quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

O Mercosul em frangalhos: hora de repensar o bloco? - Notícias argentinas

NOTÍCIAS ARGENTINAS:

China inks $8 bln nuclear power plant deal in Argentina

1 . La Nación, Buenos Aires – 3.2.2022

Alberto Fernández llegó a Moscú y mañana se reunirá con Vladimir Putin

Elisabetta Piqué

Moscú - Temperaturas bajo cero y la guerra de nervios entre Rusia y Ucrania al rojo vivo. Ese es el clima que recibió esta noche aquí al presidente Alberto Fernández...

En efecto, mañana después reunirse con Putin seguirá viaje rumbo a Pekín, donde asistirá a la ceremonia de inauguración de los Juegos Olímpicos Invernales y se verá con otro jugador clave del tablero internacional, el presidente chino, Xi Jinping.

...El Gobierno argentino no sólo busca profundizar en el sentido más amplio el vínculo con Rusia -un país seis veces más grande, con una población de 146 millones de habitantes y uno de los grandes actores de la escena internacional-, sino también, la posibilidad de sumarse al grupo de los BRICS, que integra junto a Brasil, India, China y Sudáfrica. 

...“Se trata de uno de los temas en carpeta y una aspiración que podría plantearle Alberto a Putin: que los BRICS incorporen a la Argentina y el club pase a ser BRICSA”, revelaron a La NACION fuentes informadas, que destacaron que un posible cambio de gobierno en Brasil, con Lula da Silva de nuevo el poder, haría plausible tal proyecto.


2. Avanço chinês mostra disfunções do Mercosul

A função de um bloco não é armar protecionismos indefensáveis
02/02/2022 05h02  Atualizado há 10 horas

O fato de a China ter ultrapassado o Brasil em suas exportações para a Argentina diz muito sobre o mau estado do Mercosul e sobre a perda de competitividade das indústrias dos dois lados da fronteira - o contrário do que a criação de um bloco comercial na região se propôs. O poder de conquistar mercados do maior exportador do mundo, a China, é gigantesco, mas os desacertos políticos entre as duas maiores economias do bloco, Brasil e Argentina, facilitaram bastante o trabalho dos chineses.

...Um dos objetivos de acordos comerciais como o do Mercosul é unir as vantagens comparativas de seus membros, propiciar o pleno usufruto delas, buscar novas complementaridades e oportunidades de especialização regional. Não foi o que aconteceu nos 30 anos de vida do Mercosul.

...Com o governo de Néstor Kirchner, primeiro, e Cristina Kirchner, depois, a Casa Rosada tomou todo tipo de medida para impedir o comércio com seu aliado formal do Mercosul, enquanto deixou o flanco aberto a competidores muito mais agressivos, como os chineses. A Argentina passou anos contendo burocraticamente as exportações brasileiras para seu mercado, por meio de licenças prévias de importação e acordos de “restrição voluntária”. Os livros-texto apontam que essas restrições podem provocar desvio de comércio. A China foi seu principal beneficiário.

...Em 2009, por exemplo, quando o então presidente Lula começou a retaliar os argentinos com as mesmas medidas protecionistas que tomavam, a Argentina mudou regras de validação de certificados que beneficiavam os brinquedos brasileiros. A China fornecia 79% das importações argentinas desses produtos, mas o governo Kirchner resolveu implicar com seu parceiro comercial, o Brasil, cujas vendas somavam 2,2% das importações. Desde 2005 o Brasil, com as restrições, perde na venda de têxteis enquanto os chineses crescem. A China passou à frente na venda de calçados no fim da década de 2000, eles também sujeitos a licenças prévias. Em 2009, a China recebeu 60% dessas licenças de importação para esse bem, e as empresas brasileiras, 30%

O resultado é que a China, que ninguém pode controlar, vendeu 21,4% de tudo o que a Argentina importou em 2021, e o Brasil, com o qual a Argentina tem um tratado e é obrigado a negociar, exportou 19,6%. Em 2010, as fatias eram respectivamente de 14,3% e 30%. Os chineses subiram os degraus de sofisticação tecnológica. Primeiro derrubaram seus competidores nas indústrias tradicionais, como têxteis e calçados, e depois naquelas em que países como Argentina e Brasil poderiam avançar, e não o fizeram. O progresso chinês no Mercosul explica parte da prostração da indústria nas maiores economias da América do Sul.

https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2022/02/02/avanco-chines-mostra-disfuncoes-do-mercosul.ghtml

Observações de um amigo: 

1. Fernandez foi visitar Putin e pedir para entrar no BRICS, que já quer rebatizar de BRICSA. Está só esperando que Lula assuma. 

2. Protecionismo argentino contra o Brasil facilita o desvio de suas importações em favor da China. 

Obs.: Talvez o Uruguai tenha razão ao sugerir que seria melhor que os membros do Mercosul recuperem a liberdade de negociar acordos de livre comércio com terceiros países, já que o protecionismo a nível dos 4 é inviável, com ou sem a intrusão comercial chinesa. Dado o peso limitado desse mercado para o potencial exportador brasileiro (salvo setores ou produtos específicos, como veículos automotores, que podem ser atendidos por acordos específicos, sob medida), o Brasil estaria melhor servido se o Mercosul fosse transformado em zona de livre comércio, sobretudo porque a ideia original de evoluir para um mercado comum, copiado da Europa, é uma hipótese que não se sustenta depois de 30 anos de experiência, inclusive porque o único parceiro que conta é a Argentina.

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