Memórias Intelectuais
Uma biografia das ideias que permearam a minha vida
Paulo Roberto de
Almeida
Concepção
e primeira redação em 18.10.2009
(numa dessas noites de insônia)
Revisão resumida: 22.12.2009
Postado nesta versão no blog DiplomataZ (1.01.2010;
Uma
pequena introdução que se poderia chamar de metodológica
Comecei a conceber a
redação destas “memórias intelectuais” numa dessas noites de insônia que me
acontecem frequentemente. Não que eu seja um insone ou que tenha dificuldades
para dormir, ao contrário: como estou sempre lendo, ou escrevendo, no limite de
minhas possibilidades físicas, quando vou dormir já estou dormindo em pé, ou
sentado em frente ao computador, não sendo raro que eu cochile quase em cima do
teclado, abatido pelo cansaço do dia, das muitas leituras, da fadiga visual em
face da tela, da falta de sono enfim. Quando vou para a cama, portanto, caio
como uma pedra e durma apenas o suficiente, pois necessariamente tenho de
acordar antes de ter feito o ciclo completo de sono, antes de gozar daquele
sono reparador que todos os médicos recomendam, seja porque tenho de trabalhar,
seja porque tenho de dar aulas, o que para mim não é exatamente o mesmo que um
trabalho, e sim o equivalente de um hobby, uma atividade que assumo
voluntariamente, mais por prazer do que por necessidade.
Ocorre, porém, que, em
algumas ocasiões, eu não consigo pregar o sono de imediato, seja porque minha
cabeça fervilha com novas ideias adquiridas ao sabor das leituras cotidianas,
seja porque algum outro problema perturbou o meu sono, apenas algumas horas
depois de tê-lo iniciado.
Pois aqui estou eu,
tentando dar início a uma nova obra que vai, provavelmente, ocupar outras
noites de insônia ao longo dos próximos meses e anos à frente, na redação
paulatina, gradual, lenta e necessariamente interrompida do que eu chamei de
“memórias intelectuais”, que nada mais são, como indica o subtítulo, do que uma
história das ideias que permearam a minha vida. Por que isso? Por que esse
título e não uma simples biografia ou memórias de vida, como todo mundo faz? Já
explico.
Como qualquer leitor
contumaz, também li muitas histórias de vida: grandes e pequenas biografias,
autobiografias, relatos de vidas de homens (e mulheres) famosos, extratos de
aventuras fabulosas (algumas verdadeiras, outras semi-inventadas), notas
pessoais, currículos, enfim, uma variedade de escritos pessoais que sempre me
interessaram mais pelo lado das ideias do que propriamente pelos feitos ou
eventos. Sou assim, fascinado pelas ideias e pelos processos mentais, mais até
do que pelos feitos e acontecidos. Interesso-me particularmente pelas reflexões
e elaborações mentais dos homens (e mulheres, para não deixar de ser
politicamente correto) que representaram alguma importância na história da
humanidade. Lembro-me de ter lido, ainda em minha infância ou primeira
adolescência, diversas biografias de grandes homens (e algumas mulheres) de
autores como Hendryk Van Loon, Stefan Zweig, Monteiro Lobato (este mais um
adaptador, do que um verdadeiro biógrafo) e vários outros autores.
Nunca imaginei, pelo
menos até alguns anos atrás, escrever minha própria biografia, e continuo
achando que não tenho nada de particularmente interessante a dizer em matéria
de relato de vida: a minha não foi suficientemente relevante no plano nacional,
ou interessante no plano individual, para merecer uma biografia no sentido
clássico, inclusive porque não sou um homem de grandes realizações práticas ou
de qualquer impacto na vida nacional. Tampouco prestei depoimentos, até o
presente momento, nem jamais mantive diários ou anotações regulares quanto a
minhas atividades e ocupações. Sou, sim, um homem de leituras e de anotações,
mas isso de livros, basicamente, o que faço de forma totalmente desorganizada e
anárquica – o que parece redundante, mas não é – sem qualquer preocupação com o
ordenamento sistemático dessas notas ou seu alinhamento cronológico.
Simplesmente, me interesso por tanta coisa, e leio tantos livros diferentes,
que sempre me foi impossível manter uma linearidade nas anotações de maneira a
sustentar qualquer relato ordenado sobre a minha vida, se ela fosse relevante,
ou sobre as minhas ideias, se por acaso eu tivesse um punhado delas
representativa de alguma grande “filosofia” particular, o que obviamente não é
o caso. Meu anarquismo literário e redacional nunca me permitiu manter notas
organizadas o suficiente para escrever o que se chama classicamente de
biografia, ainda que de simples ideias.
Por que, então, me
permito chamar estas minhas anotações de “Memórias Intelectuais”, um título aparentemente
prometedor e, ao mesmo tempo, enganador? Não sou um intelectual, pelo menos não
oficialmente: não me reconheço como tal, e não creio que eu seja conhecido como
tal. Sou simplesmente um homem de leituras e de escritos, os mais diversos,
tocando um pouco em todas as áreas das humanidades, o que faço mais de metido
do que de sabido. O adjetivo “intelectuais” apegado ao substantivo memórias
quer dizer simplesmente que este meu relato não é de vida, propriamente, nem de
eventos ou de processos reais que aconteceram comigo, mas sim de elaborações
mentais, de ideias, como aliás confirmado pelo subtítulo, como já escrevi acima.
Ou seja, eu pretendo, sobretudo, tratar das ideias que eu defendi, que eu
“freqüentei”, que permearam a minha vida ao longo de cinco ou seis décadas
(dependendo de quando se deve começar a contar minha vida “intelectual”).
Não são todas ideias
minhas, está claro, e sim ideias que movem o mundo, como já disse, a propósito
de um livro seu, o historiador Felipe Fernandez Armesto (ver o seu Ideas
That Changed the World,
publicado em 2003, um livro que já resenhei, em sua edição brasileira). São,
especialmente, ideias que movimentaram o meu mundo, ou que pelo menos
influenciaram a minha formação, o meu pensamento, e algumas das minhas ações
(sim, também as houve, e as relato aqui, conforme apropriado, mas sem muita
ênfase, preferindo ficar mesmo no terreno das ideias). Não sei se sou um homem
de ideias, mas sou, sim, um homem que viveu com ideias, para ideias e em função
de ideias, embora (pelo menos acredito) sempre com um sentido prático, isto é,
sempre com a intenção de colocá-las em “funcionamento”, ainda que poucas tenham
de verdade “funcionado”. Isso nunca me deixou frustrado, ao contrário, pois eu atribuo
às ideias as mais importantes transformações do mundo, ainda que nem todas tenham
tido esse poder. Vale uma pequena elaboração a esse respeito, o que faço agora,
à maneira de parênteses.
O mundo, na concepção
marxista e materialista – à qual eu aderi, voluntária e conscientemente, por
boa parte de minha juventude e da vida adulta – é movido por forças materiais,
por processos objetivos, que emergem do entrechoque de interesses sociais (de
classe, obviamente) e do confronto entre relações sociais, algumas decadentes,
outras, as vencedoras, avançadas, ou correspondendo a uma etapa superior das
forças produtivas. No máximo os homens são prisioneiros de ideias do passado,
segundo a fórmula de Marx no Dezoito
Brumário. Keynes também disse algo semelhante, a respeito de ser a geração
atual (qualquer uma) prisioneira de economistas mortos, o que se aplica
perfeitamente ao seu próprio caso e à geração atual, ainda presa às suas ideias
dos anos 1930, ou seja, de duas gerações passadas.
As ideias são algo
importante, e coisas vivas, no entanto. São elas que dão sentido à nossa
existência consciente, são elas que guiam as nossas ações, são elas que nos
impelem a novas aventuras do espírito ou empreendimentos práticos, são elas,
finalmente, que sustentam a defesa de alguns princípios e valores que julgamos
relevantes, seja para a “economia política” de nosso comportamento, seja para a
elaboração de algum julgamento moral sobre nossas próprias ações e as dos
outros. Ideas do matter, dizem os
ingleses, ou americanos, whoever...
As ideias têm importância, e elas tiveram uma tremenda importância em minha
vida, toda ela feita de leituras, reflexões, escritos e debates em torno de
ideias, todas elas, as minhas, ou seja, as que eu adquiri com leituras ou
pessoas mais espertas, as emprestadas ocasionalmente, as dos outros, com as
quais eu poderia concordar, ou não, assim como ideias que eu já defendi e que
depois vim a recusar, até mesmo rejeitar, e que passei a combater, como foi o
caso com boa parte de minha formação intelectual marxista da primeira juventude
(depois explico como foi isso).
Não tenho nenhum
problema em aceitar, confessar, reconhecer essa mudança de ideias, de
percepções, de atitudes em minha vida juvenil e adulta, posto que a vida é um
processo continuo de incorporação de novas ideias, de sua submissão aos testes
da lógica formal e da realidade, e da sua sustentação ou rejeição em função dos
resultados desses “testes”, que nada mais são do que experiências de vida,
novos aprendizados, incorporação de conhecimentos, aceitação de novos
princípios e fundamentos para a ação social. Repito aqui o que Keynes parece
ter dito, uma vez, a um interlocutor que o acusava de ter mudado frequentemente
de ideias: “sim, eu mudo de ideias cada vez que muda a realidade; e você, o que
faz?”
Este livro, portanto,
não se ocupa apenas de minhas ideias, ainda que seja difícil distinguir o que é
meu e o que pertence aos seus autores originais, na minha incorporação
particular, individual, das ideias que li ou ouvi ao longo de uma vida extremamente
bem recheada de leituras e de palestras, a que assisti ou de que participei,
interagindo com membros da mesa ou com o público inquisidor (sim, sempre
acreditei que aprendemos muito com nossos interlocutores, mesmo os que nos
contestam, como ocorre ocasionalmente com alguns alunos e mais frequentemente
com outros debatedores). São ideias que “estavam no ar”, que eu peguei, usei,
transformei, reelaborei, introduzi em novas ideias que eu mesmo possa ter
elaborado e que sai por aí, distribuindo à vontade, em meus escritos, aulas e
palestras. Fiz isso durante toda a minha vida adulta, seja na profissão
diplomática, seja nas lides acadêmicas, assumidas em caráter voluntário e em
tempo parcial durante quase todo o tempo em que fui diplomata de carreira.
Sim, sou daqueles que
acreditam e defendem ideias próprias, mesmo trabalhando numa corporação de
ofício, a casta dos diplomatas, que tem algo de Vaticano em sua maneira de ser
e em sua forma de proceder. Na veneranda Casa que foi minha durante várias
décadas, um funcionário subalterno é suposto acatar ideias dos superiores,
quando não defendê-las como se fossem suas. Consoante meu espírito anarquista e
libertário, eu nunca fiz isso, jamais; sinceramente não me lembro de ter alguma
vez acatado, em sã consciência ideias “superiores” apenas porque elas emanavam
dos semi-deuses que nos governavam, quando eu era secretário: conselheiros,
ministros, embaixadores. Sempre formulei alguma observação, seja para assinalar
minha concordância (quando eu efetivamente concordava com o que estava sendo
exposto), seja para argumentar em algum outro sentido (quando eu tinha alguma
objeção de princípio ou alguma observação tópica a fazer a respeito do assunto
em pauta). Nunca fui daqueles que quando parte para o trabalho deixa o cérebro
em casa, ou deposita a sua capacidade de reflexão na portaria, ao adentrar no
serviço: sempre levei comigo minha disposição a pensar com minha própria cabeça
e a levantar elementos factuais ou argumentos opinativos, sempre quando o tema
tratado me parecia padecer de alguma inconsistência formal ou de deficiência
substantiva. Nunca tive qualquer hesitação em contestar chefes ou outros
superiores em reuniões de trabalho, acumulando com isso (pelo menos suspeito)
sólidas inimizades ao longo da carreira (não de minha iniciativa, mas
provavelmente da parte dessas personalidades contestadas, que provavelmente
nunca toleraram a arrogância desse mero secretario ou conselheiro que ousava
discordar de suas brilhantes ideias e propostas).
Sou assim, e não me
escuso de sê-lo, pois acredito que devemos ser, publicamente, como somos na
intimidade, ou seja, nos comportar exatamente como comandam nossos instintos,
modo de ser, vocação inata. Eu nasci para ser um leitor, um “absorvedor” e um
processador de ideias, e tendo a expressar as minhas, conforme julgo apropriado
ou oportuno. Se os demais, os superiores, não concordam com elas, não me
importo minimamente, pois considero que num mundo de ideias, como o que
vivemos, devemos sempre lutar para que as boas ideias prevaleçam sobre as más,
ou inadequadas. Não sou, nem me considero, um “salvador” da humanidade, pelas
ideias ou pelas ações, mas considero, sim, que a humanidade pode e deve avançar
pela defesa das boas ideias, pela sua prevalência sobre as más, ou negativas,
pela promoção das soluções “corretas” aos enormes problemas da humanidade, de
pobreza, de desigualdade, de injustiça, de infelicidade. Sim, também tenho esse
lado um pouco milenarista ou messiânico de pretender “melhorar” a humanidade
pela ação consciente dos homens de bem, dos cientistas, dos engenheiros, dos
humanistas, que buscam algo mais na vida do que o simples prazer pessoal ou a
satisfação individual. Considero-me comprometido com uma causa superior, que é,
em primeiro lugar, a elevação espiritual, ou “mental”, da humanidade, base
indispensável para sua elevação material, ou para a busca incessante de
melhores padrões de vida para o maior número.
Talvez seja esse o
legado de meu passado socialista ou marxista: pretender “melhorar” a
humanidade, ainda que eu tenha há muito desistido de qualquer projeto de
“engenharia social”, ou seja, a pretensão de mudar os homens para mudar a
sociedade, como ocorreu na triste história do socialismo real ao longo do
século 20. O “homem novo” deve ser simplesmente construído em nível individual,
pela educação de qualidade, livre, diversificada, totalmente liberta de
qualquer crença fundamentalista – como o marxismo esclerosado, por exemplo – e
não imposto por qualquer programa de “reeducação social” mediante projetos autoritários
de transformação social, como os conhecidos nessa triste experiência
político-messiânica. Dessas ideias eu creio que me libertei, a partir da
juventude tardia e da entrada na etapa adulta de minha vida, ainda que eu não
tenha conseguido me libertar desse ideia básica de pretender promover o “bem
comum” e a “felicidade dos povos” (mas, aqui e agora, sem qualquer sentido
autoritário ou mandatório). De todas as minhas visitas e experiências no
socialismo real – o que poucos intelectuais do mundo capitalista realmente
fizeram – retirei a certeza de que o sistema criado pelo partido de vanguarda
trouxe mais infelicidade do que bem-estar aos povos que pretendeu transformar,
e nem sempre num sentido meramente material, de disposição de bens correntes;
no mais das vezes, a miséria moral e a degradação dos indivíduos foram bem mais
relevantes do que a penúria de bens e serviços.
Creio que os parágrafos
acima já oferecem um resumo do que são as ideias que pretendo discutir neste
ensaio de biografia intelectual, basicamente uma historia das ideias para
consumo próprio, uma espécie de balanço de uma vida de leituras, de reflexões e
de escritos, que foi tudo o que me foi dado fazer ao longo de uma carreira
diplomática e acadêmica sem muitas emoções ou grandes acontecimentos. Talvez as
poucas ideias aqui contidas possam servir de motivo de reflexão aos mais
jovens, aqueles que como eu começam ou começaram a sua vida cheios de
entusiasmo juvenil por grandes projetos de transformação do Brasil e do mundo.
Eu fiz a minha parte, tentei, sim, transformar o Brasil – nem sempre no bom
sentido, confesso, como quando pretendia fazer do país uma economia socialista,
seguindo o exemplo cubano – e tentei, depois, ajudar na transformação do mundo,
seja como diplomata, seja como professor, seja ainda como autor de alguns
escritos que podem ter influenciado a formação de alguns poucos jovens que
tiveram contato com esses escritos.
Uma coisa é certa:
ainda que eu possa ter errado algumas (ou muitas) vezes, eu sempre tentei ser
honesto comigo mesmo e com as ideias que estavam à minha disposição, ou seja,
ao usá-las de modo racional e sempre visando ao bem comum. A honestidade
intelectual não é apenas uma virtude, para mim, mas uma necessidade imperiosa,
uma condição inseparável de minha personalidade e disposição de vida. Nunca
consegui defender ideias nas quais não acreditava, nunca fui hipócrita no trabalho
diplomático ou acadêmico, sempre defendi (e expressei) o que pensava, mesmo ao
risco de prejuízos materiais ou morais. Nunca me escondi atrás de “falsas
ideias”, apenas para contentar um superior ou sugerir uma ilusória concordância
intelectual com quem quer que seja na academia, e por isso mesmo devo ter
granjeado inimizades e criado alguns problemas para mim mesmo, aqui e acolá.
Isso nunca me importou: sempre preferi estar em paz com minha consciência do
que ganhar algum favor de um superior por submissão a ideias que não defendo ou
que rejeito. Nunca fui carreirista, numa ou noutra “profissão”, aliás, nunca me
classifiquei apenas como diplomata ou como acadêmico; sempre disse que eu era
diplomata, ou professor, mas em meus escritos e palestras eu me apresentei
sempre como sociólogo ou “doutor em ciências sociais”, conforme o caso, o que
são títulos, não condições profissionais. Acho que nunca escrevi como diplomata
– ou seja, a langue de bois, ou o bullshit, típicos da profissão e da
linguagem diplomática – e tampouco me comportei como acadêmico, ou seja, apenas
um pesquisador ou professor de uma instituição de ensino e pesquisa.
Sempre fui um ser
livre, tanto quanto me permitiram minha condição de servidor público e de
contratado de uma instituição de ensino, ou seja, cumprindo minhas obrigações
mínimas, mas me reservando o direito de pensar com minha própria cabeça e de
expressar o que me ia na cabeça, por vezes de forma algo agressiva, reconheço.
Mas é porque o meu entusiasmo pelas ideias, meu cuidado em recolhê-las dos
livros e colocá-las à disposição dos demais, meu empenho em “ensinar” aos
outros as “boas ideias” são tais que em algumas (ou varias) ocasiões eu acabei
me chocando com ideias antigas, conservadoras, inadequadas, incorretas,
francamente equivocadas. Isso seria porque minhas ideias eram melhores do que
as dos outros? Talvez, e aqui confesso algum orgulho de estar um pouco à frente
de meus contemporâneos, exclusivamente em função de minha obsessão pela
informação, pelo conhecimento, pela argumentação lógica e bem fundamentada.
Sim, eu me impaciento com a lentidão de algumas pessoas (talvez a maioria) em
perceber a realidade, que está ali, à disposição de quem quer ver, bastando se
informar corretamente – mas a maioria das pessoas lê pouco e se informa de
maneira deficiente – e refletir com base em preceitos mínimos da lógica formal
e da argumentação bem sustentada. Não tenho culpa se sempre tive mais
informações do que a média de meus colegas de trabalho e de academia: isso foi
alcançado ao custo de muito sacrifício, de muitas noites de leitura, de muito
esforço em buscar e apreender os dados da realidade. Como estou fazendo agora
mesmo, neste momento de reflexão e de registro de minhas memórias intelectuais.
Mas, encerro no momento, pois já são 9h25 de uma manhã de domingo, e eu vou
dormir um pouco antes de retomar minhas leituras e lides acadêmicas um pouco
mais tarde. Boa noite (ou bom dia).
Brasília, 18.10.2009
Revisão: 22.12.2009
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