A propósito do post imediatamente anterior, sobre o suposto empréstimo ao FMI, que eu classificaria como propriamente ruinoso -- como aquele famoso empréstimo que fizemos em 1829, logo depois da quebra do primeiro Banco do Brasil, que saiu por um valor face de 51, ou seja, os banqueiros ficaram com 49 de cada 100 libras que contratamos -- eu recebi dois comentários imediatamente, sinal de que meu blog vem sendo acessado regularmente por certo numero de leitores (não, eu não coloco nenhum instrumento de medição) e que este post em particular deve ter causado certa comoção nas pessoas mais focadas no interesse nacional, digamos assim.
Pois bem, como os comentários costumam desaparecer na sequência normal de leitura de um blog (a menos que o visitante clique no botão de comentários, o que poucos fazem por falta de tempo, claro), permito-me reproduzi-los aqui, para aproveitar a oportunidade de fazer novos comentários.
O suposto "empréstimo" do Brasil ao FMI e suas supostas "vantagens" políticas
(sim, porque financeira não existe nenhuma)
O primeiro comentário dizia o seguinte:
1) Rodrigo L. disse...
Paulo, quais são então os benefícios práticos que o Brasil obterá deste empréstimo? Melhora da nossa imagem frente a outros países? Aumento do poder de barganha com a comunidade internacional? Já que o dinheiro emprestado não estará realmente rendendo, qual é a razão para estarmos fazendo isso?
Quinta-feira, Junho 11, 2009 2:19:00 PM
PRA: Benefícios práticos eu não consigo vislumbrar algum, por mínimo que seja, a não ser poder posar de credor internacional. Não está seguro que se trate de um empréstimo, pois o FMI pode no futuro alterar o título e convertê-lo em alguma forma de fundo emergencial, podendo ocorrer que ele seja considerado um aporte de capital.
Quanto ao aumento do poder de barganha, ou da imagem, na comunidade internacional, isso pode ser motivo de vaidade, mas não creio que o povo brasileiro, que está pagando (e caro) por isso, tenha muitos motivos de orgulho. Ainda assim, como a autorização total de emissão desses títulos em DES é de 500 bilhões, convenhamos que 10 bilhões não faz muita diferença: são 2% do total apenas. Nada para abalar o mercado financeiro internacional, nem deixar o FMI de joelhos ante nossa suposta magnanimidade.
O dinheiro vai render, sim, na faixa (imagino) de 1,5% ao ano, no máximo, o que não é nada brilhante, convenhamos (com uma inflação em dólar de 3 ou 4%, estaremos perdendo dinheiro).
Quanto à razão de estarmos fazendo isso, não sei dizer: o presidente e as autoridades monetárias decidiram fazer, ponto. Acredito que esse tipo de medida, como ela tem custos, deveria passar pelo Senado Federal, encarregado de aprovar todo tipo de oparação financeira, interna e externa, mas também acredito que o Senado está alheio Às suas próprias obrigações.
Ela foi feita, claro, também porque o G20 de Londres aprovou esse mecanismo de aumento dos recursos do FMI para operações especiais, e os países membros foram chamados a colaborar. A emissão de títulos do FMI é uma modalidade prevista em seu convênio constitutivo, mas também acho que apenas países dispondo de recursos líquidos, ou seja, superávits estruturais deveriam participar.
No nosso caso é duvido que isso ocorra, pois não temos nenhum tipo de superavit estrutural, nem fiscal, nem de balança de transções correntes. Nossos recursos foram acumulados ao preço de um aumento da dívida.
Como expliquei, cada dólar foi comprado no mercado, com base em emissão de títulos internos: entre os 12% de Selic, e os juros negativos que recebemos pela aplicação desses dólares, o custo para o Brasil é muito alto, não apenas na estrita contabilidade monetária, mas também o custo-oportunidade de um capital que poderia estar sendo empregado de outra forma, em primeiro lugar abatendo a dívida interna.
O segundo, aparentemente temeroso de revelar o seu nome (vai que ele se torna diplomata e não quer ter o seu nome marcado pelos interrogadores, ops, digo, examinadores):
2) Anônimo disse...
Pois é, na prova de PI de terceira fase do CACD deste ano, caiu a participação do Brasil no G20 Financeiro. E nós candidatos tivemos de tecer todos os encômios possíveis ao empréstimo brasileiro ao FMI, ecoando toda aquela ladainha de o Brasil aceitando ônus para legitimar-se no pleito de ampliação de participação no sistema internacional.
Tudo para Antônio Carlos Lessa e Alcides Costa Vaz verem. Vou começar uma campanha: "PRA na banca de PI do CACD já!"
Quinta-feira, Junho 11, 2009 2:32:00 PM
PRA: O mais irônico é que candidatos a diplomatas não podem simplesmente expor os fatos, contar a realidade, basear-se em número reais e em questões objetivas. Esses candidatos precisam "comprar" a versão chapa branca do governo e repetir bobagens, literalmente bobagens consumadas e equívocos econômicos, num papel triste de repetidores da propaganda governamental, que além de falsa, é fraudulenta. Triste isso, que já se comece mentindo...
Quanto a minha presença em banca de PI, pode esquecer: não há nenhum risco que isso ocorra, pela mesma razão de por que meus livros não constam da bibliografia oficial. Deve ser porque eu não compro fábulas oficiais...
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 11 de junho de 2009
1151) Emprestimo do Brasil ao FMI: uma grande mentira e uma fraude com o seu dinheiro
Sou frequentemente perguntado, por estudantes ou jornalistas, sobre determinadas questões econômicas.
Recentemente, um me formulou a seguinte pergunta:
"Você acha que o governo acertou ao conceder empréstimo ao FMI?"
Minha resposta:
O "empréstimo" do Brasil ao FMI: colocando os pontos nos iis
A questão precisa ser colocada no contexto correto: estamos tratando de poupança e de dívida, tanto faz se de um individuo ou de um Estado.
Normalmente, se você tem excesso de poupança sobre os seus gastos, como indivíduo, você pode escolher diversas aplicações parea o seu dinheiro: poupança clássica, fundos de investimentos, ações, ouro, etc.
Enfim, voce, como qualquer individuo, é sempre motivado pelo desejo de ganhar mais, e pelo temor de perder algo, com desvalorização da moeda, calote de títulos públicos, inflação, etc.
Se você quiser segurança absoluta, vai para a poupança garantida, que rende pouco, mas tem todas as garantias do governo (se você acredita nisso) e não paga Imposto de Renda.
Se quiser ganhar mais, vai para outros instrumentos, e aí se arrisca a perder algo (em ações desvalorizadas, por exemplo), ou que o imposto e a inflação, mais as comissões bancárias lhe comam o essencial dos rendimentos supostos de uma aplicação em renda fixa ou variável.
Com o dinheiro do governo, acontece outra coisa. O governo não tem, nunca teve no Brasil, excesso de poupança sobre gastos, ao contrário: o superavit primário nem chega a cobrir todos os juros da dívida publica. Para constituir reservas, o governo compra os dólares de quem tem dólares: geralmente exportadores.
Para comprar, o governo emite títulos da dívida publica, que pagam pelo menos a Selic (que baixou de 14% a 9,25% agora), digamos numa média de 11 ou 12% ao longo de 2008-2009. Seria melhor se os juros fossem mais baixos, mas não são, porque o governo é um contumaz despoupador líquido, e costuma pegar grande parte da poupança privada que anda pelo mercado (aquele dinheiro que voce não gasta, aplica em "fundos", e o seu banco compra títulos do governo).
Portanto, apenas com a manutenção de reservas de 200 bilhoes de dolares (o que eu reputo excessivo, pois os economistas recomendam apenas três meses de importações), o governo gasta mais de 20 bilhões de dólares por ano. Este é o custo fiscal de reservas tão elevadas.
O mesmo aconteceria se voce, por exemplo, pegasse um empréstimo no banco, pagando juros de banqueiro, que voce deve saber quanto é, e colocasse todo esse dinheiro na poupança clássica, rendendo bem abaixo disso. Você estaria pagando para ter uma poupança. Seja lá o que voce possa pensar disso, nao acho nada inteligente, aliás, completamente estúpido: pagar para ter uma poupança. Melhor então nao fazer nenhum empréstimo, se a sua aplicação render abaixo dos juros cobrados...
E o que o governo pode fazer com esse dinheiro todo? Colocar no colchão seria seguro, mas nao renderia absolutamente nada. Comprar ouro, também nao renderia absolutamente nada, apenas a valorização (ou des-) do mercado. Se trata de um ativo tangível, comercializavel, bastante seguro, mas não muito rentável, e sobretudo incômodo, pois voce tem custos de manutencao, não sabe se vai encontrar compradores quando quiser vender, etc.
Portanto, a maior parte dos aplicadores, individuos ou governos, vai para o mercado financeiro. No caso dos governos, eles costumam comprar titulos de outros governos, considerados seguros, como sao os Treasury Bonds, dos EUA, classificados como AAA (ou seja, sem risco de calote). Acontece que esses titulos tambem correm o risco da inflacao do dolar, de sua desvalorizacao, e apenas pagam os juros fixados pelo Federal Reserve americano, hoje na casa de 0,75 a 2,5% ao ano, dependendo do prazo (de curto, médio ou longo prazo). Ora, a inflação americana está acima disso, o que lhe garante portanto juros negativos, ou seja, voce está perdendo dinheiro para aplicar em T-Bonds.
A despeito disso, o Brasil já aplicou mais de 140 bilhoes de suas reservas em T-bonds, geralmente entre 5 a 10 anos, com essa taxa de juros abaixo da inflação americana. Ou seja, o Tesouro americano agradece, mas estamos perdendo dinheiro com isso, sem contar o custo fiscal já mencionado acima.
Pois bem, a operação a ser feita com o FMI nao será muito diferente. O governo brasileiro vai pegar mais 10 bilhões de suas reservas (a um custo de pelo menos 1 bilhão ao ano, como indicado) e vai comprar titulos do FMI, como já comprava do Tesouro americano. A taxa de juros não deve ser muito elevada, provavelmente na faixa dos T-bonds, já que o FMI tambem é AAA e paga abaixo do mercado, sempre...
Resumindo, a operação toda, desde o começo, é altamente prejudicial ao Brasil, não apenas pelo custo fiscal, mas tambem pelo chamado custo-oportunidade, ou seja perdemos dinheiro ao nao aplicá-lo em coisas mais rentáveis, ou ao não diminuir nossas dividas em outros contratos e sob outras modalidades.
Por exemplo: o governo pagou toda a dívida que tinhamos com o FMI, uma atitude altamente questionavel, pois essa divida tinha um custo muito baixo, muito mais baixo do que a divida em dolares contraida nos mercados comerciais, e infinitamente mais baixa do que a divida interna, contraida ao custo Selic.
Ou seja, o governo faria muito melhor em deixar a divida com o FMI -- e não o fez por razoes puramente ideológicas, ou demagógicas, de propaganda enganosa, apenas para dizer que não devia mais nada ao FMI -- e decidir pagar a dívida ainda mantida no mercado comercial (necessariamente mais elevada do que os juros do FMI, e ainda assim mais baixa do que a interna).
Ou então, utilizar a sua alegada capacidade de poupança -- que, como sabemos, é quase zero, ou abaixo de zero -- para pagar a divida interna, muito mais custosa e muito pior do que a divida externa (comercial ou com o FMI), que geralmente tem prazos mais longos do que a interna, esta com prazo médio de 18 meses apenas.
Em tudo e por tudo, o governo erra, tanto ao não tratar prioritariamente da divida interna, como ao acumular reservas tao desmesuradamente desnecessárias, se tivessemos um movimento comercial maior (ou seja, se exportassemos e importassemos mais), e se os juros da divida interna fossem mais razoaveis.
E porque esses juros são tao altos? Simplesmente porque ninguem confia no governo a ponto de emprestar o seu dinheiro ao governo por prazos longos e a juros baixos (como ocorre com os T-bonds, por exemplo, absolutamente seguros, mas com rendimento mediocre, ou inferior à inflação).
Conclusao: muita demagogia, para uma grande perda financeira.
Nao esqueca, ao final, que é você, eu, todos nós que estamos pagando pela orgia da divida interna e que agora vamos pagar o prejuizo dessas operacoes com o Tesouro e o FMI. Um grande prejuizo, tenha certeza disso.
-------------
Paulo Roberto de Almeida
11.06.2009
Recentemente, um me formulou a seguinte pergunta:
"Você acha que o governo acertou ao conceder empréstimo ao FMI?"
Minha resposta:
O "empréstimo" do Brasil ao FMI: colocando os pontos nos iis
A questão precisa ser colocada no contexto correto: estamos tratando de poupança e de dívida, tanto faz se de um individuo ou de um Estado.
Normalmente, se você tem excesso de poupança sobre os seus gastos, como indivíduo, você pode escolher diversas aplicações parea o seu dinheiro: poupança clássica, fundos de investimentos, ações, ouro, etc.
Enfim, voce, como qualquer individuo, é sempre motivado pelo desejo de ganhar mais, e pelo temor de perder algo, com desvalorização da moeda, calote de títulos públicos, inflação, etc.
Se você quiser segurança absoluta, vai para a poupança garantida, que rende pouco, mas tem todas as garantias do governo (se você acredita nisso) e não paga Imposto de Renda.
Se quiser ganhar mais, vai para outros instrumentos, e aí se arrisca a perder algo (em ações desvalorizadas, por exemplo), ou que o imposto e a inflação, mais as comissões bancárias lhe comam o essencial dos rendimentos supostos de uma aplicação em renda fixa ou variável.
Com o dinheiro do governo, acontece outra coisa. O governo não tem, nunca teve no Brasil, excesso de poupança sobre gastos, ao contrário: o superavit primário nem chega a cobrir todos os juros da dívida publica. Para constituir reservas, o governo compra os dólares de quem tem dólares: geralmente exportadores.
Para comprar, o governo emite títulos da dívida publica, que pagam pelo menos a Selic (que baixou de 14% a 9,25% agora), digamos numa média de 11 ou 12% ao longo de 2008-2009. Seria melhor se os juros fossem mais baixos, mas não são, porque o governo é um contumaz despoupador líquido, e costuma pegar grande parte da poupança privada que anda pelo mercado (aquele dinheiro que voce não gasta, aplica em "fundos", e o seu banco compra títulos do governo).
Portanto, apenas com a manutenção de reservas de 200 bilhoes de dolares (o que eu reputo excessivo, pois os economistas recomendam apenas três meses de importações), o governo gasta mais de 20 bilhões de dólares por ano. Este é o custo fiscal de reservas tão elevadas.
O mesmo aconteceria se voce, por exemplo, pegasse um empréstimo no banco, pagando juros de banqueiro, que voce deve saber quanto é, e colocasse todo esse dinheiro na poupança clássica, rendendo bem abaixo disso. Você estaria pagando para ter uma poupança. Seja lá o que voce possa pensar disso, nao acho nada inteligente, aliás, completamente estúpido: pagar para ter uma poupança. Melhor então nao fazer nenhum empréstimo, se a sua aplicação render abaixo dos juros cobrados...
E o que o governo pode fazer com esse dinheiro todo? Colocar no colchão seria seguro, mas nao renderia absolutamente nada. Comprar ouro, também nao renderia absolutamente nada, apenas a valorização (ou des-) do mercado. Se trata de um ativo tangível, comercializavel, bastante seguro, mas não muito rentável, e sobretudo incômodo, pois voce tem custos de manutencao, não sabe se vai encontrar compradores quando quiser vender, etc.
Portanto, a maior parte dos aplicadores, individuos ou governos, vai para o mercado financeiro. No caso dos governos, eles costumam comprar titulos de outros governos, considerados seguros, como sao os Treasury Bonds, dos EUA, classificados como AAA (ou seja, sem risco de calote). Acontece que esses titulos tambem correm o risco da inflacao do dolar, de sua desvalorizacao, e apenas pagam os juros fixados pelo Federal Reserve americano, hoje na casa de 0,75 a 2,5% ao ano, dependendo do prazo (de curto, médio ou longo prazo). Ora, a inflação americana está acima disso, o que lhe garante portanto juros negativos, ou seja, voce está perdendo dinheiro para aplicar em T-Bonds.
A despeito disso, o Brasil já aplicou mais de 140 bilhoes de suas reservas em T-bonds, geralmente entre 5 a 10 anos, com essa taxa de juros abaixo da inflação americana. Ou seja, o Tesouro americano agradece, mas estamos perdendo dinheiro com isso, sem contar o custo fiscal já mencionado acima.
Pois bem, a operação a ser feita com o FMI nao será muito diferente. O governo brasileiro vai pegar mais 10 bilhões de suas reservas (a um custo de pelo menos 1 bilhão ao ano, como indicado) e vai comprar titulos do FMI, como já comprava do Tesouro americano. A taxa de juros não deve ser muito elevada, provavelmente na faixa dos T-bonds, já que o FMI tambem é AAA e paga abaixo do mercado, sempre...
Resumindo, a operação toda, desde o começo, é altamente prejudicial ao Brasil, não apenas pelo custo fiscal, mas tambem pelo chamado custo-oportunidade, ou seja perdemos dinheiro ao nao aplicá-lo em coisas mais rentáveis, ou ao não diminuir nossas dividas em outros contratos e sob outras modalidades.
Por exemplo: o governo pagou toda a dívida que tinhamos com o FMI, uma atitude altamente questionavel, pois essa divida tinha um custo muito baixo, muito mais baixo do que a divida em dolares contraida nos mercados comerciais, e infinitamente mais baixa do que a divida interna, contraida ao custo Selic.
Ou seja, o governo faria muito melhor em deixar a divida com o FMI -- e não o fez por razoes puramente ideológicas, ou demagógicas, de propaganda enganosa, apenas para dizer que não devia mais nada ao FMI -- e decidir pagar a dívida ainda mantida no mercado comercial (necessariamente mais elevada do que os juros do FMI, e ainda assim mais baixa do que a interna).
Ou então, utilizar a sua alegada capacidade de poupança -- que, como sabemos, é quase zero, ou abaixo de zero -- para pagar a divida interna, muito mais custosa e muito pior do que a divida externa (comercial ou com o FMI), que geralmente tem prazos mais longos do que a interna, esta com prazo médio de 18 meses apenas.
Em tudo e por tudo, o governo erra, tanto ao não tratar prioritariamente da divida interna, como ao acumular reservas tao desmesuradamente desnecessárias, se tivessemos um movimento comercial maior (ou seja, se exportassemos e importassemos mais), e se os juros da divida interna fossem mais razoaveis.
E porque esses juros são tao altos? Simplesmente porque ninguem confia no governo a ponto de emprestar o seu dinheiro ao governo por prazos longos e a juros baixos (como ocorre com os T-bonds, por exemplo, absolutamente seguros, mas com rendimento mediocre, ou inferior à inflação).
Conclusao: muita demagogia, para uma grande perda financeira.
Nao esqueca, ao final, que é você, eu, todos nós que estamos pagando pela orgia da divida interna e que agora vamos pagar o prejuizo dessas operacoes com o Tesouro e o FMI. Um grande prejuizo, tenha certeza disso.
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Paulo Roberto de Almeida
11.06.2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
1150) Liberdade de imprensa? Acho que se enganaram...
Do jornal O Estado de S. Paulo, 10.06.2009:
Com R$ 1 bilhão anuais, o governo é o maior anunciante do País, disse ontem o secretário executivo da Secretaria da Comunicação de Governo (Secom), Ottoni Fernandes Jr, na conferência da Câmara sobre liberdade de imprensa. A partilha é assim: R$ 700 milhões para campanhas de mercado, com forte participação da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, R$ 200 milhões para utilidade pública e R$ 105 milhões para campanhas institucionais.
Ottoni Jr afirmou que a Secom trabalha com o princípio da mídia técnica, levando em conta circulação ou audiência. “Só o jornal da CUT tem 450 mil exemplares por semana.” Citou ainda que os grandes jornais cresceram 2% nos últimos anos, enquanto os populares chegaram a aumentar 121,4%.
Comento:
Se isso é verdade, estamos próximos de não ter liberdade de imprensa, justamente. Num país em que o governo se torna o maior anunciante do país, com o nosso dinheiro, nunca é demias lembrar, os veículos de comunicação se tornam dependentes desse maná caido dos céus, e portanto menos independentes.
Pode não se o caso dos grandes jornais, mas certamente será o caso das pequenas folhas do interior e sobretudo dessa imprensa sindical que já vive mamando nas tetas do governo, ou melhor, chupando dinheiro do nosso bolso.
Triste situação...
Com R$ 1 bilhão anuais, o governo é o maior anunciante do País, disse ontem o secretário executivo da Secretaria da Comunicação de Governo (Secom), Ottoni Fernandes Jr, na conferência da Câmara sobre liberdade de imprensa. A partilha é assim: R$ 700 milhões para campanhas de mercado, com forte participação da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, R$ 200 milhões para utilidade pública e R$ 105 milhões para campanhas institucionais.
Ottoni Jr afirmou que a Secom trabalha com o princípio da mídia técnica, levando em conta circulação ou audiência. “Só o jornal da CUT tem 450 mil exemplares por semana.” Citou ainda que os grandes jornais cresceram 2% nos últimos anos, enquanto os populares chegaram a aumentar 121,4%.
Comento:
Se isso é verdade, estamos próximos de não ter liberdade de imprensa, justamente. Num país em que o governo se torna o maior anunciante do país, com o nosso dinheiro, nunca é demias lembrar, os veículos de comunicação se tornam dependentes desse maná caido dos céus, e portanto menos independentes.
Pode não se o caso dos grandes jornais, mas certamente será o caso das pequenas folhas do interior e sobretudo dessa imprensa sindical que já vive mamando nas tetas do governo, ou melhor, chupando dinheiro do nosso bolso.
Triste situação...
1149) Universidade do Pacto Amazonico: nem urgente, nem necessaria
O artigo abaixo, de um senador amazônida, ou amazônico, se ele preferir, pretende justificar a criação de uma universidade dos países do Pacto Amazônico. Gostaria, no que me toca, que ela fosse improvável, ou impossível. Ela não é nem urgente nem necessária.
Com efeito, não há nada, absolutamente nada, que impeça as universidades atualmente existentes de se dedicarem ao que ele propõe: o estudos do ambiente, dos problemas da Amazônia e a proposta de soluções aos mesmos, individualmente ou em cooperação, em rede ou por outras vias, com outras universidades dos países da região.
Apenas o desejo de criar mais cargos, e portanto mais despesas, pode justificar esse projeto.
Políticos são animais gastadores de uma espécie ainda não suficientemente estudada pelos naturalistas, zoologistas, ou talvez entomologistas: eles são como saúvas, a avançar sobre o dinheiro público e o privado. São como os furões, ou doninhas, que avançam nos ninhos dos outros, roubam os ovos, se apropriam dos recursos, públicos e privados.
Creio que eles deveriam ser confinados num zoológico, o que aliás não deixa de ser o Congresso, tantas são as hienas e abutres que o frequentam. Talvez fosse o caso de colocá-los confinados na ala de mais alta segurança, do contrário seu poder destrutivo é muito grande...
Universidade do Pacto Amazônico, necessidade urgente
08/06/2009 - 18h47
João Pedro
A provável Universidade do Pacto Amazônico, de minha autoria, contribuirá com o desenvolvimento da Pan-Amazônia por meio do compartilhamento dos conhecimentos e saberes científicos e tradicionais em benefício das suas populações.
Trata-se de uma necessidade urgente, porque a universidade se somará às demais instituições de ensino, pesquisa e extensão que agem para aperfeiçoar as relações de amizade e de cooperação sociocultural na região, com o diferencial de fundar uma tradição acadêmica comprometida, prioritariamente, com a sustentabilidade social, econômica e ambiental da região.
O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Educação do Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados. Minha vontade, além de vê-lo aprovado e implantado no menor tempo possível, é que, no final, ele represente o conjunto de vozes das sociedades pan-amazônicas.
Não tenho medido esforços para que isso venha a acontecer. Já apresentei os fundamentos dessa proposta à Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz), ao Parlamento Amazônico, ao Fórum Social Mundial, a governadores de Estados Amazônicos e a autoridades do governo brasileiro, como o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Educação, Paulo Haddad.
Outras reuniões, fóruns e audiências públicas estão programadas para tratar do tema. Ainda há tempo para acrescentarmos sugestões que aprimorem o projeto, para que ele, quando implantado, atenda às necessidades da complexidade amazônica.
A futura universidade enfrentará de imediato o desafio de unir, no cotidiano do ensino, pesquisa e extensão, oito países com diferentes níveis de desenvolvimento econômico, embora compartilhem, em pontos de seus territórios, ecossistemas e culturas semelhantes.
A unidade na diversidade, certamente, é um conceito que ajuda a pensar Amazônia no âmbito do entrelaçamento de inteligências interessadas na proteção da região por meio de uma prática científica que valorize cada vez mais saberes locais em vez de alijá-los dos meios acadêmicos.
Imagino a Universidade do Pacto Amazônico com salas de aulas, laboratórios e projetos de extensão nos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e suas atividades realizadas, conjuntamente, por colombianos, brasileiros, bolivianos, equatorianos, guianenses, peruanos, surinameses e venezuelanos.
Ou, de igual modo, que estudantes, professores e a comunidade acadêmica promovam o intercâmbio cultural, a solidariedade e a fraternidade pan-amazônica. Estou impulsionado, também, pelo desejo de construirmos uma região coesa na resolução dos seus problemas e na defesa da soberania das suas populações.
O Brasil, que detém maior parte do território amazônico, tem papel relevante na articulação do bloco amazônico. Seu empenho no funcionamento da OTCA, desde 1995, é a prova de que, de algum modo, está atento a sua responsabilidade de líder regional.
Claro que, como brasileiro e amazônida, gostaria de ter uma OTCA mais atuante; e sei que, em grande medida, o tamanho dessa atuação depende dos esforços da diplomacia brasileira.
A universidade que proponho almeja tornar-se uma instituição facilitadora da integração dos oito países, principalmente por intermédio dos seus programas científicos e culturais.
Convence-me a idéia de que precisamos conhecer a Amazônia na sua complexidade sociocultural e biológica para que possamos defendê-la da depredação total patrocinada pelo capitalismo de terra arrasada.
A meu ver, para que isso ocorra, devemos estimular um novo jeito de pensar e produzir conhecimentos. Para a Pan-Amazônia, depositária de fatia significativa da diversidade cultural e biológica do Planeta, essa é uma questão urgente.
A Universidade do Pacto Amazônico expressa a contribuição das sociedades amazônicas ao grande projeto de defesa e proteção permanente da Amazônia.
João Pedro é senador pelo estado do Amazonas e vice-líder do governo.
Com efeito, não há nada, absolutamente nada, que impeça as universidades atualmente existentes de se dedicarem ao que ele propõe: o estudos do ambiente, dos problemas da Amazônia e a proposta de soluções aos mesmos, individualmente ou em cooperação, em rede ou por outras vias, com outras universidades dos países da região.
Apenas o desejo de criar mais cargos, e portanto mais despesas, pode justificar esse projeto.
Políticos são animais gastadores de uma espécie ainda não suficientemente estudada pelos naturalistas, zoologistas, ou talvez entomologistas: eles são como saúvas, a avançar sobre o dinheiro público e o privado. São como os furões, ou doninhas, que avançam nos ninhos dos outros, roubam os ovos, se apropriam dos recursos, públicos e privados.
Creio que eles deveriam ser confinados num zoológico, o que aliás não deixa de ser o Congresso, tantas são as hienas e abutres que o frequentam. Talvez fosse o caso de colocá-los confinados na ala de mais alta segurança, do contrário seu poder destrutivo é muito grande...
Universidade do Pacto Amazônico, necessidade urgente
08/06/2009 - 18h47
João Pedro
A provável Universidade do Pacto Amazônico, de minha autoria, contribuirá com o desenvolvimento da Pan-Amazônia por meio do compartilhamento dos conhecimentos e saberes científicos e tradicionais em benefício das suas populações.
Trata-se de uma necessidade urgente, porque a universidade se somará às demais instituições de ensino, pesquisa e extensão que agem para aperfeiçoar as relações de amizade e de cooperação sociocultural na região, com o diferencial de fundar uma tradição acadêmica comprometida, prioritariamente, com a sustentabilidade social, econômica e ambiental da região.
O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Educação do Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados. Minha vontade, além de vê-lo aprovado e implantado no menor tempo possível, é que, no final, ele represente o conjunto de vozes das sociedades pan-amazônicas.
Não tenho medido esforços para que isso venha a acontecer. Já apresentei os fundamentos dessa proposta à Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz), ao Parlamento Amazônico, ao Fórum Social Mundial, a governadores de Estados Amazônicos e a autoridades do governo brasileiro, como o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Educação, Paulo Haddad.
Outras reuniões, fóruns e audiências públicas estão programadas para tratar do tema. Ainda há tempo para acrescentarmos sugestões que aprimorem o projeto, para que ele, quando implantado, atenda às necessidades da complexidade amazônica.
A futura universidade enfrentará de imediato o desafio de unir, no cotidiano do ensino, pesquisa e extensão, oito países com diferentes níveis de desenvolvimento econômico, embora compartilhem, em pontos de seus territórios, ecossistemas e culturas semelhantes.
A unidade na diversidade, certamente, é um conceito que ajuda a pensar Amazônia no âmbito do entrelaçamento de inteligências interessadas na proteção da região por meio de uma prática científica que valorize cada vez mais saberes locais em vez de alijá-los dos meios acadêmicos.
Imagino a Universidade do Pacto Amazônico com salas de aulas, laboratórios e projetos de extensão nos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e suas atividades realizadas, conjuntamente, por colombianos, brasileiros, bolivianos, equatorianos, guianenses, peruanos, surinameses e venezuelanos.
Ou, de igual modo, que estudantes, professores e a comunidade acadêmica promovam o intercâmbio cultural, a solidariedade e a fraternidade pan-amazônica. Estou impulsionado, também, pelo desejo de construirmos uma região coesa na resolução dos seus problemas e na defesa da soberania das suas populações.
O Brasil, que detém maior parte do território amazônico, tem papel relevante na articulação do bloco amazônico. Seu empenho no funcionamento da OTCA, desde 1995, é a prova de que, de algum modo, está atento a sua responsabilidade de líder regional.
Claro que, como brasileiro e amazônida, gostaria de ter uma OTCA mais atuante; e sei que, em grande medida, o tamanho dessa atuação depende dos esforços da diplomacia brasileira.
A universidade que proponho almeja tornar-se uma instituição facilitadora da integração dos oito países, principalmente por intermédio dos seus programas científicos e culturais.
Convence-me a idéia de que precisamos conhecer a Amazônia na sua complexidade sociocultural e biológica para que possamos defendê-la da depredação total patrocinada pelo capitalismo de terra arrasada.
A meu ver, para que isso ocorra, devemos estimular um novo jeito de pensar e produzir conhecimentos. Para a Pan-Amazônia, depositária de fatia significativa da diversidade cultural e biológica do Planeta, essa é uma questão urgente.
A Universidade do Pacto Amazônico expressa a contribuição das sociedades amazônicas ao grande projeto de defesa e proteção permanente da Amazônia.
João Pedro é senador pelo estado do Amazonas e vice-líder do governo.
1148) Livro: Powers and Principles, lancamento
Abaixo, o anúncio de lançamento de um livro de que participo.
Helàs, vai ser em Washington...
Join Us for a Powers and Principles Book Party
Preview the book
On behalf of the Stanley Foundation, I would like to invite you to a reception on July 1 celebrating the publication of a new book, Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lexington) that collects the results of a recent Stanley Foundation initiative.
In early 2008, my former colleague Michael Schiffer and I launched a project using the concept of responsible stakeholdership to gauge the prospects for a stronger international community. In other words, what if the world's major global and regional powers came into closer alignment—with shared approaches to 21st-century threats and challenges? The project asked experts to examine nine powerful nations, the EU, and the case of a generic oil company and speculate how each might deal with the internal and external challenges posed by international norms.
We were fortunate to recruit a group of highly accomplished analysts to take part and are eager to share the results with you and other colleagues. Complimentary copies of the book will be available at the event but, in the meantime, the table of contents and other details can be found on the Lexington Books Web site. We expect many of the contributing writers will be at the reception.
The reception will take place on July 1, 2009, from 5:30 to 7:30 p.m. at the Washington office of the Stanley Foundation (co-located with the Henry L. Stimson Center) at 1111 19th Street, NW, 12th Floor.
To respond to this invitation or for questions about logistics, please contact Elaine Schilling, program assistant, by e-mail at eschilling@stanleyfoundation.org or telephone 563-264-6888.
Best regards,
David Shorr
Program Officer, The Stanley Foundation
Helàs, vai ser em Washington...
Join Us for a Powers and Principles Book Party
Preview the book
On behalf of the Stanley Foundation, I would like to invite you to a reception on July 1 celebrating the publication of a new book, Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lexington) that collects the results of a recent Stanley Foundation initiative.
In early 2008, my former colleague Michael Schiffer and I launched a project using the concept of responsible stakeholdership to gauge the prospects for a stronger international community. In other words, what if the world's major global and regional powers came into closer alignment—with shared approaches to 21st-century threats and challenges? The project asked experts to examine nine powerful nations, the EU, and the case of a generic oil company and speculate how each might deal with the internal and external challenges posed by international norms.
We were fortunate to recruit a group of highly accomplished analysts to take part and are eager to share the results with you and other colleagues. Complimentary copies of the book will be available at the event but, in the meantime, the table of contents and other details can be found on the Lexington Books Web site. We expect many of the contributing writers will be at the reception.
The reception will take place on July 1, 2009, from 5:30 to 7:30 p.m. at the Washington office of the Stanley Foundation (co-located with the Henry L. Stimson Center) at 1111 19th Street, NW, 12th Floor.
To respond to this invitation or for questions about logistics, please contact Elaine Schilling, program assistant, by e-mail at eschilling@stanleyfoundation.org or telephone 563-264-6888.
Best regards,
David Shorr
Program Officer, The Stanley Foundation
segunda-feira, 8 de junho de 2009
1147) I Seminario de Estudos sobre a FEB, RJ, 15 de junho de 2009
I Seminário de Estudos sobre a Força Expedicionária Brasileira, 15 de junho, Rio de Janeiro
****************************
Gostaríamos convidar nossos colegas a participar no seminário onde mais de 40 pesquisadores apresentariam seus trabalhos sobre a FEB em 10 sessões temáticas sobre política nacional e relações internacionais, a criação da FEB e suas atuações militares na campanha, diversas representações na imprensa e na musica também como na memória individual, memória coletiva e na historiografia.
O seminário sobre a FEB realizará em 15 de junho de 2009 no Centro de Filosofia e Ciências Humanas/ Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - Universidade Federal do Rio de Janeiro que fica no Largo de São Francisco 1, Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Programa completo:
http://www.lemp.ifcs.ufrj.br/revista/Programa_Completo_20_05.pdf
****************************
Gostaríamos convidar nossos colegas a participar no seminário onde mais de 40 pesquisadores apresentariam seus trabalhos sobre a FEB em 10 sessões temáticas sobre política nacional e relações internacionais, a criação da FEB e suas atuações militares na campanha, diversas representações na imprensa e na musica também como na memória individual, memória coletiva e na historiografia.
O seminário sobre a FEB realizará em 15 de junho de 2009 no Centro de Filosofia e Ciências Humanas/ Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - Universidade Federal do Rio de Janeiro que fica no Largo de São Francisco 1, Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Programa completo:
http://www.lemp.ifcs.ufrj.br/revista/Programa_Completo_20_05.pdf
1146) Bibliografia Brasiliana Antes da Independencia - John Carter Brown Library
The John Carter Brown Library announces the publication of Portuguese and Brazilian Books in the John Carter Brown Library, 1537-1839, with a Selection of Braziliana Printed in Countries Other Than Portugal and Brazil
*******************************
Compiled by the rare book cataloguer Valeria Gauz, this work describes in detail, item by item, the finest collection in North America of books relating to Brazil before the country declared its independence from Portugal in 1822.
Nearly 650 of the titles in this Catalogue antedate 1800. For the period from 1800 through 1822, some 500 titles are described, including 165 printed in Brazil itself after the Impressão Regia opened a branch in Rio de Janeiro in 1808 and presses began
operating in Bahia.
Each of the 1,300 titles catalogued in the book is annotated, some extensively, with historical and biographical information, and the major bibliographies of Luso-Brazilian printing, such as those by Rubens Borba de Moraes, are regularly cited.
For libraries with significant colonial Braziliana holdings, this book is an essential reference work. Historians and other scholars, collectors, and booksellers will find it to be an invaluable aid to research in the field.
The arrangement of entries in the volume is chronological, from 1537 to 1839, and within each year the titles are listed alphabetically. The work is completely indexed by author and title, and there is a special index to government laws and decrees, a provenance list, and helpful bibliographical guides, including a general bibliography at the end that offers readers suggestions of other related works of interest.
Valeria Gauz has been a cataloguer at the National Library in Rio de Janeiro and was employed at the John Carter Brown Library from 1998 to 2005. The John Carter Brown Library is an independently funded and administered institution for advanced research in history and the humanities founded in 1846 and located on the campus of Brown University since 1901. The Library has unparalleled strength in primary sources relating to the history of North and South America between 1492 and ca. 1825.
Only 400 copies of this book have been printed, and it is likely to sell out in about twelve months. There will be no further printings. To assure the availability of a copy, order immediately from the appropriate vendor below.
xl + 750 pages, cloth bound, 7-1/2 x 11”. 46 illus. - $175.00, plus shipping. ISBN 0-916617-69-6. Various discounts will apply, depending upon the vendor.
In North America, order from: Publications Office, John Carter Brown Library, Box 1894, Providence, RI 02912, or. See also, www.jcbl.org.
In Brazil and South America, order from: ----
In Europe and the United Kingdom, and Asia, Africa, and Australia, order from: Richard C. Ramer, Old & Rare Books, Rua do Século, 107 (Apartamento 4), 1200–434 Lisboa, Portugal. fax: (351) 21-346-7441.
Tel.: (351) 21-346-0938 and 21-346-0947
The John Carter Brown Library anuncia a publicação do
Portuguese and Brazilian Books in the John Carter Brown Library, 1537-1839, with a Selection of Braziliana Printed in Countries Other Than Portugal and Brazil.
Compilado pela bibliotecária de livros raros Valeria Gauz, a publicação descreve com detalhes, item por item, uma das mais expressivas coleções de livros do período colonial relacionadas ao Brasil antes de sua independência de Portugal, em 1822.
Aproximadamente 650 títulos do Catálogo antecedem o ano de 1800. Outros 500 títulos pertencem ao período de 1800 a 1822, dos quais mais de 150 impressos no Brasil após a criação da Impressão Régia no Rio de Janeiro e de outras tipografias na Bahia.
Cada um dos 1.300 livros catalogados no Portuguese and Brazilian Books possui algum tipo de nota. Alguns são extensivamente descritos, com informações históricas, literárias, biográficas ou bibliográficas. As fontes de referência luso-brasileiras mais significativas são regularmente citadas ao longo do catálogo.
O Catálogo é um instrumento de referência essencial para bibliotecas, instituições de pesquisa e departamentos de História em universidades. Pesquisadores, colecionadores e livreiros poderão encontrar nessa publicação valioso auxílio para estudos em diversas áreas.
O arranjo do volume é em ordem cronológica e, em cada ano, os livros se encontram em ordem alfabética. Possui índices de autor, título, documentos governamentais (tais como alvarás, decretos e similares) e de procedência dos livros hoje na JCB, como
conhecida internacionalmente. Ao final, uma Bibliografia Geral oferece aos leitores sugestões de outros livros de interesse relacionados ao assunto.
Valeria Gauz trabalhou na John Carter Brown Library de 1998 a 2005 como catalogadora de livros raros e esteve envolvida em outros projetos, tais como a presente publicação, o web site do Código Brasiliense (www.jcbl.org/CB) e participou no comitê de aquisição de livros brasileiros e portugueses. A Biblioteca é um centro de estudos avançados na área de Humanidades, com administração independente, fundada em 1846 e localizada no campus da Brown University, em Providence, Rhode Island, desde 1901. Viagens, Expansão Européia, Incunábulos das Américas do Norte, Central e do Sul, Ciências Naturais, Escravatura, Cartografia, Direito, Religião, História Marítima, Literatura, o âmbito das Histórias Social, Econômica e Política, são alguns dos
temas que constituíram a coleção particular de John Carter Brown (1797-1874), um comerciante de Rhode Island com grande interesse em Americana, ou livros sobre as Américas.
xl + 750 pages, cloth bound, 19 x 28 cm. 46 illus. - $US 175.00, plus shipping. ISBN 0-916617-69-6. Various discounts will apply, depending upon the vendor.
Somente 400 cópias estarão disponíveis no mercado e não haverá outra edição ou tiragem do Catálogo. Para garantir sua cópia, favor contatar:
Brasil e América do Sul:
[ ]
Estados Unidos: Publications Office, John Carter Brown Library, Box 1894, Providence, RI 02912, or. www.jcbl.org.
Europe and the United Kingdom, and Asia, Africa, and Australia: Richard C. Ramer Old & Rare Books, Rua do Século, 107 (Apto. 4), 1200-434 Lisboa, Portugal.. . Telefones: (351) 21-346-0938 e 21-346-
0947. Fax: (351) 21 346 7441
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Compiled by the rare book cataloguer Valeria Gauz, this work describes in detail, item by item, the finest collection in North America of books relating to Brazil before the country declared its independence from Portugal in 1822.
Nearly 650 of the titles in this Catalogue antedate 1800. For the period from 1800 through 1822, some 500 titles are described, including 165 printed in Brazil itself after the Impressão Regia opened a branch in Rio de Janeiro in 1808 and presses began
operating in Bahia.
Each of the 1,300 titles catalogued in the book is annotated, some extensively, with historical and biographical information, and the major bibliographies of Luso-Brazilian printing, such as those by Rubens Borba de Moraes, are regularly cited.
For libraries with significant colonial Braziliana holdings, this book is an essential reference work. Historians and other scholars, collectors, and booksellers will find it to be an invaluable aid to research in the field.
The arrangement of entries in the volume is chronological, from 1537 to 1839, and within each year the titles are listed alphabetically. The work is completely indexed by author and title, and there is a special index to government laws and decrees, a provenance list, and helpful bibliographical guides, including a general bibliography at the end that offers readers suggestions of other related works of interest.
Valeria Gauz has been a cataloguer at the National Library in Rio de Janeiro and was employed at the John Carter Brown Library from 1998 to 2005. The John Carter Brown Library is an independently funded and administered institution for advanced research in history and the humanities founded in 1846 and located on the campus of Brown University since 1901. The Library has unparalleled strength in primary sources relating to the history of North and South America between 1492 and ca. 1825.
Only 400 copies of this book have been printed, and it is likely to sell out in about twelve months. There will be no further printings. To assure the availability of a copy, order immediately from the appropriate vendor below.
xl + 750 pages, cloth bound, 7-1/2 x 11”. 46 illus. - $175.00, plus shipping. ISBN 0-916617-69-6. Various discounts will apply, depending upon the vendor.
In North America, order from: Publications Office, John Carter Brown Library, Box 1894, Providence, RI 02912, or
In Brazil and South America, order from: ----
In Europe and the United Kingdom, and Asia, Africa, and Australia, order from: Richard C. Ramer, Old & Rare Books, Rua do Século, 107 (Apartamento 4), 1200–434 Lisboa, Portugal.
Tel.: (351) 21-346-0938 and 21-346-0947
The John Carter Brown Library anuncia a publicação do
Portuguese and Brazilian Books in the John Carter Brown Library, 1537-1839, with a Selection of Braziliana Printed in Countries Other Than Portugal and Brazil.
Compilado pela bibliotecária de livros raros Valeria Gauz, a publicação descreve com detalhes, item por item, uma das mais expressivas coleções de livros do período colonial relacionadas ao Brasil antes de sua independência de Portugal, em 1822.
Aproximadamente 650 títulos do Catálogo antecedem o ano de 1800. Outros 500 títulos pertencem ao período de 1800 a 1822, dos quais mais de 150 impressos no Brasil após a criação da Impressão Régia no Rio de Janeiro e de outras tipografias na Bahia.
Cada um dos 1.300 livros catalogados no Portuguese and Brazilian Books possui algum tipo de nota. Alguns são extensivamente descritos, com informações históricas, literárias, biográficas ou bibliográficas. As fontes de referência luso-brasileiras mais significativas são regularmente citadas ao longo do catálogo.
O Catálogo é um instrumento de referência essencial para bibliotecas, instituições de pesquisa e departamentos de História em universidades. Pesquisadores, colecionadores e livreiros poderão encontrar nessa publicação valioso auxílio para estudos em diversas áreas.
O arranjo do volume é em ordem cronológica e, em cada ano, os livros se encontram em ordem alfabética. Possui índices de autor, título, documentos governamentais (tais como alvarás, decretos e similares) e de procedência dos livros hoje na JCB, como
conhecida internacionalmente. Ao final, uma Bibliografia Geral oferece aos leitores sugestões de outros livros de interesse relacionados ao assunto.
Valeria Gauz trabalhou na John Carter Brown Library de 1998 a 2005 como catalogadora de livros raros e esteve envolvida em outros projetos, tais como a presente publicação, o web site do Código Brasiliense (www.jcbl.org/CB) e participou no comitê de aquisição de livros brasileiros e portugueses. A Biblioteca é um centro de estudos avançados na área de Humanidades, com administração independente, fundada em 1846 e localizada no campus da Brown University, em Providence, Rhode Island, desde 1901. Viagens, Expansão Européia, Incunábulos das Américas do Norte, Central e do Sul, Ciências Naturais, Escravatura, Cartografia, Direito, Religião, História Marítima, Literatura, o âmbito das Histórias Social, Econômica e Política, são alguns dos
temas que constituíram a coleção particular de John Carter Brown (1797-1874), um comerciante de Rhode Island com grande interesse em Americana, ou livros sobre as Américas.
xl + 750 pages, cloth bound, 19 x 28 cm. 46 illus. - $US 175.00, plus shipping. ISBN 0-916617-69-6. Various discounts will apply, depending upon the vendor.
Somente 400 cópias estarão disponíveis no mercado e não haverá outra edição ou tiragem do Catálogo. Para garantir sua cópia, favor contatar:
Brasil e América do Sul:
[ ]
Estados Unidos: Publications Office, John Carter Brown Library, Box 1894, Providence, RI 02912, or
Europe and the United Kingdom, and Asia, Africa, and Australia: Richard C. Ramer Old & Rare Books, Rua do Século, 107 (Apto. 4), 1200-434 Lisboa, Portugal.
0947. Fax: (351) 21 346 7441
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