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terça-feira, 9 de abril de 2019
Livres, Conselho Academico: Persio Arida, Paulo Roberto de Almeida e outros
Livres se reinventa em 2019 após problemas com PSL de Bolsonaro
por Felipe Vieira, jornalista, Porto Alegre,
O Livres é um movimento liberal, suprapartidário que desenvolve lideranças, políticas públicas e projetos de impacto social para ampliar a liberdade individual no Brasil. A organização surge em 2016 dentro do PSL, a partir de um acordo com a direção do partido para promover uma renovação interna, mas rompe com a legenda ao ver o acordo ser quebrado, em janeiro de 2018, para abrigar a candidatura de Bolsonaro à presidência. “Esbarramos nos entraves do sistema e tivemos que nos reinventar”, diz Paulo Gontijo, presidente do Livres.
O movimento inicia 2019 com força total. A “bancada da liberdade” formada no ano passado é composta por 15 mandatários – entre vereadores, deputados estaduais, federais, um senador e um prefeito -, e o conselho acadêmico é de peso.
Elena Landau, Leandro Piquet, Persio Arida, Paes de Barros, Samuel Pessôa, Sandra Rios e Paulo Roberto de Almeida são membros.
A ideia é promover engajamento cívico e desenvolvimento de lideranças, projetos de impacto social e propostas de políticas públicas para aumentar a liberdade individual no Brasil. Com mais de 2 mil associados entre todas as regiões do país, o Livres possui 15 mandatários associados (1 senador, 3 deputados federais, 5 deputados estaduais, 1 prefeito e 5 vereadores). Constituído formalmente como associação civil sem fins lucrativos desde 2018, o movimento nasceu em janeiro de 2016 como uma tendência partidária incubada no PSL com o propósito de renovar o partido, mas deixou a sigla por divergir da entrada do então pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro.
Uma iniciativa do Livres este ano foi celebrar nas redes e na imprensa os 25 anos do Plano Real. Além de ter entrevistado personalidades como Persio Arida, Fernando Henrique Cardoso e Gustavo Franco, os coordenadores do movimento estão resgatando todos os jornais e revistas da época, para catalogarem as manchetes e fazerem uma linha do tempo. “Essa ação começou dia 28 de fevereiro e vai até dia 1º de julho, pois vamos relembrar toda tramitação da URV até o Real, como foi há 25 anos”, afirma Mano Ferreira, Diretor de Comunicação e responsável pelo projeto.
Atualmente o Livres conta com mais de 2 mil associados, divididos em 27 núcleos por todo país. Cada associado contribui mensalmente com pelo menos R$ 24,90, o que dá acesso a área exclusiva com fórum de discussão, onde as pessoas debatem ideias e trocam experiências de políticas públicas de diferentes regiões do país.
O grupo também prepara para os próximos meses o lançamento de uma plataforma de educação a distância, com cursos sobre liberalismo e políticas públicas. Para quem não pode pagar, há previsão de uma modalidade social de associação com apadrinhamento às cegas, onde outros associados pagam o valor equivalente à mensalidade, mas sem saber diretamente quem é o associado beneficiado, para evitar instrumentalização ou o chamado curral eleitoral.
O Conselho Acadêmico da organização agrega profissionais e especialistas de diversas áreas, que estão à disposição dos mandatários, líderes e associados, além de produzirem material acadêmico e servirem de consultores de políticas públicas para a organização.
Há dois anos o Livres era um grupo de jovens incubado dentro PSL, partido do atual presidente da república. Além da presidência de 12 diretórios estaduais, conselho de ética e da fundação, o grupo trabalhava pela renovação interna da legenda. Elaborou uma carta compromisso, iniciou o desenvolvimento de um programa partidário, fez código de ética e compliance, modelo de governança, estatuto, entre outras ações.
Entretanto, em janeiro de 2018 o PSL abriu mão de todos os compromissos firmados com o movimento para abrigar a candidatura do hoje presidente Jair Bolsonaro, que até então estava sem partido. “O projeto ‘Bolsonaro’ ia contra tudo o que defendíamos ali dentro, na economia e nos costumes”, conta Gontijo.
Foi então que no início do ano passado, o Livres teve que se reinventar para seguir com seu propósito de renovação política, liberdade, democracia e igualdade de oportunidades no país.
O Livres define-se como um movimento liberal por inteiro. “Defendemos pautas como responsabilidade fiscal, liberdade econômica e nos costumes, mas estaríamos sendo ingênuos se ignorássemos o complexo cenário social em que vivemos, sobretudo em um país como o Brasil”, diz Gontijo.
O grupo defende o diálogo contra os radicalismos de esquerda e direita, sempre pautado na ideia de que cada pessoa deve ser dona de sua própria vida e que o dever do Estado é ajudar os que mais precisam a conseguirem andar com as suas próprias pernas.
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