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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Brasil: o que eu faria se fosse presidente por um dia?

Uma postagem de 2013, completamente esquecida, mas que me foi lembrada por um leitor.

domingo, 20 de outubro de 2013

O que eu faria se fosse presidente por um dia? Boa pergunta... - Estudantes pela Liberdade

Recentemente deparei-me na internet com o anúncio deste encontro promovido pelos Estudantes pela Liberdade, um movimento que marcha contra a corrente atual no Brasil, que considero ser a da construção do fascismo, com o apoio ativo dos movimentos "sociais" em geral, e da União Nacional dos Estudantes em particular (todos eles na folha de pagamento do lulo-petismo, justamente o poder que está construindo o fascismo no Brasil):

O cartaz do evento, já realizado, encontra-se neste link:
http://epl.org.br/files/2013/10/1371371_668276043183990_800365458_n.jpg

Conheço os palestrantes, mas desconheço o que eles disseram. Procurei na página do epl.org.br, mas não encontrei nada sobre o encontro.

Mas, no meu caso, o que eu poderia dizer?

Bem, começaria dizendo que um dia é pouco para realizar o imenso rol de tarefas para consertar o Brasil, uma tarefa gigantesca não só em virtude dos impedimentos, barreiras e obstáculos constitucionais, mas também em função da mentalidade atualmente em curso no Brasil, um verdadeiro complô generalizado, em todas as classes, em favor de mais Estado, de mais políticas públicas, de mais favores governamentais, enfim, de mais dirigismo, o que eu reputo totalmente contrário ao que seria preciso fazer para começar a consertar o Brasil.
Tarefa difícil, portanto, inclusive porque o presidente pode muito mas não pode tudo, e depende do Congresso para aprovar inclusive mudanças no âmbito do próprio poder executivo, o que parece normal (menos normal é o fato de o Congresso e o Judiciário administrarem seus orçamentos em total independência, impondo gastos crescentes ao país e ao próprio poder executivo).

Acredito que eu começaria reduzindo a máquina pública, ou seja, de uma penada reduziria os ministérios à metade, voltando ao padrão normal dos anos 1970, e extinguiria dezenas, senão centenas de entidades estatais criadas nos últimos anos pelo poder lulo-petista. Demitiria sumariamente dezenas, centenas, milhares de contratados sob cargos de confiança, pois eles podem ser tudo, menos de confiança, justamente, e são absolutamente desnecessário. Eles estão ali para recolher dinheiro para o partido totalitário que tenta controlar a sociedade, e ainda não conseguiu seu intento (mas já se apossou da máquina do Estado).

Não daria para fazer mais, em um dia, mas tentaria encaminhar ao Congresso algumas dezenas de novas emendas constitucionais redutoras, ou seja, extinguindo metade dos absurdos e esquizofrenias ali constantes, e remetendo tudo à legislação ordinária (quando houvesse estrita necessidade, pois muitos dispositivos poderiam ser extintos, deixando a própria sociedade resolver questões de bens e serviços pela via do mercado).
Não creio que haveria aprovação congressual, mas pelo menos suscitaria debate em torno da questão principal, que é o fato de o Brasil possuir uma Constituição que simplesmente impede o crescimento do Brasil.
Formulei algumas dessas críticas num artigo recente, que vou disponibilizar neste espaço:


“A Constituição brasileira aos 25 anos: um caso especial de esquizofrenia econômica”, Digesto Econômico (vol. 68, n. 474, Julho-Agosto 2013, p. 64-74; ISSN: 0101-4218). Relação de Originais n. 2505b; Relação de Publicado n. 1105. 

Paulo Roberto de Almeida

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