O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 16 de junho de 2009

1161) O custo da democracia brasileira (melhor, o alto custo dos parlamentares brasileiros)

Essa nota do Eduardo Graeff foi feita em torno de um problema "para lamentar", não querendo fazer um infame trocadilho com nossas despesas (inúteis) com representantes políticos que pouco representam (menos a si mesmos).
Para achar o Brasil, os interessados terão de abrir o link abaixo e ir muito longe, mas muito longe mesmo na escala comparativa de governança e custo dos congressistas. A nossa situação é tão ruim que ela se situa literalmente fora do mapa.
Ainda vou escrever algo sobre isso. (PRA)

Custo-benefício ruim
Eduardo Graeff, 15/06/09

Este gráfico compara o salário básico de um deputado e a qualidade do governo em vários países (clique a figura para abrir a página).

Quanto mais longe do centro do gráfico, maior o salário do deputado em relação ao PIB per capita do país.
Quanto mais longe da linha de base no sentido anti-horário, pior o governo. A avaliação dos governos leva em conta três índices: o Índice de Democracia da The Economist, o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU e o Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional.

É ruim de achar o Brasil no gráfico. Estamos lá longe do centro na direção das 10:30 horas.
Um deputado brasileiro custa 22 vezes o PIB per capita. Um deputado europeu, menos de 4 vezes. Isso significa que o esforço do cidadão brasileiro para manter um deputado é cinco vezes maior do que o esforço de um cidadão europeu.

Em troca desse esforço, o cidadão brasileiro recebe um governo bem pior que os da Europa, Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, um pouco pior que o do México, um pouco melhor que os da Argentina, Botswana, África do Sul, Turquia e Tailândia.

Nosso governo não chega a ser um desastre comparado com o de outros países da América Latina, África e Ásia.
Mas a relação custo-benefício, digamos, tem muito que melhorar
<http://www.eagora.org.br/arquivo/custo-beneficio-ruim/>

3 comentários:

Rodrigo L. disse...

Paulo, qual a sua opinião sobre a localização da nossa capital?

Sendo mais objetivo: você acha que poderíamos ter melhores políticos (ou pelo menos mais bem vigiados e controlados) e uma influencia maior sobre o destino de nossa nação se a capital fosse localizada em algum estado da região sudeste?

Acredito que poderíamos exercer pressão muito maior sobre o governo caso tivéssemos acesso fisico mais fácil aos governantes. Aumentos de salário constantes, desvios de verba, compra de votos e outras notícias já corriqueiras não seriam tão facilmente toleradas (ou pelo menos assim gosto de imaginar), ainda que a nossa população não seja das mais adeptas a manifestações.

Lógico que não estou levando em consideração outras consequencias dessa mudança geográfica, como por exemplo o que seria feito de Brasilia caso retirassem a capital de lá...

Jefferson Tolentino disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jefferson Tolentino disse...

Caro Prof. Paulo,

Se não fosse a sua dica da coordenada do ponto onde esta o Brasil, eu não teria localizado.

Há tempos a figura do representante dos anseios da sociedade está em decadência e cada vez mais a figura do político como profissão emerge no atual cenário político brasileiro.

E não é por menos, rendimentos e valorização muito superior as demais carreiras sem ter nem 1/10 do estudo necessário.

Por essas e outras, quando tiver um filho e ver ele se interessar por um livro, tirá-lo-ei desse caminho e darei uma bola de futebol ou explicarei o processo legislativo... não deixarei trilhar os mesmos árduos caminhos do pai.