Meu amigo e colega André Heráclio do Rego vai participar.
A Confederação do Equador como primeira revolução
constitucionalista do Brasil.
André Heráclio do Rêgo (IAGHP/IHGB).
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
Meu amigo e colega André Heráclio do Rego vai participar.
A Confederação do Equador como primeira revolução
constitucionalista do Brasil.
André Heráclio do Rêgo (IAGHP/IHGB).
Acabo de colocar um ponto final no meu prefácio a este livro de meu colega e amigo, historiador pernambucano André Heráclio do Rego, do qual transcrevo apenas os primeiros parágrafos. O restante virá quando o livro for publicado...
Paulo Roberto de Almeida
ENTRE O IMPÉRIO E A REPÚBLICA
O SÉCULO XIX NA OBRA DE GILBERTO FREYRE
André Heráclio do Rêgo
(Edição de Autor)
ÍNDICE
Prefácio: Gilberto Freyre, um intelectual na longa duração, 5
Paulo Roberto de Almeida
Introdução, 11
Capítulo 1 – O Movimento da Independência, 33
Capítulo 2 – O processo revolucionário, 51
Capítulo 3 – As singularidades da Monarquia, 83
Capítulo 4 - Monarquia e República: continuidade e ruptura, 97
Capítulo 5 – O Império e a unidade nacional, 117
Capítulo 6 – O Oriente no Novo Mundo. Os três primeiros séculos da formação brasileira, 129
Capítulo 7 – Oriente X Ocidente: a Monarquia e a reeuropeização do Brasil no século XIX, 139
Considerações e sugestões, 149
Obras de Gilberto Freyre utilizadas, 163
Referências bibliográficas, 167
Prefácio
Gilberto Freyre, um intelectual na longa duração
O presente livro de André Heráclio do Rêgo constitui um notável esforço de síntese interpretativa sobre um dos autores mais fecundos do pensamento social brasileiro. Junto com Manoel de Oliveira Lima e Manoel Bomfim, Gilberto Freyre foi um dos primeiros historiadores sociais do Brasil. Na verdade, ele foi bem mais do que isso: antropólogo de formação, tendo estudado com Franz Boas, na Universidade de Columbia (NY), ele veio a empreender um levantamento da cultura material e humana do Brasil colonial e imperial, compreendendo não apenas a sua análise da Casa Grande e [da] Senzala, o título de sua primeira grande obra (1933), como também tratou amplamente da miscigenação geral do povo brasileiro a partir de suas fontes étnicas, dos aportes estrangeiros à cultura material e espiritual, assim como da lenta emergência, a partir da sociedade patriarcal, de formações urbanas ao longo da costa atlântica e no interior próximo, tal como refletida em Sobrados e Mucambos (1936) e no seu outro clássico, Ordem e Progresso (1959). O extenso subtítulo dessa terceira grande obra, em 2 volumes, revela, aliás, a extensão de seu trabalho analítico: “Processo de desintegração da sociedade patriarcal e semipatriarcal no Brasil sob o regime de trabalho livre: aspectos de um quase meio século de transição do trabalho escravo para o trabalho livre; e da Monarquia para a República”.
Gilberto Freyre antecipou, de certa forma, a famosa escola francesa dos Annales, com sua forte ênfase no cotidiano das famílias, nos costumes do povinho miúdo, na alimentação e nas técnicas do trabalho humano. Mais de um acadêmico francês em estágio universitário no Brasil dos anos 1930 e 40, na recém fundada Universidade de São Paulo por exemplo, se declarou pronto a reconhecer certa dívida interpretativa em relação ao “mestre de Apipucos”, sua residência e escritório de trabalho no Recife senhorial. Os métodos e os grandes temas da nova historiografia francesa, em pleno florescimento nos anos seguintes à Segunda Guerra, já estavam presentes na obra de Freyre desde duas décadas antes, como facilmente constatável.
(...)
Segue por 3 páginas...
Em lançamento em Brasília, com a presença dos dois organizadores, André Heráclio do Rego, George Cabral de Souza
Um grande historiador, um grande antropólogo, três livros que recuperam explicações essenciais de nossa formação histórica. Lançamento em Brasília, na Livraria Travessa, dia 7/12: