quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A piada da semana, talvez do seculo...

President Hu Jintao said his government remains committed to building "a modern socialist country."

Socialista???!!!
A China!!???
Eles são mais capitalistas do que o Brasil...
Mais um pouco ultrapassam os EUA, não apenas em PIB, mas em capitalismo também...

Incompetencia no MEC-INEP: quando nao se resolve o problema, cria-se outro orgao

Inepto para tratar de suas atribuições próprias, o INEP vai ser desmembrado, e a nova presidente, inepta ou não, pretende criar uma estrutura própria para fazer aquilo que o órgão atual é incapaz de fazer: um simples exame de âmbito nacional.
Era esperado. A burocracia aparelhada, inepta para cuidar dos assuntos correntes, cria uma nova burocracia, a ser devidamente aparelhada também, para deixar de fazer aquilo que o órgão original tampouco foi competente para fazer.
Alguém espera uma solução ao problema? Algum estudante otimista?
É como o caso das enchentes: o governo promete para 2014 um centro de monitoramento de desastres naturais. Até lá morrerão quantos mais?
Paulo Roberto de Almeida

Nova presidente do Inep admite criação de órgão exclusivo para o Enem
Lisandra Paraguassú
O Estado de S.Paulo, 20 de janeiro de 2011

Malvina Tuttman, recém-nomeada para instituto responsável pelo exame, não descarta hipótese, levantada pelo ministro da Educação no ano passado; problemas no sistema de seleção para universidades federais por meio da nota do Enem prosseguiram na quarta

A nova presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, disse ao Estado que estuda tirar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) das atribuições do órgão. "Pode acontecer como consequência das avaliações que estamos iniciando, mas ainda não tenho essa resposta", afirmou.

Problemas com o exame e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas para selecionar alunos para instituições públicas de ensino superior, derrubaram dois presidentes do Inep em pouco mais de um ano. Malvina, ex-reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), foi nomeada anteontem.

A hipótese de se criar um outro órgão para cuidar apenas do Enem foi levantada pelo próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, no ano passado.

Segundo Malvina, o principal objetivo do Inep deve ser "o fortalecimento das políticas públicas", disse. "Iremos traçar um plano diretor daqui para frente."

Além do Enem, o Inep é responsável pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), pelos censos da educação básica e superior, pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e pelo Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Desde 2009, quando o Enem se tornou instrumento de ingresso em muitas universidades federais, ele passa por problemas. Houve vazamentos, exposição de dados confidenciais dos candidatos, exemplares do exame com questões a menos, falhas sucessivas no sistema de inscrição online, entre outros.

Neste ano, 83.125 vagas estão em disputa pelo Sisu, que encerra até as 23h59 as inscrições. Mas o site do sistema seguia instável ontem, com muitos alunos relatando dificuldades. Segundo o MEC, até as 18 horas haviam sido realizadas 1,5 milhão de matrículas, por cerca de 800 mil estudantes (cada candidato escolhe até duas opções de curso). Mas a cifra não representa 25% de todos os alunos que prestaram o último Enem - foram 3,5 milhões.

Haddad em silêncio. Desde sexta, quando os primeiros problemas foram relatados, Haddad preferiu o silêncio. Nem quando as reclamações aumentaram no domingo ou quando a Justiça determinou a ampliação do prazo de inscrições, Haddad deu explicações. A troca da presidência do Inep foi anunciada em Diário Oficial sem declarações do ministro. Em resposta à crise, Haddad só adiou suas férias, que começariam amanhã, em dois dias.

Justiça. As inscrições no Sisu terminariam anteontem, mas uma decisão judicial ampliou o prazo. Com isso, a abertura de inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni) foi adiada para amanhã. Mas pedidos de liminares que buscam a suspensão do Sisu aguardam decisão na Justiça Federal no Ceará e em Pernambuco.

O juiz encarregado no Ceará prometeu um parecer até a tarde de hoje. Lá, defensoria e ministério públicos pedem que os candidatos com as notas do segundo dia de provas anuladas tenham acesso às folhas de respostas e aos argumentos da banca da redação. Estudantes acionaram a Justiça, contestando a explicação do MEC de que a anulação ocorreu não teria sido preenchida na folha de gabarito a cor do caderno de questões recebido - eram quatro cores. Ontem à noite, a primeira liminar foi concedida a uma estudande do Rio (mais informações nesta página). / COLABOROU LUCIANA ALVAREZ

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Itamaraty tambem é cultura (sempre foi, alias...)

Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea

O Ministério das Relações Exteriores informa que estarão abertas, até o dia 25 de março de 2011, as inscrições para o “I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea”.

O Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea, de periodicidade bianual, concederá prêmios nas áreas de pintura, escultura, fotografia e obras em papel. As obras selecionadas passarão a fazer parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores, podendo ser expostas no Palácio Itamaraty e por toda a rede de Embaixadas e Consulados do Brasil no exterior.

O Concurso visa a incentivar a produção brasileira de arte contemporânea e a ampliar sua divulgação no exterior.

Poderão ser inscritas no Concurso quaisquer obras de artistas brasileiros. É vedada, no entanto, a participação no Concurso de membros da Comissão de Seleção e da Comissão Julgadora, bem como de servidores, cônjuges e parentes de primeiro grau de servidores do Ministério das Relações Exteriores.

Cada artista poderá inscrever apenas uma obra no certame. Para inscrevê-la, o interessado deverá enviar ao endereço eletrônico artecontemporanea@itamaraty.gov.br:

I. ficha de inscrição assinada e digitalizada;
II. curriculum vitae com texto descritivo e dez imagens (em baixa resolução) de obras de sua autoria, produzidas nos últimos dois anos;
III. imagem da obra inscrita, com resolução mínima de 300 dpi, em formato TIFF ou JPEG; e
IV. declaração de autoria e propriedade da obra inscrita.

Os valores dos prêmios oferecidos para as áreas de pintura e escultura são:

a) Primeiro lugar: R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
b) Segundo lugar: R$ 15.000,00 (quinze mil reais);
c) Terceiro lugar: R$ 10.000,00 (dez mil reais);
d) Quarto lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Os valores dos prêmios oferecidos para as áreas de fotografia e obras em papel são:

a) Primeiro lugar: R$ 10.000,00 (dez mil reais);
b) Segundo lugar: R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais);
c) Terceiro lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
d) Quarto lugar: R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).

O edital completo do Concurso está disponível no site www.dc.mre.gov.br – seção “Eventos e Concursos”. Outras informações poderão ser solicitadas à Divisão de Operações de Difusão Cultural do Itamaraty - dodc@itamaraty.gov.br

Paraguai-Brasil-Itaipu: mais um capitulo da novela

Da coluna do ex-prefeito Cesar Maia:

BRASIL X PARAGUAI X ITAIPU!

1. (Asunción – ABC, 17) La flamante presidenta del Brasil, que se dispone a visitar nuestro país en el mes de marzo próximo, envía adelantado al también nuevo canciller de su gobierno, Antonio de Aguiar Patriota, para ajustar los puntos de la agenda de la futura visita. Solamente tienen que hacer memoria y recordar todo lo que Lula prometió y el Gobierno brasileño no cumplió, sea porque fueron promesas engañosas formuladas adrede para dar tiempo al tiempo, sea porque el Congreso brasileño las contradijo. Pero si el Presidente brasileño sabía cuál era el criterio dominante en su Congreso respecto del incremento del pago que con justicia se nos debe dar por adquisición de nuestra energía de Itaipú, no hubiera formulado ningún ofrecimiento.

2. (Folha online, 17) O novo chanceler do Brasil, Antonio Patriota, assegurou nesta segunda-feira que o governo de Dilma Rousseff vai dar "alta prioridade" à ratificação pelo Senado do acordo firmado em 2009 pelo ex-presidente Lula da Silva, que prevê o pagamento de US$ 360 milhões anuais pela venda da energia que corresponde ao Paraguai na usina de Itaipu Binacional. "Como resultado das eleições do ano passado, com a nova composição do Congresso, acredito que este ano será mais favorável à ratificação destes instrumentos. Esperamos em um prazo relativamente breve ter notícias positivas sobre o tema" disse Patriota, após reunir-se durante uma hora com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, no Palácio de Governo.

3. (Ex-Blog, 17) Ou seja: continuam a tratar o Congresso como uma correia de transmissão do executivo. No Senado dos EUA, depois de uma declaração dessas da ministra (secretaria de estado), não daria nem para sonhar em tramitar a autorização.

Diplomatas tambem fazem greve... em Israel... (Carta Capital)

Diplomatas israelenses em greve recebem apoio de sindicato brasileiro
Viviane Vaz, de Jerusalém
Carta Capital, 18 de janeiro de 2011

Visita de autoridade militar ao Brasil em fevereiro pode ser cancelada, se a paralisação continuar.

O Sinditamaraty, sindicato que reúne os servidores do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, publicará nos próximos dias um comunicado em apoio aos colegas israelenses em greve por melhores salários desde 27 de dezembro. A iniciativa foi decidida em reunião realizada em Brasília na semana passada. “O salário que os israelenses recebem é de fato irrisório, quanto mais se comparado a outras chancelarias no mundo. Toda a área ligada a segurança do governo é vista com bons olhos, enquanto outras áreas recebem um tratamento com bastante detrimento. Infelizmente eles ainda não conseguiram pensar que relações exteriores é segurança nacional”, ressalta o presidente do Sinditamaraty, João Rafael Chió Serra Carvalho. “Em 1995, fez-se no Brasil uma reforma administrativa na qual se estabeleceu que a diplomacia é uma profissão típica do Estado. Nós ainda estamos aguardando que isso aconteça também em Israel”, disse à Carta Capital o diplomata israelense Leo Vinovezky, que trabalha na embaixada em Brasília.

Em Jerusalém, há quase um mês os diplomatas têm ido à sede da chancelaria com camisetas negras com o alerta em hebraico: “Eu sou um pobre diplomata”. “Vamos ao ministério todos os dias, mas não cumprimos com nosso trabalho em forma de protesto”, explica à reportagem um diplomata israelense. Apesar de a paralisação ter começado em dezembro do ano passado, as manifestações tiveram origem em junho, quando os diplomatas foram trabalhar vestidos com calças jeans e chinelos. Em agosto eles também criticaram o serviço de inteligência, Mossad, por prejudicar os protestos ao aceitarem organizar a visita do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a Atenas. Os diplomatas reclamam que ganham 49% menos dos funcionários do Ministério da Defesa e 80% que os do Mossad.

O vice-presidente da Associação de Diplomatas Brasileiros (ADB), Paulo Roberto de Almeida, explica que por ser uma profissão tradicionalmente aristocrática e elitista, não é comum ver diplomatas em greve. No entanto, ele destaca que a iniciativa não é inédita, principalmente em países de forte tradição sindical como Espanha e Itália. “No caso de Israel, o passado está identificado claramente com a ideia sionista, que é socialista, sindicalista, trabalhista”, diz Paulo Roberto. “Hoje há diferentes partidos, inclusive radicais e religiosos, mas isso não afeta o sindicalismo de Israel, que é profundamente social-democrata e até socialista. Então não é estranho que o movimento sindical também compreenda muitos diplomatas”, conclui.

Leo avalia que não poderia encontrar uma profissão mais fascinante do que a de diplomata, mas que o sonho profissional está se tornando um pesadelo econômico. “Assim como Israel precisa dos melhores soldados na frente de batalha, precisa dos melhores ‘soldados’ com terno e gravata no exterior do país. Mas se (os salários) continuarem assim, muitos jovens israelenses não vão considerar ser diplomatas”, ressalta.

“Um diplomata brasileiro que acaba de entrar no Rio Branco ganha mais do que um diplomata israelense em 30 anos de carreira em Israel”, afirma em Tel Aviv um funcionário israelense que serviu no Brasil, mas prefere não se identificar. No Brasil, o diplomata em início de carreira começa com um salário de R$ 12.413,03. Em Israel, apesar do desafiador trabalho de lutar para melhorar a imagem internacional de um país que desde 1967 passou de vencido a vencedor, os diplomatas iniciam na profissão com US$ 1340 dólares (cerca de R$ 2680). Segundo o sindicalista Hanan Goder-Goldberger, depois de 10 anos de carreira, a remuneração pode chegar a US$ 1600.

Paulo Roberto recorda que até os anos 1990, os diplomatas brasileiros também ganhavam mal no Brasil. “Quando entrei na carreira diplomática, eu não tinha salário para fazer crediário para comprar geladeira, nem tinha como comprar telefone ou carro, que eram caríssimos. Então eu era um diplomata pobre”, lembra Paulo. “Hoje se ganha bem no Brasil”, reconhece. Leo conta que os israelenses por amor à profissão correm de um lado para outro, muitas vezes em transporte público. “Pensamos no trabalho, como fazer de Israel um país mais reconhecido, mais respeitado no mundo, que as pessoas tenham interesse em pesquisar e descobrir”, explica.

Nos últimos 17 anos, os salários dos diplomatas perderam mais de 40% do valor e os profissionais decidiram que desta vez deixarão de “subsidiar” o Estado. De acordo com Hanan, dos 830 funcionários do ministério, 12% vivem abaixo da linha de pobreza, pois não conseguem sustentar uma família com mulher e dois filhos. O sindicalista alertou que se a situação continuar, apenas aqueles cujas famílias abastadas aceitarem sustentá-los poderão exercer a profissão.

O sindicato israelense exige um aumento de 25% para um “serviço diplomático à altura do Estado”. “Nossos diplomatas destacados no exterior estão orientados a não enviar mensagens diplomáticos ao ministério, nem usar trajes de diplomata nas recepções oficiais, nem dar vistos de entrada para Israel”, explicou Goder ao Jerusalem Post. Até o momento, o ministro de Finanças, Nir Reis, apenas concordou em dar uma gratificação de cerca de R$ 1,5 mil, além de um aumento de 6,5% sobre os salários, como também 15% para os que tiverem mestrado e 14,75% para quem tiver mais de seis anos no exterior.

Carta ao premiê

Na quinta-feira passada, vinte embaixadores israelenses pediram a intervenção de Netanyahu para acabar com a greve e “salvar o serviço exterior de Israel”. Os diplomatas veteranos recordaram ao premiê que ele já serviu como embaixador israelense na ONU e como diplomata em Washington e sabe que o serviço exterior é parte da segurança nacional. “Assim como o Estado precisa dos seus melhores homens em altas posições no sistema de defesa, precisa deles no campo diplomático também, que está se tornando mais importante e relevante para a força nacional todos os dias”, disseram os embaixadores em carta aberta direcionada a Netanyahu. Os diplomatas veteranos reclamam que o ministro de Finanças ignora os “salários humilhantes” e destacam que a crise pode levar a sérios prejuízos da posição de Israel no mundo.

A greve já impediu que o país recebesse duas visitas de Estado consideradas importantíssimas para o país: a do presidente russo, Dimitri Medvedev, a da chanceler alemã, Angela Merkel. “Desde 27 de dezembro não preparamos nenhuma visita oficial, quer se trate de personalidades israelenses que vão ao exterior ou de convidados por Israel”, concluiu Goder. Uma importante autoridade do gabinete politico militar de Israel recebeu um convite para vir ao Brasil em fevereiro, mas se a paralisação continuar, corre o risco de ser cancelada.

Bolivia: fuga de cerebros, como era de se esperar

A matéria ilustra como e por que são tão difíceis os negócios em países capturados pelo nacionalismo estatizante, como na Bolívia atual. O mesmo sucede na Venezuela, no Equador e em outros lugares similares...
Paulo Roberto de Almeida

Empreendedor de gás na Bolívia prefere ir para EUA
Marcos de Moura e Souza - de La Paz
Valor Econômico, 19/01/2011

Caso de engenheiro boliviano mostra como é difícil ambiente de negócios do setor no país
O engenheiro Tribor Rakela vê mais oportunidades em Dakota do Norte, que pode se transformar num "novo Texas"
Há pouco mais de um ano, o engenheiro boliviano Tribor Rakela retornava a La Paz depois de 15 anos no exterior. Fundou uma empresa de consultoria para a indústria de energia e tinha a expectativa de que o potencial de gás da Bolívia se traduziria logo em negócios. Apostava também nos sinais de que o governo Evo Morales iria afrouxar as condições para empresas privadas. Mas seu otimismo minguou. As condições não melhoraram para ele nem para as grandes petroleiras que estão operando a meia carga no país desde a nacionalização do setor de hidrocarbonetos em 2006. Na sexta-feira, Rakela embarcou para o Estado americano de Dakota do Norte para prospectar negócios com o gás e conhecer a região que poderá seu novo lar caso nada realmente mude para o setor de energia em sua terra natal.
A história de Rakela e da Rakoil, a empresa que criou com outros dois bolivianos e um venezuelano, é uma síntese das dificuldades enfrentadas pelas companhias que exploram gás na Bolívia. Assim, como esse pequeno empresário de 38 anos, neto de um croata, grandes petroleiras e aguardam uma revisão na lei do gás e condições mais favoráveis para as empresas privadas. Sem essas mudanças, diz Rakela, ele possivelmente não será o único a buscar outros mercados e a engavetar de vez os planos para a Bolívia.

"Era para a nova lei de hidrocarbonetos ter saído há um ano, mas com a eleição do novo Congresso, houve muitas leis que ganharam prioridade e o governo deixou um pouco de lado as discussões sobre as novas regras", diz o empresário. Sua esperança - assim como a de representantes do setor e de especialistas em energia - é de que o governo atenda a algumas demandas do setor. Entre elas, o aumento do preço do barril de petróleo que vigora na Bolívia, de US$ 27,5; um aumento da remuneração das empresas privadas ou a possibilidade de elas passarem a recorrer a um tribunal internacional em caso de litígio com o governo, algo vetado nos contratos atuais.

A julgar pelas declarações feitas do vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, ao Valor na sexta-feira, uma nova lei do gás manterá intactas as condições em vigor.

"O destino da Rakoil está vinculado a essa nova lei", disse o empresário à reportagem na semana passada, em La Paz. "Mas nós não podemos ficar de braços cruzados. Por isso é que estou indo para os EUA. Se as coisas melhorarem aqui, ficamos com os pés na Bolívia. Se a lei que venha a ser aprovada for boa, levamos nosso plano adiante de não apenas atuarmos como consultores, mas também de fundarmos uma petroleira", diz Rakela. "Se a lei não for boa para as empresas, vamos embora."

Rakela parece empolgado com seu plano B. "Há oportunidades muito boas no norte dos EUA, em Dakota do Norte, em Montana, com o gás de xisto. Se as coisas se confirmarem lá, Dakota se transformará em um novo Texas."

Formado em engenharia petroleira na Universidad Mayor de San Andrés, escola pública das mais prestigiadas da Bolívia - onde hoje dá aula -, Rakela conseguiu rapidamente um emprego na Schlumberger, a gigante internacional de prestações de serviços para a indústria de petróleo e gás. Foi então transferido para a Argentina, depois para a Colômbia. Ocupou cargos também no Canadá, México, EUA e Venezuela - uma trajetória semelhante a de muitos colegas de faculdade que fizeram carreira no exterior, diz ele. Ao deixar a empresa para tentar se estabelecer com um negócio próprio na Bolívia, a há um ano e dois meses, Rakela era gerente de operações no país de Hugo Chávez.

A Rakoil - quem tem um pequeno escritório em La Paz e contrata equipe de técnicos à medida que fecha contratos - presta serviços técnicos, de avaliação e fiscalização de poços e estratégias de industrialização. Chegou a fechar um contrato com o governo central exatamente sobre como industrializar o gás, mas com as petroleiras privadas segurando os investimentos, o futuro da consultoria não parece dos mais brilhantes. "Se não sair uma nova lei positiva para o setor, petroleiras grandes poderão também vir a deixar o país ou ficar aqui com pouco pessoal mais experimentado e investimentos contidos. É isso o que se diz no mercado."

Homens sao de Marte, mulheres de Venus, ao que parece...

Pronto, vamos ser novamente bombardeados com aquele besteirol antigo que dizia que a Terra tinha sido habitada por seres vindos do espaço.
Deu no Estadão:

Moléculas essenciais para a vida podem ter vindo do espaço
Nasa descobre evidências de que aminoácidos que formam seres vivos podem ter vindo de asteroides
Estadão online, 19/01/2011

Pensando bem, alguns desses seres ainda continuam entre nós, alheios a tudo o que é terreno, só pensando nas suas pequenas obsessões extra-terrestres, entre elas a volta ao poder...
Paulo Roberto de Almeida

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...