Recebo do:
Ciclo de Debates do Grupo de Estudos sobre Multiculturalismo, da UnB, um convite para uma palestra a ser realizada em 17/11/2010, no Ceppac, que é um Centro de Estudos de políticas para a América Latina e o Caribe (ou seja, algo aparentemente relevante e existente)
A palestra é sobre:
"A dialética global / local para além dos paradigmas de homogeneização e resistência"
Palestrante: Prof. Dr. Xxxxxx Xxxxx Xxxx (suprimo o nome para evitar constrangimentos)
Apenas transcrevo a ementa da palestra, como provavelmente o palestrante a redigiu, he himself, como diriam nos Isteites:
Esse debate tem como objetivo problematizar estudos sobre a disseminação de culturas globais centrados na noção de centro-periferia e homogeneização e resistência, com base em estudo etnográfico comparativo entre países “desenvolvidos” (EUA) e em “desenvolvimento” (Brasil). A reflexão apresentada explora as contradições internas do capitalismo contemporâneo para evidenciar como processos de produção e de impacto de formações culturais globais são componentes de um diálogo da tensão dialética contínua local-global.
Não é edificante?
PS: Eu me pergunto até onde vai o besteirol universitário e quão rapidamente caminhamos para a mediocrização completa da academia no Brasil...
Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
sábado, 13 de novembro de 2010
2 comentários:
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.
PRA,
ResponderExcluiro tema até que é relevante, percebo que cada vez o mundo está mais uniforme, de uma maneira inadequada. Chamo isto de Mc Donaldização do mundo.
Estive na Europa há poucos dias e todos lugares estão cada vez mais parecidos. Comemos as mesmas porcarias, vestimos as mesmas roupas, compramos os mesmo eletronicos e livros (normalmente auto-ajuda), etc. Sem falar na sexualidade, que cada vez tenda mais para androgenia.
O grande problema do desenvolvimento deste tema, a burrice burocrática da nossa vida acadêmica não permite que os "doutores" tenham humildade para colocar suas idéias de uma forma simples e compreensível. Uma mistura de ignorância da própria capacidade de expressão com a necessidade de falar difícil e vago para "diferenciar" da maioria dos ignorantes. Arrogância e burrice é este misto.
Me faz perceber que ideias que poderiam ser legítimas são deturpadas pela burrice travestida da pseudo-auto-inteligencia dos que pretendem tudo saber.
Precisamos no mundo de simplicidade. Neste mar de informação o ignorante-esclarecido morre afogado.
Discernimento.
Meu caro "teste",
ResponderExcluirGrato pelos comentarios bem humorados.
A expressao "macdonaldizacao" ja tem copyright, um americano, num livro aliás bastante bom, que li quando estava nos EUA, dez anos atrás. Veja na Amazon, que você tem maiores informações e pode ler algumas páginas de graça.
Impossível os lugares estarem todos parecidos na Europa, onde por acaso estou agora. Você se atém à superfície das coisas: lanchonetes de fast-food, etc. Isso é o de menos. A Europa é um mosaico extremamente diversificado.
Eu não como as mesmas porcarias, mas claro, um turista com orçamento limitado fica mesmo no fast-food. Quem tem dinheiro (e eu agora tenho, depois de uma vida de muito trabalho e muita poupança), pode-se permitir comer um pouco melhor, ainda que não arrisquemos a carteira nos restaurantes de luxo.
Em qualquer tavola calda da Italia se come muito bem e muito barato.
Desista de pregar um "mundo de simplicidade". Não há o menor risco disso acontecer em qualquer tempo e lugar. As pessoas, sendo o que são, sempre vão buscar coisas diferentes, e portanto complicadas...
Assim é muito melhor. Cada um busca a sua felicidade da forma que lhe aprouver... Até ficando em casa, vendo esses horríveis programas de TV aberta, em toda simplicidade...
O abraço do
Paulo Roberto de Almeida