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sábado, 13 de abril de 2019

Diplomacia: a improvavel demissao do titular nominal

Improvável porque sua permanência preenche um serviço aos verdadeiros donos do “pedaço”, como diriam os chefes de milícias. Mantém as aparências.


Por incompetência, Ernesto Araújo pode ser o próximo a ser demitido. Por Ivanir José Bortot

Publicado originalmente em Os Divergentes:
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se colocou na linha de tiro do Presidente Jair Bolsonaro que, como tem dito o Porta-voz do Planalto, Rêgo Barros, “é muito bom de pontaria”.
A demissão do Presidente da Agência Brasileira de Promoções de Exportação e Investimentos (Apex), o embaixador Mário Vilalva, e o afastamento do embaixador, Sergio Amaral, da Embaixada de Washington, feitas nesta semana por Ernesto Araújo, contribuiu para lhe colocar nesta posição indesejada.
A insatisfação com o desempenho de Ernesto Araújo envolve outras trapalhadas, algumas que acabaram prejudicando o próprio presidente da República em suas viagens ao exterior e outros o desempenho do próprio Itamaraty.
No primeiro caso, a mais emblemática falha de Ernesto Araújo, que afetou o desempenho de Bolsonaro, foi na sua viagem ao Chile. O Itamaraty não brifou e preparou as intervenções de Jair Bolsonaro na reunião da cúpula do Prosul, com presidentes de diversos outros países. As falas de Bolsonaro não tinham foco, informações e dados, o que acabou o deixando mal na foto diante dos demais presidentes da República em reuniões reservadas.
O embaixador Sérgio Amaral, tido como pessoa competente por militares do Planalto para ficar em Washington, vai cuidar de um escritório em São Paulo. A mesma sorte não tiveram outros embaixadores que foram destituídos de seus postos no exterior e hoje são obrigados a dar expediente em uma sala do Itamaraty, onde nada têm a fazer.
Neste caso é no mínimo um desperdício de recursos públicos e experiência profissional de um País que está cortando na carne para equilibrar suas contas.
A única atuação diplomática de impacto econômico esta semana, não teve o protagonismo do Itamaraty. O jantar do Presidente Jair Bolsonaro com 37 embaixadores Islâmicos de países importadores de alimentos do Brasil foi organizado pela Confederação Nacional da Agricultura e o Ministério da Agricultura. Ambos estão preocupados com o impacto nas exportações do Brasil em função dos acordos feitos com Israel. As palavra de diálogo e manifestação de confiança nas relações de comércio foram de Bolsonaro e Tereza Cristina. Chamou a atenção dos embaixadores Islâmicos que o ministro Ernesto Araújo não disse uma só palavra.
Apesar de inúmeros alertas da área militar do Planalto de que falta a Ernesto Araújo as atribuições para bem representar o Itamaraty e cuidar dos negócios do Brasil no exterior, informações de fontes do Planalto são de que Bolsonaro só ainda não apertou o gatilho por atender a apelo de seus filhos.


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