Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Constituicao de 1988: 30 anos - Revista de Informacao Legislativa
Antonio Houaiss: um intelectual diplomata (projeto)
quinta-feira, 17 de maio de 2018
O juro “neutro” e a trajetoria da taxa de cambio no Brasil - Paulo Gala
O juro “neutro” e a trajetória da taxa de câmbio no Brasil
Historia diplomatica em fontes francesas: Quai d'Orsay
Histoire diplomatique
- Généralités
- Ancien Régime (jusqu’en 1789)
- Révolution - Empire (1789-1815)
- Restauration - Monarchie de Juillet (1814-1848)
- IIe République - Second Empire (1848-1870)
- IIIe République (1870-1914)
- D’une guerre à l’autre (1914-1945)
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Dialogos Estrategicos: revista da SAE/PR
Revista Diálogos Estratégicos
Data da Publicação: abril de 2018
Volume: 01
Número: 01
Ano: 2018
Corpo Editorial: Carlos Pio e Ana Paula Repezza
ISSN:Idioma: Português
A globalizacao e seus descontentes: um roteiro dos equívocos - Paulo Roberto de Almeida (2006)
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
Globalização aprofunda a miséria, cria mais desemprego e acarreta mais desigualdades no mundo, tanto dentro dos países, como entre os países
|
Dados estatísticos não corroboram essas afirmações; ela diminuiu a pobreza e a miséria (China e Índia); evidências são ainda insuficientes no que toca a desigualdade interna
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
As políticas liberais produzem recessão e desemprego, privilegiando unicamente os setores financeiros e as elites
|
Os países que mais crescem e que ostentam as menores taxas de desemprego são, justamente, os chamados “neoliberais”
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
O “consenso de Washington” fracassou na América Latina e os países deveriam se opor às suas regras para retomar o crescimento, o dinamismo e se inserirem de forma soberana na economia internacional
|
Os países que mais se identificaram com as políticas “neoliberais”, como o Chile, ostentam taxas sustentadas de crescimento e progressos na redução das desigualdades distributivas e na qualificação competitiva de suas economias
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
Processos de abertura econômica e de liberalização comercial representam o sucateamento da indústria e desmantelamento de setores inteiros da economia nacional
|
Países que adotaram essas medidas, como o Brasil do início dos anos 1990, registraram, as maiores taxas de crescimento da produtividade e ganhos significativos de competitividade internacional
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
As regras liberais impõem total liberdade aos movimentos de capitais e a plena abertura cambial, o que facilita as atividades especulativas nos mercados de divisas e eventual instabilidade financeira
|
Maior competição nos mercados de capitais e liberalização cambial reduzem o custo do dinheiro e estimulam o investimento produtivo, mas regras ditas de Basiléia devem existir para prevenir crises financeiras
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
A flexibilização neoliberal do mercado de trabalho produz desemprego e perda de direitos consagrados, resultando em precarização das relações de trabalho e terceirização das atividades
|
Países que mais adotaram essa postura são os que exibem as menores taxas de desemprego e o maior crescimento da produtividade do trabalho; taxas de desemprego dos EUA e da Grã-Bretanha são a metade das prevalecentes na França
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
Livre-comércio internacional acarreta desigualdades e dependência dos países das empresas multinacionais, o que compromete possíveis políticas públicas
|
Economias que se inserem nos fluxos internacionais de intercâmbio comercial melhoram o padrão produtivo e tecnológico, criam suas multinacionais e diminuem a dependência das matérias-primas
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
Os direitos de propriedade intelectual, sobretudo na área farmacêutica, são inerentemente injustos, transferindo renda dos países pobres para os mais ricos, condenando os primeiros a uma “eterna dependência tecnológica” dos segundos
|
É preciso uma compensação pela inovação tecnológica; países como China e Índia, que são ainda relativamente pobres segundo os padrões internacionais, estão aderindo de forma crescente a normas mais elevadas de proteção patentária
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
Investimentos diretos estrangeiros criam maior dependência econômica e oneram o balanço de pagamentos pela remessa ampliada de divisas e de royalties para o exterior
|
Países pobres vêm aumentando o volume e a qualidade da proteção dada ao IDE (acordos de garantia de investimentos) e assegurando livre transferência dos resultados produzidos
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
É preciso garantir a segurança alimentar e reduzir a dependência externa, daí a legitimidade de políticas subvencionistas e protecionistas, como aquelas em vigor nos países desenvolvidos, como os EUA, a União Européia e o Japão
|
Políticas subvencionistas não são apenas irracionais do ponto de vista econômico, elas também trazem enorme prejuízo aos países mais pobres, inviabilizam sua participação no comércio internacional e os condena a uma eterna dependência econômica
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
“Colocar areia nas engrengagens do capital”; (a adoção de uma taxa internacional sobre movimentos de capitais foi, depois, condenada pelo próprio criador da medida, James Tobin)
|
Os países em desenvolvimento são importadores necessários de capitais e o novo imposto irá aumentar o custo dos empréstimos e de captação de recursos financeiros nos mercados
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
O livre-comércio sempre beneficia os mais poderosos, daí a necessidade de administrar politicamente os mercados e estabelecer políticas industriais
|
Mercados livres são funcionais para a modernização tecnológica, ganhos de oportunidade e distribuição de renda (via especialização produtiva), permitindo a livre circulação de fatores
|
Antiglobalizadores:
|
Realidades da globalização
|
Um “outro mundo é possível”, não mais baseado no lucro e nos ganhos materiais, mas na solidariedade e na partilha; as empresas multinacionais impõem sua ditadura econômica aos povos do mundo, esgotam os recursos naturais e comprometem o meio ambiente
|
O “outro mundo possível” nunca foi formalizado no papel ou apresentado em detalhes, na prática; os agentes econômicos diretos e os consumidores sabem melhor do que quaisquer governos como alocar recursos, poupança e investimentos produtivos
|