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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Assedio no Consulado em Sidney: the end of the beginning, or the beginning of the end?

Bem isso depende da alta comissão de três embaixadores que, depois de idas e vindas, e de muitas voltas, após uma missão precursora de um só embaixador (parece que não era suficiente, e não foi...) e de, teoricamente, uma outra missão composta por um diplomata da Administração e representantes das carreiras de Oficial de Chancelaria e de Assistente de Chancelaria, tem agora a relevante função de apurar o que já foi apurado duas vezes (mas talvez transcrito apenas em diplomatês), e de produzir novo relatório, que no fabuloso prazo de mais algumas semanas, vai informar aquilo que já foi informado, repassado, repisado, confirmado, insistido, e outros idos e ados...
Casinho difícil esse, para o maior constrangimento, humilhação e angústia daqueles que foram atingidos e ainda não moralmente reparados.
Parece que desta vez, à falta de outras tergiversações, vão ter de fazer alguma coisa, ainda que seja pouco, como essas aposentadorias de juízes corruptos, que são premiados com aposentadoria remunerada, ou seja, ficam em casa sem fazer nada, mas continuando a receber.
Mas, pelo menos o indiciado moral foi removido:  http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=55&data=08/05/2013
Resta saber o que vai acontecer depois, bem depois.
Não se apressem, pois a Casa precisa de tempo para resolver o que fazer com questões espinhosas desse tipo (e no entanto, tão claras e assertivas).
Esse é o Brasil, minha gente...
Paulo Roberto de Almeida 

http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/v/itamaraty-investiga-denuncias-de-assedio-sexual-e-moral-no-consulado-do-brasil-em-sidney/2560553/

Itamaraty ordena remoção de cônsul em Sydney após denúncias de assédio sexual
Renata Giraldi
Da Agência Brasil, em Brasília
08/05/201316h11
Depois das denúncias de desvios de comportamento, o cônsul-geral do Brasil em Sydney (Austrália), Américo Fontenelle, recebeu ordens para deixar o posto. Em portaria, publicada na edição desta quarta-feira (8) do Diário Oficial da União, a ordem é clara. "Remover ex-officio Américo Dyott Fontenelle", que é ministro da carreira diplomática –o último posto antes de ser promovido a embaixador, que o nível mais alto da carreira.
A íntegra da portaria determinando a remoção de Fontenelle está na página da Imprensa Nacional. Não há definição sobre o próximo posto para o diplomata.
Paralelamente, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, abriu um processo administrativo disciplinar contra o cônsul-geral do Brasil em Sydney e o adjunto dele, Cesar Cidade.
Os dois diplomatas são denunciados por funcionários de assédio moral e sexual, homofobia e desrespeito. Inicialmente, as investigações devem ocorrer em um prazo de 30 dias. Mas é possível prorrogação por mais duas semanas.
As investigações serão conduzidas por três embaixadores, com experiência consular e questões administrativas, pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ao final das apurações, os dois diplomatas podem ser condenados com uma advertência oral ou até exonerados de suas funções. Ao Itamaraty, Fontenelle e Cidade negam as acusações.
As denúncias surgiram a partir de acusações feitas por funcionários do Consulado de Sydney, que informaram ao Itamaraty situações em que foram humilhados e houve abuso de autoridade por parte do cônsul e do adjunto dele. Desde então, o ministério passou a apurar as informações.
Patriota reiterou aos diplomatas, responsáveis pelas investigações do caso, que rejeita os comportamentos inadequados às funções desempenhadas pelo Ministério das Relações Exteriores. Na cerimônia de posse do novo secretário-geral, Eduardo dos Santos, o chanceler lembrou que "não há espaço no Itamaraty" para comportamentos que "não se adequem" ao ministério.

Entenda o caso

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