sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Pobreza, desigualdade e política externa: o que uma coisa tem a ver com a outra? - Paulo Roberto de Almeida

Pobreza, desigualdade e política externa: o que uma coisa tem a ver com a outra?

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: debate público; finalidade: esclarecimento conceitual] 

Pelas evidências disponíveis visualmente – ausência de serviços coletivos adequados, em saúde e ensino público, por exemplo, em segurança pública, ameaça de novos cortes nos chamados “direitos sociais”, etc. – o Brasil é um país pobre e desigual.
Mas atenção: o Brasil não é um país pobre porque é desigual, e sim exatamente o contrário. Ele é desigual porque é pobre, muito pobre, infelizmente caracterizado por uma das mais medíocres taxas de produtividade que é possível perceber num país de outra forma dotado de uma economia de mercado dita capitalista.
Aqueles que insistem na questão da desigualdade, e que portanto pretendem reduzi-la pela atribuição de mais “direitos sociais” às supostamente vítimas de um sistema capitalista “desigual e iníquo”, vão conseguir apenas tornar o país ainda mais pobre, e portanto desigual e iníquo. Os que não percebem que o Brasil deixaria de ser tão desigual se deixasse de ser tão pobre, vão continuar insistindo na via distributiva pela via constitucional, legal, da “conquista de direitos”, da “repartição da riqueza dos mais ricos”, da “taxação dos privilegiados”, e portanto vão continuar aprofundando a pobreza geral dos brasileiros, ao mesmo tempo em que reforçam a riqueza dos que já são ricos, e que costumam ser exatamente aqueles que proclamam essas “verdades inquestionáveis”. Infelizmente o Brasil chegou a essa inversão de sentidos, e não parece perto de se livrar deles, para aumentar a riqueza dos mais pobres e assim tornar o país um pouco menos desigual. 
Não se trata, em princípio, de uma incapacidade técnica em diminuir a pobreza e a desigualdade. Trata-se de uma incapacidade mental em perceber o verdadeiro nexo entre a criação de riqueza e a produção de desigualdade. Pode-se, aliás, chegar a essa constatação pela simples aplicação da teoria marxista da “mais valia”, uma incoerência econômica absoluta, mas que no Brasil, ou entre aqueles que proclamam a preeminência da redução da desigualdade sobre a criação de riqueza, passa por um bom método de análise da “realidade social”, a de que o Brasil é um país capitalista desigual, e que portanto é preciso absolutamente reduzir essa desigualdade, para transformá-lo em um país capitalista um pouco menos iníquo e desigual. Vamos a esse exercício.
Como disse alguém, talvez de forma politicamente incorreta – alegadamente em sentido contrário a determinadas “cláusulas pétreas” da Constituição –, décimo-terceiro salário e adicional de férias são “jabuticabas brasileiras”, o que é provavelmente correto (com a dúvida eventual sobre a existência dessas “jabuticabas” em outras terras). Pois bem: aplicando-se a teoria marxista da “mais valia”, percebe-se facilmente que esses dois “direitos sociais”, essas duas “conquistas do trabalhador”, correspondem perfeitamente àquilo que, nessa dita teoria, seriam dois exemplos de “mais valia” para o trabalhador. Como? Mas isso é perfeitamente lógico, segundo a teoria marxista.
O que é a mais valia senão, segundo Marx, o “sobre trabalho”, aquela parte da criação de riqueza resultante do esforço do trabalhador que não lhe é diretamente pago, mas apropriado pelo capitalista no processo de produção e de reprodução do capital. Alguém pode dizer se essa definição de “mais valia” contradiz aquilo que está expresso num dos capítulos do Capital(1863)? Pois o que são o décimo-terceiro salário e o adicional de férias senão “mais valia” apropriados indevidamente pelo trabalhador, contra o processo de reprodução do capital? Se ambos não correspondem a nenhuma parte do processo de produção diretamente criados pelo trabalhador, nos seus doze meses de trabalho – o ano só tem doze meses, realisticamente – e no seu afastamento temporário do processo de produção para gozar de um descanso legítimo ao cabo de doze meses de trabalhos, esses dois “direitos” só podem corresponder a uma mais valia obtida pelo trabalhador contra a riqueza produzida pelo capitalista no processo de produção. Alguma inconsistência lógica nesse tipo de “raciocínio marxista”?
O que faz um pequeno capitalista – digamos um pipoqueiro de escola, um micro empresário em um setor qualquer da economia – em face desses dois “direitos sociais” em relação aos quais ele possui uma inquestionável dificuldade em assegurar, em vista de sua baixa produtividade geral, de suas condições precárias de exercício de uma atividade produtiva qualquer, na qual ele luta para assegurar sua própria sobrevivência? Parece-me que ele tenta “fraudar” a garantia desses dois “direitos”, que ele visivelmente tem dificuldade em garantir, justamente, porque seu “equilíbrio de mercado”, suas condições de produção não lhe asseguram “extração de mais valia” suficiente para, precisamente, pagar esses “direitos sociais” que não resultam diretamente do processo de produção, e sim de duas medidas legislativas que não tem absolutamente nada a ver com as condições gerais de equilíbrio da economia, vista de forma geral. De outra forma não seria possível compreender a imensa informalidade do mercado de trabalho no Brasil, o desrespeito evidente da maior parte dos direitos sociais garantidos pela legislação e pela Constituição, a “iniquidade” das condições de trabalho num país manifestamente capitalista, e talvez pouco orgulhoso de sê-lo.
Pois bem, o que tudo isso tem a ver com a política externa? Aparentemente nada ou quase nada, a não ser pelo fato de que outros países, pelo que é possível observar, não exibem algumas de nossas jabuticabas mais frondosas. Certos países não possuem sequer, vejam o absurdo, leis de “salário mínimo obrigatório”, outra das disposições que estão sempre se chocando com a realidade das coisas, uma vez que foi preciso inscrever na Constituição esses “direitos mínimos” até para trabalhadores domésticos, de forma a que eles também pudesses gozar dos mesmos “direitos sociais” dos trabalhadores do setor privado (aquela parte legal, inserida no mercado formal, obviamente). O fato de que outros países cresceram, se desenvolveram e se tornaram países ricos sem exibir a mesma árvore frondosa de “direitos sociais constitucionais” aparentemente não passa pela cabeça dos nossos legisladores, e de nossos diplomatas, como uma evidência de nexo entre a criação de riqueza e a diminuição das desigualdades, em perspectiva histórica comparada. 
Existe sempre uma tendência, no Brasil, a colocar o ponto de chegada de certos países avançados – os escandinavos, por exemplo – como um ponto de partida para que o Brasil também exiba certos traços virtuosos de desenvolvimento econômico e de progresso social. Como é que se consegue assegurar plenos “direitos sociais” – como, por exemplo, educação e saúde de qualidade, “do berço a cova”, como se diz – sem, minimamente, uma carga fiscal compatível? Como é que o Estado vai assegurar a plena vigência de todos esses direitos e “conquistas sociais” se a taxação sobre os ricos é tão baixa quanto ela o é manifestamente no Brasil?  Por que ainda não temos um nível de vida tão próspero quanto o dos escandinavos se nossa carga fiscal ainda não elevou-se um pouco mais, para aproximar-se da deles? 
Como é que o Brasil ainda não é um exemplo para os demais países, ao garantir tão amplos direitos para a sua população, por meio da Constituição e de uma infinidade de outras medidas legais, e contraditoriamente ainda consegue ser um país tão pobre e tão desigual?  O que fazem os diplomatas que não trazem as evidências de progressos materiais e de avanços sociais em outros países que poderiam nos ajudar a ficar tão ricos e desenvolvidos quanto eles? Será que a nossa política externa é incapaz de ver tão amplas evidências de como ser rico e desenvolvido, possuindo ao mesmo tempo tão claras demonstrações de correta tributação sobre os ricos e de adequada distribuição de benefícios em favor dos mais pobres e desvalidos? 
Talvez isso se deva a alguma forma de perversão social de nossos capitalistas, que impedem a correta aplicação de certos princípios “marxistas”, que consistiriam na correspondente “solução” aos problemas da desigualdade e da iniquidade da sociedade capitalista: essa é, como dito explicitamente nos clássicos dessa literatura, a inversão daquilo que se tem até aqui, ou seja, a “expropriação dos expropriadores”, a abolição da propriedade privada, a implementação prática daquela magnífica lei da felicidade geral dos povos, que seria garantir o funcionamento da sociedade segundo este princípio básico: “de cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades”. 
O Brasil é um perfeito exemplo desse tipo de inversão mental, no qual dois simples exemplos de “mais valia social” – décimo-terceiro salário e adicional de férias – acabam sendo considerados “cláusulas pétreas” de uma Constituição “cidadã” que, manifestamente, está destruindo as possibilidades de criação de riqueza, aumentando a produção de iniquidades sociais, e que, a despeito disso, vem sendo universalmente saudada como um poderoso instrumento de garantia de direitos sociais e de valorização da igualdade democrática dos cidadãos. 
Deve ser por alguma falha de nossa política externa, que ainda não conseguiu encontrar uma fórmula de disseminar no país tão belos exemplos de riqueza e de igualdade social existentes em outros países, já que não asseguramos os mesmos “direitos” que neles existem (em alguns pelo menos). Não se conseguiu ainda fazer com que nossos diplomatas demonstrassem outros exemplos de produtividade do trabalho que existem em determinados países, e que garantem justamente criação de riqueza e progressiva diminuição das desigualdades. Deve ser por alguma introversão mental...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 28 de setembro de 2018
Livro mais recente: A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988(São Paulo: LVM, 2018).


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos - Paulo Roberto de Almeida (org.)

Em mais alguns dias, este meu livro estará disponível, provavelmente antes em versão e-book e depois em versão impressa:
A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988(São Paulo: LVM, 2018). 


A nova Constituição é um camelo desenhado por um grupo de constituintes que sonhavam parir uma gazela...

Nossa Constituição é uma mistura de dicionário de utopias e regulamentação minuciosa do efêmero.

A Constituição de 1988 criou um hexágono de ferro, que dificulta a modernização administrativa. Os lados do férreo hexágono são: a estabilidade do funcionalismo, a irredutibilidade dos vencimentos, a isonomia de remunerações, a autonomia dos Poderes para fixação de seus vencimentos, o direito quase irrestrito à greve nos serviços públicos e o regime único de servidores.
“O hexágono de ferro” (22/10/1995)

Índice

Prefácio

Roberto Campos e a trajetória constitucional brasileira
Paulo Roberto de Almeida 



Artigos e ensaios de Roberto Campos

Parte I
Irracionalidades do processo de reconstitucionalização 
1.     Reservatório de utopias 
2.     Nosso querido nosocômio 
3.     A transição política no Brasil 
4.     A busca de mensagem 
5.     Ensaio sobre o surrealismo 
6.     Ensaio de realismo fantástico 
7.     É proibido sonhar 
8.     O radicalismo infanto-juvenil 
9.     Pianistas no ‘Titanic’ 
10.  Por uma Constituição não biodegradável  
11.  O “besteirol” constituinte, I 
12.  O ‘besteirol’ constituinte, II 
13.  O bebê de Rosemary 
14.  O culto da anti-razão 
15.  As soluções suicidas 
16.  Mais gastança que poupança 
17.  O direito de ignorar o estado
18.  O “Gosplan” caboclo 
19.  Dois dias que abalaram o Brasil
20.  Como extrair a vitória das mandíbulas da derrota
21.  Progressismo improdutivo 
22.  A ética da preguiça
23.  O escândalo da universidade
24.  A vingança da História
25.  As consequências não pretendidas
26.  Xenofobia minerária
27.  A revolução discreta 
28.  A marcha altiva da insensatez
29.  A humildade dos liberais
30.  O buraco branco 
31.  A Constituição-espartilho 
32.  Indisposições transitórias
33.  Os quatro desastres ecológicos 
34.  A Constituição “promiscuísta” 
35.  Desembarcando do mundo 
36.  A sucata mental 
37.  Loucuras de primavera 

Parte II
As utopias bizarras da nova Constituição
38.  Democracia e democratice 
39.  Nota Zero 
40.  Dando uma de Português 
41.  As falsas soluções e as seis liberdades 
42.  O avanço do retrocesso 
43.  Razões da urgente reforma constitucional 
44.  O gigante chorão 
45.  A Constituição dos miseráveis 
46.  Besteira preventiva 
47.  Saudades da chantagem 
48.  O fácil ofício de profeta 
49.  A modernidade abortada
50.  Brincando de Deus 
51.  Como não fazer constituições
52.  As perguntas erradas 
53.  Da dificuldade de ligar causa e efeito 
54.  O grande embuste... 
55.  O nacionalismo carcerário
56.  Da necessidade de autocrítica
57.  Piada de alemão é coisa séria... 
58.  O fim da paralisia política
59.  O anacronismo planejado
60.  A Constituição-saúva
61.  Assim falava Macunaíma 
62.  Três vícios de comportamento 
63.  Quem tem medo de Virgínia Woolf 
64.  O estado do abuso 
65.  Reforma política 

A Constituição contra o Brasil: uma análise de seus dispositivos econômicos

Paulo Roberto de Almeida


Apêndice: Obras de Roberto Campos


Notas sobre o autor, o organizador e demais colaboradores

Economic Freedom of the World: 2018 Report

Economic Freedom of the World

 The foundations of economic freedom are personal choice, voluntary exchange, and open markets. As Adam Smith, Milton Friedman, and Friedrich Hayek have stressed, freedom of exchange and market coordination provide the fuel for economic progress. Without exchange and entrepreneurial activity coordinated through markets, modern living standards would be impossible.
Potentially advantageous exchanges do not always occur. Their realization is dependent on the presence of sound money, rule of law, and security of property rights, among other factors. Economic Freedom of the World seeks to measure the consistency of the institutions and policies of various countries with voluntary exchange and the other dimensions of economic freedom. The report is copublished by the Cato Institute, the Fraser Institute in Canada and more than 70 think tanks around the world.

View an interactive map of economic freedom

Economic Freedom of the World: 2018 Annual Report

By James GwartneyRobert Lawson, and Joshua Hall, with the assistance of Ryan Murphy, and contributions from Pál CzeglédiRosemarie FikeFred McMahonCarlos Newland

Hong Kong and Singapore retain the top two positions with a score of 8.97 and 8.84 out of 10, respectively. The rest of this year’s top scores are New Zealand, Switzerland, Ireland, United States, Georgia, Mauritius, United Kingdom, Australia, and Canada.
It is worth noting that the United States returned to the top 10 in 2016 after an absence of several years. The rankings of other large economies in this year’s index are Germany (20th), Japan (41st), Italy (54th), France (57th), Mexico (82nd), Russia (87th), India (96th), China (108th), and Brazil (144th). The 10 lowest-rated countries are: Sudan, Guinea-Bissau, Angola, Central African Republic, Republic of Congo, Syria, Algeria, Argentina, Libya, and lastly Venezuela.
Nations in the top quartile of economic freedom had an average per capita GDP of US$40,376 in 2016, compared to $5,649 for bottom quartile nations. Moreover, the average income of the poorest 10% in the most economically free nations is almost twice the average per capita income in the least free nations. Life expectancy is 79.5 years in the top quartile compared to 64.4 years in the bottom quartile, and political and civil liberties are considerably higher in economically free nations than in unfree nations.
The first Economic Freedom of the World Report, published in 1996, was the result of a decade of research by a team which included several Nobel Laureates and over 60 other leading scholars in a broad range of fields, from economics to political science, and from law to philosophy. This is the 22nd edition of Economic Freedom of the World and this year’s publication ranks 162 countries and territories for 2016, the most recent year for which data are available.


Venezuela: sanções impostas pelos EUA contra dirigentes do regime bolivariano...

U.S. Department of State. September 25, 2018. The United States Imposes Sanctions on Venezuelan Individuals and Entities

Washington, DC - Today, the United States imposed sanctions on four current or former officials of the Government of Venezuela: First Lady and Former Attorney General Cilia Adela Flores de Maduro, Executive Vice President Delcy Eloina Rodriguez Gomez, Minister of Communication and Information Jorge Jesus Rodriguez Gomez, and Minister of Defense Vladimir Padrino Lopez.

In addition, the United States has designated additional individuals and entities that are part of a network supporting Rafael Alfredo Sarria Diaz, a key front person for sanctioned Venezuelan President of the illegitimate Constituent Assembly, Diosdado Cabello Rondon. The United States designated both Sarria Diaz and Cabello on May 18. The individuals sanctioned today that form part of the network associated with Rafael Alfredo Sarria Diaz are: Jose Omar Paredes and Edgar Alberto Sarria Diaz. The entities sanctioned for being owned or controlled by, or have acted or purported to act for or on behalf of Sarria Diaz are: Quiana Trading Limited and AVERUCA, C.A. In addition, the United States has sanctioned Panazeate SL for being owned or controlled by, or have acted or purported to act for or on behalf of, Edgar Alberto Sarria Diaz.

As a result of today’s action, all property and interests in property of these individuals and entities that are in the United States or in the possession or control of U.S. persons must be blocked and reported to Treasury’s Office of Foreign Assets Control (OFAC). OFAC’s regulations generally prohibit all dealings by U.S. persons or within (or transiting) the United States that involve any property or interests in property of designated persons.

U.S. sanctions need not be permanent; they are intended to change behavior. The United States would consider lifting sanctions for persons sanctioned under E.O. 13692 that take concrete and meaningful actions to restore democratic order, refuse to take part in human rights abuses and speak out against abuses committed by the government, and combat corruption in Venezuela.


Today’s action shows that the United States will continue to take concrete and forceful action against those who are involved in the destruction of democracy in Venezuela as well as those who are enriching themselves at the expense of the Venezuelan people. The United States will continue to use the full weight of American economic and diplomatic power to help create the conditions for the restoration of democracy for the Venezuelan people.

US TREASURY. September 25, 2018. Treasury Targets Venezuelan President Maduro’s Inner Circle and Proceeds of Corruption in the United States

Washington – Today, the U.S. Department of the Treasury’s Office of Foreign Assets Control (OFAC) designated four members of Venezuelan President Nicolas Maduro’s inner circle, including First Lady and former Attorney General and President of the National Assembly Cilia Adela Flores de Maduro.  OFAC also targeted a network supporting a key front man for designated President of Venezuela’s National Constituent Assembly (ANC) Diosdado Cabello Rondon, and identified as blocked property a $20 million U.S.-based private jet as belonging to Cabello’s front man.

“President Maduro relies on his inner circle to maintain his grip on power, as his regime systematically plunders what remains of Venezuela’s wealth. We are continuing to designate loyalists who enable Maduro to solidify his hold on the military and the government while the Venezuelan people suffer,” said Secretary of the Treasury Steven T. Mnuchin.  “Treasury will continue to impose a financial toll on those responsible for Venezuela’s tragic decline, and the networks and front-men they use to mask their illicit wealth.” 

VENEZUELA’S DECLINE

By the end of 2018, hyperinflation in Venezuela is projected to reach over one million percent.  Three million Venezuelans will have departed Venezuela for neighboring nations to escape widespread poverty and its attendant hardships.  The Maduro regime, meanwhile, continues to pursue failed policies and financing schemes to mask the regime’s corruption and gross mismanagement.  The United States has imposed sanctions on many who have profited during Venezuela’s decline — like former Executive Vice President Tarek El Aissami (El Aissami) and Cabello — as well as front-men like Rafael Sarria whose relative anonymity is used to the benefit of senior officials. 

The United States will continue to use every available diplomatic and economic tool to support the Venezuelan people’s efforts to restore their democracy.  U.S. sanctions need not be permanent; they are intended to change behavior.  The United States has made it clear that we will consider lifting sanctions for persons designated under E.O. 13692 who take concrete and meaningful actions to restore democratic order, refuse to take part in human rights abuses, speak out against abuses committed by the government, and combat corruption in Venezuela.

MADURO’S INNER CIRCLE

OFAC designated Nicolas Maduro on July 31, 2017.  Today’s designations target key current or former officials of the Venezuelan government.  Maduro has relied on key figures, such as previously designated Cabello and El Aissami, and those officials being designated today, to maintain his grip on power.  Maduro has also installed another member of his inner circle and lifelong member of the Venezuelan military, Vladimir Padrino Lopez, to help ensure the military’s loyalty to the Maduro regime.  Finally, Maduro has given Delcy Eloina Rodriguez Gomez and Jorge Jesus Rodriguez Gomez senior positions within the Venezuelan government to help him maintain power and solidify his authoritarian rule.
  • Cilia Adela Flores De Maduro (Flores) is the wife of President Nicolas Maduro.  She resigned from her position as a National Assembly Deputy in mid-2017 to run as a candidate for the ANC.  Prior to this resignation, Flores was a principal for the Cojedes State in the Venezuelan National Assembly.  In February 2017, Flores was a member of the Presidential Commission responsible for the formation and operation of the ANC process.  From August 15, 2005 through January 5, 2011, Flores was the President of the Legislative Power (National Assembly).  In February 2012, now-deceased former President, Hugo Chavez, appointed Flores as the Attorney General of Venezuela. 
  • Delcy Eloina Rodriguez Gomez (Delcy Rodriguez) was delegated the role and authorities of the Executive Vice President of Venezuela on June 14, 2018.  On August 4, 2017, Delcy Rodriguez was elected president of the new ANC, a position now held by Cabello.  In December 2014, Delcy Rodriguez was named the Minister of Popular Power for External Relations.
  • Jorge Jesus Rodriguez Gomez (Jorge Rodriguez) was appointed to the position of Minister of Popular Power for Communication and Information in late 2017.  On November 23, 2008, Jorge Rodriguez was elected Mayor of Caracas, Libertador District, and held the position until he was appointed to the aforementioned Minister position.  On January 8, 2007, Jorge Rodriguez was sworn in as the Vice President of Venezuela.
  • Vladimir Padrino Lopez (Padrino) was appointed the Sectoral Vice President of Political Sovereignty, Security, and Peace (Venezuelan Defense Minister) in June 2018.  He previously held a multitude of military posts, including Second Commander and Chief of the General Staff of the Bolivarian and Joint Chief of Staff of the Central Integral Defense Strategic Region.
RAFAEL ALFREDO SARRIA DIAZ’S FRONT NETWORK

OFAC designated Rafael Sarria on May 18, 2018 for acting for or on behalf of Cabello as his front person and maintaining an illicit business relationship with Cabello since at least 2010.  During this time, Rafael Sarria owned several real estate properties in Florida that were registered under his name, but in reality he acted as the named representative for Cabello on these properties.  As of 2018, Rafael Sarria continues to advise and assist Cabello, profiting from the investment of Cabello’s corruptly obtained wealth. 

Today, OFAC identified a Gulfstream 200 private jet, tail number N488RC, located in Florida, as blocked property.  Rafael Sarria originally purchased the plane, but his beneficial ownership had been obfuscated through the following companies that act for or on his behalf:
  • Agencia Vehiculos Especiales Rurales y Urbanos, C.A. (AVERUCA, C.A.): AVERUCA, C.A. is a Venezuelan company that currently operates the aforementioned aircraft, and for which Rafael Sarria is identified as the President.  As the President of AVERUCA, C.A., Rafael Sarria purchased the aircraft in 2008 for an approximate price of $20 million. 
  • Jose Omar Paredes (Paredes):  Paredes is identified as the Chief Pilot of AVERUCA, C.A., and given this role, he is responsible for the operational control of the aircraft.
  • Quiana Trading Limited (Quiana Trading):  Quiana Trading is a British Virgin Islands company for which Rafael Sarria, at the time of registration in 2009, was the President and sole shareholder.  Quiana Trading is the beneficial owner of the aforementioned aircraft through a trust agreement.
  • Edgar Alberto Sarria Diaz (Edgar Sarria):  Edgar Sarria is identified as a Director of Quiana Trading.  Additionally, Edgar Sarria is the Chief Executive Officer and sole shareholder of Panazeate SL.
  • Panazeate SL:  Panazeate SL is a company based in Valencia, Spain, which is owned or controlled by Edgar Sarria.
As a result of this action, all property and interests in property of those designated today subject to U.S. jurisdiction are blocked, and U.S. persons are generally prohibited from engaging in transactions with them.

FULL DOCUMENT: https://home.treasury.gov/news/press-releases/sm495

U.S. Department of State. September 25, 2018. United States Continues To Assist Venezuelans in Need

Washington, DC - Vice President Mike Pence announced today at the 73rd regular session of the United Nations General Assembly in New York, NY, more than $48 million in additional humanitarian U.S. assistance for Venezuelans affected by the man-made crisis in Venezuela.

This funding will help provide affected Venezuelans with emergency food assistance, safe drinking water, hygiene supplies, shelter, protection from violence and exploitation, and work and education opportunities, in coordination with other NGOs and government partners. This funding includes contributions to the UN High Commissioner for Refugees (UNHCR), the UN Children’s Fund (UNICEF), and the International Organization for Migration (IOM) to meet the humanitarian needs of vulnerable Venezuelans throughout the region. This funding also supports the UN World Food Program’s emergency response efforts to help feed Venezuelans in Colombia as well as those who have recently arrived in Ecuador. It also supports non-governmental organizations (NGOs) that are delivering humanitarian aid to Venezuelans and hosting communities in Brazil, Colombia, Ecuador, Peru and other countries throughout the region.

This additional $48 million brings total U.S. humanitarian assistance for vulnerable Venezuelans and for the neighboring communities hosting those who have fled to more than $95 million since the beginning of Fiscal Year 2017. This $95 million total in humanitarian assistance is complemented by $23.5 million in economic support and development assistance dedicated to Colombia to help boost its capacity to absorb incoming Venezuelans.

The United States remains concerned about the struggle Venezuelan citizens face every day to meet their families’ basic needs amid the chaos and repression unleashed by the Maduro regime, and urges increased support for the well-being of the Venezuelan people and the restoration of their democracy. Further, the United States calls on the Maduro regime to immediately allow international aid, including food and medicine, to reach Venezuela at a sufficient scale to meet growing humanitarian needs.

The United States greatly appreciates the generosity and compassion of countries throughout the hemisphere who are hosting hundreds of thousands of Venezuelans fleeing the crisis in their country. The United States commends the humanitarian contributions made by all donors, and encourages them to make additional funding available to meet the growing crisis.

Amazonia: a eterna esquecida - Belisario Arce

Prezados Associados e Amigos da PanAmazônia,

Compartilho transcrição de meu comentário no Observatório Pan-amazônico desta quinta-feira, transmitido pela CBN Amazônia, FM 101.5. Tema: eleições e oportunidades para a retomada do desenvolvimento econômico na Amazônia.

A Amazônia está engessada. O cenário econômico regional é o pior em muitas décadas. Há um acúmulo de leis que não foram feitas por nós, amazônidas, um excesso de regulamentação que trava o desenvolvimento econômico das sociedades amazônicas.

Entre muitos fatores desfavoráveis, há de salientar-se a agenda ambientalista e a ideologia de esquerda. Ambas têm contribuído muito para esse cenário de apatia socioeconômica.

Exemplo disso são as vastas porções de terras na Amazônia que foram transformadas em áreas de proteção ambiental ou reservas indígenas gigantescas. Uma dela, a propósito, inviabilizou a economia do Estado de Roraima, que hoje passa por situação dificílima.

Outra mazela foi o avanço do assistencialismo das bolsas sociais, como é o caso da bolsa família e da bolsa floresta, tornando reféns da politicagem as populações carentes que as recebem, e as mantendo para sempre na dependência e na pobreza.

A sociedade aparenta estar cansada desses exageros dos ambientalistas e da ideologia de esquerda. As pessoas vão se dando conta de que são discursos oportunistas e mentirosos.

Estas eleições refletem esse cansaço dos eleitores, os quais tendem a votar em candidatos que se opõem a tudo isso e que defendem uma agenda liberal e o desenvolvimento das potencialidades da Amazônia.

Aí, reside uma grande oportunidade.

Uma agenda liberal, essa é a grande oportunidade. A Amazônia precisa de liberdade para desenvolver todas suas potencialidades econômicas e explorar suas vastas riquezas naturais.

É imperioso nos livrarmos dos excessos de regulamentações que engessam a economia. Como está, nenhum empresário investe porque sabe que vai ter de enfrentar um inferno burocrático.

É importante ter clareza de que o desenvolvimento econômico amplo, irrestrito e integral da Amazônia é plenamente compatível com a conservação ambiental. Quem afirma o contrário mente.

O que é incompatível com a proteção de nossas florestas é a pobreza e a miséria que afligem tantos amazônidas.

Nestas eleições, temos uma grande oportunidade de mudar tudo isso. Há candidatos, especialmente, um deles à Presidência da República, inclusive, com boas chances de ser eleito, que defendem de modo muito claro uma agenda liberal e a necessidade de priorizar o desenvolvimento econômico da Amazônia.

Esse posicionamento inequívoco em defesa da prosperidade regional da Amazônia não se via no discurso de presidenciáveis há muito tempo.

É uma oportunidade excepcional para as sociedades da Amazônia. Temos de agarrar essa chance com unhas e dentes, e votar certo, escolhendo o candidato que seja favorável à prosperidade de nossa gente.

Cabe uma última ponderação: se as eleições resultarem mal, e um governo, mesmo que minimamente, de esquerda assumir o poder, o Brasil não aguentará. O que se seguirá será traumático.

Belisário Arce, para o Observatório Pan-amazônico, na CBN Amazônia, FM 101.5

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...