A companhia pode até ser uma porcaria, feita de incompetentes e interessada apenas em ganhar dinheiro, sem atentar para os interesses do país. Mas o simples fato de que uma companhia negligencie suas operações num país com conexões ferroviárias tão importantes, historicamente, quanto a Argentina, e que acabe sendo "expropriada" pelo Estado, já é um sinal de que, ou a companhia é muito ruim, ou então que ela não encontrou condições para trabalhar nesse país.
Paulo Roberto de Almeida
Portogente,
05/06/2013 - 10:01
Argentina rescinde concessões da ALL e consequências preocupam acionistas
por Redação *
O governo da Argentina decidiu rescindir nesta terça-feira (4) os contratos de concessão detidos pela América Latina Logística Central S.A. e pela América Logística Mesopotâmica S.A. (em conjunto, "ALL Argentina"). Os acionistas da empresa no Brasil iniciam esta quarta-feira preocupados com as consequências financeiras da intervenção do governo Cristina Kirchner.
A Argentina alega que a ALL não cumpriu o acordo de modernizar a malha ferroviária concedida pelo governo local. Produtores argentinos,assim como acontece no Brasil, se queixam da administração da companhia. No Twitter do Ministério dos Transportes da Argentina foi publicado: "Temos que defender o interesse do Estado. As concessões foram realizadas na década de 90 e não atenderam a qualquer objetivo".
Foto: Divulgação ALL
Rescisão da concessão afeta companhia de capital aberto
O departamento de Relações com Investidores da ALL lançou nota pública afirmando que a empresa não recebeu qualquer informação oficial do governo Kirchner e tentou minimizar a importância das operações ferroviárias na Argentina. "Em vista do atual cenário político e econômico da Argentina, a companhia vinha buscando potenciais investidores interessados em adquirir participação nas concessões da ALL Argentina. A ALL Argentina ao longo dos anos se tornou pouco representativa nos resultados consolidados da companhia, demandando foco desproporcional por parte da sua administração. Em 2012, os resultados das referidas concessões corresponderam a 6,5% da receita líquida e 0% do EBITDA total da companhia".
O Conselho de Administração da ALL havia divulgado no sábado (1) ter aprovado a compra da totalidade de debêntures da quinta e da sexta emissões após resultados fracos apresentados pela unidade de operação na Argentina.
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