De fato, se considerarmos a magnitude dos problemas que temos hoje na frente interna, a política externa realmente não tem importância. Todos os nossos problemas, repito TODOS, são "made in Brazil", e precisam de respostas internas para superá-los. O mundo tem sido extremamente generoso para com o Brasil, mantendo altos picos nos preços das commodities exportadas, e assim compensando os enormes prejuízos numa balança de manufaturados que só apresenta déficits por que nossas indústrias perderam totalmente a competitividade, seja nos mercados externos, seja no interno.
Mas isso se deve a políticas brasileiras, não só à competição de produtos estrangeiros, invasão chinesa, dumping desleal. Nossos problemas estão aqui mesmo, e eles são conhecidos dos empresários.
Essa questão da guerra entre Israel e o Hamas não é um problema nosso, e sim multilateral, ou regional, como quiserem, mas nós não precisaríamos ter criado um problema para nós mesmos. Não o fizemos em relação a outras questões mais graves, porque o faríamos agora, além das simples declarações humanitárias habituais?
Enfim, fica o registro, e o material abaixo, apenas como informação. Talvez sirva de reflexão, mas duvido muito. É mais provável que a opinião se divida entre os partidários da atual política externa, e portanto hostis a Israel e simpáticos aos palestinos, e os opositores da diplomacia partidária, que não são necessariamente amigos de Israel, apenas defensores de nossa tradicional política externa...
Paulo Roberto de Almeida
Política
Aécio diz que governo "se precipitou" sobre violência na Faixa de Gaza
O senador Aécio Neves acompanhado do
governador Geraldo Alckmin, que tenta a reeleição, e José Serra,
candidato ao Senado pelo PSDB, em visita ao Parque da Juventude (Foto:
Mariana Lenharo / G1)
Candidato do PSDB criticou atuação da diplomacia brasileira no episódio.
Brasil retirou embaixador de Israel e abriu crise entre autoridades dos países.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou neste sábado (26) a atuação da diplomacia brasileira após a ofensiva de Israel que aumentou a violência na Faixa de Gaza. Para o tucano, o governo brasileiro "se precipitou" no episódio.
Aécio Neves falou sobre o tema após participar de ato de campanha na capital paulista ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta reeleição, e do candidato ao Senado por São Paulo pelo PSDB, José Serra.
Na manhã deste sábado, eles caminharam pelo Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, local que antes abrigava o presídio do Carandiru, e também visitaram a Biblioteca de São Paulo, que fica dentro do parque. Em seguida, foram até a III Feira de Tecnológica da Zona Leste, em Itaquera, iniciativa liderada pela Obra Social Dom Bosco.
Na última quarta (23), o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência, considerou "desproporcional" a força usada por Israel e chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta", o que abriu uma crise diplomática.
Depois, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, questionou a retirada do embaixador e chamou o Brasil de "anão diplomático". Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.
Para Aécio Neves, o governo brasileiro deveriater dado uma "palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo".
"O Brasil sempre se caracterizou por ter uma política externa de equilíbrio e isso deve retornar a conduzir nossas ações. Em relação a essa última posição, acho que faltou equilíbrio.
Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as ações do Hamas com lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou, ao meu ver", afirmou o candidato tucano.
Para ele, o Brasil perdeu espaço nas negociações sobre questões internacionais e também reduziu sua participação no comércio exterior.
Atuação econômica do governo
O candidato comentou ainda, durante o ato de campanha em São Paulo, análises de instituições financeiras que sugerem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá prejudicar a economia. O Santander chegou a pedir desculpas pelo episódio.
"Essas avaliações apontam para a mesma direção: o fracasso da política econômica da atual presidente da república." Para Aécio, a situação mostra que Dilma "perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas" no mercado financeiro.
"Existe algo quando se fala de economia que é essencial: a expectativa. O atual governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, o que prejudica o crescimento", disse o tucano. "Vizinhos nossos, economias muito menos complexas e estruturadas que a nossa, vão crescer mais do que nós crescemos. O governo da presidente Dilma fracassou e eu concordo com a maioria dessas análises: mais quatro anos do atual governo do PT significa mais quatro anos de baixíssimo crescimento", completou
Fonte: Portal G1
Brasil retirou embaixador de Israel e abriu crise entre autoridades dos países.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou neste sábado (26) a atuação da diplomacia brasileira após a ofensiva de Israel que aumentou a violência na Faixa de Gaza. Para o tucano, o governo brasileiro "se precipitou" no episódio.
Aécio Neves falou sobre o tema após participar de ato de campanha na capital paulista ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta reeleição, e do candidato ao Senado por São Paulo pelo PSDB, José Serra.
Na manhã deste sábado, eles caminharam pelo Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, local que antes abrigava o presídio do Carandiru, e também visitaram a Biblioteca de São Paulo, que fica dentro do parque. Em seguida, foram até a III Feira de Tecnológica da Zona Leste, em Itaquera, iniciativa liderada pela Obra Social Dom Bosco.
Na última quarta (23), o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência, considerou "desproporcional" a força usada por Israel e chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta", o que abriu uma crise diplomática.
Depois, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, questionou a retirada do embaixador e chamou o Brasil de "anão diplomático". Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.
Para Aécio Neves, o governo brasileiro deveriater dado uma "palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo".
"O Brasil sempre se caracterizou por ter uma política externa de equilíbrio e isso deve retornar a conduzir nossas ações. Em relação a essa última posição
Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as ações do Hamas com lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou, ao meu ver", afirmou o candidato tucano.
Para ele, o Brasil perdeu espaço nas negociações sobre questões internacionais e também reduziu sua participação no comércio exterior.
Atuação econômica do governo
O candidato comentou ainda, durante o ato de campanha em São Paulo, análises de instituições financeiras que sugerem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá prejudicar a economia. O Santander chegou a pedir desculpas pelo episódio.
"Essas avaliações apontam para a mesma direção: o fracasso da política econômica da atual presidente da república." Para Aécio, a situação mostra que Dilma "perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas" no mercado financeiro.
"Existe algo quando se fala de economia que é essencial: a expectativa. O atual governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, o que prejudica o crescimento", disse o tucano. "Vizinhos nossos, economias muito menos complexas e estruturadas que a nossa, vão crescer mais do que nós crescemos. O governo da presidente Dilma fracassou e eu concordo com a maioria dessas análises: mais quatro anos do atual governo do PT significa mais quatro anos de baixíssimo crescimento", completou
Fonte: Portal G1
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