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sábado, 28 de maio de 2011

Slavoj Zizek: idiotas completos precisam ser chamados de idiotas... (e bota idiota nisso)

Normalmente eu jamais colocaria aqui um post para falar sobre um idiota. Não é meu estilo.
Tenho certa alergia à burrice e à estupidez, descontando os que não tiveram oportunidade de estudar, claro, mas sem condescendência com os que puderam fazê-lo e continuaram estúpidos (como certo líder que continua incomodando por aí).
Mas isso é o de menos, pois tenho mais horror ainda da desonestidade intelectual.
Pois bem, esse tal de "filósofo marxista Slavoj Zizek", como é sempre chamado, combina essas três características ao mesmo tempo e no mais alto grau, provavelmente elevado à 10a. potência.
Como tal, ele jamais mereceria um post neste blog, que como dito no frontspício se dedica a ideias inteligentes para pessoas inteligentes, e decididamente esse filósofo marxista não entra nessa categoria, não por ser marxista (o que acontece e é aceitável), mas simplesmente por ser burro, estúpido e desonesto intelectualmente.
Mas, decidi colocar um artigo do economista liberal Rodrigo Constantino sobre ele aqui por uma razão muito simples.
Imagino que muitos alunos sejam (ou serão) torturados por professores malucos, que virão falar da "última novidade" na frente anticapitalista (ou seja, esse idiota), e até obrigarão os coitados a ler algo dele, o que seria propriamente intragável. Outro dia eu até encontrei um aluno de RI cujo professor torturou com um livro de outro idiota completo, o alemão Robert Kurz. Fico com pena desses alunos, mas ao mesmo tempo penso que eles precisam de algum antídoto contra esses idiotas, tanto o dito cujo como os professores que se dedicam a esse tipo de tortura intelectual.
Feita esta introdução, deixo vocês com a leitura deste texto...
Termino reiterando (e desculpem a insistência): o Slavoj Zizek é um idiota completíssimo...
Paulo Roberto de Almeida

Marxista pop e o novo comunismo
Rodrigo Constantino
Blog RC, 28/05/2011

A esquerda festiva carioca entrou em polvorosa estes dias, com a visita do filósofo marxista Slavoj Zizek, que atacou a democracia representativa liberal em palestra no Odeon. O caderno Proza & Verso do jornal O Globo entrevistou o filósofo esloveno e traz matéria de capa hoje com o título “A novidade do comunismo”. Como se a mais ultrapassada ideologia de todas pudesse ter realmente alguma novidade...

Zizek defende as “causas perdidas”, e lamenta a perda do espírito revolucionário da esquerda. Ele não tem tempo para angústias e dúvidas, típicas dos liberais que reconhecem a complexidade da vida em sociedade: “Penso que existe a verdade, que existe a verdade universal, e que ela pode mesmo ser vista politicamente”. Claro que esta verdade seria... a sua. Como disse Bertrand Russell, o problema no mundo é que os tolos e fanáticos estão sempre tão certos de si mesmos, mas as pessoas mais sábias estão repletas de dúvidas.

Para Zizek, o problema de Hitler é que ele não foi violento o bastante. Calma, ele explica: não é que ele deveria ter matado mais judeus; é que ele não foi violento o bastante na revolução, em que violência significa “transformação das relações sociais”. Gandhi é que teria sido mais violento como revolucionário, pois organizou um movimento de massa com o objetivo de impedir o funcionamento do Estado colonial inglês na Índia. Alguém sente o cheiro, ainda que de leve, do duplipensar orwelliano aqui? Paz é guerra. Verdade é mentira.

O filósofo não defende, portanto, a violência. A revolução deve vencer no “dia seguinte”. Agora, como ninguém é de ferro, ele confessa: “Se aqueles no poder resistem, é claro que deve haver alguma violência, mas apenas como forma de defesa”. Entenderam? Sou contra a violência, mas se os demais não concordarem com minha revolução, que afinal de contas é a pura encarnação da verdade absoluta, e disso tenho certeza, então sim, posso usar violência como meio, em legítima defesa. Não é fantástico?

Revolução, para Zizek, não é um estado de emergência, mas apenas “mudança radical”. Ele explica melhor: “Revolução para mim é mudança nas relações sociais de poder”. O filósofo acredita que esta “revolução” não se dá com eventos isolados, midiáticos, com massas nas ruas tacando fogo em carros, mas sim de forma lenta e gradual. Um trabalho árduo, diário, paciente. Quem compreendeu isso foi o comunista italiano Antonio Gramsci, que criou um verdadeiro estratagema de tomada de poder em doses homeopáticas, pelas vias culturais principalmente. Nada novo aqui também.

Como em toda seita, há a esperança no dia da redenção. Para Zizek, “o comunismo vai vencer ou estaremos todos na merda” (na verdade, todos onde o comunismo venceu é que ficaram sempre na merda). Ele reconhece que o resultado geral do comunismo no século XX foi um fiasco, e que a social-democracia está hoje em crise. Mas Zizek ainda defende o comunismo, pois o capitalismo liberal global, em que ele curiosamente inclui a China, não tem condições de resolver os problemas atuais, como a questão ambiental, biogenética e propriedade intelectual. E ele não se considera um utópico. Para Zizek, a única utopia é “acreditar que as coisas podem seguir indefinidamente seu curso atual”.

Aqui ele resgata o pessimismo malthusiano para justificar seu ponto: “É claro por exemplo que se a China continuar se desenvolvendo na escala atual haverá uma demanda materialmente impossível de atender”. Será mesmo? Desde muito tempo que os pessimistas alegam que o crescimento populacional não será acompanhado pelo progresso material, mas os dados insistem em prová-los errados. A qualidade de vida material aumentou e muito no mundo de forma geral, e graças justamente ao progresso capitalista. O mercado tem essa mania de inovar, de aumentar a eficiência e produtividade, ou seja, fazer mais com menos. Os recursos naturais não mudaram muito no planeta, mas atualmente temos bilhões de habitantes, e o petróleo não vai acabar em breve! O problema da China não é o crescimento acelerado, mas a falta de liberdade econômica. O lado ruim é justamente a herança comunista, não as pitadas de capitalismo que fizeram milhões saírem da miséria.

Por fim, resta mencionar quem foi o “filósofo” brasileiro que ajudou a divulgar o evento com Zizek: Emir Sader. Para quem não lembra, Sader é aquele que até hoje defende o regime cubano, a mais longeva ditadura do mundo, responsável pela morte de milhares de inocentes. Talvez seja a tal violência necessária para as mudanças sociais, que um dia ainda hão de chegar! Sader escreveu um artigo para enaltecer a vinda de Zizek, em que diz: “Sua nova vinda ao Brasil será, sem dúvida, um grande acontecimento intelectual e político. É um provocador, no melhor sentido da palavra – de provocar o debate, a revisão de clichês, de saber se situar contra a corrente, de enfrentar temas que outros abandonaram, sob a pressão da mídia conservadora. Vale sempre a pena ler e ouvir Zizek, interlocutor obrigatório de quem não tem medo da realidade do presente, do passado e do futuro”.

Como vocês podem ver, é o “novo comunismo”, sem nenhuma ligação com aquele velho, carcomido e putrefato junto com os milhões de cadáveres que produziu. Quem for louco o suficiente que compre estas novas embalagens para os mesmos sonhos utópicos de antes, que deixaram apenas um enorme rastro de sangue e miséria. De minha parte, fico com este “maldito” liberalismo democrático, que tem seus defeitos sim, como qualquer modelo de sociedade com seres humanos imperfeitos, mas que é infinitamente mais justo e eficiente, como a história mostrou. Reformas e mudanças, sempre! Afinal, trata-se de um modelo vivo, uma sociedade aberta, que deve progredir gradualmente, por tentativa e erro. Mas “soluções” mágicas, ainda mais o resgate do mais que ultrapassado comunismo, isso nem pensar!

O filósofo e psicanalista Zizek costuma encantar as esquerdas. É o marxista pop, como alguns já o chamaram. Ser popular com a esquerda festiva que adora viajar a Paris e com jovens revolucionários que odeiam “tudo que está aí” e querem destruir o “sistema” não é mérito algum para mim. Prefiro todos os anônimos ou impopulares que lutam diariamente para construir, de fato, um mundo melhor e mais justo, com respeito às liberdades alheias e, por tabela, repúdio ao comunismo, novo ou velho.

9 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe vir aqui discordar tão radicalmente de qualquer ideia que esta postagem pode representar, mas era preciso. Aconselharia-o seu próprio conselho primeiramente, mantenha "um pensamento crítico e independente". Há uma distorção clara e absurda das ideias de Zizek aqui. Pensei em responder todas as proposições apresentadas ao longo do texto, mas desisti pela incompetência do texto e resolvi deixar uma simples afirmação (tão respeitosa quanto a sua): o idiota é você

Paulo Roberto de Almeida disse...

Existem também os idiotas anônimos, claro, que não têm nenhum argumento e apenas externam sua raiva, de modo idiota e anônimo.
Eu de meu lado, não tenho medo de assinar embaixo, e de continuar afirmando.
O Zizek é um idiota completo. Aliás ele faz sucesso com outros idiotas, e portanto não deve ser tão idiota assim. Deve lucrar com outros mais idiotas que ele.
Paulo Roberto de Almeida

Fernando Marcellino disse...

Almeida, dizer que o Zizek é um idiota sem qualquer argumentação torna ele idiota ou quem escreve isso? Você já leu algum dos 50 livros dele ou faz parte do grupo de pessoas como Reinaldo de Azevedo, Olavo de Carvalho e Ruy Fausto que numa mistura de ódio e inveja xingam por perceber que são estéreis?

Paulo Roberto de Almeida disse...

Fernando Marcellino,
Sinceramente, eu nao tenho odio, inveja, ou raiva desse idiota do Zizek. Eu só tenho pena dele, mas talvez não devesse. Tenho pena dos ingênuos que o seguem, ou que repetem as idiotices que ele escreve ou fala.
Eu acho apenas que ele é um esperto, ao abusar da capacidade da academia de aceitar qualquer idiota que produz frases de efeito anticapitalistas, pois isso tem um tremendo sucesso.
Ele é, na verdade, um desonesto intelectual, que atua nesse mercado da masturbação sociológica, pois tem mercado para isso.
Como diria um bookmaker inglês, jamais, alguém perdeu dinheiro apostando na estupidez humana.
Zizek é uma prova disso.
Mas, não se sinta constrangido.
Basta você escrever um artigo ou alinhar alguns argumentos lógicos, racionais, compreensíveis, resumindo ou sintetizando o que você acha que constituem as grandes contribuições a partir dos 50 livros desse idiota.
Terei prazer em publicar qualquer coisa que não ofenda a inteligência, a minha, a sua, a dos leitores que aqui comparecem...
Faça isso, pois eu adora debater...
Não sei se vou deixar de achar que ele é um idiota esperto, mas você está convidado a me convencer do contrário.
Paulo Roberto de Almeida

Gustavo disse...

Puxa vida... ler 50 livros do tal fazedor de frases de efeito? O que é isso? Nova forma de tortura na China?

Uma perguntinha aqui: esse tal escritor aí não é o autor lido pelo Ministro do MRE?

Abraços

AlexRene disse...

Não sei se algum de vocês lerá este comentário, mas lá vai:

Trabalho numa livraria e percebi o balbúrdio por este escritor através das revistas. Como leitor curioso que sou, peguei o "Primeiro como tragédia, depois como farsa" e li as primeiras 50 páginas.

Infelizmente para seus defensores, tenho que concordar com este post e o artigo reproduzido. Trata-se da antiga teoria travestida de novos ares. INcrível perceber a agressão no modo de escrever deste autor, quase não respeitando o leitor, declarando-o inapto a entender algo que está em sua cara.

No texto ele faz um paralelo entre o 11/9 e a crise de 2008, tentando encontrar defeitos que realmente existem no capitalismo, mas que justifiquem a sobrevida do comunismo... não passa de um adolescente tardio polarizando tudo em capitalismo e socialismo, quando, do proprio capitalismo, ele não entende as suas ramificações e ideologias. Chego a pensar que ele não distinguiria Utilitarismo de Liberalismo...

Seus livros deveriam ser postos na sessão infanto-juvenil de qualquer livraria, pois eu não entendo adultos que ainda defendam um sistema social como este.

Diego disse...

É engraçado como alguns termos sem substância se tornam lugar-comum. Já perguntei a vários conservadores que repetem todos os mantras de Olavo e cia. o que significa "desonesto intelectual e nunca obtive uma resposta satisfatória, talvez o autor deste blog possa finalmente me dizer.
Bom, este post tem um problema sério, diz estar abrindo excessão para falar do 'idiota' Zizek e me coloca um texto de Constantino.
Será que não seria desonestidade intelectual a ideia fixa que os paradigmas liberais são sempre,a priori, indefectíveis, e que qualquer crítica de outra perspectiva deve ser tachada de 'desonestidade, idiotia, etc.'.
Sinceramente, gosto deste blog apesar de toda a esculhambação ad hominem ad infinitum de praxe da ortodoxia conservadora, mas este foi demais, não se arrisca a debater uma única ideia do prestigiado acadêmico e ainda me põe um textinho vagabundo de um garotinho pedante que é esse Constantino. O leitor não se engana Sr. PRA, redima-se escrevendo um artigo decente sobre Zizek.

Josy Campos - Direito e Filosofia disse...

Parabéns pelo excelente artigo e, muito obrigada por não ter atendido o desejo do Diego, colocando um texto desse idiota do Zizec ( mentor intelectual dos nossos iludidos estudantes da marcha dos rebeldes sem causa). Infelizmente, nesses tempos de kaliuga, as ideias desse ideólogo do besteirol encontram solo fértil na imbecilidade reinante.

Roxxy Rush disse...

Parabéns, amigo. Vencendo uma discussão depreciando o opositor sem mesmo saber do que ele fala.Chamar alguém de idiota sem expor um argumento próprio é de uma habilidade retórica descomunal. Sem mais.