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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Governo atrapalha a diplomacia e o Brasil, diz Roberto Abdenur

'Governo coloca amarras em nossa ação no campo internacional', diz ex-embaixador

Diplomata Roberto Abdenur afirma que a posição ideológica do governo limita o papel do Brasil na relação com outros países

O Estado de S. Paulo, 9/09/2019

Ao invés de ampliar a presença do Brasil no espaço internacional, a política externa do governo tem limitado o papel do País no mundo e abalado a relação com outros países. A avaliação é do diplomata Roberto Abdenur, que tem mais de 40 anos de carreira, e chefiou as embaixadas do Brasil em países como Estados Unidos, China, Alemanha, Equador e Áustria. 
"Essa política peca por basear-se em um conteúdo altamente ideológico de extrema-direita", afirmou ao Estado. "Está em curso a dilapidação de um patrimônio político-diplomático". Na conversa, falou ainda sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington e criticou o alinhamento quase automático aos Estados Unidos. "Situa o Brasil em incômoda posição de subalternidade em relação àquele país, em detrimento dos interesses e objetivos próprios brasileiros". 
Abaixo, os principais trechos da entrevista. 

Qual a avaliação do senhor a respeito dos primeiros meses da política externa conduzida pelo ministro Ernesto Araújo e o presidente Jair Bolsonaro?

Estou muito preocupado com o que é uma brutal ruptura com décadas de atuação ativa, pragmática, lúcida, moderada e firme. Política externa se faz com coerência, objetividade, continuidade. Sem isso, o País perde credibilidade e respeitabilidade. 
Está em curso a dilapidação de um patrimônio político-diplomático. 
Essa política externa peca por basear-se em um conteúdo altamente ideológico de extrema-direita. O chanceler deixou isso claro em seu discurso de posse, com referências elogiosas a regimes de direita ou autocráticos, como EUA, Israel, Hungria e Polônia. Mas, embora pregue a importância da “liberdade”, foi incapaz de enaltecer grandes democracias europeias, como Alemanha e França. 
Em outro plano, tiveram forte impacto no Chile declarações agressivas contra a ex-presidente daquele país, que representaram desrespeito à memória do pai de Michelle Bachelet. As declarações evidenciam mais uma vez o caráter altamente ideológico do atual governo, que nutre visão simplista e maniqueísta do mundo exterior, considerando ser “de esquerda” qualquer setor político que não seja de extrema-direita. 
Essa atitude é prejudicial aos interesses do País. Seguramente, o próximo alvo de investidas será o Papa, por causa da realização de um Sínodo sobre a Amazônia, em outubro. O Brasil se colocará assim em posição de confronto com mais de um bilhão de católicos fiéis ao Papa. 

Como o senhor, que chefiou a Embaixada do Brasil em Washington entre 2004 e 2006, vê esse alinhamento quase automático com os Estados Unidos?

Preocupa-me o que possa ser um alinhamento excessivo com os EUA. O chanceler defende a ideia de que o Ocidente está em decadência e que o único país capaz de combater essa tendência são os EUA. Sempre fui contra o antiamericanismo, que se manifestou em alguns segmentos dos governos Lula e Dilma. Da mesma maneira, critico o pró-americanismo, que termina por situar o Brasil em incômoda posição de subalternidade, em detrimento dos interesses e objetivos próprios brasileiros. Isso debilita nosso relacionamento com outras nações. 

Que relações o senhor entende que podem ser prejudicadas a partir desse posicionamento?

Tenho muita preocupação com a falta de perspectivas positivas no relacionamento do Brasil com as democracias europeias, sobretudo Alemanha e França. Estava claro que essas relações seriam difíceis mesmo antes dos problemas com as queimadas na Amazônia. Agora, a situação chegou a um clímax com insultos pessoais entre Macron e o presidente. 
Macron cometeu dois erros sérios: chamar o presidente Bolsonaro de mentiroso e falar da internacionalização da Amazônia, ideia descabida e estapafúrdia. Mas, do outro lado, vimos o presidente reagindo de maneira violenta. Tudo isso me deixa pessimista com relação à viabilidade da ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Em vários países europeus o Brasil está sendo bombardeado por políticos, ambientalistas, acadêmicos, jornalistas, cientistas. E isso sem falar dos poderosos lobbies agrícolas em tais países. 

Qual deveria ser o papel do Brasil no mundo?

A política externa está estreitando e encolhendo os espaços de nossa atuação no plano internacional. Num mundo em vertiginoso e complexo processo de mudanças, o Brasil deveria engajar-se na ampliação do escopo de nossa diplomacia, procurando estreitar nossas relações com todas as partes do mundo, sem preconceitos ideológicos. O que ocorre é justamente o contrário. 
Estão gravemente abaladas nossas relações com os principais membros da União Europeia. Estão prejudicadas nossas relações com palestinos e árabes. Não temos planos para aproximação com a Ásia, hoje a região mais dinâmica do mundo. E a África parece não existir na cabeça dos responsáveis pela política externa.
É incrível que o chanceler veja com maus olhos as próprias Nações Unidas, que considera ser fonte de riscos para nossa soberania. O governo está colocando em torno de si amarras que tolhem nossa capacidade de ação no campo internacional. 

Como avalia a possibilidade de o presidente Bolsonaro indicar o filho Eduardo para assumir a Embaixada em Washington? Um levantamento do 'Estado' mostrou que o Senado resiste à possibilidade. 

Creio tratar-se de nepotismo. Há quem diga que o cargo é político, mas as embaixadas são órgãos do Ministério das Relações Exteriores. Ou seja, fazem parte do Poder Executivo. São órgãos administrativos, o que configuraria nepotismo. O deputado vem se empenhando na conquista de apoios no Senado. Procura fazer valer seu acesso às autoridades norte-americanas como argumento a seu favor. A situação precisa, contudo, ser vista em contexto mais amplo. 
Eduardo é ainda muito jovem e inexperiente, nunca participou de alguma instância importante de negociação, e poderia ter dificuldades em dar conta de todo o amplíssimo leque de atividades que tem um embaixador nos EUA. É preciso saber conectar-se e dialogar com múltiplos setores do governo, do Congresso, dos meios empresariais e financeiros, das universidades e da imprensa.  

Como enxerga essa escolha em um ano que antecede as eleições nos EUA?

O deputado cometeu erro grave ao fazer-se fotografar com um boné intitulado “Trump 2020”. O presidente também já manifestou apoio à reeleição de Trump. Esses gestos naturalmente caem muito mal junto ao Partido Democrata, que não só é oposição, mas também parte do sistema de governo. Os democratas têm agora poder efetivo, na medida em que controlam a Câmara dos Deputados, de onde atacam duramente Trump e suas políticas. 
E estão desde engajados na disputa pela indicação de quem será o adversário de Trump nas eleições. A imagem do governo Bolsonaro não é boa entre os democratas, o que requer por parte do embaixador brasileiro especial esforço de contato e diálogo com essa força política. 
No momento, o principal componente da disputa entre os pré-candidatos nos EUA são as mudanças climáticas. O eleitorado democrata e muitos independentes estão obcecados com esse tema – o que redundará em posturas críticas ao Brasil. Fará falta um embaixador capaz de enfrentar esse desafio, apresentando com habilidade nossos pontos de vista.

Como vê o Brasil em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, os dois maiores parceiros econômicos do país?

O Brasil está sob forte pressão americana para distanciar-se ou esfriar sua relação com a China. Faz parte disso a pressão para que o País boicote a empresa chinesa Huawei na instalação da tecnologia 5G. O que ocorre no momento, e certamente se estenderá ainda por muito tempo, é uma confrontação estratégica, pela qual os EUA querem conter o desenvolvimento e a projeção externa da China. 
Na campanha, o presidente Bolsonaro cometia um erro ao dizer que a China não estava comprando no Brasil, mas sim estava comprando o Brasil. Escolheu a China como bode expiatório. Fez em relação à China o que outrora faziam as esquerdas com a denúncia do “imperialismo ianque”. Felizmente o presidente parece ter recuado, aceitando convite para visita oficial a Pequim. Isso é positivo, assim como foi positivo que o vice-presidente, general Mourão, tenha dito firmemente que o Brasil não cederia a pressões contra a Huawei. 
Mas ficou no ar certa dúvida quando o chanceler afirmou que o assunto estava “sob consideração” do governo, insinuando a possibilidade de que o Brasil ceda às pressões norte-americanas. Esse duro embate entre Washington e Pequim ainda terá muitos desdobramentos, com consequências negativas para a comunidade internacional, e por extensão para o Brasil. É recomendável manter equidistância entre os dois.  
Faz todo sentido aproveitarmos o bom momento da relação com os EUA para novos progressos no diálogo, cooperação e intercâmbio. Mas isso não deve em nada prejudicar nosso relacionamento com a China.  

A reação internacional à situação na Amazônia é considerada por observadores como a maior crise diplomática recente do país, com o embate direto entre o presidente e o líder francês, Emmanuel Macron. Como reverter os danos?

É preciso uma estratégia clara de reação. Em primeiro lugar, a tomada de medidas concretas e efetivas para combater os incêndios. O Brasil enfrentará situação delicada no contexto da nova sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, que se inicia nos próximos dias. O próprio Secretário-Geral da ONU afirmou a importância da abordagem do assunto durante a reunião. Haverá por parte de diversos países numerosas e enfáticas expressões de interesse e preocupação com o assunto. 
Haverá também críticas às ações e posturas do governo brasileiro. É provável que se recomende a criação de algum esquema ou mecanismo para o acompanhamento de riscos para a sobrevivência da floresta. Talvez surjam ofertas de apoio político, material ou financeiro para medidas que nosso governo tome em defesa da Amazônia. 
O governo brasileiro deve ser muito firme na reafirmação de sua soberania, mas não convém colocar-se em postura de confrontação com boa parte da comunidade internacional. 
Precisamos ter jogo de cintura, e mostrar habilidade, serenidade e moderação em face dos desafios. Convém lembrar que nos anos 90 houve uma primeira iniciativa do G-7 de apoio aos esforços de preservação da floresta. 
Sob liderança da Alemanha, foi lançado o chamado PPG-7, programa voltado para a defesa da floresta amazônica e também da Mata Atlântica. O governo da época, em vez de rechaçar a iniciativa, resolveu acolhê-la. Em 17 anos foram gastos mais de 460 milhões de dólares, com resultados satisfatórios para todas as partes envolvidas. 

Como o senhor vê as últimas declarações do presidente a respeito das eleições argentinas?

Estou espantado com os insultos com os quais o presidente se referiu a Alberto Fernandez e às forças políticas que o apoiam, quando é evidente que será ele o próximo presidente do país vizinho. A Argentina é parceira inevitável e indispensável, o terceiro mercado para nossas exportações, nossa sócia no Mercosul. É de alta importância a preservação de atmosfera de diálogo e entendimento entre os dois países. 
Quando ocorre um entrevero entre dois chefes de governo, o papel natural de um chanceler é o de botar panos quentes, esfriar os ânimos, abrir canais de interlocução junto aos meios diplomáticos e também políticos do outro país. Mas o ministro Araújo resolveu juntar-se ao presidente. 
É impressionante que as duas maiores autoridades de nossa política externa ataquem dessa maneira o futuro governante da Argentina. O que será das relações bilaterais ao impacto de tais declarações? O Brasil chegou ao ponto de ameaçar sair do Mercosul caso Fernandez viesse a “fechar” a Argentina. Isso seria um tiro no pé, pois significaria nossa saída do recém-acertado acordo entre o Mercosul e a União Europeia. E representaria duro golpe no Mercosul. 

Quem foram os embaixadores do Brasil nos EUA desde a redemocratização

Caso seja nomeado para a embaixada em Washington, Eduardo Bolsonaro se tornará a primeira pessoa sem carreira na diplomacia a assumir o posto desde o fim da ditadura militar

A possível indicação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, como embaixador do Brasil nos Estados Unidos pode quebrar uma tradição dentro do Itamaraty, desde a redemocratização, de ter na embaixada em Washington, sempre um diplomata de carreira.  
Desde o governo de José Sarney, o primeiro após a ditadura militar, todos os ocupantes do cargo saíram do Instituto Rio Branco, o centro de formação de diplomatas do Itamaraty. 
Veja abaixo um breve perfil de cada um deles.  

Marcílio Marques Moreira

Período: 23/11/1986 a 24/08/1991
Presidente: José Sarney 
Primeiro embaixador brasileiro nos EUA após a ditadura militar, Moreira cursou Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e fez pós-graduação em Ciência Política na Universidade de Georgetown, em Washington. Em 1954, concluiu o curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco. 
Foi secretário na embaixada do Brasil em Washington, vice-presidente do Unibanco, diretor financeiro do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre outras ocupações, antes de ser nomeado embaixador nos EUA, cargo que ocupou entre 1986 e 1991, quando deixou a função para ser ministro da Fazenda de Fernando Collor. 

Rubens Ricupero

Período: 25/08/1991 a 25/08/1993
Presidente: Fernando Collor de Mello 
Formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), Ricupero ingressou no Instituto Rio Branco em 1958. Foi um dos primeiros diplomatas a trabalhar em Brasília, onde foi atuar, em 1961, como oficial de gabinete do ministro das Relações Exteriores, Afonso Arinos. Com uma longa carreira diplomática, também deu aulas de Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB) e no próprio Instituto Rio Branco. 
Foi assessor internacional do deputado e presidente eleito Tancredo Neves e assessor especial do presidente José Sarney. Nomeado por Fernando Collor como embaixador em Washington em 1991, permaneceu no cargo até 1993, quando foi indicado pelo presidente Itamar Franco ao Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Também ocupou por cinco meses o Ministério da Fazenda de Itamar Franco. Ricupero falou ao Estado sobre a possível indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington, dizendo que seria algo "sem precedentes na tradição diplomática do País" 

Paulo Tarso Flecha de Lima 

Período: 12/11/1993 a 26/05/1999
Presidente: Itamar Franco 
O mineiro Paulo Tarso Flecha de Lima, após de formar em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Brasil - atual UFRJ -, no Rio de Janeiro, em 1955, ingressou na carreira diplomática por concurso direito. Realizou o curso de aperfeiçoamento do Instituto Rio Branco e integrou a equipe do presidente Juscelino Kubitschek como oficial do Gabinete Civil. 
Construiu uma longa carreira na diplomacia, servindo em países como Itália, Uruguai, Argentina, Iraque, Irã, entre outros. Foi nomeado embaixador em Londres, em 1990, e em Washington, em 1993. Em 1999, assumiu a embaixada brasileira em Roma, onde ficou até 2001. Com a tríade Londres-Washington-Roma, passou por quase todo o “Circuito Elizabeth Arden”, jargão na diplomacia que se refere ao conjunto das embaixadas mais prestigiadas no meio: Londres, Washington, Roma e Paris.  

Rubens Antonio Barbosa

Período: 11/06/1999 a 31/03/2004
Presidente: Fernando Henrique Cardoso 
Após se formar diplomata no Instituto Rio Branco em 1960, graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. Em 1971, concluiu mestrado na London School of Economics and Political Science. Ao longo de sua carreira diplomática, fez parte da delegação brasileira em inúmeras edições da Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU) e em missões internacionais, mediando principalmente a relação do Brasil com países socialistas europeus, como Romênia, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria e a antiga União Soviética. 
Em 1994, assumiu a embaixada brasileira em Londres, onde ficou até 1999, quando foi nomeado embaixador em Washington. Após deixar a embaixada, ocupou o cargo de presidente de conselhos como o de comércio exterior da FIESP e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. 

Roberto Pinto Ferreira Abdenur

Período: 02/04/2004 a 29/01/2007
Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva 
Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e mestre em economia pela London School of Economics and Political Science, ingressou na carreira de diplomata em 1964. Foi cônsul-adjunto em Londres, integrou a delegação brasileira em diversas reuniões da Assembleia Geral da ONU e foi coordenador de assuntos econômicos e comerciais da Secretaria Geral das Relações Exteriores antes de atingir o posto de ministro de primeira classe, o mais alto da carreira diplomática. 
Foi embaixador no Equador (1985 a 1988), na China (1989 a 1993), na Alemanha (1995 a 2002) e na Áustria (2002 a 2004), até ser nomeado embaixador em Washington por Lula.         

Antonio de Aguiar Patriota

Período:21/02/2007 a 20/10/2009
Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva 
Bacharel em filosofia pela Universidade de Genebra, ingressou no curso de preparação de diplomatas do Instituto Rio Branco em 1978. Diplomata de carreira, atuou na delegação brasileira permanente em Genebra, Pequim e Caracas e ocupou cargos no Itamaraty, como o de chefe de gabinete do então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. 
Foi o segundo embaixador em Washington nomeado por Lula, sucedendo Roberto Abdenur. Deixou o cargo em 2009 para assumir a secretaria-geral do Itamaraty. Em 2011, assumiu o posto de ministro das Relações Exteriores do governo Dilma. 

Mauro Luiz Iecker Vieira

Período: 11/01/2010 a 31/12/2014
Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva 
Após se tornar bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense, ingressou no curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco em 1973. Construiu carreira ocupando cargos nos ministérios das Relações Exteriores, de Ciência e Tecnologia e da Previdência e Assistência Social. Entre 1995 e 1999, foi ministro-conselheiro na embaixada brasileira em Paris. 
Após ser chefe de gabinete de Celso Amorim no Ministério de Relações Exteriores, foi nomeado, em 2004, embaixador em Buenos Aires, onde ficou até 2010, quando passou a ocupar o cargo de embaixador em Washington. Em 2015, saiu da embaixada nos EUA e assumiu o Itamaraty no governo de Dilma Rousseff. Ao assumir a presidência em 2016, Michel Temer nomeou Mauro Vieira para o cargo de representante permanente do Brasil na ONU. 

Luiz Alberto Figueiredo

Período: 07/05/2015 a 05/09/2016
Presidente: Dilma Rousseff 
Outro ministro das Relações Exteriores que foi embaixador nos EUA, Luiz Alberto Figueiredo graduou-se pelo Instituto Rio Branco em 1979. Chefiou diversas delegações brasileiras em conferências internacionais sobre temas ambientais, com forte atuação nas discussões sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. Durante o governo de Dilma Rousseff, foi representante permanente do Brasil junto à ONU e ministro das Relações Exteriores. Serviu como embaixador nos Estados Unidos entre 2015 e 2016, antes de assumir a embaixada em Lisboa, onde está até hoje. 

Sergio Silva do Amaral

Período: 05/09/2016 a 03/06/2019
Presidente: Michel Temer 
O mais recente embaixador nos EUA, Sergio Amaral, é formado em Direito pela USP e tem pós-graduação em Ciência Política na Universidade de Paris I. Antes de ser embaixador em Washington, ocupou as embaixadas de Londres e Paris, além de ter sido professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. 
Na administração pública, Amaral ocupou cargos como os de Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e porta-voz do presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem também foi ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.

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