O ministro ressaltou, no entanto, que o governo não vai abrir mão da titulação como mecanismo de ascenção [sic] na carreira. Titulação é a exigência de títulos, como mestrado e doutorado, para ascensão na carreira. Alguns sindicatos de professores têm reclamado do critério. ” Não vamos recuar em tirar a titulação para fazer acordo sindical”, afirmou o ministro. Para Mercadante, a titulação é garantia de “universidade de excelência”.
Bem, acho que esses professores querem as mesmas facilidades que teve o atual ministro da (des)Educação -- e anteriormente da Ciência e Tecnologia (re-sic) -- para obter o seu "título" (aspas triplas) de "doutor" (ou de pêagádê, como poderia dizer o Millor) na outrora razoável Unicamp: uma "tesinha" improvisada, retirada de artigos de imprensa publicados, ou de discursos no Senado fabricados por assessores do staff congressual, uma banca generosa, para não dizer complacente com a fraude, e uma tolerância digna de outras casas mais tarimbadas no gênero, ao conceder essa defesa contra todos os regulamentos formais do ritual universitário de uma tese, num contexto de montagem de uma cerimônia lamentável para conceder um título de araque para um doutor de araque.
Bem, tudo isso combina com o estado atual da universidade brasileira, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.