Este post deve ser lido em conjunção com o anterior, sobre o custo da corrupção no Brasil.
Acredito, sincera e fundamentadamente, se ouso dizer, que esse tipo de "notícia" também faz parte do custo da corrupção no Brasil. Primeiro, pelo lado da "ajuda" pública, geralmente fruto de lobbies ativos e da corrupção natural dos políticos. Segundo, pelo dinheiro que depois vem irrigar o caixa dos partidos e o bolso dos mesmos políticos.
Tudo isso representa um custo direto e indireto para a economia e os brasileiros (que são os que pagam por produtos mais caros e não tem os serviços públicos correspondentes aos seus impostos). Diretamente porque os bens poderiam ser mais baratos e de melhor qualidade, se as coisas funcionassem em bases de mercados livres, o que não é o caso no Brasil. Indiretamente por que os brasileiros sustentam um dos Estados mais caros do mundo, um que extrai dois quintos da renda de cada um e devolve talvez miseráveis percentuais sob a forma de serviços públicos, o resto sendo canalizado para o próprio sistema estatal (políticos, membros do judiciário, burocratas, professores, em graus diversos de "coleta") e para "empreendedores" como o que é retratado abaixo.
A corrupção terá vida longa no Brasil. Infelizmente.
Paulo Roberto de Almeida
Eike quer se associar a fabricante de iPads |
Chico de Gois |
O Globo, 22/10/2011
O presidente do grupo EBX, Eike Batista, reuniu-se ontem com a presidente Dilma Rousseff e com os ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para dizer que tem interesse em participar do empreendimento da taiwanesa Foxconn, que pretende produzir tablets da Apple no Brasil. Porém, segundo Eike, faltam concluir estudos para saber se é viável ou não associar-se à empresa, um investimento que poderia chegar a US$4 bilhões.
Em abril, durante visita da presidente Dilma Rousseff à China, a Foxconn, maior fabricante de eletroeletrônicos do mundo, anunciou que pretende investir US$12 bilhões no Brasil nos próximos anos, em várias unidades de produção, criando dez mil empregos.
Mercadante disse que o governo, neste momento, está formando a parceria de capital brasileiro para que haja transferência de tecnologia. Para viabilizar a nova fábrica — cujo local de instalação ainda não está definido — é necessário ter também sócios tecnológicos. Mercadante afirmou que a Positivo e a SempToshiba estão interessadas na empreitada. A EBX seria o sócio estratégico.
— O Terry Gou (presidente da Foxconn) é um grande empresário, como eu também, e existiu uma empatia que é sempre muito importante. Estamos estudando. Acho que participar e trazer essa tecnologia para o Brasil é algo que o grupo faz sempre e queremos participar deste empreendimento também — disse Eike, informando que já esteve reunido com Gou.
Embora ainda não tenha claro quanto precisaria investir para se associar à Foxconn, Eike afirmou que as três fases do projeto poderiam custar US$4 bilhões.
— Mas estamos elaborando ainda. Esses números não temos em detalhe — observou.
Se decidir participar, a EBX seria a sócia nacional do empreendimento.
— Acho que esse negócio de tecnologia é bom que se faça transferência, como é o objetivo deste projeto, e que com capital brasileiro, no fundo, passa a ser patrimônio brasileiro. Eike disse que o negócio interessa porque o Brasil tem potencial enquanto mercado, justamente num momento em que as economias da Europa e dos Estados Unidos patinam.
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Advinhem de onde vai sair este dinheiro...dou uma dica: tem quatro letras; inicia com "B" e termina com "S"!
ResponderExcluirVale!
Na verdade CINCO letras: BNDES...
ResponderExcluirVerdade(!)..mais o "S" de "social"; há tempos caiu em desuso!
ResponderExcluirVale!
Ninguém para e pergunta onde esse cara arruma tanto dinheiro?É bilhão pra lá,bilhão pra cá,e não produziu naaaaada!!!!Sinistro.
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