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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 26 de maio de 2013

O Bolsa Familia e a lei das consequencias involuntarias

Na sequencia do post anterior, retiro este argumento, que parece aplicar-se perfeitamente ao Bolsa Familia:

The law of unintended consequences codified the idea that the most ambitious government programs will have the most unexpected consequences, many of them malignant.

A semana que passou assistiu ao caos social no Nordeste ( mas revelador de certa psicologia coletiva nacional) derivado do boato sobre o término do programa assistencialista (e eleitoral) e também a reclamações de alguns beneficiários, para quem a esmola é tão pouca (na faixa de 170 reais, segundo a declaração) que "não dá nem prá comprar uma calça para a filha, que está custando 300 reais". 
Pois é, essa é uma perfeita demonstração da lei das consequências involuntárias. 
Governos populista e demagogos, como o nosso, estão sempre recaindo nela. Nós pagamos, claro. 
Paulo Roberto de Almeida

Um comentário:

Maria do Espírito Santo disse...

Calça "de marca", como dizem os pobres bocós e "bocoas" do nosso Brasil.Não têm uma esteira pra dar um chilique, mas os filhos querem usar calça "de marca". É de amarcar, digo, de amargar! Este gênero de consumo estúpido aponta para uma sociedade sem nenhum outro valor agregado ao produto além daqueles veiculados pelo delírio consumista. E um delírio consumista em que não há nenhuma relação entre qualidade e preço dos produtos. Se o Neymar faz propaganda disto ou daquilo, o objeto da publicidade só torna kantianamente bom em si mesmo. As operadoras de telefone celular sabem o que fazem, quando escolhem estes ícones da estupidez humana para fazerem publicidade de seus produtos. É o fim!

(Acabei de ouvir aqui em casa que eu estou me tornando "quase uma crítica frankfurtiana". Que me provem, então, que o povo não é estúpido.)

E os flanelinhas paulistas cobrando no mínimo 50 reais para tomarem conta do seu carro nas imediações das casas de espetáculos. Os flanelinhas têm o direito de definir certos trechos das vias públicas como sendo deles e os donos de veículos, se quiserem estacionar em tais áreas, são obrigados a aceitarem as leis do parking estabelecidas pelos flanelas. É o fim II!