O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ricupero: Dilma tem visao estreita da diplomacia

A matéria já tinha sido postada aqui, na forma original publicada pelo jornal Valor Econômico, no próprio dia. Reproduzo apenas trecho destacado pelo político Cesar Maia, em sua coluna de 23/10/2013, já que ela precisa ser reafirmada.
Paulo Roberto de Almeida


EMB. RUBENS RICUPERO: DILMA TEM UMA VISÃO ESTREITA DA DIPLOMACIA!
        
(Trechos da longa e excelente matéria no Valor, 21) 1. Ao demitir, há pouco mais de dois meses, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Dilma decidiu que havia chegado a hora de mudar. Mas não apenas o titular da pasta. A presidente, segundo interlocutores, quer arejar o estilo e as práticas de uma das mais antigas instituições brasileiras. Na última formatura, Dilma perguntou a um assessor: "Quantos são engenheiros?" Nenhum era. Engenheiros, acredita a presidente, teriam uma visão mais objetiva e direta para solucionar os problemas e desafios apresentados por um mundo tão complexo como o do século XXI.
        
2. As provas são rigorosas, exigem conhecimentos sólidos de história, relações internacionais, inglês avançado, francês e espanhol razoável. Mas agora, se depender da vontade da presidente, exames e curso terão mais exigências. Ela acha que os futuros representantes do país no exterior devem aprender e saber expressar-se em árabe, mandarim e russo, além dos imprescindíveis inglês, francês e espanhol. A presidente defende também que os jovens estudantes intensifiquem o conhecimento de relações comerciais e negócios e que reforcem o domínio do uso das redes sociais.
        
3. Dilma mandou cortar os orçamentos das representações no exterior destinados a almoços, jantares, coquetéis, aluguéis de carros. Ela, dizem seus assessores, acha que esses eventos são desperdício de tempo. Os diplomatas discordam e afirmam que os eventos constroem relações que resultam em negócios e oportunidades.  Se o temperamento de Dilma não se casa com os costumes da diplomacia, servidores reclamam de sua impaciência e cobranças ríspidas.
        
4. Diz o Embaixador Rubens Ricupero: "A presidente Dilma tem uma visão estreita do dia a dia da diplomacia. Ela não entende que é impossível separar diplomacia e política externa". Diz o ex-Ministro de FHC Celso Lafer: "Isso é um assunto de Estado. A política externa é de Estado. O presidente da República conduz a política externa e dará ênfase aos assuntos que considerar mais importantes. Mas essa política não pode ser resumida aos objetivos de um partido".

O fascismo em construcao: parlamentares proibem humor nas eleicoes

Cada vez mais, todos os dias, a mentalidade fascista, proibicionista, se expande no Brasil. As pessoas nem mesmo se dão conta que estão fabricando um país infernal, cheio de regras, regulamentações, disposições cerceando a liberdade dos indivíduos. Fascismo mental se revela a cada passo, cada medida que emana do Congresso.
Paulo Roberto de Almeida

Câmara proíbe bonecos e sátira nas eleições


Ao concluir votação da minirreforma eleitoral, deputados enxugaram proposta original, mas mantiveram trechos classificados como retrocessos. Uma das mudanças limita número de fiscais no dia da eleição
Mario Coelho
Congresso em Foco, 22/10/2013
A Câmara encerrou nesta terça-feira (22) a votação dos destaques da minirreforma eleitoral. A maior parte do texto foi mantida pelos deputados, que fizeram mudanças pontuais no texto, como proibir o uso de bonecos nas campanhas e limitar o número de fiscais nas zonas eleitorais durante a apuração dos votos. No entanto, deixaram trechos como a proibição da ridicularização de candidatos e barraram o uso de material em locais privados.
Em votação apertada, 186 deputados se mostraram contra e outros 162 a favor da retirada de um trecho que pode acabar com o humor das eleições. O parágrafo em questão proíbe a divulgação de mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação. “Está proibida a sátira, a ironia”, disse Chico Alencar. “Ridicularizar é fazer humor. Se o candidato se sentiu atingido, isso já entra no degradar”, completou Vieira da Cunha (PDT-RS).
O texto do Senado, no entanto, frisa que a proibição é de candidato ridicularizar candidato, não tratando de cobertura jornalística ou humorística. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar o humor nas eleições. “Se ataca a privacidade do candidato, deve ser proibida a ridicularização”, afirmou o deputado Afonso Florence (PT-BA).
A única mudança feita pela Câmara que não estava no texto do Senado veio de uma emenda do PPS prevê a contratação de apenas dois fiscais por partido nas seções eleitorais. Autor da sugestão, o deputado Sandro Alex (PPS-PR) argumenta que o uso ilimitado, em vigor atualmente, é uma forma de compra de votos. “Se for, de fato, para simplesmente fiscalizar, bastam duas pessoas por seção eleitoral”, afirmou.
Validade
A expectativa dos deputados é que as mudanças valham para as eleições de 2014. No entanto, não há consenso entre as bancadas. Para o líder do PT, José Guimarães (CE), elas não valerão para o próximo pleito. Já o relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acredita que, com as mudanças feitas no substitutivo, elas estarão em vigor no ano que vem. É possível que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja acionado para decidir a questão.
Os deputados retomaram hoje a votação dos destaques, interrompida na semana passada após obstrução do PMDB. O motivo foi uma sugestão para retirar a proibição da veiculação de propaganda eleitoral, como faixas, placas, cartazes e bandeiras, em bens particulares. Uma parte das bancadas era favorável. Um dos argumentos é que nem o candidato poderia colocar uma faixa se lançado candidato na sua própria casa. E que os candidatos novos ou de partidos pequenos serão prejudicados por não poder fazer propaganda virtual. “Eu vou desobedecer”, bradou Chico Alencar (Psol-RJ). Entretanto, venceu a tese de que sem as propagandas, o custo das campanhas vai diminuir.
Bandeiras
Ao retomarem a análise dos destaques, os deputados mantiveram a proibição de fazer campanha em bens particulares. Em áreas públicas, como postes, paradas de ônibus e passarelas, fica vedado a veiculação de qualquer propaganda, “inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas, cavaletes e assemelhados”.
Outro destaque retirou a possibilidade de usar bonecos durante a campanha em área públicas. O DEM e a minoria queriam acabar com as bandeiras também. “Bandeira é bonito, é folclórico, mas é um jeito de comprar voto”, disse o líder da minoria, Nilson Leitão (PSDB-MT). Mesmo assim, a Câmara manteve o trecho.
No fim da sessão, líderes retiraram alguns destaques que poderiam causar polêmica. Entre eles estava a possibilidade de retomar parte do texto do Senado para permitir a contratação de cabos eleitorais. Em cidades com até 30 mil eleitores, cada candidato poderia contratar número equivalente a até 1% do eleitorado. Ou seja, quem fosse disputar uma vaga na Câmara de Vereadores teria direito a 300 pessoas para trabalhar na sua campanha. Nas cidades com mais de 30 mil votantes, pode-se acrescentar uma contratação para cada grupo de mil.
Parcelamento
Na semana passada, uma das emendas aprovadas antes da obstrução do PMDB prevê o parcelamento em até 60 meses das punições pecuniárias dadas pela Justiça Eleitoral durante a campanha. A parcela não pode ultrapassar o limite de 10% da renda do candidato multado.
Os deputados também deixaram clara a proibição de donos de empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos doarem para campanhas políticas. A redação do Senado deixava uma brecha ao indiretamente permitir que familiares ou até outras empresas do mesmo grupo, que não tenham vínculo com o poder público, contribuíssem para candidatos.

Pandora, ou a irresponsabilidade fiscal do governo federal - AlexandreSchwartsman

Pandora
Quando os homens, criados por Prometeu, obtêm dele o fogo, põem em perigo o domínio dos deuses. Pandora, a mulher, é então criada e recebe, dentre outros presentes, a famosa caixa (na verdade uma ânfora) que não poderia ser aberta, mas que, obviamente, o foi, libertando todos os males que afligem a humanidade e a deixam à mercê dos deuses, permanecendo presa no fundo apenas a esperança. Tentação, queda e outros arquétipos fazem desta narrativa parte central da mitologia grega, ecoando, não por acaso, outras histórias de perdição.

E por que falo disto? Porque me parece claro que outra caixa de Pandora está para ser aberta, no caso com a renegociação das dívidas de estados e municípios, cujas consequências – se não tão severas quanto a queda da humanidade do seu estado de graça – ainda são graves o suficiente para preocupar qualquer analista minimamente atento.

Na segunda metade dos anos 90, como parte do esforço de estabilizar as finanças públicas, o governo federal reestruturou as dívidas de alguns estados e municípios. Estes se tornaram devedores da União pagando taxas bastante inferiores às que tomariam recursos no mercado. Em contrapartida, se viram obrigados a destinar parcela de suas receitas ao pagamento destas dívidas, o que os acabou forçando a gerar superávits primários, colaborando para o esforço fiscal do setor público como um todo.

(Se alguém notou o paralelo com a questão europeia, parabéns! É precisamente este tipo de arranjo que se tem em mente quando se fala de federalização das dívidas nacionais em troca de uma centralização da política fiscal na Zona do Euro).

Isto dito, a camisa de força resultante da reestruturação das dívidas subnacionais sempre foi um fator de desconforto para governadores e prefeitos, que, praticamente em seguida à assinatura dos contratos, buscaram formas de rever os acordos para obter espaço adicional para novos gastos. No entanto, sob pena de perderem as transferências federais, acabavam por se conformar, pelo menos por algum tempo.

Mais recentemente, porém, voltaram à carga, argumentando que a dívida seria “impagável”, já que teria continuado a crescer mesmo depois de todos os pagamentos efetuados até agora. Isto parece fazer sentido, pois a dívida de estados e municípios com a União renegociada sob a Lei 9496/97, que era R$ 154 bilhões no final de 2000, atingiu pouco mais de R$ 468 bilhões em agosto deste ano.

Apenas não se menciona que no mesmo período o PIB aumentou de R$ 1,236 trilhão para R$ 4,638 trilhões, ou seja, a dívida, que equivalia a pouco mais de 11% do PIB em 2000, agora corresponde a 8,6% do PIB. No caso específico dos estados, a dívida, correspondente a 15 meses de arrecadação em 2000, se reduziu para cerca de 10 meses em 2012. Por qualquer ângulo (correto) que se avalie o assunto, as dívidas são mais sustentáveis hoje do que eram no momento de sua reestruturação.

Apesar disto, o governo federal anunciou a intenção de rever os seus valores, aplicando retroativamente regras de correção mais favoráveis a estados e municípios, o que deve implicar forte redução do endividamento destes à custa de perdas para a União.

À parte a injustiça de transferir recursos dos brasileiros que não moram nos estados e municípios beneficiados pela reestruturação para aqueles que lá residem, a redução da dívida deve aliviar consideravelmente os respectivos tesouros, permitindo aquilo que sempre almejaram, isto é, voltar aos bons tempos em que não havia limites à gastança.

O superávit primário de estados e municípios, que já caiu de uma média próxima a 1% do PIB entre 2001 e 2008 para modestos 0,4% do PIB nos 12 meses até agosto deste ano, deve se reduzir ainda mais, acentuando o atual quadro de piora fiscal.


Saem da caixa estados e muncípios; fica presa a esperança de algum dia pormos em ordem as contas públicas.



Coitada da Constituicao: virou o repositorio de todas as loucuraspoliticas

Independentemente da natureza, ou da legitimidade intrínseca de determinadas disposições, o fato a ser destacado é exatamente essa enfermidade mental que parece ter atingido definitivamente toda a classe política brasileira, e talvez todos os brasileiros, de maneira geral, ao estimular, todos e cada um, a constitucionalizar toda e qualquer questiúncula da vida cotidiana, várias, aliás, afetando a liberdade dos indivíduos e cidadãos.
Paulo Roberto de Almeida

Senado avalia inserir na Constituição restrição a pesquisas antes de eleições

O Estado de S. Paulo, 23/10/2013
Proibição de divulgação de resultados nos 15 dias anteriores à votação já fez parte de lei aprovada pelo Congresso em 2006; Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade que medida contrariava direito constitucional dos cidadãos
O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu, há sete anos, que senadores e deputados violaram a Constituição e o direito a informação ao tentar proibir a divulgação de pesquisas 15 dias antes das eleições. Parte do Congresso, porém, quer voltar à carga, estabelecendo a proibição não em uma lei – iniciativa barrada pelo STF -, mas na própria Constituição.
A proposta de emenda constitucional está pronta para votação na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, com parecer favorável do relator, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Outros 29 senadores subscreveram a iniciativa, ou seja, deram apoio à tramitação – sem que isso signifique, necessariamente, concordância com seu conteúdo.
O autor da proposta, senador Luís Henrique da Silveira (PMDB), acha que as pesquisas provocam “interferência indevida”, pois podem “alterar a decisão de muitos eleitores”. “Está na hora de pensarmos em disciplinar as pesquisas, o que não tem nada haver (sic) com censura à informação”, escreveu o senador em sua justificativa, na tentativa de argumentar que a iniciativa não tem nada a ver com censura a informação.
Não é o que decidiu o STF em 1996 – a lei foi barrada justamente por violar os direitos dos cidadãos a informação. Mas, em seu projeto, Luís Henrique omite esse ponto – afirma apenas que o tribunal entendeu que não seria “adequado” tratar do tema em lei ordinária.
Motivos 
Na época, o ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação que declarou a proibição inconstitucional, fez um longo arrazoado sobre a incompatibilidade entre veto à divulgação de pesquisas e o direito a informação. “Trata-se de um direito tão importante para a cidadania que somente pode ser suspenso na vigência do estado de sítio”, observou.
“Ademais, analisando-se a questão sob uma ótica pragmática, forçoso é concluir que a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais, em nossa realidade, apenas contribuiria para ensejar a circulação de boatos e dados apócrifos, dando azo a toda a sorte de manipulações indevidas, que acabariam por solapar a confiança do povo no processo eleitoral, atingindo-o no que ele tem de fundamental, que é exatamente a livre circulação de informações”, acrescentou Lewandowski. O voto do ministro foi aprovado por unanimidade.
No escuro
Para Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência, os maiores prejudicados pela proibição não seriam os institutos de pesquisa, mas os cidadãos. “Nós continuaríamos a fazer pesquisas, pois certamente seríamos contratados por grandes partidos e empresas interessadas no processo eleitoral”, afirmou. “A sociedade é que seria privada das informações, o que seria um retrocesso”, acrescentou a diretora.
Mauro Paulino, diretor do instituto Datafolha, observou que um eventual veto à divulgação de pesquisas 15 dias antes da votação deixaria o eleitorado “no escuro” no turno decisivo das eleições de 2014. “No segundo turno, teremos apenas duas semanas de campanha no rádio e na televisão.”
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), manifestou ontem discordâncias em relação à proposta de seu correligionário Luís Henrique. “Não falo como líder do partido, mas minha posição pessoal é de que pesquisa não influencia ninguém, apenas reflete a posição dos eleitores.”
Randolfe Rodrigues, que, como relator, apresentou parecer favorável à proposta, ontem já admitia recuar. “Pedi para o relatório ser colocado no final da pauta de votação. Ainda posso mudá-lo, estou à disposição para o debate”, afirmou.
No relatório, Randolfe escreveu que “encontra-se superado” o entendimento do STF de que a proibição das pesquisas “viola a livre manifestação do pensamento e a liberdade de acesso à informação”.



Este dia 23 de Outubro na Historia: Pele, Hungria, Libia, e Detroit

A Radio France Info me envia um alerta para informar porque este dia 23 de Outubro merece registro nos anais da História, entre eles o nascimento de Pelé.
Aos três eventos abaixo relacionados, que remetem ao passado, eu acrescento um do presente, que deve deixar uma pesada herança para o futuro dos residentes de Detroit, a capital do automóvel nos EUA, que deve ser oficialmente declarada falida nesta data, por um tribunal de justiça.
Paulo Roberto de Almeida
Il était un 23 octobre

Le 
23 Octobre 2013 à 06h
 par Célyne Baÿt-Darcourt
Retour sur 3 grands événements de ce jour: Le 23 octobre 1940 : le plus grand joueur de foot de tous les temps voit le jour au Brésil. Edson Arantès do Nascimento va devenir le Roi Pelé. Il est le seul à avoir décroché 3 fois le titre de champion du monde, le plus jeune aussi (il n'avait que 17 ans lors de la victoire de 1958). Pelé, qui n'a évolué que dans 2 clubs au cours de sa carrière, le Santos FC et le NY Cosmos, a marqué 1.281 buts en 1.363 matches, 92 sélections internationales.
Visuel articlePelé a pris sa retraite en 77, à 37 ans. Il fut ensuite ministre des Sports dans son pays, ambassadeur de l'ONU pour l'éducation, l'écologie et l'environnement   (il l'est toujours d'ailleurs). Mais le football n'est jamais loin, Pelé est l'ambassadeur du Mondial de l'an prochain qui va se dérouler chez lui, au Brésil.
23 octobre 1956 : le peuple hongrois se soulève contre le gouvernement communiste, et plus généralement contre l'URSS qui occupe le pays depuis la fin de la guerre. Il veut le retour du modéré Imre Nagy au pouvoir, ce que les Soviétiques acceptent. Mais le nouveau président est trop démocrate aux yeux de Moscou et surtout il veut se débarrasser de l'occupant. La répression commence alors. Les insurgés seront écrasés par l'Armée Rouge, Imre Nagy finira pendu. Mais pour la 1ere fois, le monde entier découvrira la brutalité du communisme. Le 23 octobre est aujourd'hui la fête nationale en Hongrie, en souvenir de cette insurrection.
23 octobre 2011 : Benghazy est en liesse, le Conseil national de transition proclame officiellement la libération de la Libye. Kadhafi est mort 3 jours plus tôt, c'est une nouvelle ère qui commence après 42 ans de dictature et 8 mois de guerre civile. Mais la démocratie attendra. 2 ans après, la réconciliation n'est pas à l'ordre du jour, l'insécurité est croissante en Libye. Et on est encore dans une période de transition puisque le pays n'a toujours pas de nouvelle Constitution. Le nouvel homme fort est le président de l'Assemblée nationale, il s'appelle Nouri Bousahmein.

China: agora um pouquinho de poluicao ordinaria (WSJ)

Heavy Smog Lingers in Northern China

Haze Closes Schools, Airports and Roads

Wayne Ma
The Wall Street Journal, October 22, 2013

Buildings and streets are seen under heavy smog in Harbin Tuesday. Agence France-Presse/Getty Images
BEIJING—Much of northeastern China remained shrouded in heavy smog on Tuesday, forcing the closure of roads, schools and a major airport for a second day, and adding to public pressure on Chinese officials to address mounting concerns over air pollution.
Much of northeastern China has been shrouded in heavy smog, forcing the closure of roads, schools and a major airport, and adding to public pressure on Chinese officials to address mounting concerns over air pollution.
China's official Xinhua news agency said Tuesday that all expressways in northeastern Heilongjiang province remained closed due to poor visibility. Classes at primary and middle schools in the northeastern city of Harbin also remained suspended as a health precaution, it said. In some downtown areas of Harbin—known for its bitterly cold winters, ice sculptures and strong Russian influence due to its proximity to the Russian border—visibility was less than 20 meters, it added.
Coal burning from the start of the winter heating season, vehicle emissions, crop burning and a lack of stronger winds, were factors contributing to the smog, Xinhua reported Monday, citing environmental authorities in Heilongjiang. The northeastern Chinese provinces of Jilin and Liaoning were also struggling with heavy smog on Tuesday, it said.
As public pressure has mounted in China in recent months, authorities have shown a new urgency in their efforts to control air pollution.
Many Chinese cities, including the capital, Beijing, have imposed limits on car purchases, hoping to ease the traffic congestion while managing air pollution. Beijing's city government is launching a longer-term plan to control industries such as cement and steel, which are considered to be heavy polluters. China's central government is also spending an additional five billion yuan ($820 million) to improve air quality in the northern region covering Beijing, the port city of Tianjin as well as Hebei province.
A street in Changchun in Jilin province is shrouded in smog like much of northeastern China Tuesday, two days after the start of heating season. Reuters

Enveloped in Haze

Reuters

Photos

The start of the winter heating season has created a blanket of heavy smog over parts of northern China, forcing the closure of some schools, airports and highways in the region.Agence France-Presse/Getty Images
On Tuesday, Beijing formally announced a new air-pollution alert system and unveiled standby measures for the highest "red alert" level, including curbs on construction as well as traffic and recommendations that schools halt outdoor activities.
In Harbin on Tuesday, the density of small, health-threatening particulates known as PM2.5 rose above 1,000 micrograms per cubic meter at several monitoring stations, according to the website of the China National Environmental Monitoring Center. The World Health Organization's recommended exposure is less than 25 micrograms per cubic meter over a 24-hour period. It says chronic exposure to particles in the air—especially at extremely high concentrations—increases risks for cardiovascular and repository diseases, as well as lung cancer.
Steven Q. Andrews, an environmental consultant who studies China's air pollution, said the last time he had heard of a concentration that high in China was during a super dust storm in Beijing in 2002.
"Absent a dust storm or forest fire, to see concentrations that high is truly shocking," he said.
Most of Harbin's air-monitoring stations still showed a maximum air-quality index of 500 on Tuesday. The index takes into consideration a number of different measurements including PM2.5. Readings above 300 are extremely rare by U.S. standards and typically occur during events such as forest fires.
Some social-media users expressed outrage over the pollution levels. "The moment we encounter a situation like the Harbin haze that's happening right now, the government remains silent and shirks their responsibilities," Heilongjiang radio reporter Guo Yazhou wrote on Sina Corp.'s SINA -2.98% Twitter-like microblog service Weibo. "Based on current technology, I'm afraid that Heilongjiang province won't be able to change its winter-heating situation.…We need our government to start doing something proactive. Our requirements aren't high, we just want clean food, clean water and clean air."
A new study by the World Health Organization offers stunning statistics that health authorities globally will have to consider. Who is most at risk for getting lung cancer as a result of exposure to air pollution? How many people do authorities believe die each year as a result of pollution-related lung cancer? WSJ's Jason Bellini has #TheShortAnswer. (Image: NASA)
At a news conference on Beijing's new emergency antipollution measures, a spokesman for the city's environmental-protection bureau blamed Harbin's recent buildup of air pollution on poor weather patterns rather than on the start of winter heating season, which began Sunday.
"We have to manage the air pollution [in Beijing], but there is also a need for good weather conditions to diffuse the pollutants," he said.
Separately, China's Ministry of Environmental Protection said Tuesday that the northern region of Beijing-Tianjin-Hebei had the worst air-pollution ranking in the third quarter, with air quality below government standards 62.5% of the time. However, air quality improved in the region during the quarter, reaching standards 37.5% of the time versus 33.8% in the second quarter, the statement said. Hebei province surrounds Beijing, while the industrial city of Tianjin is nearby.
Of the 10 cities with the worst air quality, seven were in Hebei province. The others were the city of Jinan in Shandong province and Tianjin and Zhengzhou in Henan province, the ministry said. Harbin received no mention.
—Yajun Zhang and Lillian Lin contributed to this article.
Write to Wayne Ma at wayne.ma@wsj.com

Educacao: o segredo para Xangai ser numero UM no mundo - Tom Friedman (NYT)


OP-ED COLUMNIST

The Shanghai Secret




SHANGHAI — Whenever I visit China, I am struck by the sharply divergent predictions of its future one hears. Lately, a number of global investors have been “shorting” China, betting that someday soon its powerful economic engine will sputter, as the real estate boom here turns to a bust. Frankly, if I were shorting China today, it would not be because of the real estate bubble, but because of the pollution bubble that is increasingly enveloping some of its biggest cities. Optimists take another view: that, buckle in, China is just getting started, and that what we’re now about to see is the payoff from China’s 30 years of investment in infrastructure and education. I’m not a gambler, so I’ll just watch this from the sidelines. But if you’re looking for evidence as to why the optimistic bet isn’t totally crazy, you might want to visit a Shanghai elementary school.
Josh Haner/The New York Times
Thomas L. Friedman
Opinion Twitter Logo.

Connect With Us on Twitter

For Op-Ed, follow@nytopinion and to hear from the editorial page editor, Andrew Rosenthal, follow@andyrNYT.

Readers’ Comments

I’ve traveled here with Wendy Kopp, the founder of Teach for America, and the leaders of the Teach for All programs modeled on Teach for America that are operating in 32 countries. We’re visiting some of the highest- and lowest-performing schools in China to try to uncover The Secret — how is it that Shanghai’s public secondary schools topped the world charts in the 2009 PISA (Program for International Student Assessment) exams that measure the ability of 15-year-olds in 65 countries to apply what they’ve learned in math, science and reading.
After visiting Shanghai’s Qiangwei Primary School, with 754 students — grades one through five — and 59 teachers, I think I found The Secret:
There is no secret.
When you sit in on a class here and meet with the principal and teachers, what you find is a relentless focus on all the basics that we know make for high-performing schools but that are difficult to pull off consistently across an entire school system. These are: a deep commitment to teacher training, peer-to-peer learning and constant professional development, a deep involvement of parents in their children’s learning, an insistence by the school’s leadership on the highest standards and a culture that prizes education and respects teachers.
Shanghai’s secret is simply its ability to execute more of these fundamentals in more of its schools more of the time. Take teacher development. Shen Jun, Qiangwei’s principal, who has overseen its transformation in a decade from a low-performing to a high-performing school — even though 40 percent of her students are children of poorly educated migrant workers — says her teachers spend about 70 percent of each week teaching and 30 percent developing teaching skills and lesson planning. That is far higher than in a typical American school.
Teng Jiao, 26, an English teacher here, said school begins at 8:35 a.m. and runs to 4:30 p.m., during which he typically teaches three 35-minute lessons. I sat in on one third-grade English class. The English lesson was meticulously planned, with no time wasted. The rest of his day, he said, is spent on lesson planning, training online or with his team, having other teachers watch his class and tell him how to improve and observing the classrooms of master teachers.
“You see so many teaching techniques that you can apply to your own classroom,” he remarks. Education experts will tell you that of all the things that go into improving a school, nothing — not class size, not technology, not length of the school day — pays off more than giving teachers the time for peer review and constructive feedback, exposure to the best teaching and time to deepen their knowledge of what they’re teaching.
Teng said his job also includes “parent training.” Parents come to the school three to five times a semester to develop computer skills so they can better help their kids with homework and follow lessons online. Christina Bao, 29, who also teaches English, said she tries to chat either by phone or online with the parents of each student two or three times a week to keep them abreast of their child’s progress. “I will talk to them about what the students are doing at school.” She then alluded matter-of-factly to a big cultural difference here, “I tell them not to beat them if they are not doing well.”
In 2003, Shanghai had a very “average” school system, said Andreas Schleicher, who runs the PISA exams. “A decade later, it’s leading the world and has dramatically decreased variability between schools.” He, too, attributes this to the fact that, while in America a majority of a teacher’s time in school is spent teaching, in China’s best schools, a big chunk is spent learning from peers and personal development. As a result, he said, in places like Shanghai, “the system is good at attracting average people and getting enormous productivity out of them,” while also, “getting the best teachers in front of the most difficult classrooms.”
China still has many mediocre schools that need fixing. But the good news is that in just doing the things that American and Chinese educators know work — but doing them systematically and relentlessly — Shanghai has in a decade lifted some of its schools to the global heights in reading, science and math skills. Oh, and Shen Jun, the principal, wanted me to know: “This is just the start.”

Ninguem me escuta, ninguem me quer... Portugal, orfao da espionagem eletronica - Francisco Seixas da Costa

Hoje em dia, um país que NÃO é escutado, espionado, vigiado pelo NSA, não parece contar na política internacional.
Por favor, me espionem, me escutem clandestinamente, roubem os meus segredos, parecem suplicar os amigos portugueses.
Pelo menos, é o que entendo desta complainte do meu amigo Francisco Seixas da Costa. Em seu blog Duas ou Três Coisas...
Paulo Roberto de Almeida 

QUARTA-FEIRA, 23 DE OUTUBRO DE 2013

Discriminação


Aqui entre nós, não deixa de ser uma suprema humilhação para Portugal o facto de, nas revelações que vão surgindo sobre as espionagem pelos serviços secretos americanos a políticos de vários países, não ter aparecido a mais leve referência a Portugal. 


Então ninguém escuta os nossos governantes? Ninguém quer saber o que eles dizem? Ou será que os americanos já conhecem o "guião para a reforma do Estado" e nós não? Estarão a copiá-lo?

Faça-se devida justiça à oposição, que bem tentou remar contra a maré, denunciando escutas à sua sede. Mas também ninguém os ouve...

Cesar Maia contesta a perspectiva Liberal e afirma o valor do Conservadorismo


Perspectivas eleitorais do voto de Direita (Conservador) no Brasil
Cesar Maia, 22/10/2013

1. Semana passada o Datafolha/Folha de SP divulgou uma pesquisa procurando situar o eleitor brasileiro no campo ideológico em função de respostas a perguntas que indicariam essa opção. Alguns anos atrás, em pesquisa, Nouvel Observateur/IPSOS, se usou esse método para localizar ideologicamente o eleitor francês. O GPP reproduziu essa pesquisa nacionalmente aqui, quando se pôde situar uma maioria à direita, mas não em qualquer lugar de seu espectro.
2. Em grandes rasgos, podem-se identificar dois grandes ramos da direita: o Conservador e o Liberal. O que as eleições dos últimos 20 anos na América Latina mostram é que o discurso Liberal é perdedor e o discurso Conservador é vencedor ou competitivo. Desde a crise financeira de 2008 que na Europa essa tem sido a regra.
3. Mesmo antes, a campeã do liberalismo, Margareth Thatcher venceu as 3 eleições para chefe de governo com uma mínima maioria, isso num momento em que o Labor (socialdemocracia) estava fortemente fragilizado. 
4. Menem e FHC venceram suas primeiras eleições com compromissos socialdemocratas, foram reeleitos sob o prisma da insegurança e do caos no caso da vitória de seus adversários e governaram com programas liberais. Mas viveram o desgaste da “acusação” pela oposição de serem liberais. O segundo turno em 2006 mostrou isso. E o segundo turno em 2010, de forma mais acentuada ainda, pela questão dos valores cristãos.
5. No Brasil, o discurso Conservador reforça o papel do Estado e questiona o Mercado como “Deus Ex Machina”. Nesse sentido, é percebido pelo eleitor como um discurso semelhante à esquerda. Diferencia-se em relação aos Valores Cristãos ou da Família, tanto da esquerda quanto da direita liberal. Afirma o império da lei e da Autoridade, sem tergiversações quanto à propriedade e a necessidades fluídas de mudanças constitucionais. Aliás, autoridade algo demandado hoje no Brasil.
6. Nesse sentido, faz o discurso da estabilidade institucional e sócio-familiar. Afirma os valores da identidade nacional. Sua política externa é independente e não atrelada nem às grandes potências nem ao terceiro-mundismo. As funções precípuas do Estado –Educação, Saúde, Segurança Interna e Externa, Fiscalização, Justiça- são sublinhadas na sua comunicação. As relações com o Poder Legislativo são institucionais, afirmando a independência dos poderes, sem barganhas.
7. O discurso Conservador, numa campanha eleitoral, faz com que a percepção do eleitor aproxime a percepção que tem da esquerda da que tem dos liberais, cruzando os desgastes recíprocos. O discurso conservador é Popular, dá identidade e mobiliza.
8. Na medida em que a direita brasileira, desde a eleição de 1989, se encantou com a modernidade liberal, nunca mais foi opção de poder. 2014 está aberto –mais uma vez- a esta opção.