Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Livros, livros, autores, escritores: Bienal do livro de Sao Paulo
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Eleicoes 2014 e o Fim do Brasil: os paradoxos do governo
Mas não é para afundar o Brasil, e sim para salvá-lo dos malucos que estão no comando da economia.
Vão conseguir?
Não sei, mas vocês têm mais notícias abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Os 4 paradoxos do Governo Dilma
00:12- Sala cheia
Agradeço a presença de todos em nosso evento, realizado esta manhã em São Paulo. Além da tese sobre O Fim do Brasil, apresentada pelo Felipe Miranda, o expediente contou com um debate econômico construtivo entre Eduardo Giannetti, Mansueto Almeida e Marcos Lisboa.
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Faço das palavras de Masueto as minhas: independentemente de quem venha governar, é preciso ao menos ouvir os contrapontos. Um debate econômico aberto só tem a agregar.
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01:12- Giannetti e os 4 paradoxos do governo
1. O governo estatizante quebrou as duas principais estatais do país
2. O governo com viés nacional desenvolvimentista foi responsável pela maior desindustrialização da história 3. O governo com a bandeira de reduzir os juros vai entregar o país com a Selic maior do que pegou 4. O governo com bandeira de crescimento entregou o menor crescimento do PIB de todo regime republicano (considerando Collor+Itamar como um ciclo de 4 anos)
01:56- Lisboa e as injustiças com o governo
Por sua vez, Marcos Lisboa, além de ressaltar a importância da transparência e da meritocracia nas políticas públicas, citou algumas injustiças cometidas com o governo atual, dentre elas:
+ o argumento de que o governo é refratário com os empresários: segundo Lisboa não é; o governo conversa com os empresários, mas conversa demais, a portas fechadas e concede benefício a alguns (em detrimento ao prejuízo de outros)
+ a crítica ao modelo de crescimento baseado em consumo: para Lisboa o modelo nunca foi baseado em consumo, mas sim em investimento; mas não deu certo.
02:22- Mansueto e o ajuste
Dentre diversos pontos, Mansueto destacou o problema das contas públicas e alguns dos truques utilizados para maquiar (ou, postergar) as discrepâncias. Para ele existe sim espaço para um ajuste firme no balanço do governo. Mas disse não acreditar em expressivos ajustes fiscais de curto prazo.
Para ler mais sobre o evento:
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Eleicoes 2014: mercados sao contra o continuismo
Mercado precifica cenário ‘todos contra o PT’
Eleicoes 2014: diretrizes de Aecio Neves para a Politica Externa
Acredito que sejam mais de campanha do que de governo, mas enfim, todo mundo tem o direito de meter a sua colher na política externa, como aliás já fazem os companheiros desde 2002 (isso).
Parece pouca coisa, mas é pouco mesmo. Não poderia ser maior, dada as características do documento, mas poderia ser melhor...
Paulo Roberto de Almeida
VI.II. POLÍTICA EXTERNA
A nova política externa que queremos implantar no Brasil, levando em conta as transformações mundiais e regionais do século XXI, terá por objetivo restabelecer o seu tradicional caráter de política de Estado, visando o interesse nacional, de forma coerente com os valores fundamentais da democracia e dos direitos humanos.
DIRETRIZES:
1. A política externa será conduzida com base nos princípios da moderação e da independência, que sempre nos serviram bem, com vistas à prevalência dos interesses brasileiros e dos objetivos de longo prazo de desenvolvimento nacional.
2. Reavaliação das prioridades estratégicas à luz das transformações do cenário internacional no século XXI. Devem merecer atenção especial a Ásia, em função de seu peso crescente, os EUA e outros países desenvolvidos, pelo acesso à inovação e tecnologia, ao mesmo tempo em que deverá ser ampliada e diversificada a relação com os países em desenvolvimento.
3. Reexame das políticas seguidas no tocante à integração regional para, com a liderança do Brasil, restabelecer a primazia da liberalização comercial e o aprofundamento dos acordos vigentes e para, em relação ao Mercosul, paralisado e sem estratégia, recuperar seus objetivos iniciais e flexibilizar suas regras a fim de poder avançar nas negociações com terceiros países.
4. Definição de nova estratégia de negociações comerciais bilaterais, regionais e globais, para por fim ao isolamento do Brasil, periodizando a abertura de novos mercados e a integração do Brasil às cadeias produtivas globais.
5. Nas organizações internacionais, o Brasil deverá ampliar e dinamizar sua ação diplomática nos temas globais, como mudança de clima, sustentabilidade, energia, democracia, direitos humanos, comércio exterior, assim como novos temas, como terrorismo, guerra cibernética, controle da internet, e nas questões de paz e segurança, inclusive nas discussões sobre a ampliação do Conselho de Segurança.
6. Revalorização do Itamaraty na formulação de nossa política externa, subsidiando as decisões presidenciais. Ao mesmo tempo, serão garantidos o contínuo aprimoramento de seus quadros e a modernização da sua gestão.
O Brasil para ingles ver - Michael Reid, da Economist, escreve sobre o nosso pais...
Não querendo ser malvado, detectei alguns erros no texto.
Este aqui, por exemplo:
"A abertura do comércio promovida pelo presidente Fernando Henrique na década de 90 foi radical pelos padrões brasileiros, mas não se comparada a de muitos outros países da América Latina."
ERRADO: A abertura comercial, com redução da tarifas, foi promovida pelo presidente Fernando Collor, contra a posição dos industriais e dos burocratas, aliás até dos diplomatas, que achavam que o Brasil tinha de "negociar no Gatt" uma redução de tarifas que na média era de 44%, e em vários casos ia a mais de 100% (sem falar da proibição absoluta de importar certos itens).
O FHC promoveu foi o fechamento comercial, pois assim que ele tomou posse, começou a proteger automóveis, brinquedos e outras coisas, com tarifas altas e novas proibições, inclusive absurdas cotas tarifárias para automóveis, que infernizaram a vida dos nossos diplomatas na OMC (voltaram a fazer agora a mesma coisa, com outros mecanismos).
O Brasil de FHC seguiu a Argentina, numa absurda taxa estatística de 3% a mais sobre a tarifa normal, e logo começaram os desvios (no nosso caso sempre para cima) em diversas outras linhas tarifárias.
Não, Michael Reid, FHC não promoveu abertura comercial, ao contrário. Ele começou o fechamento outra vez.
Fico por aqui, se não vou obrigar o jornalista a revisar muito o seu livro antes de soltar na praça.
Quaisquer que sejam os seus erros, eles não são nada comparados aos cometidos pelos companheiros, e não só em economia.
Embora as autoridades brasileiras, inclusive, a própria presidente Dilma Rousseff, falem muito na necessidade de aumentar os investimentos do setor privado e estimular a produtividade e a competitividade, elas acreditam que esses fatores podem e devem ser induzidos pelo governo. "A presidente acredita piamente que todo problema tem uma solução governamental", comenta o economista José Roberto Mendonça de Barros. Em 2011, quando a valorização do real estava no auge, Dilma anunciou um pacote de medidas destinadas a ajudar a indústria, batizado de Brasil Maior. Algumas medidas eram razoáveis, tais como incentivos para que universidades e empresas colaborassem na área de pesquisa. O Ciência sem Fronteiras, programa de Dilma para que brasileiros estudem no exterior, também fazia sentido. O plano, no entanto, incluía duas medidas polêmicas. A primeira era o aumento em 30 pontos percentuais do imposto sobre carros importados de montadoras com uma fábrica no Brasil. A segunda era a eliminação de imposto sobre os salários dos setores de vestuário, calçados, móveis e software. Em lugar de premiar os vencedores, objetivo de qualquer política industrial, parecia um pacote de socorro para fracassados (embora o corte de impostos sobre a folha de pagamentos tenha sido depois estendido para outros setores).
UMA CÓPIA MALFEITA
Os críticos acusam o governo de pegar a onda do capitalismo de Estado — que, segundo Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso, nunca chegou a desaparecer por completo no Brasil. "E um modelo que enfatiza a concessão de benefícios a determinadas empresas, em vez de deixar o mercado funcionar. É um modelo ruim que, associado ao protecionismo, fica ainda pior", entende ele. Para o professor Sergio Lazzarini, da escola de negócios Insper, em São Paulo, o governo começou a usar estatais para regular os mercados de petróleo, eletricidade e bancos, fazendo com que essas empresas passassem a registrar prejuízos. Todas essas medidas contrastam com a bem-sucedida política industrial sul--coreana, evocada por Luciano Couti-nho, presidente do BNDES, e outras autoridades brasileiras. A política sul--coreana tinha como principal meta impulsionar as exportações a fim de obrigar as empresas a competir no exterior. E, passado um período limitado de tempo, o governo asiático foi implacável no corte de subsídios.
A abertura do comércio promovida pelo presidente Fernando Henrique na década de 90 foi radical pelos padrões brasileiros, mas não se comparada a de muitos outros países da América Latina. Mesmo após a queda das barreiras, a economia brasileira permaneceu relativamente fechada. As tarifas médias continuaram superiores às de Coreia do Sul, China e Taiwan, por exemplo, e ainda foram elevadas depois de 2008. O custo de importação de um contêiner para o Brasil é excepcionalmente alto. Contratos públicos e muitos setores têm regras de conteúdo nacional. Em 2012, as importações corresponderam a apenas 13% do PIB, o valor mais baixo entre os 176 países acompanhados por um estudo do Banco Mundial. A Coreia do Sul, a potência industrial e tecnológica admirada pela equipe econômica de Dilma, é muito mais aberta, com exportações e importações equivalentes a 58% e 54% do PIB, respectivamente. O pendor protecionista é arraigado entre as autoridades brasileiras. Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, destaca as falhas nessa abordagem: "E patético você olhar tanta reclamação contra importação. Temos algo muito peculiar no Brasil, que é essa enorme abertura para investimento estrangeiro da qual não resulta em exportação. Fico abismado quando vejo nossa presidente dizer "vamos proteger nosso mercado". E quem está explorando nosso mercado são as multinacionais, que têm aqui lucros extraordinários".
O Brasil tem mesmo alergia ao liberalismo. Roberto Campos, um dos mais importantes economistas liberais do país, morto em 2001, escreveu que "assumir explicitamente o liberalismo é tão alienígena em um país com cultura dirigista quanto fazer sexo em público". (Ele mesmo começou sua carreira na vida pública como funcionário do governo dirigista de Juscelino Kubitschek.) Há razões para isso — e é por causa delas que o Brasil é diferente dos Estados Unidos, com os quais tantas vezes gosta de se comparar. Dos tempos coloniais à ditadura, a manutenção da coesão de um vasto território de geografia difícil — onde o estabelecimento de comunicações e as condições para a vida humana abundante e saudável apresentavam enormes dificuldades — foi uma preocupação permanente dos governantes. Por isso, no Brasil, foi o Estado que criou a nação, e não a nação que criou o governo, como nos Estados Unidos. Do mesmo modo, diferentemente da América espanhola, os governantes brasileiros sempre tiveram consciência da necessidade de consultar os notáveis locais, a fim de conservar a unidade nacional e evitar a secessão.
A escravidão — e o temor da revolta dos escravos — foi outra causa da necessidade de uma frente unida, além de distorcer as prioridades do Estado de tal maneira que retardou por séculos o desenvolvimento do país, condenando--o ao status de eterno país do futuro. A conseqüência trágica de uma sociedade de senhores e escravos foi que o Estado, quando começou a desenvolver a economia, não tratou de investir na educação, saúde e segurança da grande massa de brasileiros mais pobres. Foi somente a partir de 1988 que o país decidiu se propor uma sociedade em que o Estado de Direito fosse aplicado igualmente a todos.
ESTADOS UNIDOS DO SUL?
Não se trata de uma defesa da tese de que o Brasil tem de imitar os Estados Unidos. Nos tempos de Tiradentes, em Minas Gerais, se ansiava por uma república jeffersoniana. Desde então, os brasileiros comparam seu país com seu alter ego do Norte. Muitos lamentam, como o escritor brasileiro Viana Moog, morto em 1988, que o Brasil tenha produzido bandeirantes extra-tivistas em vez de trabalhadores pioneiros. O Brasil, porém, não pode mudar sua história ou, pelo menos no curto prazo, sua cultura. Na verdade, o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos raros liberais do país, entende que, se o Brasil não se tornou como os Estados Unidos, "foi essencialmente por não querer" — por não se dispor a sacrificar a alegria e sua abordagem tranqüila da vida em prol da acumulação de capital e da prosperidade futura. Ele propõe que o Brasil ofereça ao mundo um conjunto diferente e menos materialista de valores do que o estilo de vida americano, como mostra o recente compromisso do país com o ambientalismo.
Sem dúvida, a conversão nas duas últimas décadas para políticas mais preocupadas com a proteção do meio ambiente marca o fim de uma longa marcha, de mais de quatro séculos, para ocupar o vasto território brasileiro, iniciada com jesuítas e bandeirantes. A agricultura do país já confia mais no aumento da produtividade do que na incorporação de novas terras. Ainda há, entretanto, muitos pobres. O país não poderá renunciar, por um bom tempo, à busca do crescimento econômico.
Também vale ressaltar que a crítica ao renascimento do nacional-desenvolvimentismo não constitui um argumento em prol de um Estado mínimo "neoliberal" (ou seja, neoconservador). O Brasil não é Singapura. É um país grande demais, com demasiadas desigualdades sociais e regionais, para que essa opção seja viável (ainda que os brasileiros tenham muito a aprender com a determinação daquele país com a inovação, a abertura e a seguridade social). Pelo contrário, trata-se de uma convocação para que o Brasil retome o consenso social-democrata que tanto êxito obteve de 1994 a 2006, com sua combinação de economia amplamente liberal com maior ênfase na política social e na redução das desigualdades. Se o Brasil não abandonar seu recente flerte com o renascimento do Estado corporativo e não voltar a se empenhar na criação de uma regulamentação eficaz, não conseguirá atender às demandas de seus cidadãos — detentores de um poder cada vez maior — por mais oportunidades, melhores serviços e maior qualidade de vida. E uma pena, embora talvez fosse inevitável, que o debate no seio do movimento de oposição que se alastrou por São Paulo no fim da década de 70 tenha levado à fundação de dois partidos rivais — o PT e o PSDB. De maneiras diferentes, ambos constituíram forças modernizadoras, mas tornaram-se polos opostos na política, cada qual obrigado a aliar-se às forças arcaicas do peemede-bismo e seus congêneres. Como observou o economista Mario Henrique Simonsen em 1987, "o grande debate nacional não é entre esquerda e direita, mas entre o moderno e o arcaico". Ainda é verdade. A eleição de outubro poderá produzir uma mudança de rumo. Quer isso ocorra ou não, o povo, que pouco a pouco adquire mais educação e, sob certos aspectos, torna-se mais empreendedor, poderá interferir na condução das políticas públicas.
Em três ocasiões nos últimos 25 anos, os brasileiros foram em grande número às ruas, em protestos pacíficos contra o status quo. Embora não tenham conseguido as eleições diretas para presidente que demandaram em 1984, a democracia veio rápido. Em 1992, provocaram a deposição do presidente Fernando Collor, ainda que não a sua punição, por seu desprezo pelo Estado de Direito. Será que vão obter a melhoria dos serviços públicos e a maior responsabilização política que exigiram em 2013? Deve ser essa a pauta do debate político no país nos anos que antecederão o bicentenário da Independência, em 2022. Quase pela primeira vez em sua história, os brasileiros agora querem refazer seu país de baixo para cima, como um país de cidadãos iguais, não de privilégios patrimoniais. Isso colocou o Estado corporativo na defensiva, e dá motivos para esperar que as conquistas das duas últimas décadas serão construídas e ampliadas em uma nova fase da história brasileira."
Mundorama encontra Paulo Roberto de Almeida (ou vice versa)
(Mas só isso? Ando escrevendo pouco..., ou o pessoal está distraído.)
Aqui vão eles:
Relacionado
RBPI - Vol. 41 - Nº Especial Comemorativo dos 40 Anos da RBPI (1998)
Evento - Lançamento dos livros "Globalizando" e "Relações Internacionais e Política Externa do Brasil", de Paulo Roberto de Almeida
Continuidade e Mudança na Política Externa Brasileira, por Paulo Roberto de Almeida
domingo, 17 de agosto de 2014
Cade o tripe economico que estava aqui? O gato (companheiro) comeu... - Roberto Ellery
Concordo plenamente.
Posto aqui seu pequeno artigo, e depois acrescento meus comentários que coloquei no blog dele.
Paulo Roberto de Almeida
Elegia para um Tripé
Meus comentários:
O texto está perfeito como explicação, embora o Português necessite algum polimento para poder ter ampla distribuição e até ser publicado como artigo de jornal.
Comentando substantivamente, eu diria o seguinte. O governo não fez tudo errado porque tinha vontade de errar, ser perverso, chutar o pau da barraca e causar o maior mal ao maior número de pessoas. Não, eles, os keynesianos de botequim, acreditavam piamente que estavam fazendo a coisa correta, ou seja, domando o mercado, e ensinando aos agentes como é que se cuida da economia.
Ou seja, uma mistura de ignorância com arrogância, o que provavelmente é o resultado da incultura econômica e da prepotência pessoal.
Nem o ministro da Fazendo, nem a sua chefe, podem ser efetivamente chamados de economistas. Eles aprenderam algumas lições de economia de orelha, pois nunca devem ter se debruçado sobre aqueles pesados manuais, ou text-books americanos (tipo Samuelson, Obersfeldt, etc) ou mesmo o manual dos professores da USP. No máximo deram uma folheada no último, alguma edição antiga, quando até os uspianos eram mais keynesianos do que mainstream neoclássico.
Depois, ficaram ouvindo aquelas bobagens que a Conceição dizia, ou melhor, as suas diatribes contra os garotos do Banco Central, as gozações do Beluzzo e do Coutinho contra os garotos da PUC-Rio, e de forma geral todos reclamando da tal de financeirização da economia, que parece um inferno, assim dito...
Ou seja, o pensamento desse pessoal, se o termo se aplica, é o mais tosco e primitivo possível. Além de não entenderem nada de economia, eles têm essa prevenção contra o setor financeiro (que seriam sanguessugas aproveitadores) e contra os lucros excessivos dos capitalistas industriais.
No fundo, não adianta, pois eles só vão mudar debaixo do cacete, ou seja, quando a crise já estiver instalada, como parece que já está.
No fundo, no fundo, o Brasil perdeu 12 anos de não reformas e de insistência nos erros.
Isso quanto aos companheiros.
Mas, há que reconhecer também que nossa Constituição é esquizofrênica, e os congressistas e todos os mandarins da República são mais esquizofrênicos ainda, todo dia criam novas despesas sem fontes de receita.
Acho que voce poderia explicar isso ao povo de uma forma mais ordenada.
Governo companheiro: entre o patetico e o ridiculo
Haja simplificação
Resenha de Nunca Antes na Diplomacia - Camila Amorim Jardim
Resenha de “Nunca antes na diplomacia…: A Política Externa Brasileira em tempos não convencionais” de Paulo Roberto de Almeida, por Camila Amorim Jardim
Referências
ALMEIDA, P. R. (2014) Nunca Antes na Diplomacia…: A Política Externa Brasileira em tempos não convencionais. Curitiba: Appris, 289p.LEITE, P. S. (2011) O Brasil e a cooperação Sul – Sul em três momentos: os governos Jânio Quadros/João Goulart, Ernesto Geisel e Luiz Inácio Lula da Silva. Brasília: Funag, 226p.LIMA, M. R. S. (2005) “A política externa brasileira e os desafios da cooperação Sul-Sul.” Revista Brasileira de Política Internacional, v. 48, n.1. p. 24-59.OLIVEIRA, H.A. (2005) Política Externa Brasileira. São Paulo: Saraiva, 292 p.SARAIVA, M. G. (2007) “As estratégias de cooperação Sul-Sul nos marcos da política externa brasileira de 1993 a 2007”. Revista Brasileira de Política Internacional. [S.l.], v. 50, n.2. p. 42-59.VIGEVANI, T. CEPALUNI, G. (2007) “A Política Externa de Lula da Silva: A Estratégia da Autonomia pela Diversificação.” Contexto Internacional. Rio de Janeiro, v. 29, n.2. jul./dez.. p.273-335.VIZENTINI, P. G. F. (2005) O Brasil e o mundo, do apogeu à crise do neoliberalismo: a política externa de FHC a Lula (1995-2004). Ciências e Letras (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 37, p. 317-332.Camila Amorim Jardim é mestranda em Política Internacional e Comparada pela Universidade de Brasília – UnB (camila_ajardim@hotmail.com)
sábado, 16 de agosto de 2014
Bolsa Familia: o curral eleitoral do coronelismo petralha - Revista Veja
Em muitas cidades do Nordeste, o Bolsa Família é tão decisivo que a maior parte dos eleitores nem mesmo se preocupa em saber quem são os rivais da presidente Dilma Rousseff. Com 40 milhões de eleitores beneficiados, o programa supera, como colégio eleitoral, São Paulo, o mais populoso Estado brasileiro, com 32 milhões de pessoas aptas a ir às urnas. O site de VEJA analisou números, conversou com especialistas e ouviu eleitores em cidades da Bahia e do Maranhão para mostrar o peso que o programa federal poderá ter na corrida presidencial.