combating a mob of tens of thousands rioting over soaring food prices.
On top of the country’s already colossal challenges, a food crisis seems an especially cruel turn for a place like Somalia. But it is a test that dozens of weak states are being forced to confront this year, with escalating prices threatening to undo years of poverty-alleviation and development efforts. The unrest in Mogadishu echoes food riots that have erupted on nearly every continent in the past year. Tens of thousands of Mexicans protested when the price of corn flour jumped 400 percent in early 2007. Thousands of Russian pensioners took to the streets in November to call for a return to price controls on milk and bread. In Egypt, the army was ordered to bake more loaves at military-run bakeries after riots broke out across the country. Kabul, Port-au-Prince, and Jakarta experienced angry protests over spikes in the price of staples.
But if few foretold the hunger and hardship that have followed the uptick in prices, the events of 2007 revealed that unexpected shocks can play a decisive role in the stability of an increasing number of vulnerable states. Primary among last year’s shocks was the implosion of the U.S. subprime market, which burst housing bubbles worldwide, slowed trade, and sent currencies into tailspins. A contested election in Kenya in December swiftly shredded any semblance of ethnic peace in a country that many had considered an African success story. And though Benazir Bhutto feared her own assassination upon returning to Pakistan, her murder reverberated in a country already contending with the challenges of ambitious mullahs, suicide bombers, and an all-powerful military.
These shocks are the sparks of state failure, events that further corrode the integrity of weak states and push those on the edge closer to combustion. As the food crisis has shown, these political and economic setbacks are not unique to the world’s most vulnerable countries. But weak states are weak precisely because they lack the resiliency to cope with unwelcome—and unpleasant—surprises. When a global economic downturn pinches the main export base, an election goes awry, or a natural disaster wipes out villages, the cracks of vulnerability open wider.
Because it is crucial to closely monitor weak states—their progress, their deterioration, and their ability to withstand challenges—the Fund for Peace, an independent research organization, and FOREIGN POLICY present the fourth annual Failed States Index. Using 12 social, economic, political, and military indicators, we ranked 177 states in order of their vulnerability to violent internal conflict and societal deterioration. To do so, we examined more than 30,000 publicly available sources, collected from May to December 2007, to form the basis of the index’s scores. The 60 most vulnerable states are listed in the rankings, and the full results are available at ForeignPolicy.com and fundforpeace.org.
E agora o resumo para o Brasil, neste link (onde também pode ser vista a tabela inicial, que está toda desformatada neste blog).
Brazil
Total Score
Indicators
Social Economic Political/Military
2005 81.0 9.0 5.0 5.7 5.9 9.0 2.0 7.8 8.3 6.7 6.5 8.7 6.4
2006 63.1 6.5 3.6 5.7 5.0 8.5 2.7 5.5 6.7 5.3 5.7 3.2 4.7
Point Change -17.9 -2.5
-1.4 0 -0.9 -0.5 +0.7 -2.3 -1.6 -1.4 -0.8 -5.5 -1.7
Pct Change -14.9% -25% -14% 0% -9% -5% +7% -23% -16% -14% -8% -55% -17%
Overview
Brazil, a former colony of Portugal, has the distinction of being the only country in South America that is non-Spanish speaking. After nearly a half-century of military rule, Brazil has been under civilian leadership since 1985, when the military regime peacefully transitioned power to civilian leaders. Brazil, the largest country in South America, is located in eastern South America and has a population 188 million. With a per capita GDP of $8,400, Brazil has a large and diverse economy. The population is 53.7% white, 38.5% mulatto, 6.2% black, 0.9% other ethnicities and 0.7% unspecified. It is also 73.6% Roman Catholic, 15.4% Protestant, with the rest of the population belonging to other religions or no religion.
Social Indicators
Demographic pressures improved from a 9.0 in the Failed States Index 2005 (FSI 2005) to a 6.5 in the FSI 2006. One reason for the extremely high rating in the FSI 2005 was Hurricane Catarina, which hit Southern Brazil in 2004 and caused an estimated US$350 million in damages. There continued to be severe overcrowding in sections of Brazil’s densely populated urban centers, however, which remained mostly unchanged in the FSI 2006. The rating for refugees and IDPs improved from a 5.0 in the FSI 2005 to a 3.6 in the FSI 2006, largely the result of decreased reports of Colombians fleeing violence across the border into Brazil. The score for group grievance remained unchanged between the two years and human flight improved slightly from a rating of 5.9 in the FSI 2005 to 5.0 in the FSI 2006, although many young professional Brazilians still chose to leave the country in search of better employment opportunities abroad.
Economic Indicators
The indicator for the economy worsened slightly from a rating of 2.0 in the FSI 2005 to 2.7 in the FSI 2006 but it is still extremely low, reflecting Brazil’s relatively diversified economy and 5% rate of GDP growth. However, despite its fairly strong economy, Brazil has a very high level of inequality, which resulted in a rating of 9.0 for uneven development in the FSI 2005. This rating fell to 8.5 in 2006 due to the efforts of the government of President Lula da Silva in regards to social reform, although the improvement was only slight because the reforms fell far short of what had been hoped for. Particularly in the rural interior of the country, many Brazilians live in abject poverty, with the indigenous population suffering the most from labor exploitation and the expropriation of their lands, mainly for mining purposes. It is estimated that up to 22% of Brazil’s population lives below the poverty line.
Political/Military Indicators
The legitimacy of the state improved from a rating of 7.8 in the FSI 2005 to 5.5 in the FSI 2006. This was partly due to the creation of an Anti-Corruption and Government Transparency Council in late 2004 and the corruption charges brought against Paulo Maluf, the former mayor of Sao Paulo, who has been accused of running organized criminal activities within the Brazilian government. He is accused of transferring $446 million out of the country illegally, and once ran under the campaign slogan of “Yes, he robs, but he gets things done.” His arrest and removal from power were viewed as a significant sign that the government of President Luiz Inacio Lula da Silva (popularly known as Lula) was getting tough on high-level corrupt officials.
Brazil’s public services are poor, with the rural interior areas of the country lacking even the most basic access to medical care. Conditions in overcrowded and crime-ridden areas of urban centers are also poor. Although Brazil has an excellent system of free public universities, the entrance requirements are very high and most students are from wealthier families, forcing poor students to attend fee-based private universities. The government has attempted to reverse this trend by offering need-based financial aid and instituting quotas for low-income students at public universities, contributing to the improved rating for public services - from an 8.3 to a 6.7 in the FSI 2006. Government efforts to combat HIV/AIDS also contributed to an improvement in the score.
Human rights improved from a rating of 6.7 to 5.3 in the FSI 2006. These ratings reflected the fact that, although human rights were generally respected, there remained several incidents of serious abuses. These included torture and abuse of detainees, and police involvement in killings for hire. The situation improved somewhat from the previous year, however, with both police and military forces receiving more human rights training. The security apparatus indicator did not change significantly, mostly due to the continued presence of violent gangs in Brazil’s main cities that are responsible for many of the extrajudicial killings that plague the urban areas.
Factionalized elites improved from a rating of 8.7 to 3.2 in the FSI 2006. During 2003, the ruling PT party expelled from government the legislators who had voted against its social security reform, which reduced the diversity of interests represented in government and led to the high score in this category on the FSI 2005. However, following the resignation of several prominent members of the opposition parties for corruption-related scandals and Lula’s attempts to reach out to more opposition groups, this score will likely continue to fall.
Core Five State Institutions
Leadership Military Police Judiciary Civil Service
Moderate Moderate Weak Moderate Moderate
President Luiz Inacio Lula da Silva was elected by a landslide in a free and fair election in 2002, creating Brazil’s first left-wing government. The president retained a high level of popularity until 2005, when a number of corruption scandals in his government damaged his party’s credibility.
Brazil has the largest armed forces in the region with a total of 189,000 troops. The political influence of the army has waned since the return to democracy, but some high-ranking officers retain some political influence. The Brazilian military is generally professional and well trained.
The police are inefficient and their low wages make them prone to corruption. The security forces have also been involved in human rights abuses, including unlawful killings, torture and abuse of detainees, and police involvement in killing for hire.
The judicial process is slow and the legal system is unwieldy.
The civil service is bureaucratic and inefficient, despite the presence of many skilled employees. Clientelism is also present in the civil service.
Prognosis
Although Brazil is relatively stable and the economy is performing well, Brazil faces a number of challenges, the most pressing of which is the high level of inequality. Organized crime and gang violence are also major problems in the larger cities, and more needs to be done to address the high levels corruption in government. The current government has made some efforts to address these issues, including creating an Anti-Corruption and Government Transparency Council, but corruption continues to be a serious problem. Elections scheduled for 2006 will indicate whether the recent corruption scandals that have mired the Lula government will prove costly to his party in the polls.
Copyright (C) 2006 The Fund for Peace
Farei uma análise destes números e algumas considerações sobre metodologia assim que dispuser de um pouco de tempo
(30 Junho 2008)
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
On 29/06/2008, at 17:57, Paulo Roberto de Almeida wrote:
sexta-feira, 27 de junho de 2008
899) Os novos brasilianistas
Intérpretes do Brasil
Por Chico Mendez, de Washington
Valor Econômico, 27/06/2008
O historiador americano e brasilianista Bryan McCann conseguiu uma proeza e tanto neste semestre. Professor do Departamento de História da Universidade de Georgetown, em Washington, McCann percebeu que havia uma demanda por assuntos brasileiros entre seus alunos. O natural, segundo ele, seria abrir mais um curso de história do Brasil para atender ao interesse dos universitários. E foi justamente essa medida que ele adotou. No entanto, com uma única e, considerando os padrões americanos, enorme diferença: o curso foi todo ministrado em língua portuguesa para 18 alunos americanos da pós-graduação. "A única exigência era o português básico. Foi uma excelente experiência. Pretendo ministrar o curso de dois em dois anos", diz McCann.
Para se ter uma idéia do que esse fato representa, as aulas de história sobre países ainda muito mais relevantes para os interesses dos universitários americanos, como o México ou a China, são oferecidas em inglês. "A curiosidade sobre o Brasil aumentou muito nos últimos anos", prossegue o professor, que é diretor do Brazilian Studies Program, o centro de estudos brasileiros da universidade.
Biocombustíveis, a questão amazônica, Petrobras e Embraer, um presidente operário, os holofotes da mídia mundial dirigidos para os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e o grau de institucionalização que o país atingiu inevitavelmente atraem a curiosidade dos estrangeiros, seja por novos negócios, seja por novas áreas de estudo. "Há 20 anos os estudantes ainda tinham aquela imagem do Brasil exótico, da terra do samba e do carnaval. Hoje, a visão é de um país emergente, uma potência que produz jatos, commodities e biocombustiveis", afirma Todd Diacon, professor da Universidade do Tennessee e integrante de uma nova geração de brasilianistas, como McCann.
Esse novo panorama brasileiro pode explicar o aumento na demanda por informações sobre o maior país da América Latina, que se reflete no número de alunos universitários aprendendo o português. "Hoje, há cerca de 10 mil jovens aprendendo a língua. Há quatro anos, eles eram 7 mil. Houve, também, aumento de 20% no número de professores ensinando história do Brasil nas universidades americanas nos últimos cinco anos", explica o historiador e brasilianista James Green, ex-presidente da Brasa (Associação de Estudos Brasileiros), que hoje mantém 600 associados. Segundo o professor, o total de especialistas, entre antropólogos, sociólogos e professores de literatura e língua portuguesa, chega a 800. Para ele, os jovens americanos enxergam no Brasil um campo vasto e ainda pouco explorado para desenvolver pesquisas inéditas nas ciências humanas.
O diplomata e sociólogo Paulo Roberto de Almeida, autor do livro "O Brasil dos Brasilianistas - Um Guia dos Estudos Sobre o Brasil nos Estados Unidos 1945-2000" com Marshall C. Eakin e Rubens Antônio Barbosa (Paz e Terra), observa que o crescente interesse pelos assuntos brasileiros corresponde ao momento político do país. "Temos um presidente operário, o que é um dado raro e chama atenção dos estrangeiros", afirma Almeida. "Fora isso, há também a questão da Amazônia, que ganhou destaque com a ex-ministra Marina Silva, e isso também desperta muita curiosidade dos americanos", diz.
Outra explicação é que a intensa concorrência dentro da academia americana leva os pesquisadores para lugares onde há muitas áreas de estudo com potencial, mas pouco exploradas. "Os pesquisadores estão sempre em busca de aspectos novos, que saiam do modelo convencional. E a América Latina é sempre um terreno novo", explica.
É nesse "terreno novo" que surge nos Estados Unidos uma nova geração de brasilianistas, como Diacan e McCann. São todos jovens acadêmicos, que se situam na faixa dos 35 aos 50 anos, pouco conhecidos da mídia brasileira, mas muito ativos na pesquisa, no contato com o Brasil e no relacionamento com a academia brasileira. Essa nova leva de brasilianistas não se envolve em questões macro, como fizeram seus antecessores nos anos 1960 e 1970, como Thomas Skidmore e Alfred Stepan, mas em estudos de áreas bastante específicas.
O que desperta a crescente curiosidade dos estudantes americanos sobre o Brasil explica, também, as mudanças que os estudos brasileiros sofreram nos Estados Unidos na última década. Desde a abertura política, nos anos 1980, as pesquisas sobre o país na academia americana se diversificaram bastante. Hoje, os brasilianistas não têm mais a "função" de explicar o Brasil, como tiveram nas décadas de 1960 e 1970, mas buscam no país assuntos pontuais para desenvolver as suas investigações. O mesmo ocorre com os estudantes que se interessam pelos assuntos brasileiros e procuram no país as explicações para os seus estudos, como energia, raça e meio ambiente, por exemplo. "Essa diversificação das pesquisas é um tendência histórica. A sociedade se tornou mais ampla, democrática e diversificada", analisa Almeida. Ele destaca, ainda, que a "setorização" dos estudos é um fenômeno da academia americana. "Os chamados estudos de gêneros - sobre as minorias - ganharam muito espaço nos Estados Unidos."
Esses novos acadêmicos mantêm hábitos parecidos: lêem entre dois e três jornais do Brasil diariamente pela internet, viajam pelo menos uma vez por ano ao país, falam português fluentemente e se relacionam bastante com a academia brasileira.
"O que os intelectuais americanos pensam sobre o Brasil, hoje, é muito menos importante para os brasileiros. Nós, americanos, temos muito mais a aprender com o Brasil do que a opinar sobre ele", afirma a historiadora Brodwyn Fischer, de 38 anos, da Universidade de Northwestern. Para ela, os historiadores americanos, atualmente, são intérpretes do Brasil nos Estados Unidos. "As pessoas mais apropriadas para opinar sobre o que ocorre no Brasil são os brasileiros. Nós podemos usar o nosso conhecimento para divulgar o Brasil como um país nos Estados Unidos", observa.
O total de universitários americanos aprendendo português ou o número de professores ensinando história do Brasil ainda são indicadores baixos se comparados aos universitários que buscam aprender outras línguas, como espanhol ou mandarim. No entanto, é um sinal de que a realidade brasileira tem atraído novos olhares nas universidades americanas. "Isso é absolutamente verdadeiro", diz o professor Jerry Davila, de 38 anos, da Universidade da Carolina do Norte, sobre o aumento de alunos que o procuram para saber mais sobre o país. "Há uma série de temas semelhantes entre o Brasil e os Estados Unidos", diz. Para Diacon, da Universidade do Tennessee, outro fator que ajuda na divulgação positiva do Brasil são as péssimas referencias de líderes na América Latina. "Quando os americanos comparam o Lula ao Hugo Chávez fica evidente a superioridade do presidente brasileiro. Isso ajuda a imagem do país e do Lula também."
McCann, de 40 anos, de Georgetown, recorre ao velho bordão "Brasil, o país do futuro" para explicar como seus alunos vêem o país. "O Brasil já é uma potência. Isso, no entanto, não quer dizer que todos os problemas estejam resolvidos. O Brasil já chegou ao tal futuro e controla o seu destino de forma muito mais evidente." Victoria Langland, de 37 anos, da Universidade da Califórnia, diz que muitos latinos a procuram para saber mais sobre o Brasil. "Eles enxergam o país como um vizinho importante que precisam conhecer mais profundamente."
Para James Green, algumas mudanças nas universidades americanas ajudam a expandir os estudos sobre o Brasil. A crescente importância dos latinos na vida política dos Estados Unidos também é transferida para as universidades e, hoje, ao falar de América Latina, é impensável não se referir ao Brasil, segundo o professor. "Estão diminuindo os cursos sobre a Europa e aumentado os cursos sobre nações emergentes", conta.
A chamada segunda geração do brasilianismo (1960 e 1970), considerada a mais influente que surgiu, também vê fortes indícios de que há uma tendência crescente por estudos brasileiros. O historiador Thomas Skidmore, talvez o brasilianista mais reconhecido até hoje, diz que os temas de estudos sobre o México já estão esgotados e isso abre espaço para o Brasil. "O México está saturado, não há mais originalidade nos assuntos. O Brasil tem ocupado esse espaço", analisa. "Fora isso, o Brasil é hospitaleiro, recebe muito bem as pessoas e é uma nação emergente. Você consegue imaginar a Argentina como um lugar assim?", brinca.
Skidmore reconhece que a sua geração teve um papel de destaque no Brasil. Isso, de acordo com ele, por causa das conseqüências políticas da época. A Revolução Cubana fez soar o alarme dentro do governo americano, que, para evitar novas revoluções na América Latina, adotou uma série iniciativas para fomentar os estudos sobre a região. A mais famosa delas, chamada de Aliança para o Progresso, tinha como foco o investimento em projetos sociais no continente. De alguma forma, segundo Almeida, a revolução de Fidel Castro foi essencial para popularizar os estudos sobre a América Latina nos Estados Unidos. "Muitos 'latin americanists' já propuseram, não sem ironia, erigir uma estátua a Fidel Castro, na medida em que suas iniciativas, logo identificadas com a causa do socialismo mundial, motivaram a administração americana a financiar diversos programas voltados para a 'prevenção e cura' dos males latino-americanos", escreve Almeida.
A figura do brasilianista ganhou destaque no contexto da Guerra Fria, principalmente depois do golpe militar de 1964. "Os brasilianistas assumiram o lugar dos intelectuais brasileiros, que por causa da repressão não podiam mais se expressar livremente. Isso acabou criando um vínculo com a imprensa que se seguiu até os anos pós-ditadura", explica Meihy.
Almeida ainda destaca que o surgimento dos brasilianistas naquela época trouxe importantes características para o amadurecimento da academia brasileira. "Os historiadores americanos introduziram a ausência das paixões políticas, que fundamentou a história política brasileira", aponta.
O rigor da pesquisa científica é outro ativo que a geração de brasilianistas deixou como marca. "Eles chegaram em um momento de crise da sociedade brasileira e também das ciências sociais. Os brasilianistas introduzem o rigor metodológico da pesquisa", diz Almeida. O foco dos estudos durante os anos 1960 e 1970 foi a história política e, desde os anos 1980, é a história social.
Com o fim da repressão no Brasil e na América Latina e o fim da Guerra Fria a história política cedeu espaço para os estudos na área da história social. Algo considerado inevitável por Skidmore. "O Exército não está mais no poder. O ambiente intelectual nos Estados Unidos mudou muito do início dos anos 1980 para cá. Essa nova geração de brasilianistas descobriu um novo mundo repleto de novas oportunidades para o estudo de novas áreas", afirma.
Os novos brasilianistas podem ter menos espaço na imprensa nacional por se dedicar a temas mais pontuais, o que para o historiador da Universidade de São Paulo José Carlos Sebe Bom Meihy é um mau sinal, já que se "perde a visão geral histórica do Brasil e os trabalhos desenvolvidos passam a ser, apenas, estudos a mais".
Almeida avalia que a diversificação da pesquisa é um caminho inevitável, ainda que não veja nenhuma grande novidade no campo de pesquisa nos últimos anos: "Não consigo identificar nenhuma novidade no campo do brasilianismo, mas reconheço nos historiadores americanos a pesquisa séria, independentemente da área de estudo."
Contudo, ainda há uma barreira importante: a língua. O crescente influxo de latinos nos Estados Unidos populariza o espanhol e deixa o português em segundo plano. Popularizar a língua portuguesa é um dos desafios da Brasa. A idéia da associação é facilitar o contato entre os interessados em estudar o Brasil nos Estados Unidos. Para isso, eles estão em fase final de desenvolvimento de um site voltado para o Brasil no exterior. "Vamos inaugurar em breve o maior portal sobre o Brasil nos Estados Unidos. Isso é uma forma de unir aqueles que já estudam o país aos estudantes que têm a curiosidade de conhecê-lo", conta Marshal Eakin, brasilianista e diretor da Brasa. O portal, que será chamado de Jeito.com, deve estar em plena operação até o fim deste ano.
Outro desafio para tornar os estudos sobre o Brasil mais conhecidos é dar vida própria às cátedras de estudos brasileiros. Hoje, de acordo com James Green, há aproximadamente 30 universidades com algum tipo de programa voltado exclusivamente para a realidade brasileira. No entanto, quase todos estão dentro dos chamados centros de estudos latino-americanos. Isso significa que os programas brasileiros são pequenos e muitas vezes carecem de estrutura para financiar projetos inovadores.
A Universidade de Georgetown, por exemplo, reconhece que há uma demanda crescente por informações sobre o Brasil. Além disso, reconhece também que não há como manter um centro de estudos da América Latina sem um programa consistente e forte de estudos brasileiros. Em breve, diretores de Georgetown desembarcarão em São Paulo para promover um fundo e estruturar melhor o programa de estudos brasileiros da universidade.
Ao deixar os assuntos macro, o brasilianismo abre uma janela imensa de oportunidades para os profissionais das ciências sociais americanas. Hoje, como destaca Meihy, que estuda o fenômeno do brasilianismo, o intercâmbio entre os acadêmicos brasileiros e americanos é muito mais intenso. Isso, na visão de Almeida, é positivo, "já que há uma perda de qualidade na academia brasileira em função dos problemas materiais e, ainda, um menor rigor metodológico" em comparação com a academia americana.
Os números provam que os brasilianistas são cada vez mais numerosos. No entanto, há uma percepção de que eles têm perdido influência no debate público brasileiro. "Essa nova geração é muito boa, mas o estreitamento dos estudos faz que eles deixem de lado a visão geral histórica, despolitizem a discussão e dissolvam o Brasil na visão geral da América Latina", analisa Mehy.
Por Chico Mendez, de Washington
Valor Econômico, 27/06/2008
O historiador americano e brasilianista Bryan McCann conseguiu uma proeza e tanto neste semestre. Professor do Departamento de História da Universidade de Georgetown, em Washington, McCann percebeu que havia uma demanda por assuntos brasileiros entre seus alunos. O natural, segundo ele, seria abrir mais um curso de história do Brasil para atender ao interesse dos universitários. E foi justamente essa medida que ele adotou. No entanto, com uma única e, considerando os padrões americanos, enorme diferença: o curso foi todo ministrado em língua portuguesa para 18 alunos americanos da pós-graduação. "A única exigência era o português básico. Foi uma excelente experiência. Pretendo ministrar o curso de dois em dois anos", diz McCann.
Para se ter uma idéia do que esse fato representa, as aulas de história sobre países ainda muito mais relevantes para os interesses dos universitários americanos, como o México ou a China, são oferecidas em inglês. "A curiosidade sobre o Brasil aumentou muito nos últimos anos", prossegue o professor, que é diretor do Brazilian Studies Program, o centro de estudos brasileiros da universidade.
Biocombustíveis, a questão amazônica, Petrobras e Embraer, um presidente operário, os holofotes da mídia mundial dirigidos para os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e o grau de institucionalização que o país atingiu inevitavelmente atraem a curiosidade dos estrangeiros, seja por novos negócios, seja por novas áreas de estudo. "Há 20 anos os estudantes ainda tinham aquela imagem do Brasil exótico, da terra do samba e do carnaval. Hoje, a visão é de um país emergente, uma potência que produz jatos, commodities e biocombustiveis", afirma Todd Diacon, professor da Universidade do Tennessee e integrante de uma nova geração de brasilianistas, como McCann.
Esse novo panorama brasileiro pode explicar o aumento na demanda por informações sobre o maior país da América Latina, que se reflete no número de alunos universitários aprendendo o português. "Hoje, há cerca de 10 mil jovens aprendendo a língua. Há quatro anos, eles eram 7 mil. Houve, também, aumento de 20% no número de professores ensinando história do Brasil nas universidades americanas nos últimos cinco anos", explica o historiador e brasilianista James Green, ex-presidente da Brasa (Associação de Estudos Brasileiros), que hoje mantém 600 associados. Segundo o professor, o total de especialistas, entre antropólogos, sociólogos e professores de literatura e língua portuguesa, chega a 800. Para ele, os jovens americanos enxergam no Brasil um campo vasto e ainda pouco explorado para desenvolver pesquisas inéditas nas ciências humanas.
O diplomata e sociólogo Paulo Roberto de Almeida, autor do livro "O Brasil dos Brasilianistas - Um Guia dos Estudos Sobre o Brasil nos Estados Unidos 1945-2000" com Marshall C. Eakin e Rubens Antônio Barbosa (Paz e Terra), observa que o crescente interesse pelos assuntos brasileiros corresponde ao momento político do país. "Temos um presidente operário, o que é um dado raro e chama atenção dos estrangeiros", afirma Almeida. "Fora isso, há também a questão da Amazônia, que ganhou destaque com a ex-ministra Marina Silva, e isso também desperta muita curiosidade dos americanos", diz.
Outra explicação é que a intensa concorrência dentro da academia americana leva os pesquisadores para lugares onde há muitas áreas de estudo com potencial, mas pouco exploradas. "Os pesquisadores estão sempre em busca de aspectos novos, que saiam do modelo convencional. E a América Latina é sempre um terreno novo", explica.
É nesse "terreno novo" que surge nos Estados Unidos uma nova geração de brasilianistas, como Diacan e McCann. São todos jovens acadêmicos, que se situam na faixa dos 35 aos 50 anos, pouco conhecidos da mídia brasileira, mas muito ativos na pesquisa, no contato com o Brasil e no relacionamento com a academia brasileira. Essa nova leva de brasilianistas não se envolve em questões macro, como fizeram seus antecessores nos anos 1960 e 1970, como Thomas Skidmore e Alfred Stepan, mas em estudos de áreas bastante específicas.
O que desperta a crescente curiosidade dos estudantes americanos sobre o Brasil explica, também, as mudanças que os estudos brasileiros sofreram nos Estados Unidos na última década. Desde a abertura política, nos anos 1980, as pesquisas sobre o país na academia americana se diversificaram bastante. Hoje, os brasilianistas não têm mais a "função" de explicar o Brasil, como tiveram nas décadas de 1960 e 1970, mas buscam no país assuntos pontuais para desenvolver as suas investigações. O mesmo ocorre com os estudantes que se interessam pelos assuntos brasileiros e procuram no país as explicações para os seus estudos, como energia, raça e meio ambiente, por exemplo. "Essa diversificação das pesquisas é um tendência histórica. A sociedade se tornou mais ampla, democrática e diversificada", analisa Almeida. Ele destaca, ainda, que a "setorização" dos estudos é um fenômeno da academia americana. "Os chamados estudos de gêneros - sobre as minorias - ganharam muito espaço nos Estados Unidos."
Esses novos acadêmicos mantêm hábitos parecidos: lêem entre dois e três jornais do Brasil diariamente pela internet, viajam pelo menos uma vez por ano ao país, falam português fluentemente e se relacionam bastante com a academia brasileira.
"O que os intelectuais americanos pensam sobre o Brasil, hoje, é muito menos importante para os brasileiros. Nós, americanos, temos muito mais a aprender com o Brasil do que a opinar sobre ele", afirma a historiadora Brodwyn Fischer, de 38 anos, da Universidade de Northwestern. Para ela, os historiadores americanos, atualmente, são intérpretes do Brasil nos Estados Unidos. "As pessoas mais apropriadas para opinar sobre o que ocorre no Brasil são os brasileiros. Nós podemos usar o nosso conhecimento para divulgar o Brasil como um país nos Estados Unidos", observa.
O total de universitários americanos aprendendo português ou o número de professores ensinando história do Brasil ainda são indicadores baixos se comparados aos universitários que buscam aprender outras línguas, como espanhol ou mandarim. No entanto, é um sinal de que a realidade brasileira tem atraído novos olhares nas universidades americanas. "Isso é absolutamente verdadeiro", diz o professor Jerry Davila, de 38 anos, da Universidade da Carolina do Norte, sobre o aumento de alunos que o procuram para saber mais sobre o país. "Há uma série de temas semelhantes entre o Brasil e os Estados Unidos", diz. Para Diacon, da Universidade do Tennessee, outro fator que ajuda na divulgação positiva do Brasil são as péssimas referencias de líderes na América Latina. "Quando os americanos comparam o Lula ao Hugo Chávez fica evidente a superioridade do presidente brasileiro. Isso ajuda a imagem do país e do Lula também."
McCann, de 40 anos, de Georgetown, recorre ao velho bordão "Brasil, o país do futuro" para explicar como seus alunos vêem o país. "O Brasil já é uma potência. Isso, no entanto, não quer dizer que todos os problemas estejam resolvidos. O Brasil já chegou ao tal futuro e controla o seu destino de forma muito mais evidente." Victoria Langland, de 37 anos, da Universidade da Califórnia, diz que muitos latinos a procuram para saber mais sobre o Brasil. "Eles enxergam o país como um vizinho importante que precisam conhecer mais profundamente."
Para James Green, algumas mudanças nas universidades americanas ajudam a expandir os estudos sobre o Brasil. A crescente importância dos latinos na vida política dos Estados Unidos também é transferida para as universidades e, hoje, ao falar de América Latina, é impensável não se referir ao Brasil, segundo o professor. "Estão diminuindo os cursos sobre a Europa e aumentado os cursos sobre nações emergentes", conta.
A chamada segunda geração do brasilianismo (1960 e 1970), considerada a mais influente que surgiu, também vê fortes indícios de que há uma tendência crescente por estudos brasileiros. O historiador Thomas Skidmore, talvez o brasilianista mais reconhecido até hoje, diz que os temas de estudos sobre o México já estão esgotados e isso abre espaço para o Brasil. "O México está saturado, não há mais originalidade nos assuntos. O Brasil tem ocupado esse espaço", analisa. "Fora isso, o Brasil é hospitaleiro, recebe muito bem as pessoas e é uma nação emergente. Você consegue imaginar a Argentina como um lugar assim?", brinca.
Skidmore reconhece que a sua geração teve um papel de destaque no Brasil. Isso, de acordo com ele, por causa das conseqüências políticas da época. A Revolução Cubana fez soar o alarme dentro do governo americano, que, para evitar novas revoluções na América Latina, adotou uma série iniciativas para fomentar os estudos sobre a região. A mais famosa delas, chamada de Aliança para o Progresso, tinha como foco o investimento em projetos sociais no continente. De alguma forma, segundo Almeida, a revolução de Fidel Castro foi essencial para popularizar os estudos sobre a América Latina nos Estados Unidos. "Muitos 'latin americanists' já propuseram, não sem ironia, erigir uma estátua a Fidel Castro, na medida em que suas iniciativas, logo identificadas com a causa do socialismo mundial, motivaram a administração americana a financiar diversos programas voltados para a 'prevenção e cura' dos males latino-americanos", escreve Almeida.
A figura do brasilianista ganhou destaque no contexto da Guerra Fria, principalmente depois do golpe militar de 1964. "Os brasilianistas assumiram o lugar dos intelectuais brasileiros, que por causa da repressão não podiam mais se expressar livremente. Isso acabou criando um vínculo com a imprensa que se seguiu até os anos pós-ditadura", explica Meihy.
Almeida ainda destaca que o surgimento dos brasilianistas naquela época trouxe importantes características para o amadurecimento da academia brasileira. "Os historiadores americanos introduziram a ausência das paixões políticas, que fundamentou a história política brasileira", aponta.
O rigor da pesquisa científica é outro ativo que a geração de brasilianistas deixou como marca. "Eles chegaram em um momento de crise da sociedade brasileira e também das ciências sociais. Os brasilianistas introduzem o rigor metodológico da pesquisa", diz Almeida. O foco dos estudos durante os anos 1960 e 1970 foi a história política e, desde os anos 1980, é a história social.
Com o fim da repressão no Brasil e na América Latina e o fim da Guerra Fria a história política cedeu espaço para os estudos na área da história social. Algo considerado inevitável por Skidmore. "O Exército não está mais no poder. O ambiente intelectual nos Estados Unidos mudou muito do início dos anos 1980 para cá. Essa nova geração de brasilianistas descobriu um novo mundo repleto de novas oportunidades para o estudo de novas áreas", afirma.
Os novos brasilianistas podem ter menos espaço na imprensa nacional por se dedicar a temas mais pontuais, o que para o historiador da Universidade de São Paulo José Carlos Sebe Bom Meihy é um mau sinal, já que se "perde a visão geral histórica do Brasil e os trabalhos desenvolvidos passam a ser, apenas, estudos a mais".
Almeida avalia que a diversificação da pesquisa é um caminho inevitável, ainda que não veja nenhuma grande novidade no campo de pesquisa nos últimos anos: "Não consigo identificar nenhuma novidade no campo do brasilianismo, mas reconheço nos historiadores americanos a pesquisa séria, independentemente da área de estudo."
Contudo, ainda há uma barreira importante: a língua. O crescente influxo de latinos nos Estados Unidos populariza o espanhol e deixa o português em segundo plano. Popularizar a língua portuguesa é um dos desafios da Brasa. A idéia da associação é facilitar o contato entre os interessados em estudar o Brasil nos Estados Unidos. Para isso, eles estão em fase final de desenvolvimento de um site voltado para o Brasil no exterior. "Vamos inaugurar em breve o maior portal sobre o Brasil nos Estados Unidos. Isso é uma forma de unir aqueles que já estudam o país aos estudantes que têm a curiosidade de conhecê-lo", conta Marshal Eakin, brasilianista e diretor da Brasa. O portal, que será chamado de Jeito.com, deve estar em plena operação até o fim deste ano.
Outro desafio para tornar os estudos sobre o Brasil mais conhecidos é dar vida própria às cátedras de estudos brasileiros. Hoje, de acordo com James Green, há aproximadamente 30 universidades com algum tipo de programa voltado exclusivamente para a realidade brasileira. No entanto, quase todos estão dentro dos chamados centros de estudos latino-americanos. Isso significa que os programas brasileiros são pequenos e muitas vezes carecem de estrutura para financiar projetos inovadores.
A Universidade de Georgetown, por exemplo, reconhece que há uma demanda crescente por informações sobre o Brasil. Além disso, reconhece também que não há como manter um centro de estudos da América Latina sem um programa consistente e forte de estudos brasileiros. Em breve, diretores de Georgetown desembarcarão em São Paulo para promover um fundo e estruturar melhor o programa de estudos brasileiros da universidade.
Ao deixar os assuntos macro, o brasilianismo abre uma janela imensa de oportunidades para os profissionais das ciências sociais americanas. Hoje, como destaca Meihy, que estuda o fenômeno do brasilianismo, o intercâmbio entre os acadêmicos brasileiros e americanos é muito mais intenso. Isso, na visão de Almeida, é positivo, "já que há uma perda de qualidade na academia brasileira em função dos problemas materiais e, ainda, um menor rigor metodológico" em comparação com a academia americana.
Os números provam que os brasilianistas são cada vez mais numerosos. No entanto, há uma percepção de que eles têm perdido influência no debate público brasileiro. "Essa nova geração é muito boa, mas o estreitamento dos estudos faz que eles deixem de lado a visão geral histórica, despolitizem a discussão e dissolvam o Brasil na visão geral da América Latina", analisa Mehy.
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