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sábado, 20 de setembro de 2014

Deuda argentina: las cosas se complican, hermanos (e nao vao melhorar...)

EUA nega recurso da Argentina e de banco para pagamento de dívida

Tribunal negou pedido do país e do Citibank para liberar pagamentos.
Argentina enfrenta impasse para pagar dívida a credores.

Da France Presse, 20/09/2014
Presidente argentina Cristina Kirchner quer transferir capital de Buenos Aires para Santiago del Estero, no norte do país (Foto: Reuters/BBC) 
Presidente Cristina Kirchner enfrenta crise e tenta
solucionar impasse para pagamento de dívida
argentina (Foto: Reuters/BBC)
 
O Tribunal de Apelações de Nova York negou nesta sexta-feira (19) o recurso apresentado pelo governo da Argentina e pelo Citibank para que fossem liberados os pagamentos de parte dos títulos reestruturados do país, bloqueados pelo juiz federal americano Thomas Griesa.
Os três magistrados da corte indicaram que sua decisão não significa uma decisão definitiva sobre o pedido. Segundo eles, o caso pode ser levado a Griesa antes do dia 30 de setembro, data em que vencem os pagamentos dos títulos argentinos que motivou o recurso do Citibank.
A decisão do Tribunal de Apelações acontece no dia seguinte à audiência em que os juízes ouviram os argumentos das partes, submetidas a uma bateria de perguntas.
"As apelações são indeferidas por falta de jurisdição", determinaram os juízes Rosemary Pooler, Barrington Parker e Reena Raggi, referindo-se a um tecnicismo em relação à decisão original de Griesa.
"Declinamos de nossa jurisdição porque a apelação é de um esclarecimento e não de uma modificação. De todo modo, o tribunal não descarta que o Citibank busque nova ajuda do juiz", afirmam.
O Citibank, agente de pagamento dos títulos reestruturados emitidos sob a lei argentina, recorreu em julho de uma ordem do juiz Griesa, que impede a instituição de pagar os credores no próximo vencimento dos títulos da dívida, em 30 de setembro (entenda a crise pelo impasse no pagamento da dívida argentina no quadro abaixo).
Griesa mantém bloqueado no Bank of New York um depósito efetuado pelo governo argentino no valor de US$ 539 milhões para os credores dos títulos reestruturados sob legislação americana, situação que levou o país a uma moratória parcial.
Na época do bloqueio, o juiz autorizou que o Citibank pagasse de uma só vez os juros dos títulos emitidos sob legislação argentina e que estavam em um limbo jurídico. O novo prazo para o pagamento voltou a levar a questão à justiça.

Contagem regressiva
Com o indeferimento desta sexta-feira no Tribunal de Apelações, a Argentina e o Citibank têm dez dias para tentar reverter a situação com Griesa (embora não pareça fácil, considerada a posição do juiz em relação ao caso).
"O Citibank enfrenta um sério e iminente desafio", afirmou Wagner na quinta-feira (18), ao advertir para os possíveis riscos enfrentados pelo banco, como sanções do governo argentino ou ações judiciais dos clientes que não receberem o pagamento.
Segundo a advogada, os títulos sob a lei argentina pagos pelo Citibank estão em uma situação diferente daqueles que foram pagos pelo BoNY e não estão comprometidos pela decisão de Griesa.
Os fundos especulativos (credores da dívida argentina que não aceitaram renegociação do valor) insistiram que todos os pagamentos da dívida reestruturada em 2005 e 2010 devem ser bloqueados.
"Os títulos argentinos não foram incluídos de modo específico na ordem (original de Griesa). Mas não importa", afirmou o advogado Roy Englert, do fundo Aurelius Capital, que junto ao NML Capital ganhou da Argentina na justiça americana.
De acordo com Englert, Griesa "cometeu um erro" ao não detalhar isso na sua decisão, mas corrigiu em julho ao autorizar que o pagamento do Citibank.
Além de sua tentativa de reduzir o alcance das ações do juiz, limitando-as aos títulos sob legislação americana, a Argentina busca desde julho uma alternativa de pagamento. Na semana passada, foi aprovada no Congresso uma lei que permite alterar a sede de cobrança para Buenos Aires, Paris ou onde os credores preferirem.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Argentina e Venezuela: dois paises infelizes a caminho do desastre economico (e politico, e social...)

Eu me pergunto o que podem ter em suas respectivas cabeças dirigentes que agem dessa maneira, com todo o histórico registrado e repetido, em diversos países, de desastres garantidos a partir de medidas que eles tomam. São inconscientes, são ignorantes, são estúpidos, são o quê?
Provavelmente tudo isso junto...
Inacreditável como eles cavam o próprio fosso onde vão cair. Agem como leminguens que caminham estupidamente para o precipício...
Paulo Roberto de Almeida
18/09/2014
às 18:35 \ Economia, Socialismo

Agora é oficial: Argentina já está sob regime socialista

Adeus, livre mercado! Cuba vem aí…
O Congresso argentino aprovou, nesta madrugada, a reforma da Lei de Abastecimento, rejeitada fortemente pela oposição e pelo setor produtivo por considerar que aumenta o controle do Estado sobre a atividade empresarial. O projeto de lei, que já havia passado pelo Senado, foi aprovado pela Câmara dos Deputados, por 130 a favor e 105 contra. 
A lei permite a fixação de limites de preços e de lucro de empresas, além do controle de cotas de produção, que ficará a cargo da Secretaria de Comércio do Ministério da Economia. O projeto ainda compreende a aplicação de multas, fechamento de empresas por até 90 dias e suspensão de registro por até cinco anos. A medida, portanto, aumenta ainda mais o poder de intervenção da presidente Cristina Kirchner na frágil economia argentina. 
A deputada Diana Conti, da coalizão governista Frente para a Vitória, disse durante a maratona de debates que a nova lei “ajudaria a garantir que o Executivo tenha os instrumentos necessários para proteger consumidores”. Defensores dizem que a medida também buscará conter as demissões em tempos de crise.
Proteger consumidores? Uma piada de mau gosto. A melhor proteção que existe para consumidores está no funcionamento do livre mercado, com ampla concorrência do lado dos produtores e empregadores. Delegar tanto poder ao estado jamais protegeu consumidores ou quem quer que seja, à exceção dos próprios governantes e burocratas.
Aquilo que já era ruim ficou ainda pior. O grau de intervenção estatal na economia aumentará ainda mais agora, com essa prerrogativa esdrúxula. Se capitalismo é, na essência, os meios de produção em mãos privadas, e o socialismo é o controle estatal deles, então a Argentina já está sob um regime socialista na prática.
Manter a propriedade privada de jure serve apenas para preservar as aparências. Quando quem controla as decisões mais relevantes de uma empresa, como preço e produção, é o governo, então a propriedade de facto está nas mãos estatais, foi abolida.
Paradoxalmente para aqueles que ignoram que o nazismo foi mais afeito ao modelo socialista do que ao capitalismo liberal, esse era exatamente o método adotado pelos seguidores de Hitler. O Führer apontava dirigentes dentro das empresas, determinava o que produziriam e por quanto ou para quem venderiam. Por que socializar os meios de produção, se ele havia socializado os homens?
A Argentina caminha rapidamente rumo ao desastre socialista, como a Venezuela. Não custa lembrar que teve vários entusiastas por aqui, em nossa esquerda. Fico perplexo ao pensar que empresário ainda permanece lá, mantendo alguma chama de esperança de que poderá reverter tal curso. Dizem que a esperança é mesmo a última que morre. Sem dúvida ela morre depois do bom senso e do realismo…
Rodrigo Constantino

Venezuela economía

Maduro anuncia creación de cinco “buques insignia” bancarios en Venezuela

Infolatam/Efe
Caracas, 17 de septiembre de 2014
Las claves
  • Informó que esta decisión se engloba en el proyecto para "simplificar" el sistema bancario por lo que, en lugar de tener "20, 30, 40 bancos y sistemas financieros", dejarlos en "cinco buques insignia".
El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, anunció la creación de cinco “buques insignia” en el sector público bancario en Venezuela dentro de la llamada “revolución económica” que está llevando adelante.
“Vamos a hacer una revolución en el campo de la economía venezolana que debe de arrancar en los bancos y sistemas financieros del Estado”, afirmó el jefe del Ejecutivo durante su programa radial semanal “En contacto con Maduro”.
Informó que esta decisión se engloba en el proyecto para “simplificar” el sistema bancario por lo que, en lugar de tener “20, 30, 40 bancos y sistemas financieros”, dejarlos en “cinco buques insignia”.
Señaló que estos cinco bancos se encargarán del desarrollo económico, agroalimentario, infraestructuras, ahorro público y desarrollo comunal.
Para este último, desveló el nombre, que se llamará “Banco de desarrollo comunal de Venezuela” y en el que, dijo, se van a “fusionar todos los fondos y bancos de desarrollo” que hoy existen en el país.
“Un poderoso buque insignia de financiamiento del desarrollo económico y social, un gran banco que va a tener sedes en todos los estados”, aseguró sobre esta nueva entidad.
Maduro indicó que “este nuevo hijo” estará a cargo de la vicepresidencia del socialismo territorial, que dirige el excanciller Elías Jaua.
“Para que sea el compañero Elías (Jaua) (…) quien lidere el proceso de fusión y creación de un poderoso banco”, aseguró.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Desastres economicos: Brasil ruim, Argentina pior, Venezuela catastrofica - noticias preocupantes

Parece que tem gente pior do que a gente. Disso eu não tenho dúvidas: basta olhar para o Iraque, ou para certos países da África.
Mas, bem que poderíamos estar melhor, se não fossem essas políticas malucas, aplicadas por peronistas e companheiros.
Se espera que, depois de enterrar dinheiro em Cuba, o Brasil não perca mais passando para a Argentina...
Solidariedade se presta com alguém que tenta fazer as coisas corretamente, não com quem continua a incidir nos mesmos erros do passado. Aí já é burrice...
Paulo Roberto de Almeida

El comercio con Brasil se desplomó 28% en agosto
La Nación, 2/09/2014

El comercio bilateral entre la Argentina y Brasil pasa, en opinión de la consultora abeceb.com, "por su peor momento histórico". Las cifras oficiales sustentan esa afirmación: en agosto, de acuerdo con el Ministerio de Desarrollo, Industria y Comercio Exterior de Brasil, las importaciones argentinas desde ese país sumaron US$ 1163 millones, 36% menos que en el mismo mes del año pasado. Las exportaciones argentinas hacia Brasil, en tanto, pasaron de US$ 1280 millones en agosto de 2013 a US$ 1078 millones durante el mes pasado, lo que implica una caída de 16 por ciento.
En consecuencia, el comercio bilateral de los dos principales socios del Mercosur se contrajo 28% en agosto y acumula una caída de 22% en los primeros ocho meses del año. La caída acumulada, según resalta abeceb.com, se explica tanto por una caída de las importaciones argentinas (24,5%) como de las exportaciones (19,2%). "Este comportamiento se ve influenciado por las restricciones a las importaciones que se encuentran vigentes en la Argentina, más una caída de su mercado interno, junto con una coyuntura recesiva por parte del país vecino", dice el informe.
El director de la consultora Desarrollo de Negocios Internacionales (DNI), Marcelo Elizondo, tiene una opinión similar: "La caída del comercio bilateral responde a la recesión económica que atraviesan los dos países y que provoca una menor demanda recíproca. A esto se suma la incertidumbre política que se vive en Brasil por las próximas elecciones, las restricciones al comercio que viene aplicando el Gobierno en la Argentina y las malas expectativas que hay en el país".
Lo cierto es que en el acumulado de los primeros ocho meses del año, según las cifras oficiales de Brasil, la participación de la Argentina como mercado de destino de las exportaciones de ese país fue de apenas 6,4%, casi dos puntos menos que en el mismo período de 2013. En tanto, dentro del total importado por Brasil en lo que va del año, los productos procedentes de la Argentina representan apenas el 6,1%, cuando en el mismo período del año anterior abarcaban el 7,2 por ciento.
En los primeros ocho meses del año, las importaciones argentinas desde Brasil suman US$ 9821 millones, 24% menos que en el mismo período del año pasado. "Más de un 70% de esa caída se explica por la reducción de las compras de la cadena automotriz", resalta el informe de abeceb.com. Y añade: "Otros rubros que contribuyen a explicar esa caída son los bienes de capital, los minerales y combustibles y los químicos". En tanto, las exportaciones hacia Brasil, principal destino de los productos industriales argentinos, sumaron US$ 9340 millones entre enero y agosto, 19% menos que un año atrás. "En este caso, los envíos de automóviles y autopartes explican gran parte de la caída, aunque también lo hacen otros rubros como los bienes agrícolas y los minerales y combustibles", dice el informe.
El hecho de que las exportaciones hacia Brasil hayan caído menos que las importaciones desde ese país permitió que en los primeros ocho meses del año la Argentina registrara un déficit de US$ 483 millones, 66% menor que en el mismo período de 2013. Para el año completo, abeceb.com proyecta un déficit de 700 millones.
DOS SOCIOS QUE SE DISTANCIAN
24% menos importaciones
La caída en las compras al país vecino se explica, sobre todo, por la crisis del sector automotor.
483 millones de dólares
Es el déficit que acumula la Argentina hasta agosto.

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Kicillof viaja hoy a China a pedir que no se frenen los créditos
La Nación, 2/09/2014

El Gobierno intentará destrabar esta semana los créditos otorgados por China para obras públicas, que se frenaron por el default de la deuda argentina, y avanzar en el financiamiento de una nueva central nuclear.
El ministro de Planificación, Julio De Vido, partió anteanoche a China y hoy viajará con el mismo destino su par de Economía, Axel Kicillof, según indicaron a LA NACION fuentes del Palacio de Hacienda. Ambos estarán hasta el miércoles, con la intención de que lleguen los desembolsos para las represas Néstor Kirchner y Jorge Cepernic, prometidos por el presidente chino, Xi Jinping, en su visita a Buenos Aires en junio último.
El problema es que, con la decisión de la Corte Suprema de EE.UU. de no tomar el caso del pari passu y el default de hecho generado desde fines de junio, esos dólares tan esperados por el Gobierno quedaron en standby, pese a que en el Palacio de Hacienda juran que el evento "estaba contemplado y no será un problema para que llegue el financiamiento". Sin embargo, como informó LA NACION la semana pasada, el contrato por los créditos indica en el punto 21 del artículo 7, referido a "Casos de incumplimiento", que "cualquier hecho o condición que resulta en la aceleración del vencimiento de cualquier deuda externa pública, o si la Argentina deja de efectuar cualquier pago de capital o interés cuando sea exigible, o declara una moratoria o suspensión de pagos en cualquier porción de su deuda externa pública" será considerado "incumplimiento cruzado". Y aunque la Argentina insiste en que no está en default, la agencia de calificación china sí la colocó en ese peldaño, al igual que sus colegas norteamericanas.
Desde el Banco Central también admitieron este inconveniente para avanzar con las mencionadas obras públicas, aunque aclararon que éste no alcanza al swap acordado con su par chino, que permitiría reforzar parcialmente las reservas desde el mes próximo.

VALOR EMBLEMÁTICO
A los dos ministros se suman el secretario de Obras Públicas, José López; la titular de la Comisión Nacional de Energía Atómica, Norma Boero, y el presidente de Nucleoeléctrica Argentina, José Luis Antúnez. Las fuentes de Economía precisaron que Kicillof y De Vido, además de intentar destrabar los préstamos acordados, harán un road show para financiar una nueva central nuclear y prepararán la visita que la presidenta Cristina Kirchner realizará a ese país.
El Ministerio de Planificación afirmó que el conflicto con los holdouts no afecta el financiamiento acordado con China, pero en Economía admitieron que ahora se suma la amenaza del pedido del fondo buitre NML de embargar esos fondos, lo que puede demorar más aún esas inversiones.
Los contratos con China también parecen contener cláusulas que el Gobierno actualmente repudia en los casos contra los holdouts, que se discuten en el tribunal neoyorquino del juez Thomas Griesa, como las de "aceleración" de los vencimientos de la deuda, que llevan a que si el país entra en default con un pago, el acreedor tiene derecho a pedir de inmediato el pago total del capital, aunque falten muchos años para su vencimiento.
De esta manera, el Gobierno le terminó concediendo a la banca china jurisdicción extranjera, sometimiento a otros tribunales y todo lo que quiere quitarles a los holdouts con el proyecto de ley de pago soberano. Al incluir la cláusula del "default cruzado", queda abierta la idea de que si no se alcanza una solución con los fondos buitre sería imposible ejecutar las obras de las represas, que para el Gobierno tienen un valor emblemático y práctico.

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Argentina y Venezuela tienen las peores notas económicas de la región
Clarin, 31/08/14

Son los únicos países de América latina que no crecerán en 2014. El mundo no se cae: EE.UU., Europa y China también se expanden.
“Se nos cayó el mundo encima” o “la crisis global es la culpable de nuestros problemas” son las dos muletillas preferidas del Gobierno para justificar las penurias económicas. Pero revisando un poco qué pasa fuera de la Argentina, el panorama es bien distinto a como lo describe, por caso, el ministro de Economía Axel Kicillof.
La verdad es que la Argentina y Venezuela parecen haberse caído en el pozo que sus propios gobiernos cavaron. Hablando en términos futbolísticos , son dos jugadores que “se cayeron solos”.
Esto se puede constatar rápidamente comparando las principales variables económicas de Argentina y Venezuela con las del resto de los países de la región.
Periódicamente, la consultora Latin Focus realiza sondeos de expectativas sobre toda la región. Indaga a la principales consultoras de cada uno de los países y arma los pronósticos de “consenso”.
Según el último sondeo, Argentina y Venezuela son, por lejos, los peores de la región.
En crecimiento esperado del PBI para este año, solo dos países sufrirán contracción: Argentina, que se espera una caída de al menos 1%, y Venezuela, que podría caer 2%. Los datos contrastan con el promedio de América Latina, que crecerá 1,6%. Si la región no crece más es por la mediocre performance de México (2,5%) y sobre todo Brasil, que ya entró en recesión y crecería, con suerte, 1%.
El resto del mundo también está creciendo. Se espera que los Estados Unidos crezca 2%, la Unión Europea 1,1%, Japón 1,5% y China 7,4%.
Se sabe que Argentina y Venezuela son dos rarezas en inflación: acá se espera que 2014 cierre con una suba de precios cercana al 40%. Venezuela apunta al 70%. En el resto de la región la suba de precios es de un dígito, y el más comprometido es Uruguay, con el 8,4%.
El peso y el bolívar son las dos monedas que más se devaluaron. En lo que va del año el peso oficial cayó 23%, y la brecha con el dólar blue está en el 70%. En Venezuela, el dólar paralelo vale 13 veces más que el oficial.
También serán los dos únicos países de América Latina en los que caerá el consumo: según el sondeo de Latin Focus se contraerá 2% en Venezuela y 1,1% en la Argentina. Todo, claro, por culpa de la caída del poder adquisitivo de la población, justamente el valor que los dos gobiernos dicen defender.
En la región, el consumo se expandirá 1,9%.
La inversión caerá 6,2% en Venezuela y 3,2% en la Argentina. Las exportaciones, pese a la debilidad de la moneda, caerán: 1,5% en Argentina y 4,5% en Venezuela, contra un crecimiento regional promedio del 2,6%.
Estos dos países son, además, los únicos que no logran incrementar sus reservas monetarias.
Cifras, datos objetivos, que muestran que el recurso de buscar culpables afuera está agotado.

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Argentina pediría ayuda financiera a Brasil para frenar las reservas
La República (Colômbia), 30 Agosto  2014 - Buenos Aires

Con el objetivo de frenar la sangría de reservas, la presidenta de Argentina, Cristina Kirchner, pediría una ayuda financiera a Brasil, principal socio del país la región.
El auxilio financiero se trataría de un swap de monedas similar al que se acordó con China, señala infobae.
En este sentido, el ministro de Economía, Axel Kicillof, se reunió en San Pablo con su par Guido Mantega para analizar la situación automotriz y el intercambio bilateral. A pesar de que Mantega desechó la posibilidad de una ayuda, en el mercado financiero de Brasil se menciona la posibilidad de un préstamo del Banco de Desarrollo (Bndes).
Desde hace tiempo la caída de reservas es señalada por varios economistas. Sobre el cierre de la semana, en el Pre-Coloquio de Idea que se desarrolló en Rosario, varios consultores y ex funcionarios se expresaron en ese sentido.
Miguel Kiguel expresó su "preocupación" por la caída en el nivel de reservas del Banco Central y estimó que la baja en el precio de la soja provocará un descenso de US$6.000 millones, para el 2015, equivalente a 10% de las exportaciones.
Advirtió que el país está enredado en una "trampa" y sostuvo que para superar esa encrucijada es necesario "acceder al crédito y eso implica resolver el problema con los holdouts".
"No veo cómo puede crecer la economía el año que viene", afirmó el especialista, y alertó sobre el impacto que tendrá en las reservas del Central el hecho de tener que enfrentar vencimientos de deuda y pagos al exterior, mientras que continuarán bajando las liquidaciones de exportadores.
Dante Sica consideró que habrá "un mayor ajuste en el sector privado cuando mas tardemos en acordar con los holdouts" y afirmó que "lamentablemente con el proyecto de cambio de jurisdicción de la deuda se acabo la idea que el default se acaba en enero".
El titular de Abeceb.com consideró que la Argentina está en "un fuerte proceso devaluatorio" y estimó que "para finales de año el dólar oficial se ubicará entre 9,40 a 9,50".
Evaluó que el 2014 concluirá "con una caída del PBI de 2,5%" y proyectó que las reservas del Banco Central se ubicarán en torno a los US$27.000 a US$28.000 millones.

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Viaje a una Venezuela de contrabando
Alfredo Meza - Maracaibo
El País, 31 AGO 2014

EL PAÍS recorre la ruta de los pequeños ‘bachaqueros’ desde Maracaibo hasta el otro lado de la frontera colombiana, cerrada cada noche por orden del Gobierno de Nicolás Maduro

El 22 de agosto el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, prohibió mediante un decreto la exportación de hasta 89 productos de consumo masivo como parte de los esfuerzos de su Gobierno para reducir el contrabando. Esa disposición no impide que Obama —el mote del protagonista de esta historia— intente una vez más vender carne, pollo y queso en Colombia para obtener un ingreso adicional a los 6.000 bolívares mensuales (67 dólares, 51 euros, a la tasa de cambio del mercado negro) que gana como empleado de un frigorífico.
Obama, de 25 años, recién casado y padre de una niña, reside en Maracaibo —capital del Estado petrolero de Zulia y segunda ciudad más importante de Venezuela— y vive como bachaquero. El Gobierno define así a las personas que trasladan artículos subsidiados por el Estado al otro lado de la frontera para revenderlos a precio de mercado. La furtiva desaparición de hasta un 40% de los productos regulados destinados al mercado interno, según cifras oficiales, ha provocado una respuesta de Caracas en dos frentes: una estricta vigilancia militar en los 2.200 kilómetros de frontera colombiana y la incorporación voluntaria de supermercados, farmacias y pequeños comercios a un programa de captura de las huellas digitales de sus clientes.
Esta semana, las principales cadenas de supermercados de Maracaibo comenzaron a instalar sistemas biométricos que pretenden limitar la compra de alimentos básicos. A simple vista la medida evita el patético espectáculo de ver a los clientes liándose a golpes por las escasas existencias —una escena muy común en la actual Venezuela—, pero no garantiza el abastecimiento. El pasado miércoles, en la sede de Súper Tienda Latino de la avenida 15, en la acomodada zona norte de Maracaibo, había anaqueles repletos de desinfectante, arroz, café, margarina y papel higiénico, pero escaseaban la harina de maíz precocida y la carne. “Hace mucho que no llegan”, confesaba Frank Vergara, gerente del local.
Obama, en cambio, sí tiene carne y pollo de primera —regulados a 90 bolívares (un dólar, 0,76 euros) y 43 bolívares (medio dólar), respectivamente, por kilogramo— que le ha vendido su jefe a precio de mayorista, y quiere ofrecérselos a tres clientes en Maicao, en el departamento de La Guajira, el primer poblado colombiano tras cruzar la frontera. Parece un plan arriesgado. El pasado día 23, el canal Venezolana de Televisión mostraba al vicepresidente venezolano Jorge Arreaza y al número dos del Gobierno, Diosdado Cabello, rodeados de 63.000 litros de combustible y diez toneladas de alimentos empacados cerca del río Limón, en uno de los puestos de control que Obama deberá salvar antes de completar su negocio. “Habrá sanciones graves a cualquier funcionario público o miembro de las Fuerzas Armadas que permita la salida del país del alimento del pueblo”, prometió Arreaza entonces con el evidente objetivo de disuadir a los aventureros.
Obama se persigna antes de introducir su cargamento —13 kilos de carne, 20 de pollo y 40 de queso blanco duro— en la maleta de un viejo Caprice Classic de 1983 que pertenece al taxista Jorge, un evangélico que jamás falta a la iglesia los domingos. Son vehículos muy apreciados en esta zona por su enorme tanque de gasolina, de unos 110 litros, que permite revender parte del combustible al otro lado de la frontera. El viaje es un negocio para todos. Para Obama, que venderá el kilo de carne a 4,6 dólares (3,5 euros) el kilo, y para Jorge, que negociará un punto de gasolina —una medida que equivale a 23 litros— por unos 13 dólares.
Con esa cuenta en mente, el sol empieza a ocultarse en la ruta hacia Maicao, a 100 kilómetros de distancia por una vía recién asfaltada a orillas del Caribe. Por el camino, Obama y Jorge van recordando las experiencias más hilarantes que han vivido como bachaqueros para disimular la angustia. No debería ser más de hora y media de trayecto, pero los puestos de control del lado venezolano convierten el viaje en una travesía de hasta tres horas. Además, por órdenes de Maduro, la frontera permanece cerrada entre las diez de la noche y las cinco de la madrugada para evitar el contrabando. Hay que apurarse porque la carne y el pollo se están descongelando.
Cuando se aproximan a la primera alcabala o puesto de policía, en una de las márgenes del río Limón, Obama le da unos siete dólares a Jorge para pagar el primer soborno o coima. Tienen suerte. El guardia les indica que sigan adelante. En el siguiente punto, en el retén de Las Guardias, un teniente de las Fuerzas Armadas ordena detener el vehículo. Jorge abre la puerta:

—¿Qué llevas ahí en la maleta?
—Te voy a dar tu picada (coima).
—Bájate y ábrela.
Jorge le pide a Obama la factura de la carne. Con ese comprobante podrán demostrar a la autoridad que la mercancía les pertenece. Obama saca del bolsillo delantero de su pantalón un papel doblado que le extiende a su amigo.
Diez minutos después Jorge regresa y dice:

—Debemos esperar un rato.
—¿Aceptó o no aceptó la picada? —pregunta Obama un poco inquieto.
—Tranquilo, coño. El hombre va a hablar con el capitán que comanda el pelotón para que podamos seguir.

El teniente introduce medio cuerpo en el asiento del piloto esperando su coima. Resignado, Jorge toma cinco billetes de 100 bolívares (algo más de cinco dólares) y se los coloca dentro de la guerrera. De inmediato el teniente cierra la puerta y hace sonar un silbato para que acelere.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

OMC: Argentina condenada por barreiras ilegais; onde estava o Brasil?

Perguntar não ofende: o governo defendeu os interesses comerciais dos exportadores brasileiros?
Se não o fez, atuou contra o Brasil; se o fez, não ficamos sabendo.
Em todo caso, o Brasil não figura entre os países demandantes contra a Argentina, a despeito de ser um dos maiores, senão o maior, dentre os prejudicados pelos entraves ilegais, contrários não só ao espírito e a letra dos compromissos firmados sob o Mercosul, mas também ilegais do ponto de vista das regras do sistema multilateral de comércio regido pela OMC.
Volto ao perguntar: onde estava o governo do Brasil?
Paulo Roberto de Almeida

OMC condena barreira argentina que afeta o Brasil
 Clarín, 23/08/2014

Como foi antecipado pelo Clarín, a OMC foi favorável aos Estados Unidos, União Europeia e Japão que questionaram o sistema de barreiras comerciais da Argentina. As barreiras chamadas `Declarações Juradas Antecipadas (DJAs)` também afetam fortemente o Brasil.
O governo argentino ainda pode recorrer da medida, mas empresários argentinos entendem que a OMC (Organização Mundial de Comércio) já deixou claro que é contra o sistema de barreiras criado pelo governo que também afeta o comércio com o Brasil.
O grupo especial da OMC entendeu, nesta sexta, que a Argentina violou regras internacionais de comércio ao aplicar, a partir de 2012, licenças de importação não automática.
O país havia sido acusado de falta de transparência na aplicação da medida.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Los hermanos se submetem aos camaradas chineses, bons capitalistas ortodoxos

Esta matéria é dedicada, se eu pudesse fazê-lo, a todos os companheiros que acham que a China é boa companheira.
Paulo Roberto de Almeida

Lunes 25 de agosto de 2014 | Publicado en edición impresa
Financiamiento
China exige que el país no esté en default para conceder un préstamo
Por Jorge Oviedo | LA NACION

El financiamiento que ofrece China para la construcción de dos represas en la Patagonia incluye cláusulas por las cuales la Argentina acepta volver a someterse a tribunales judiciales extranjeros y se compromete a no entrar en default y a tener una relación en "buenas condiciones" con el Fondo Monetario Internacional.
Según el acuerdo que firmó hace unos días el país con el gobierno de Xi Jinping, al que accedió La Nacion, la Argentina debe someterse a tribunales judiciales y de arbitraje extranjeros y se obliga al país a ser "un miembro en buenas condiciones del FMI" para lograr préstamos por US$ 4714 millones, necesarios para poder construir las represas Néstor Kirchner y Jorge Cepernic, ambas en la provincia de Santa Cruz.

En el convenio también hay cláusulas de "default cruzado". Es decir, si el gobierno argentino entra en default con otras deudas, también lo hace implícitamente con los chinos. Y si hay default con otros acreedores, China no presta.

Los contratos con China también parecen contener cláusulas que el Gobierno actualmente repudia en los casos contra los holdouts que se discuten en el tribunal neoyorquino de Thomas Griesa, como las de "aceleración" de los vencimientos de la deuda, que llevan a que si el país entra en default con un pago, el acreedor tiene derecho a pedir de inmediato el pago total del capital, aunque falten muchos años para su vencimiento.

De esta manera, el gobierno de Cristina Kirchner le terminó concediendo a la banca china jurisdicción extranjera, sometimiento a otros tribunales y todo lo que quiere quitarles a los holdouts con el proyecto de ley de pago soberano.

Al incluir la cláusula del "default cruzado", queda abierta la idea de que si no se alcanza una solución con los fondos buitre sería imposibles de ejecutar las obras de las represas, que para el Gobierno tienen un valor emblemático.

En cualquier caso, todos los condicionamientos deben ser informados formalmente al Congreso, porque es obligatorio que el gobierno argentino certifique a las autoridades de Pekín "que la ejecución del contrato le ha sido informada" al Parlamento.

Todas estas condiciones no son un secreto. Aparecen en los contratos firmados en julio por Cristina Kirchner y Xi Jinping, y que fueron publicados en el Boletín Oficial. Los contratos originales están en inglés, pero a diferencia de lo que ocurrió con los de modernización del Belgrano Cargas, se incluyó una traducción oficial al español.

CLÁUSULAS
Se trata del "Acuerdo de crédito para la Argentina a través del Ministerio de Economía como prestatario acordado por China Development Bank and Corporation of China and Bank of China". El total del contrato es por US$ 4714,35 millones.

Para que el país pueda comenzar a utilizar los fondos, primero deberá cumplir exigencias incluidas en el anexo 2 del contrato. Consiste en exhibir la copia certificada de los siguientes documentos:

A) Se apruebe la renuncia a inmunidad por parte de la Argentina y el sometimiento a los tribunales extranjeros y de arbitraje en los documentos del financiamiento según la ley argentina 11.672.

B) Se apruebe o autorice al jefe de Gabinete de la Argentina a aprobar los términos de los documentos del financiamiento (a excepción de la renuncia a la inmunidad y el sometimiento a tribunales extranjeros).".

Más adelante aparece la exigencia de un "dictamen del Banco Central de la República Argentina de acuerdo con el artículo 61° de la ley 24.156, el cual indica que el presente contrato no tiene impacto sobre la balanza de pagos de la Argentina".

Los contratos y documentos de los préstamos están exentos del impuesto a los sellos.

Pero si la Argentina tiene bonos en default o causas judiciales pendientes, parece imposible acceder a los préstamos.

En el anexo 1, en el artículo 7°, con el título de declaraciones, compromisos y casos de incumplimiento, luego de decir que no se espera que existan incumplimentos, se aclara que "ningún otro evento o circunstancia se encuentra pendiente que constituya (o que con previa notificación, o vencimiento del plazo o de cualquier otro modo constituiría) un incumpliento en virtud de cualquier otro acuerdo, obligación, contrato o instrumento ejecutado luego del 6 de enero de 2002 que obligue a la Argentina".

Pareciera así que cualquier default, por parcial que sea, sería un "default cruzado" e impediría usar los fondos de los chinos.

La idea de librarse de la jurisdicción de Nueva York recurriendo al gobierno de China parece que no les gusta ni siquiera a los propios chinos.

Más todavía, el Gobierno firmó que "Argentina es un miembro en buenas condiciones del FMI y del Banco Internacional para la Reconstrucción y el Desarrollo [el nombre formal del Banco Mundial] y es elegible para utilizar los recursos del FMI y puede retirar y utilizar los fondos que tiene disponibles en virtud del programa de financiamiento del FMI, y ese programa no ha sido cancelado o suspendido".

Los chinos se cuidan de todo. El Ministerio de Economía "deberá inmediatamente" informar, con un máximo de cinco días hábiles luego de que sepa o sea notificado, "de cualquier litigio, demanda, investigación, arbitraje u otro proceso legal o controversia pendiente o, a su conocimiento, inminente, que involucre o afecte a cualquier deudor (oficina del Gobierno) o Argentina".

Entre ellos se citan los que "se relacionan con algunos de los endeudamientos del Club de París, los holdouts de la deuda soberana en cesación de pagos o cualquier demanda en el contexto de los tratados de inversión bilateral".

Por si fuera poco, como en los contratos con los trenes, en caso de diferencias éstas se dirimirán en París, en un arbitraje que se planteará en la Cámara de Comercio Internacional. Todo será en inglés.

LAS EXIGENCIAS CHINAS
Las cláusulas más controvertidas del acuerdo

·         La Argentina renuncia a su inmunidad y acepta el sometimiento a tribunales extranjeros para juicios y para arbitrajes.

·         Para avanzar con el acuerdo con el gobierno chino, el país además se obliga a no tener ningún incumplimiento en materia de deudas soberanas.

·         El Gobierno también se compromete a ser un "miembro en buenas condiciones del FMI".

·         La Argentina deberá "inmediatamente" informar, con un máximo de cinco días hábiles "de cualquier litigio, demanda, investigación o arbitraje" que afecte al país.

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Del editor: qué significa. Las cláusulas del acuerdo con China revelan que el salvavidas financiero que el Gobierno esperaba por esa vía podría no llegar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Argentina, 7 vs Brasil, 5: perdemos no concurso das moratorias

Apesar de ganharmos amplamente na corrida inglória de destruir e enterrar moedas, com 8 a 5 para o nosso infeliz registro, ainda estamos perdendo no concurso das moratórias. Os argentinos conseguiram ser mais caloteiros.
Parabéns, continuem assim...
Paulo Roberto de Almeida 
Una lágrima por Argentina
La última suspensión de pagos de Argentina plantea cuestiones inquietantes a los encargados de la formulación de políticas. Es cierto que las periódicas crisis de deuda de este país son a menudo consecuencia de políticas macroeconómicas destructivas, pero esta vez el desencadenante de la suspensión de pagos ha sido un cambio importante en el régimen internacional de la deuda soberana.
Dicho cambio favorece a los acreedores intransigentes en el caso de las emisiones de bonos regidas por la legislación de Estados Unidos. Al aminorarse el crecimiento de los mercados en ascenso y aumentar la deuda exterior, unas nuevas interpretaciones jurídicas que dificulten más las reestructuraciones y las futuras reprogramaciones de la deuda no son un buen augurio para la estabilidad financiera mundial.
En esta historia no hay héroes y, desde luego, no lo son las autoridades de Argentina, que hace un decenio intentaron imponer unilateralmente una generalizada reestructuración en gran escala a los titulares extranjeros de bonos. Los economistas que pregonaron el "consenso de Buenos Aires" como la nueva forma de dirigir las economías también resultan ridículos a posteriori. El Fondo Monetario Internacional (FMI) reconoció hace mucho haber concedido demasiados préstamos para intentar salvar la insostenible vinculación de Argentina con el dólar cuando se desplomó en 2001.
No es la primera vez que una suspensión de pagos de Argentina ha alterado los mercados internacionales de capitales. Según el cuadro que Carmen Reinhart y yo compilamos en nuestro libro de 2009 Esta vez es distinto, Argentina ha suspendido pagos en siete ocasiones anteriores: en 1827, 1890, 1951, 1956, 1982, 1989 y 2001.
Argentina puede ser casi tan famosa por sus suspensiones de pagos como por sus equipos de fútbol, pero de ningún modo es la única al respecto. Casi todos los países con mercados en desarrollo han experimentado problemas recurrentes en materia de deuda soberana. Venezuela es el que ostenta la plusmarca en la época contemporánea con 11 suspensiones de pagos desde 1826 y posiblemente otras por venir.
En 2003, en parte como reacción ante la crisis argentina, el FMI propuso un nuevo marco para la adjudicación de deudas soberanas, pero esa propuesta chocó con la firme oposición no sólo de los acreedores que temían que el FMI se mostrara demasiado comprensivo para con los deudores problemáticos, sino también de los mercados emergentes que no preveían un riesgo a corto plazo de que se dejara de confiar en su solvencia. Los prestatarios solventes estaban preocupados ante la posibilidad de que, si se suavizaban las sanciones por incumplimiento, los acreedores exigieran tipos mayores.
Recientemente, como consecuencia de una reconsideración de los préstamos del FMI a la periferia de Europa (y a Grecia en particular), el Fondo ha propuesto otro planteamiento para la reprogramación de la deuda que podría ser más fácil de aplicar. El FMI reconoce ahora que, en realidad, se estaba utilizando la mayor parte de su financiación para que no tuvieran pérdidas los acreedores a corto plazo. A consecuencia de ello, no había dinero suficiente para ayudar a suavizar los recortes presupuestarios impuestos por la repentina paralización de la financiación extranjera.
La experiencia de la reciente crisis de la zona del euro presenta un marcado contraste con la crisis de la deuda latinoamericana en el decenio de 1980, cuando no se permitió que los bancos se apresurasen a librarse de sus préstamos. Si se aprueba la nueva propuesta, el FMI denegaría fondos, con condiciones, a los países que tengan cargas de deuda cuya insostenibilidad considere muy probable el personal del FMI; los acreedores tendrían que acceder primero a "reconfigurar" la deuda.
Lo de reconfigurar la deuda es un eufemismo por reestructurar la deuda, lo que permite a los países endeudarse para con los acreedores existentes durante periodos más largos y con tipos de interés menores de los que podrían encontrar en el mercado abierto. Aunque dista mucho de estar claro si le resultaría fácil al FMI mantenerse firme frente a los acreedores muy exigentes, la nueva política, en caso de que se adoptara, endurecería el planteamiento por parte del Fondo de los casos en que se ve repetidas veces aportando dinero bueno para intentar salvar lo insalvable.
En la actualidad, Estados Unidos parece reacio a secundar la propuesta del FMI. Evidentemente, las autoridades estadounidenses están convencidas de que en algunas situaciones la geopolítica prevalece sobre la economía (lo que se refleja, por ejemplo, en la reciente reincorporación del FMI a Ucrania, después de una serie de programas fallidos).
Esa resistencia americana es desafortunada. Sería mucho mejor que Estados Unidos buscara, sencillamente, formas de organizar simples donaciones en casos excepcionales, como el de Ucrania, en lugar de estructurar el sistema financiero internacional en torno a ellos.
En vista de las complicaciones recurrentes para la resolución de contratos de deuda soberana en tribunales extranjeros y de la incapacidad del mundo para organizar un procedimiento fiable y justo en los casos de quiebras extranjeras, tal vez la mejor idea sea la de orientar la mayor parte de las corrientes internacionales de deuda hacia los tribunales de los países deudores. Hace 25 años, Jeremy Bulow y yo hicimos una propuesta de ese tipo; ése sigue siendo el planteamiento correcto.
En ese caso, los países interesados en endeudarse con grandes cantidades en el extranjero deberían crear entidades que prometieran devolver los préstamos de forma fiable. En general, la experiencia respalda ese método. De hecho, el enorme aumento en los últimos años de la emisión de deuda nacional de los países emergentes ha contribuido a reducir las tensiones en los mercados (si bien la continua dependencia de la deuda extrajera en que se encuentran las empresas sigue manteniendo a muchos países en una situación de vulnerabilidad).
Pero el endeudamiento interno no es una panacea. Creer que cualquier país que emita deuda en su propia divisa carece de riesgo, mientras el tipo de cambio sea flexible, resulta asombrosamente ingenuo: entre otras cosas, porque sigue existiendo riesgo de inflación, en particular en el caso de los países con instituciones fiscales débiles y grandes cargas de deuda.
Aun así, el último trauma de Argentina en materia de deuda muestra que el sistema mundial de renegociaciones de deuda soberana sigue necesitando urgentemente una reparación. Es absolutamente necesario reforzar los mercados nacionales de deuda y tal vez hacer cambios en el sentido propuesto por el FMI.
Traducido del inglés por Carlos Manzano.
Kenneth Rogoff, ex economista jefe del FMI, es profesor de Economía y Política Pública en la Universidad de Harvard.
© Project Syndicate, 2014.

A Argentina e sua divida: um pais surrealista e um juiz kafkiano (ElPais)

Las pocas opciones del juez Griesa
Esta es la historia de un gobierno y un grupo de acreedores extranjeros. Los protagonistas están conectados por la deuda de ese gobierno con los acreedores y por la sentencia de un juez, también extranjero, que les obliga a pagar. Pero esto no transcurre en un sistema legal regido por la lógica sino en un territorio en el que nadie había entrado hasta ahora. Las tres partes negocian desde hace más de una década, acumulando frustraciones e interrogantes que, por más que avance el caso, parecen imposibles de responder.
“Es una de las disputas legales más extrañas que haya estudiado nunca el Tribunal Supremo”. Así definió el caso de la deuda argentina Lyle Denniston, especialista en la actualidad de la Corte de EE UU. El tribunal acababa de rechazar el litigio que enfrenta a Argentina con un grupo de fondos de inversión acreedores de su deuda, conocidos como los “fondos buitre”. La falta de dictamen hizo que prevaleciera la sentencia de una corte de apelaciones que estableció que Argentina había inclumplido el contrato que firmó con sus acreedores.
“No es nada sorprendente. Argentina firmó un contrato con los fondos en el que prometía que pagaría, por lo que el juez no tiene otra opción más que obligarle a hacerlo”, asegura Anna Gelpern, profesora de leyes internacionales de la Universidad de Georgetown. El problema, según Gelpern, es que este es un caso que enfrenta a dos partes y para el que no existe jurisdicción ni corte que pueda resolverlo. “Esta es la lucha entre la credibilidad de un sistema judicial de un país y la del gobierno de otro. Nadie puede ganar. Cuando llevas un sistema disfuncional a su extremo lógico, ocurren cosas como ésta”.
La sentencia firmada por el juez Griesa el pasado mes de diciembre dejó a Buenos Aires con tres opciones, todas ellas dolorosas: pagar al fondo estadounidense NML los 1.300 millones de dólares más intereses que le debe, negociar un nuevo acuerdo o no pagar. Pero como esto no sucede en un contexto legal lógico desde que Argentina accediera a firmar sus contratos con los fondos bajo legislación neoyorquina, la solución tampoco lo es.
La profesora explica que tal y como funcionan las leyes, un juez puede obligar a pagar a un individuo, embargando sus cuentas bancarias, reteniendo sus bienes o imponiendo una multa, pero no a un gobierno. “Los bienes soberanos de un gobierno en el extranjero son inmunes a las decisiones judiciales”, explica Gelpern. “Ese es el problema desde el principio: ningún país va a cumplir una sentencia que no tiene que obedecer”.
Gelpern asegura que esto explica por qué el juez Thomas Griesa, encargado de juzgar un caso que no puede resolver, ha dedicado 13 años a buscar una manera de que su sentencia pudiera ser ejecutada. La halló en una cláusula en el contrato conocida como pari passu y que obliga a Argentina a pagar a todos los acreedores en las mismas condiciones. Si ofrece un descuento en el pago de la deuda a un fondo, todos los demás deberán beneficiarse también. “La novedad es que nadie había interpretado así esa cláusula hasta ahora”.
Argentina contaba hasta con el respaldo de la Administración Obama, que advirtió del “tratamiento adverso hacia EE UU en cortes extranjeras después de esta sentencia” y que ésta podría tener “un efecto perjudicial en el papel que juega el dólar” en la economía mundial. Para el diario The New York Times, “la corte probablemente dañó el estatus de Nueva York como la capital financiera del mundo” e hizo que sea “cada vez más difícil que los países cuyas economías están en peligro puedan reestructurar su deuda”.
Griesa, sin embargo, tiene las manos atadas. Puede decirle a Argentina que su obligación es pagar, pero no puede hacer que ese pago ocurra si el gobierno de Buenos Aires no quiere -en comparación, sí podría congelar las cuentas o embargar los bienes de un ciudadano. Así que el juez buscó otro mecanismo para imponer aún más presión y lograr su objetivo. El cuarto actor en esta historia son los bancos que guardan fondos argentinos en EE UU. Griesa no tiene competencia sobre el Gobierno argentino, pero sí sobre ellos.
Gelpern, también miembro del Instituto Peterson de Economía Internacional asegura que la clave de esta sentencia no está en la interpretación de la cláusula sino lo que el juez ha elegido para ejecutarla: impedir a los bancos que muevan el dinero del gobierno argentino. Aunque Cristina Fernández ordenara el pago a un fondo en concreto, no podría hacerlo. Si quiere transferir los bonos -y la deuda- de un fondo a otro para evitar a los “buitres” o lograr que este conflicto quede amparado bajo la legislación de un país más favorable, tampoco. El objetivo de Griesa es que se cumpla el contrato y que cobren todos, no solo los que accedieron a descuentos. “Las entidades financieras son tradicionalmente conservadoras, no van a desobedecer una decisión judicial”, dice Gelpern. “El juez ha utilizado esto para presionar a Argentina”.
El contexto del caso de la deuda soberana argentina es además uno de vacío legal, ya que no existe una corte internacional con competencia sobre los Estados, como sí hay para empresas y ciudadanos en cada país. “No existe un sistema legal que garantice que los fondos van a recibir lo que se les prometió en el contrato y el juez no puede reescribirlo sin que las dos partes estén de acuerdo”, dice Gelpern. “Por mucho que la sentencia nos parezca un ultraje moral, no hay una ley que diga que deba cumplirse”.
Así, la historia del gobierno argentino, sus acreedores y un juez estadounidense transcurre desde hace más de una década en un contexto sin precedentes y en el que un magistrado emite sentencias que no puede hacer cumplir. Sus opciones son pocas: dar la razón a Argentina y perder toda su credibilidad -después de una larguísima carrera- ante los fondos y ante la justicia estadounidense; o dar la razón a los acreedores. “Esto sólo hace más daño”, dice la experta. “Pone más presión sobre Argentina y, aún así, nadie ha cobrado aún”.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Los hermanos, again and again, deja vu, all over again...

Desculpem ser reincidente. É que los hermanos são reincidentes numa coisa: eles são capazes de praticar as mesmas c . . . . . s várias vezes seguidas, sem mesmo se dar conta disso.
Acho até que a Economist foi muito boazinha, complacente, compreensiva, com esse caso terminal. Ela está sendo muito otimista em relação à capacidade da Argentina (ou de seus líderes políticos) de adotar os remédios certos, e superar as dificuldades pela via do ajuste, não da embromação, do subterfúgio, do escapismo, das acusações externas, enfim, essas coisas que eles sempre fazem.
O Brasil ainda não cansou de aguentar desaforos?
Paulo Roberto de Almeida

The palindrome of Kirchnerismo
Default gives Argentina’s president a political advantage, but not for long
Aug 9th 2014 | From the print edition /The Economist

IT IS a rainy Saturday morning, three days after Argentina defaulted on part of its foreign debt. In a damp and flimsy shack in Salas, a settlement of muddy lanes and foul streams on the outskirts of Buenos Aires, Ramon Gallardo and his neighbours listen attentively to staff from TECHO, a housing charity. They are briefing residents about the 15 one-room huts they will build in return for a nominal contribution of money and labour. TECHO has erected many of its sturdy, weather-proof huts in struggling Haiti. But there are takers in rich Argentina, too.

Many of them are among the 20-30% of Argentines who, according to unofficial estimates, live in poverty despite a decade of economic growth. Now Mr Gallardo is worried that his work as a casual building labourer will dry up. “They told me the job I’m on will stop because of the default,” he says.

Urban myth or not, this perception highlights the risk that President Cristina Fernández de Kirchner has run by choosing to scotch last-minute talks and defy an order by Thomas Griesa, a New York judge, to settle with hedge funds that are demanding full repayment of their Argentine bonds. As a result, Judge Griesa blocked a payment to some of Argentina’s foreign bondholders who took part in debt restructurings in 2005 and 2010 and hold 93% of the debt. That, in turn, precipitated the default on July 30th.

Ms Fernández and Axel Kiciloff, her inexperienced economy minister, rail that Argentina is once again being mistreated by speculative “vulture funds”, and by a judge who appears out of his depth. Some of these points have merit. But unlike the last time Argentina defaulted in 2001, it is not insolvent. Ms Fernández and her late husband and predecessor, Néstor Kirchner, could have dealt with the “hold-out” creditors years ago by quietly buying up their bonds. Even now, her officials have offered the judge no alternative solution and seem to have no clear negotiating strategy.

Instead, the president has opted to try to turn this battle into a nationalist epic. That offers an immediate, albeit slight, political dividend: her approval rating has crept up to over 40%. In this she is being true to type. In 11 years in power the Kirchners have preferred nationalism and confrontation to pragmatism and professional competence, while focusing relentlessly on the short term. When the economy was rebounding from the collapse of 2001-02, and was helped by a big rise in world prices for Argentina’s farm exports, “they discovered that they could govern for ten years solving each day’s problems,” says Luis Alberto Romero, a historian. “But now those problems are mounting up.”

Even before the default, the economy was set to contract by about 1.5% this year. Businesses are laying off workers, or cancelling overtime. The current account and the public finances are both in deficit. Inflation is at 39%, according to Elypsis, a consultancy. On the black market a dollar costs nearly 50% more than it does at the official exchange rate.

With foreign-exchange reserves dwindling, Ms Fernández had begun to settle the disputes with investors that prevent Argentina drawing on international credit. Her priority had seemed to be to reach the end of her term in December 2015 in reasonably good order. That now looks harder. How much worse the economy gets as a result of the default depends on how long it lasts. Many financial analysts assume that the government will settle in January (when a clause in the restructured bonds that makes this harder will expire). That may be too sanguine.

The uncertainty Ms Fernández has unleashed will curb investment. The government’s only Plan B is an $11 billion currency-swap facility with China which may slightly ease the pressure on the currency reserves (and thus on the exchange rate). But if more Argentines find, like Mr Gallardo, that default threatens their job, they may start to blame the president.

The Kirchners’ decade in power resembles “a palindrome”, according to Eduardo Levy Yeyati of Elypsis. It began with default, recovery, opening up and rising expectations, and then reversed the order. But not wholly so.

Three things mitigate Argentina’s mess. One is that the government’s child allowances, which many in the Salas settlement receive, mean the social desperation of 2002 ought not to be repeated. The second is that a better-advised and more pragmatic president would find it fairly easy to put the economy back on track and win foreign investment. And third, next year’s election is likely to produce this outcome. It is the knowledge that Ms Fernández is on the way out and that her populism is no longer affordable that is putting a floor under economic decline.

Da série "Los hermanos muy amigos..." (no lloren...)

De onde menos se espera, aí é que não sai nada mesmo..., costumava dizer o Barão de Itararé.
Pois é, com os hermanos é sempre assim: não contentes em fazer mal a si próprios, eles ainda encontram uma maneira de acusar o Brasil de alguma perversidade contra eles.
Foi assim em 1999, foi assim a partir de Nestor Kirchner, tem sido assim com "la vieja", como diria José Mujica, alguém que conhece "los hermanos enemigos" muito melhor que os companheiros, que ou são ingênuos, ou são estúpidos (ou ambas as coisas, em dobro...).
Paulo Roberto de Almeida

Falando em relações comerciais...

Depois do governo brasileiro dizer que a crise vem de fora, foi a vez da presidente argentina Cristina Kirchner culpar o Brasil pela queda na economia argentina:

“O Brasil tem crescimento previsto de 1,3% e é nosso principal sócio comercial”, justificou.

Na nossa relação com os hermanos, pelo menos não podemos nos queixar de desalinhamento de discurso: também para eles, a crise vem de fora.

Da coluna diária da Consultoria Empiricus
(pois é, aquela que irrita o Planalto, e por isso me dá vontade de colocar aqui....)

Argentina: solita contra el mundo: que borrachera...

Argentina reclama medidas internacionales contra el "anarcocapitalismo"

El Gobierno del país cree que hay instancias de apelación en el Tribunal de la Haya para desbloquear el conflicto de la deuda

EFE Buenos Aires 05/08/2014

El jefe del Gabinete del Gobierno argentino, Jorge Capitanich.

El jefe del Gabinete del Gobierno argentino, Jorge Capitanich.- EFE

El Gobierno argentino reclamó este martes medidas para luchar contra el "anarcocapitalismo", que pone al mundo bajo la "espada de Damocles" de "grupos minúsculos", como los fondos buitre, por lo que cree que hay instancias de apelación en el Tribunal de la Haya para desbloquear el conflicto de la deuda.
En su rueda de prensa diaria, el jefe de Gabinete del Gobierno argentino, Jorge Capitanich, dijo hoy que el mundo no puede estar bajo el "anarcocapitalismo".
"El mundo no puede estar con la espada de Damocles de grupos minúsculos oligárquicos" que "conspiran contra la estabilidad del sistema económico y financiero internacional" y vulneran "la condición de un país soberano" con un "nivel de usura inaceptable", recalcó Capitanich en referencia al conflicto con los fondos buitre.
El Gobierno argentino que encabeza la presidenta Cristina Fernández estudia recurrir al Tribunal Internacional de La Haya para desbloquear los pagos a los tenedores de bonos reestructurados, que permanecen bloqueados en Estados Unidos por la sentencia del juez Thomas Griesa, favorable al 1% de los acreedores que denunciaron a Argentina para cobrar el importe íntegro de la deuda.
"Frente a una controversia de carácter internacional que implica una disputa entre estados, obviamente hay instancias de carácter internacional que puedan ser utilizadas para la resolución", apuntó el jefe de Gabinete.
"El sistema económico internacional está reclamando la cobertura de un vacío jurídico y legal" respecto a la aplicación de una regla "de las mayorías" en los "procesos de reestructuración de deuda de países soberanos", continuó.
Capitanich pidió medidas que actúen como "desincentivos" para los fondos buitre que se aprovechan de "un sistema judicial perverso", que "está absolutamente corrompido por la incidencia de este tipo de intereses".
Además, explicó que Argentina puede recurrir a mecanismos como el "método de opinión consultiva" o el proceso de "introducción a instancias con o sin medida cautelar" que ofrece el Tribunal Internacional de La Haya.
Sin embargo, el abogado argentino y exfiscal en la Corte Penal Internacional Luis Moreno Ocampo advirtió ayer que no hay posibilidades de que esa vía judicial prospere.
Capitanich criticó también la decisión del juez estadounidense de ratificar al mediador, Daniel Pollack, y le acusó de "mala comprensión, por un lado, incapacidad manifiesta por el otro, clara parcialidad respecto a la posición de los fondos buitre y marcada incompetencia para resolver un problema".
Para el funcionario argentino ratificar al mediador supone insistir en "la misma posición por parte del juez", quien "no entiende adecuadamente las dificultades de este proceso".
"Es tan simple la solución de esta cuestión que precisamente llama la atención de por qué no se instrumenta", señaló, respecto a la reclamación del Ejecutivo argentino para que la Justicia estadounidense adopte una medida cautelar que permita el pago a los tenedores de títulos que aceptaron los canjes de 2005 y 2010.
Las agencias calificadoras de riesgo internacionales han declarado al país en suspensión de pagos, pero el Gobierno argentino niega la situación de impago, sostiene que ha cumplido sus obligaciones financieras y responsabiliza a la Justicia estadounidense de congelar los fondos destinados a los acreedores de deuda reestructurada (92,4% del total).

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Brasil, 8; Argentina, 5; estamos ganhando? - Roberto Cachanosky

Como argumentado abaixo, a Argentina já destruiu CINCO moedas, e pode estar a caminho de destruir a sexta.
Aí o Brasil ganha: estamos na OITAVA, mas os companheiros estão se esforçando para argentinizá-la, com sua economia esquizofrênica. 
Agora seria preciso contar quem está na frente no concurso das moratórias: aposto que eles nos ganham aqui, mas não tenho certeza. Talvez os companheiros ajudem o Brasil a ganhar esse concurso também. 
Como diria o Augusto Nunes, no seu concurso Homem Sem Visão, que vença o pior!
Paulo Roberto de Almeida 
Abutre é o populismo argentino
Desde a Segunda Guerra, a Argentina destruiu cinco símbolos monetários, corroídos pela inflação de governos irresponsáveis. A culpa, portanto, não é do juiz norte-americano Griesa e dos chamados "fundos abutres". Abutre é o populismo, que inferniza a América Latina. Roberto Cachanosky, no jornal O Globo:


O calote não é inédito para a economia argentina. Desde a Segunda Guerra Mundial, o país interrompeu pagamentos mais de 50% do tempo em quatro períodos diferentes. Mas, ao mesmo tempo, desde que foi criado o banco central (BCRA), em 1935, a Argentina destruiu cinco signos monetários. O peso moeda nacional, o peso lei 18.188, o peso argentino, o austral e este que está agonizando.

A pergunta é: por que tantos calotes e destruições monetárias? A resposta é muito simples: o gasto público não parou de crescer durante todo o século XX e no XXI até agora, e por isso o aumento da pressão fiscal a níveis de confisco é insuficiente para financiá-lo. Dito de outra maneira, o populismo imperante na Argentina há décadas fez disparar o gasto público a tal ponto que o déficit fiscal requereu o endividamento público externo (por isso a dívida pública e os frequentes calotes) para financiar o desequilíbrio das contas públicas.

E por que a dívida em moeda estrangeira? Porque as diferentes moedas que tivemos nunca o foram no sentido estrito da palavra, já que não foram reserva de valor. A inflação as assemelha a barras de gelo que se derretem. Mas, o mais importante, os ataques persistentes à propriedade privada, fundamentalmente via sistema impositivo, fizeram com que a poupança dos argentinos fugisse para o exterior em busca de segurança jurídica, razão pela qual o mercado interno de capitais sempre foi muito reduzido.

Há pouca oferta de poupança interna porque os que poupam preferem fazê-lo no exterior, em busca de segurança jurídica. Recordemos que a poupança é a contrapartida do crédito: sem aquela, que é a renda não consumida, não existe crédito. De forma que um país como a Argentina, submetida a décadas de populismo, gerou escassa riqueza, isto é, renda. Como esta é reduzida, a poupança também, e boa parte foge para o exterior.

Portanto, a oferta de poupança interna é tão reduzida que, se o Estado entrar no mercado para tomar créditos para financiar o gasto público, deslocará rapidamente o setor privado, elevará os juros e vai gerar recessão. Um exemplo simples pode nos dar ideia de quão diminuto é o mercado de capitais interno. Muito se fala das reservas de gás não convencional de Vaca Morta. O tempo dirá se são tão importantes como se diz ou se é outra fantasia que inventamos nós, os argentinos.

O certo é que, para além do verdadeiro potencial da jazida, ninguém pensa que os investimentos necessários para explorá-la podem ser feitos com a poupança interna. Todos pensam em investidores de fora do país, com acesso fácil ao mercado externo de capitais. Bem, se a poupança interna não é suficiente para financiar os investimentos em Vaca Morta, muito menos para financiar o gigantesco déficit fiscal em que incorremos em cada uma das festas populistas que elevam o gasto público a níveis exorbitantes.

Não é por casualidade, então, que os argentinos vivemos destruindo nossos signos monetários e dando calote. É o alto nível de gasto público que requer financiamento extra, emissão monetária e endividamento externo, até chegar a um ponto em que a inflação dispara, destruindo por completo a moeda e tornando a dívida impagável.

Nosso problema não é o juiz Thomas Griesa, nem a cláusula Rufo, nem o stay (liminar) nem os holdouts (os que não aceitaram os termos da renegociação). Nosso problema é o gasto público, que requer níveis de financiamento que, chegando a determinado ponto, nos levam ao calote e à inflação, megainflação e hiperinflação, porque nessa matéria também tivemos de tudo.

Obviamente, o gasto cresce porque boa parte da liderança política nos vendeu que ela tem o monopólio da bondade e solidariedade, e assim deve elevar o gasto para redistribuir, fazer planos que chamam de sociais e contratar legiões de burocratas que nada fazem de produtivo. Mas se dedicam a entorpecer os que produzem. Entre os funcionários públicos nacionais, estaduais e municipais e os que vivem dos chamados planos sociais são cada vez mais os que consomem sem produzir e cada vez menos os que produzem para sustentar o aparato estatal.

Quem leu “Rebelión de Atlas”, de Ayn Rand, pode chegar a pensar se o livro não foi escrito para a Argentina atual. Porque, como ocorre com ele, finalmente as pessoas produtivas se cansam de ser exploradas por burocratas e param de produzir ou buscam outros países para o fazer.

Nosso problema é que temos um Estado que não só gasta fortunas de forma ineficiente, mas também se encarrega de complicar a vida dos que produzem e pagam impostos. Com isto, o gasto público termina sendo não financiável e, de tempos em tempos, fazemos alguma labareda inflacionária para baixá-lo em termos reais e/ou caloteamos a dívida. Na realidade, nos encanta fazer uma combinação de ambas.

Já estamos em níveis brutais de carga tributária. Não há poupança interna que possa financiar este nível de gasto. Cada vez se torna mais difícil cobrar do povo o imposto inflacionário e não temos acesso ao mercado de crédito externo. Tudo isto quer dizer que, com Griesa ou sem ele, com ou sem Rufo, o nível do gasto público chegou a um ponto que já não se pode financiar e que as atuais regras do jogo são insustentáveis.

domingo, 3 de agosto de 2014

Argentina: consequencias da moratoria sobre os vizinhos

Ao contrário do que diz o ministro brasileiro da Fazenda -- mas quem é que ainda empresta qualquer credibilidade ao que ele diz, não é mesmo? --, um agravamento da situação econômica no principal parceiro latino-americano do Brasil terá, sim, profundas consequências para nossa interface comercial externa, como aliás já está tendo, sobretudo no setor automobilístico.
Aliás, não foi na recente cúpula do Mercosul em Caracas, que a presidente disse que o impasse Buenos Aires-abutres "ameaça o sistema financeiro internacional"?
Pois é, ou é uma coisa ou é outra...
Paulo Roberto de Almeida 
El riesgo de impago argentino amenaza a los países vecinos
El fallo de un juez de EE UU que ha derivado en el impago parcial de deuda de Argentina no solo puede impactar en la estanflación (fenómeno que combina recesión con alta inflación) que sufre este país sudamericano sino también en los vecinos, aunque diversos grados y aspectos. En la anterior suspensión de pagos de Buenos Aires, en 2001, en una situación caótica en lo político y socioeconómico que no puede compararse con la actual, solo Uruguay terminó cayendo también en crisis, aunque Brasil también sufrió daños en su comercio. Unos 13 años después, el panorama es distinto también en la vecindad sudamericana.
Argentina es el tercer destino de las exportaciones de Brasil. Aquí va el 7% de las ventas externas del gigante sudamericano. Además, buena parte de esos envíos son manufacturas, no materias primas, como las que envía a su principal socio comercial, China. Brasil es el cuarto inversor extranjero en Argentina, después de EE UU, España y Holanda. Hay fuerte presencia brasileña con las empresas cárnicas Marfrig, Brasil Foods y JBS, la cementera y textil Camargo Corrêa, los bancos do Brasil e Itaú y Petrobras, entre otras.
A Chile también le afecta la situación de Argentina por las inversiones de sus compañías en ese país, como las firmas de comercio minorista Falabella y Cencosud, la embotelladora de Coca-Cola Andina y la aerolínea LAN. Chile es el sexto inversor extranjero en Argentina, después de China.
Uruguay puede que se beneficie de la fuga de capitales desde territorio argentino. En junio pasado se registró la mayor de subida de depósitos de argentinos en bancos uruguayos en seis años. Pero los demás efectos de una crisis en Argentina sería negativos. La industria del turismo depende en buena parte de las visitas del otro lado del Río de la Plata. Argentina es el tercer destino de exportación uruguaya. Aquí va el 4,1% del total, incluidas manufacturas.
Para Bolivia, Argentina también es el segundo comprador de sus ventas externas (20% del conjunto), aunque en este caso pesan más los envíos de gas, una demanda que difícilmente baje aunque caiga la economía. Paraguay, al igual que Chile, no exporta demasiado a Argentina. La preocupación de Asunción reside en una devaluación del peso que fomente el contrabando de productos argentinos, como alimentos, que compiten con los paraguayos, según ha admitido un director del Banco Central de Paraguay, Roland Holst.
“La medida (el impago) afectaría todos los países, pero principalmente a Brasil”, dice José Augusto de Castro, presidente de la Asociación de Comercio Exterior de Brasil. “La demanda de productos brasileños posiblemente caería mucho, en un ambiente de fuerte devaluación y caída de la actividad en Argentina”, añade Castro. El director de la consultora Abeceb, Dante Sica, opina que las preocupaciones de los exportadores brasileños son “totalmente justificadas”: “Buenos Aires ha subestimado mucho el impacto del default (impago). Va haber um agravamiento de los problemas actuales, con más restricciones a las importaciones”.
El sector del automóvil brasileño ya viene reduciendo sus exportaciones a Argentina, compradora del 80% de sus ventas externas. De enero a junio deste año, el total de exportaciones de coches brasileños cayó 35%. Otro sector impactado es el de calzado, que tiene en Argentina a su segundo mayor destino de envíos al extranjero, detrás apenas de EE UU. Heitor Klein, presidente ejecutivo de la Asociación Brasileña de las Industrias de Calzados, predice: “De continuar el ritmo actual de embarques, podemos cerrar el año con una caída hacia Argentina de hasta 50%”.
El Gobierno de Michelle Bachelet ha descartado que la situación económica de su vecino afecte a Chile, pese a que es el sexto inversor extranjero en Argentina. El ministro de Hacienda, Alberto Arenas, ha indicado que la crisis de deuda de Buenos Aires “era una materia conocida por los agentes del mercado y, por lo tanto, no debería cambiar las expectativas en Chile”. La opinión de expertos coincide con la de Arenas: “Los inversionistas entienden que Chile es un país con políticas y reglas absolutamente diferentes y el efecto directo va a ser menor”, ha señalado el economista Sebastián Edwards, según consigna radio Biobío. El nerviosismo por Argentina, sin embargo, se hizo notar este jueves en la bolsa chilena: cayó con fuerza por la situación de las empresas locales con operaciones en Argentina. Las acciones del grupo Latam Airlines (LAN) retrocedieron un 1,9%; Embotelladora Andina, un 1,%: Falabella, un 0,2% y Cencosud, que tiene un 25% de sus ingresos en Argentina, bajó un 1,3%. Pero una de las consecuencias que se observan con mayor interés es la posible devaluación del peso argentino, lo que incentivará la partida de turistas chilenos y desalentará la llegada de los vecinos.
Tanto el Gobierno de Uruguay como los economistas y empresarios de este país coinciden en que la crisis de deuda de Argentina no tendrá graves consecuencias del otro lado del Río de la Plata. Sin embargo, poco después de conocerse la falta de cobro por parte los acreedores de Buenos Aires, el dólar experimentaba su mayor subida frente al peso uruguayo desde 2009, signo de que la pequeña economía local es sensible a lo que sucede en el gigante vecino.
Pero Uruguay también está lejos de la situación de 2002, cuando la crisis de Argentina lo arrastró a una pesadilla que dejó un rastro de pobreza que todavía se lucha por revertir. En aquella época el 45% de los depósitos bancarios en Uruguay pertenecía a los no residentes, en su mayoría argentinos que trataban de evadir impuestos. Actualmente esa cifra ha bajado al 15%. De manera general los sucesivos gobiernos uruguayos han trabajado en una “desargentinización” de la economía: como destino de exportación o como fuente de inversión directa o de depósitos bancarios. Desde los últimos años, el Gobierno argentino ha puesto trabas a las exportaciones de todos los países del mundo, incluidos sus socios de Mercosur (Uruguay, Paraguay, Brasil, Venezuela) y desalienta la salida de turistas mediante el control de cambio.
El Gobierno de Evo Morales considera que la “fortaleza” de la economía boliviana puede soportar los efectos de la crisis argentina. La mayor preocupación se ha centrado en el pago de las exportaciones de gas natural a Argentina, pero el presidente de la petrolera estatal argentina Enarsa, Walter Fagyas, respaldó declaraciones de ejecutivos de su par boliviana YPFB que aseguraron que Buenos Aires no tiene deudas con La Paz por esas operaciones. Fagyas aclaró que existe un depósito de garantía de 400 millones de dólares, equivalente a dos meses de suministro de gas, “que están a disposición de YPFB”. Pero el Instituto Boliviano de Comercio Exterior ha señalado que las exportaciones no tradicionales, como fruta de Chapare, tendrán algunas limitaciones por las dificultades de los importadores argentinos a la hora de obtener los dólares en su país para comprarlas. En los primeros cinco meses de 2014, Bolivia ha exportado a Argentina por 1.076 millones de dólares entre gas, aceites crudos de petróleo, concentrados de zinc, plátanos, palmitos, soja y semillas de girasol, entre otros bienes.
Los impactos en otras grandes economías de Latinoamérica, más alejadas de Argentina, como México, Colombia, Venezuela y Perú, serán menores. En Colombia, la situación de Buenos Aires no tendrá impacto en las condiciones de los mercados financieros, tanto por el lado de la deuda pública como por el de la tasa de cambio, según el ministro de Hacienda, Mauricio Cárdenas. El funcionario aclaró que Colombia es solidaria con la posición de Argentina “en el sentido de defender los arreglos que se hagan soberanamente entre un país y la mayoría de sus acreedores”.

Con la colaboración de Magdalena Martínez, Frederico Rosas, Mabel Azcui, Rocío Montes y Elizabeth Reyes L.