domingo, 10 de novembro de 2019

Sobre regimes extremistas - Paulo Roberto de Almeida

Percorro todo o espectro das ideologias políticas, sem preconceitos e sem pré-juízos, visando apenas a definição e implementação de políticas públicas efetivas na criação de prosperidade e na garantias de amplas liberdades democráticas para a população. 
Minhas constatações, com base numa observação realista do que vi, acompanhei, registrei objetivamente, pelo mundo, nos mais diversos experimentos em países de diferentes continentes, nos mais diversos contextos históricos e sociais, são as seguintes.
Regimes extremistas costumam ser bastante ineptos no plano econômico, tremendamente corruptos no terreno político, propensos a muita demagogia e a fraudes populistas e culturalmente reacionários. Chegam a ser amigos das mais execráveis ditaduras, de direita ou de esquerda, em várias partes do mundo.
Assim foi o lulopetismo, que nos legou a pior recessão de toda a nossa história econômica, conspurcou as instituições republicanas e roubou bilhões do povo brasileiro, por um projeto de poder personalista, ademais de apoiar ditaduras ordinárias, na região e alhures, defendendo ainda “controle social” dos meios de comunicação.
E assim pode ser o olavo-bolsonarismo, propondo um modelo autoritário de sociedade, culturalmente reacionário no seu anti-iluminismo retrógrado e fundamentalista religioso, com um tremendo potencial de retrocessos no plano da educação e pesquisa científica. 
Não tenho nenhuma hesitação em proclamar minha posição. 
Rejeito ambos, como deploráveis do ponto de vista de um modelo de sociedade e de um sistema político dotado das mais amplas liberdades econômicas e garantias democráticas, de total comprometimento com a defesa dos direitos humanos e de garantias para as minorias, com total liberdade de expressão, sem qualquer intromissão do Estado nos meios de comunicação e promotor de avanços irrestritos na pesquisa e na educação científica, num contexto de total laicidade nos espaços públicos.
Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 10/11/2019

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