De início pensei que se tratasse de alguma conspiração contra este autodidata absoluto, que despreza todos os títulos e diplomas, e valoriza o conhecimento pelo conhecimento, apenas. Depois, vi que não só existem idiotas que acreditam em qualquer coisa, como fraudadores em busca desse tipo de mercadoria. Mas volto ao que dizia.
De fato, se dependesse de mim, nem empresas privadas, nem instituições públicas exigiriam qualquer tipo de diploma, de quem quer que fosse, para qualquer cargo imaginável. Nada, nadicas de peterebas, só exame, ponto.
Não confiando no ensino, aqui ou alhures (embora eu mesmo seja um grande promotor de sistemas educativos de qualidade), acho que as escolas, de qualquer nível, existem mesmo para dispensar conhecimento, e eventualmente algum certificado de proficiência nos estudos, já que as pessoas adoram um papel qualquer, carimbado melhor ainda. Mas, em se tratando de concurso para a seleção de candidatos a exercer um cargo qualquer em uma instituição qualquer, creio que bastariam exames reforçados, ou entrevistas, para selecionar os melhores candidatos ao cargo, com a dispensa de qualquer diploma, mesmo de alfabetização primária. Nada, nenhum, zero.
Eu sei, eu sei, um sou um iconoclasta: acho que até os diplomatas podem ser selecionados sem precisar mostrar qualquer tipo de diploma: apenas os exames, rigorosos, claro, e uma entrevista para barrar os malucos que conseguem decorar listas telefônicas, bastariam para selecionar os melhores candidatos à diplomacia. Ponto.
E por que estou dizendo isso em relação aos diplomas?
Sim, agora volto ao meu assunto principal.
Tempos atrás, quase um ano atrás, postei um anúncio de diplomas, de todos os tipos, para qualquer candidato.
O anúncio era claro que se tratava de uma armação, de diplomas falsos, e eu mesmo coloquei o aviso na indexação.
O post era este aqui (agora removido, para não fazerem mais conspirações contra mim):
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Os companheiros vão acusar, mais uma vez, o neoliberalismo, claro, falando que o mercado invade tudo, até o fornecimento de diplomas.
Mas caberia ao seu governo vigiar pelo menos o Diário Oficial, para saber quem anda emitindo diplomas maravilhosos, com todas as garantias (de mercado). Metade do que está escrito é mentira, e todos os diplomas são de mentira, mas sempre tem gente interessada em mentiras, a começar pela perfeição da saúde e a notável progressão no ensino.
Recém recebido em minha caixa:
Substancialmente, ela dizia o seguinte, na linguagem sem vergonha dos fraudadores:
Pois bem: essa postagem foi uma das mais vistas deste blog relativamente obscuro e desconhecido: 1766
Passou-se o tempo, e eu já tinha esquecido dessa porcaria, quando começo a receber mensagens deste tipo:
Ou seja, os candidatos a fraudadores nem se dão ao trabalho de ler a mensagem por inteiro, a conferir o que escrevi, nada: eles só querem um diploma, qualquer um, sob pagamento, claro.
Agora, mesmo tendo removido o post, vou provavelmente continuar recebendo pedidos do tipo acima.
Pelo menos eliminei a conspiração:
A página que você está procurando neste blog não existe.
E o MEC, a PF, onde andarão?
3 comentários:
Caro Paulo, concordo inteiramente com você quanto à abolição da obrigatoriedade de diploma para exercer certos cargos. Mas a compra de diplomas, creio eu, ocorre em grande medida justamente como consequência desse tipo de reserva de mercado operada pelo Estado. Explico-me. Do ponto de vista econômico, uma formação universitária não vale somente pelo conhecimento que é adquirido no percurso (o assim chamado “capital humano”), mas também pelo efeito sinalizador do diploma. Dada a existência de grande assimetria de informação a respeito da “habilidade real” dos candidatos a certo emprego, frequentemente é eficiente para os empregadores usar os diplomas como sinalizadores de características desejadas. Por exemplo, um diploma da USP sinalizaria que a pessoa provavelmente é inteligente, esforçada, etc.
A sinalização explica porque muitos empregadores levam em conta diplomas de Universidades consideradas boas, mas não explica porque ela se importaria com diplomas comprados, os quais não sinalizam nada além da capacidade financeiras de os comprar. Isso, acredito eu, só é explicado pela obrigatoriedade legal de ter diplomas específicos para exercer certas profissões. Suponha que uma pessoa A tem todas as habilidades necessárias para exercer uma profissão P e, adicionalmente, haja um empregador B disposto a contratá-lo. Num mercado livre, eles simplesmente firmariam um contrato empregatício e ambos sairiam satisfeitos. Por outro lado, se o Estado chega e diz que A não pode exercer a profissão P, a não ser que possua um diploma D, essa transação mutuamente benéfica será impedida. O que A pode fazer nessa situação? Conseguir o diploma D numa instituição séria exige tempo, dedicação e investimento financeiro os quais A provavelmente não estará disposto nem terá capacidade de dispender. Aí entram as empresas de venda de diploma. O indivíduo A não quer nem aprender algo, nem sinalizar alguma habilidade que ele possua. Tudo que ele quer é um diploma, e é isso, e somente isso, que essas empresas lhe fornecem.
Um bom exemplo disso são os formados em Economia Empresarial na USP de Ribeirão Preto. A ideia do curso é formar alunos com conhecimentos nas áreas de Economia e de Contabilidade, e no currículo do mesmo consta a maior parte das matérias do curso de Economia e do curso de Contabilidade da mesma faculdade. Pois bem, tanto o conselho de economia, quanto o conselho de contabilidade negaram certificação profissional aos formados nesse curso. Resultado: os formados nesse curso se veem exatamente na posição da pessoa A do meu exemplo acima e, de fato, muitos recorrem à compra de diploma. Ou então fazem algo bem parecido com o único intuito de ganhar a certificação: entram numa faculdade razoável, eliminam várias matérias por equivalência e ganham o diploma em pouquíssimo tempo, sem acrescentar muita coisa ao seu conhecimento.
É bastante triste reconhecer isso, mas no Brasil das modernas corporações de ofício, estaríamos em situação ainda pior sem as empresas de venda de diploma.
Michele santos oficial vemde diploma falso e atende pelo telegran.
Tem 558 otarios para comprar, roubam a grana e desaparecem kkkk
11937549147 consegui o meu e retirei em mãos.... trabalho certo e seguro!
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