quinta-feira, 18 de maio de 2023

As três chaves da relação Brasil-Rússia - Marco Bastos (Cadernos Adenauer)

As três chaves da relação Brasil-Rússia

Marco Bastos, Analista político


No dia 15 de abril, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva estava em Beijing para uma visita de Estado ao imperador chinês Xi Jinping. Em uma entrevista, Lula criticou Estados Unidos e União Europeia por “incentivarem a guerra”. Nos dias posteriores Lula deu várias declarações que igualavam o agressor Rússia e a agredida Ucrânia. Depois, o chanceler russo Sergei Lavrov visitou Lula na residência presidencial em Brasília. Ao lado do Ministro das Relações Exteriores brasileiro Mauro Vieira, Lavrov disse que Brasil e Rússia “tinham a mesma visão” de mundo..

 

https://234302.mailings.kas.de/c/42311793/1129d93d7766-ruvcns

 

Cadernos Konrad Adenauer, O Brasil em Foco, 2023

 


Cronologia Diplomática do Governo Getúlio Vargas, 1951-1954 - Eugênio Vargas Garcia

 Cronologia Diplomática do Governo Getúlio Vargas, 1951-1954

 

Eugênio Vargas Garcia: 

Cronologia das Relações Internacionais do Brasil

(2ª. ed.; Rio de Janeiro: Contraponto, 2006; 3ª. ed.: 2017]

 

1951

Getúlio Vargas inicia seu segundo governo e João Neves da Fontoura é reconduzido ao cargo de ministro das Relações Exteriores (31 jan.). 

Promulgada lei que estabelece o monopólio estatal e impõe severas restrições às exportações brasileiras de minerais radioativos (15 mar.). 

Na IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores Americanos, em Washington, convocada para discutir a defesa do hemisfério contra ameaças do bloco comunista, o chanceler Neves da Fontoura defende a necessidade da promoção do desenvolvimento como a melhor forma de impedir o avanço de ideologias exógenas na América Latina (26 mar.). 

Em carta dirigida a Getúlio Vargas, o presidente Truman, seguido depois pelo secretário-geral da ONU, Trygve Lie, solicita ao Brasil o envio de tropas para a Guerra da Coréia (9 abr.). O governo brasileiro, no entanto, rejeita maior envolvimento militar no conflito e não atende ao pedido norte- americano. 

Criada Legação do Brasil junto ao governo de Israel, em Tel-Aviv (12 abr.). 

A criação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA), com base no Memorando Monet e no Plano Schuman, lança o processo de integração na Europa Ocidental a partir do eixo Paris-Bonn (18 abr.). 

Tratados de Paz e Assistência Militar entre os EUA e o Japão (8 set.).

Criada Embaixada do Brasil junto ao governo do Paquistão, em Islamabad (16 out.). 

Concluídas negociações bilaterais para a venda de manganês, urânio e areias monazíticas do Brasil aos EUA (26 dez.). 

O Brasil sedia, no Rio de Janeiro, o I Congresso da União Latina, organização voltada para a cooperação cultural entre Estados de língua de origem latina. 

O jurisconsulto brasileiro Levi Fernandes Carneiro é eleito juiz da Corte Internacional de Justiça. 

1952

Decreto regulamenta a remessa de lucros do capital estrangeiro no Brasil (3 jan.). 

Após missão a Washington do general Góes Monteiro, no ano anterior, é concluído Tratado de Assistência Militar entre o Brasil e os EUA (15 mar.). A execução do Tratado, sem vinculação com as reivindicações econômicas levantadas pelo lado brasileiro, consistirá basicamente no fornecimento ao Brasil de equipamentos e materiais usados das Forças Armadas norte-americanas. Ratificada pelo Brasil a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, concluída em 1948 (15 abr.). 

Com a instalação de Embaixada em Taipé (abr.), o Brasil declara que mantém relações diplomáticas com o governo nacionalista da República da China em Taiwan. 

Criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE, atual BNDES), por sugestão da Comissão Mista Brasil-EUA (JBUSEDC), a fim de centralizar a execução de programas e projetos (20 jun.). 

O secretário de Estado norte-americano, Dean Acheson, visita o Brasil, em “férias de trabalho”, e discute os trabalhos da JBUSEDC, entre outros assuntos (2-3 jul.). A visita ilustra as contradições da política dos EUA para a América Latina, de alta prioridade à questão da segurança e ajuda modesta no campo econômico. 

Porto Rico se torna oficialmente Estado livre associado aos EUA (25 jul.). 

Adotada pela UNESCO a Convenção Universal sobre Direito do Autor (6 set.). O Brasil adere em 1960. 

1953

Aprovada, pelo Congresso brasileiro, lei que elimina restrições anteriores às transferências de lucros, juros e dividendos ao exterior (7 jan.). 

Elevadas à categoria de Embaixada as Legações do Brasil nos países da América Central: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua (12 jan.). Será assinado, ainda, Tratado de Amizade entre o Brasil e a Nicarágua (24 set.). 

Na União Soviética, morre Stalin (5 mar.), que será substituído por Kruschev. 

Ao sugerir a assinatura de um pacto econômico com o Brasil e o Chile, o presidente da Argentina, Juan Domingo Perón, afirma em carta a Vargas que “o ano 2000 nos achará unidos ou dominados” (6 mar.). 

O novo presidente norte-americano, o republicano Dwight Eisenhower, imprime nova orientação e extingue unilateralmente a Comissão Mista Brasil-EUA para o Desenvolvimento Econômico (JBUSEDC), desativada em dez. (3 jun.). 

Vicente Rao, professor e advogado paulista, assume o Ministério das Relações Exteriores (1° jul.). 

O almirante Álvaro Alberto, presidente do Conselho Nacional de Pesquisa, faz viagem à Europa (Alemanha, França) para obter cooperação técnico-científica ao desenvolvimento da política atômica brasileira, incluindo a importação de três ultracentrífugas alemãs para enriquecimento de urânio (jul.). 

Armistício na Guerra da Coréia cria zona desmilitarizada no paralelo 38 (27 jul.). 

O presidente do Peru, general Manuel Odria, realiza visita ao Brasil (ago.). 

Criada Legação do Brasil junto ao governo da Indonésia, em Jacarta (28 set.). 

Após intenso debate no país entre os segmentos “nacionalistas” e “entreguistas”, a campanha “O Petróleo é Nosso” culmina com a criação da Petrobrás, que passa a deter o monopólio da exploração do petróleo no Brasil (3 out.). 

A Instrução no 70 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) encarece os produtos importados para estimular a indústria nacional (9 out.). 

Organizada a Comissão Mista Brasil-Alemanha de Desenvolvimento Econômico (31 out.). A RFA já é o segundo país exportador para o Brasil, atrás apenas dos EUA. 

Celebrado, no Rio de Janeiro, o Tratado de Amizade e Consulta entre o Brasil e Portugal, com vistas a fortalecer o diálogo político bilateral (16 nov.). 

Lei adota novo regime de comércio exterior, com cinco categorias de produtos, e cria a Carteira de Comércio Exterior (CACEX) do Banco do Brasil (29 dez.).  

1954

Efetivado, sem a participação do Brasil, o Acordo Internacional do Açúcar (1° jan.).

Decreto assinado por Vargas impõe novas restrições ao capital estrangeiro, limitando a 10% ao ano a remessa de lucros e dividendos ao exterior (5 jan.). 

Fundação, no Rio de Janeiro, do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) (27 jan.).

A X Conferência Internacional Americana, em Caracas, adota Convenção sobre Asilo Diplomático e aprova resolução, proposta pelos EUA, contra a “intervenção do comunismo internacional” nas Américas (28 mar.). 

A proposta argentina de um novo Pacto ABC não avança, pois Vargas encontra-se pressionado pela oposição (abr.), que o identifica com o regime peronista e o acusa de pretender estabelecer no Brasil uma “república sindicalista” (suspeitas de uma “aliança secreta” entre Vargas e Perón, por afinidade ideológica e mútua simpatia). 

Intervenção norte-americana na Guatemala leva à deposição do governo nacionalista do presidente Jacobo Arbenz, que desapropriara terras da United Fruit Co. (28 jun.). 

Com o fim da Guerra da Indochina, os franceses se retiram e o Vietnam é dividido entre o Norte comunista, com capital em Hanói, e o Sul, em Saigon (21 jul.). 

Elevada à categoria de Embaixada a Legação do Brasil em Beirute, Líbano (31 jul.). 

O atentado a Carlos Lacerda, na rua Toneleros, precipita a crise política que leva ao suicídio de Getúlio Vargas (24 ago.). Manifestações populares, estimuladas pela carta-testamento de Vargas, atacam representações consulares, a Embaixada dos EUA, empresas e bancos estrangeiros. João Café Filho assume como presidente interino, tendo Raul Fernandes como ministro das Relações Exteriores (26 ago.). 

Fracassa, por oposição francesa, a Comunidade de Defesa Européia (30 ago.). 

Aberta, no Rio de Janeiro, a Conferência de Ministros das Finanças dos Países Americanos (22 nov.). O presidente Café Filho advoga maior cooperação econômica e a criação de um banco interamericano. 


Uma visão pessimista sobre a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia - Scott C. Dunn (Medium)

 

The Historians Could Still Be Awfully Wrong About the War in Ukraine

I’ve had a few historians dog me about my articles on Ukraine. They insist that history is dispositive. They tell me that what worked for other countries will work for Russia, too. They offer the following prescription with a fair amount of uniformity and confidence: Nothing but a humiliating defeat will cure Russia of its poor behavior.

I will admit that the overwhelming and undisputable defeat of Germany and Japan did bring about some peace in the wake of the Second World War. But we still had wars after that. We had wars in Korea and Vietnam. We had Iraq, twice. Bosnia-Herzegovina, too. We took forever to get out of Afghanistan.

All of them involved the United States in some way or another. America seems to be a common element in wars around the world. That’s one reason I’m not convinced that the war in Ukraine will end if Russia were to just leave Ukraine.

Some of the historians I’ve encountered seem to think that Russia would fit the same pattern. All we have to do is deliver a humiliating defeat, followed by a big dose of disarmament, and Voila! you have peace.

But I’ve tempered my enthusiasm for war. I don’t believe in the optimists who tell me, “Look, Scott. If you could just get on board and believe what we believe, we could have unity with Ukraine. We need everyone to be on the same page so that we can help Ukraine win this war. Do you want yours with ice or room temperature?”

I’m not sure that Ukraine winning this war will bring peace.

The historians would seem to have history on their side. But those same historians seem quick to discount the uncertainty of human beings. We’re a quirky and unpredictable lot. Yes, there is a lot that can be predicted about us in peace. But in war, not so much.

When people are pressed into a mode of fight or flight, they begin to consider solutions that they would not consider in periods of peace. Historians know what I’m talking about. They know of Winston Churchill’s warning about war:

“Never, never, never believe any war will be smooth and easy, or that any one who embarks on that strange voyage can measure the tides and hurricanes he will encounter. The Statesman who yields to war fever must realise that once the signal is given, he is no longer the master of policy but the slave of unforeseeable and uncontrollable events….

“I have always urged fighting wars and other contentions with might and main till overwhelming victory, and then offering the hand of friendship to the vanquished. Thus, I have always been against the Pacifists during the quarrel, and against the Jingoes at its close.” — My Early Life, 1930

Historians will mostly agree with Churchill on war. But in this war, I see absolutely zero sentiments for the part about offering the hand of friendship to Russia if and when the war should end. I have been aghast at all the ill will toward Russia. By the talk I’ve seen of the war around here, there is zero enthusiasm for friendship with Russia after the war. Zero acknowledgment of all of the forces at work against them.

Who bothers to ask the question, “Gosh, if America didn’t continually threaten Russia with nuclear weapons, would Russia even have an arsenal of nuclear weapons, too?”

Sometimes I wonder if Russia would be a different country if the United States had courted Russia the way they did China. They were both communist countries. Each got a different treatment with different outcomes.

China became a massive industrial trading partner. Russia became a fossil fuels giant. One had to build something from nothing. The other could just extract what they had to sell from the ground.

Russia isn’t operating in a vacuum. They are responding to what we do. To say that Russia is entirely at fault for the war they are in now, lets us off the hook. To say that only Putin can end the war by leaving Ukraine lets us off the hook. To say that the only solution is a complete and total humiliation of Russia is dangerous.

That might have worked in the 20th century. But technology has changed. People have changed. The world has grown older if not wiser. Russia has found access to advanced technology despite the sanctions.

Russia also has friends that can help them and support them in its war effort in ways that America or Europe can do little about. There is still a great deal of uncertainty about what Russia has and what it can deliver to the war.

I believe that there is greater certainty in negotiating for peace than in escalating the war. Every time I bring this up, I get the same refrain in reply: once we have defeated Russia, we can talk about negotiations.

If you defeat Russia and disarm it, a power vacuum will be created, and we have no way of knowing who or what will move into the vacuum to restore the power. Human power. Unpredictable human power. You know, like Afghanistan. We came, we fought, and we left Afghanistan with greater suffering than before.

Some people think it’s just Putin’s war. He wants it all back to the way it was in 1991. If only we got rid of Putin…

Eliminating Putin will very likely give rise to passionate and political insurgencies with lots and lots of guns. God knows what they will do if they get their hands on nuclear weapons in Russia.

At least if you start negotiating for peace now, you bring the temperature down. You allow cooler heads to prevail. When negotiations begin, both sides can air their complaints. Both sides can declare what it is that they really want and see if the other side can deliver. At least in negotiations, both sides are talking to each other.

You won’t have that if you escalate the war. And if you annihilate Russia’s army, as some have expressed a desire to do, you don’t really get the full picture in negotiations. If one side has an overwhelming victory, the other side will never be heard for fear of reprisal. Resentments will simmer for generations.

Starting negotiations now, before either side has declared victory, or either side has been completely destroyed, will allow enough room for both sides to air their grievances, and make their desires known. That’s information. That information can lead to greater certainty about future events.

Nothing says commitment better than making a clear statement about what one truly desires. Once we make our desires known, we commit to them. You can’t have that kind of certainty in an escalating war. You won’t get that kind of commitment in a war that could soon widen to engulf Europe.

So go on, tell me how we’re going to escalate the war. Tell me how we’re going to defeat Russia. We’re ten months into it now. All those predictions about how Russia is going to run out of weapons, run out of missiles, run out of men, seem to be off a bit. That’s uncertainty.

Start negotiations now and peace could be a thing by spring.

Write on.

Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice - Paulo Roberto de Almeida

 Uma pesquisadora em MOSCOU (et pour cause) "desenterrou" recentemente um texto meu de 2009, do qual eu já tinha esquecido completamente. Eu o fiz para um escritório londrino de advocacia (já envolvido em questões da Rússia putinista, pós ou novamente "soviética") e nunca tinha sido publicado desde então. Eu o divulgo novamente, pois que passou praticamente despercebido naquele momento, sem que eu sequer me lembrasse de que ele tinha sido divulgado num antigo blog meu e colocado (mas sem registro imediato) na plataforma Academia.edu, o que registro agora e transcrevo o sumário e o resumo.

2023. “Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice”, Brasília, 8 Julho 2009, 17 p. Ensaio sobre o conceito em causa, para informar escritório britânico de advocacia. Revisto para Revista Contexto Internacional; parecer solicitando diversas mudanças formais, sem condições de atender temporariamente. Divulgado no blog Textos PRA (3/03/2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/569-brazil-and-non-intervention-paulo-r.html); divulgado na plataforma Academia.edu (sem data, mas verificado novamente em 18/05/2023: link: https://www.academia.edu/41574014/Non_Intervention_a_political_concept_in_a_legal_wrap_A_historical_and_juridical_appraisal_of_the_Brazilian_doctrine_and_practice_2009_).


Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap

A historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice

 

Paulo Roberto de Almeida

PhD. in Social Sciences, University of Brussels, career Diplomat.


 

Summary: 

1. Non-intervention in domestic affairs as an old Westphalian principle

2. The Calvo Doctrine in its historical context: the Droit des Gens in 19th century

3. Pan-American affairs and European intervention: the case of Venezuela, 1902

4. The Roosevelt Corollary and its political consequence: the Drago principle 

5. Brazil’s defense of sovereignty at the Second Hague Peace Conference, 1907

6. Inter-American Juridical Committee: its contribution to international law

7. Reconfirmation and evolution of the Brazilian position on non-intervention

8. Non-intervention as a test case: the bipolar age and the Cuban affair

9. Another test case: intervention in the Dominican Republic, 1965

10. Contemporary manifestations of Brazil’s conception of non-intervention

 

Abstract: Since the inception of its national State and the consolidation of professional diplomacy in the early 19thcentury, Brazil has consistently adhered to the doctrine of non-intervention, as well as to the clause of self-determination. These are two of the most enduring principles defended by Latin American countries, in the face both of real or supposed threats of European interferences in their internal affairs, and of the more concrete intervention by the U.S., armed or diplomatic against immediate neighbors in the Caribbean and Central America. Notwithstanding, Brazil was either a victim or perpetrator of violations against those principles, having been subjected to abuses by Great Britain in connection with slave traffic. Indeed, Brazil also intervened in the internal affairs of its neighbors, including Argentina, Uruguay and Paraguay. During most of the 20th century, Brazil was a staunch defender of the principles of national sovereignty and non-intervention, as well as of the absolute sovereign equality of all nations, as defended by its delegation at the Second Hague Peace Conference (1907). But Brazil was also involved, both voluntarily and involuntarily, in some paradigmatic cases in the region, such as Cuba’s expulsion from the OAS due to its support of guerrilla groups in neighboring countries. Moreover, Brazil had its own participation in the American armed intervention in the Dominican Republic (1965), and, lastly, in the case of the UN mission for the stabilization of Haiti (Minustah), which some equate with interference. Finally, recent diplomatic initiatives from Brazil towards other poor countries have been identified with a behavior of ‘non-indifference’, which is said to be a reverse complement of the non-intervention principle. A final appraisal is that non-intervention may be a juridical concept, but its effective usage has been thoroughly political and selective. 

Key words: Non-intervention. Brazil. Inter-American Affairs. Sovereignty. 


(...)


Ler a íntegra neste link: 

https://www.academia.edu/41574014/Non_Intervention_a_political_concept_in_a_legal_wrap_A_historical_and_juridical_appraisal_of_the_Brazilian_doctrine_and_practice_2009_


segunda-feira, 15 de maio de 2023

Chamada de artigos para a Revista do Instituto Histórico e Geográfico do DF - Comitê Editorial

 Chamada Pública – Edital de publicação para o N. 13 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal

(ISSN 2525-6653)

 

Período de submissão: os artigos devem ser enviados ao email ihgdfederal@gmail.com até o dia 31/07/2023

Sobre a Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal:

1) Linha Editorial

A Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal aceita para publicação artigos, ensaios, documentos, resenhas bibliográficas e biográficas, entrevistas e atualidades relacionados às áreas de ciências humanas, sociais aplicadas e linguística, letras e artes, resultantes de estudos teóricos, pesquisas, reflexões sobre práticas atualizadas na área. Os textos em português devem ser inéditos, de autores(as) brasileiros(as) ou estrangeiros(as), conforme padrão da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

2) Periodicidade: 

A Revista do IHGDF tem periodicidade semestral

3) Diretrizes para Autores

 

1. Os artigos, de preferência inéditos, terão extensão variável, de 15 a 25 páginas, com aproximadamente 36 a 60 mil caracteres.

2. Cada artigo, com título em ponto 14 e corpo do texto em ponto 12, deve vir acompanhado de resumo em português e abstract em inglês, de aproximadamente 80 palavras, bem como palavras-chave e key words. Ao final do artigo, o autor incluirá um breve currículo de até 10 linhas.

3. Na primeira página, abaixo do nome do autor, deve constar uma informação sintética sobre a formação e vinculação institucional do autor, de até duas linhas.

4. Notas de rodapé (ao pé da página) apenas quando indispensáveis; as referências bibliográficas e citações no corpo do texto devem seguir o modelo (Autor, ano: p.); bibliografia, distinguindo entre fontes e literatura secundária, deve vir em ordem alfabética ao final do artigo, observando as normas da ABNT (6023/2018).

5. Resenhas de livros terão de preferência entre 3 e 10 páginas, começando com a identificação precisa da obra, depois de eventual título fantasia.

6. Encaminhar as colaborações ao e-mail: ihgdfederal@gmail.com.

7. Os membros dos conselhos consultivo e editorial atuarão como pareceristas anônimos; pareceristas externos poderão atuar para temas especializados. 

 

 

4) Declaração de Direito Autoral

 

Ao submeter um artigo à REVISTA do IHGDF e tendo-o aprovado, os autores mantêm seus direitos autorais e concordam em ceder, sem pagamento, os seguintes direitos autorais à REVISTA do IHGDF: os direitos de primeira publicação e a permissão para esta revista redistribuir este artigo e seus dados aos serviços de indexação e referência que seus editores considerem apropriados.

 

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Cold War II: Niall Ferguson on The Emerging Conflict With China Uncommon Knowledge

 

Cold War II: Niall Ferguson on The Emerging Conflict With China

Uncommon Knowledge

Hoover Institution

814 mil inscritos

 

349 mil visualizações há 13 dias

Recorded on April 24, 2023

https://www.youtube.com/watch?v=KDLTUMIR4jg

 

Niall Ferguson is the Milbank Family Senior Fellow at the Hoover Institution and the author of numerous books, including Doom: The Politics of Catastrophe and Kissinger, 1923–1968: The Idealist. In this conversation, we cover the conflict over Taiwan: why it’s a cold war, when it started, how to avoid allowing it to become a hot war, and how to de-escalate and even win it. Along the way, Ferguson discusses the Russian invasion of Ukraine, the role of the United States and Western Europe in both conflicts, and how we can avoid once again living under the threat of nuclear war as we did in Cold War I.

 

domingo, 14 de maio de 2023

Revista Interesse Nacional: vários artigos de interesse nacional: Ucrânia, meio ambiente, etc.

 

O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para política externa, Celso Amorim, viajou nesta semana à Ucrânia e propôs ao presidente Volodimir Zelenski o início de um processo diplomático para tentar dar início às negociações de paz. Em editorial, o embaixador Rubens Barbosa, coordenador editorial da Interesse Nacional, avalia que, embora a expectativa de Lula fosse que a viagem do assessor especial trouxesse indícios e soluções para que se possa começar a conversar sobre a paz, as perspectivas de negociação para a suspensão das hostilidades estão ainda muito difusas e distantes. Leia o artigo completo.

Além da proposta de colocar o Brasil como um mediador em busca da paz, o governo também continua tentando projetar o país como uma liderança na área ambiental. Em sua estreia como colunista da Interesse Nacional, o professor de estudos latino-americanos e geografia Robert Toovey Walker argumenta que o plano do presidente para desenvolver a Amazônia pode criar uma redução artificial do desmatamento com projetos de infraestrutura que aumentarão a destruição no futuro.

A semana ainda incluiu análises sobre a capacidade do Brasil de ter influência no mundo e sobre rivalidades políticas em nações polarizadas.

Repasse este e-mail para quem você quiser e avise que é possível assinar a newsletter da Interesse Nacional clicando aqui. 

Boa leitura!

Daniel Buarque
Editor-executivo - Interesse Nacional

As promessas e mais promessas ambientais


Parar completamente o desmatamento da Amazônia será uma tarefa difícil, e pode determinar o legado do novo governo de Lula e mesmo o futuro do planeta. Em sua estreia como colunista da Interesse Nacional, o professor de estudos latino-americanos e geografia Robert Toovey Walker argumenta que o plano do presidente para desenvolver a Amazônia pode criar uma redução artificial do desmatamento com projetos de infraestrutura que aumentarão a destruição no futuro.

Leia o artigo completo

Apesar de a emergência climática ser reconhecida pelos principais atores do mundo, ações contra o aquecimento global não parecem ter efeito suficiente. Para o professor de engenharia florestal Víctor Resco de Dios, o planeta sofre de miopia climática severa e a indiferença deve ser a resposta mais provável que encontraremos em alguns anos.

Leia o artigo completo

A transição ecológica merece um novo contrato social. Compensações e compromissos devem ser compartilhados de forma transparente com as partes interessadas e o público em geral. Isso nada mais é do que garantir não só a equidade e eficácia da ação pública, mas também sua legibilidade e credibilidade.

Leia o artigo completo

Influentes, quem?


Rankings que medem imagem e influência de diferentes países seguem metodologias limitadas e influenciadas pela mentalidade centrada no Ocidente rico. Para o diplomata Hayle Melim Gadelha, o Brasil poderia formular métricas que aferissem o lugar do país no imaginário do mundo multipolar que se conforma.

Leia o artigo completo

Investigações e imagem


Investigação sobre vacinação de casal Bolsonaro tem destaque no exterior. Na primeira semana de maio, foi registrado o total 56 textos com menção ao Brasil nos sete veículos analisados, volume um pouco abaixo da média semanal doÍndice de Interesse Internacional (iii-Brasil). A maior proporção dos textos teve tom neutro, atingindo 67% da cobertura sobre o país, já as reportagens com tom negativo foram 19% e as notícias de tom positivo foram apenas 14%. Demonstrando o aumento das notícias factuais e diminuição das notícias de teores positivos e negativos sobre o Brasil.

Leia o relatório completo

Rivalidades exageradas


As pessoas são consistentemente muito pessimistas em relação a seus opositores políticos e tendem a superestimar o extremismo, a hostilidade e o egoísmo do outro lado. Para economista comportamental, as pessoas tendem a exagerar no quanto não gostam de quem elas discordam.

Leia o artigo completo

Ficção científica e ameaças reais


Países como o Reino Unido e a França usam histórias fantásticas como uma forma de pensar em futuros possíveis e seus riscos. Para professor de Marketing a ficção científica pode ajudar a imaginar um mundo moldado por novas tecnologias e oferecer lições importantes.

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...