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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Isso é um governo ou é o caos? O clima político se agrava (General Heleno e Rodrigo Maia)

Difícil dizer que personagens tão rústicas – a começar pelo presidente, seus três filhos aloprados, e o general do GSI – tenham efetivamente um projeto racional para dar um golpe e instaurar um regime autoritário (que eles parecem apreciar e considerar necessário para "governar" o Brasil). Eles simplesmente não têm condições reais de chegar a tanto, não apenas por falta de apoio no sistema político, entre os militares, no Congresso, na sociedade civil (pois ninguém toparia uma aventura dessas), mas também porque eles não tem condições intelectuais de sequer preparar uma coisa dessas. Como já disse várias vezes, e repeti acima, eles são rústicos (evito uma palavra mais ofensiva), e o que parece um grande plano arquitetado para produzir o mal ditatorial, nada mais é do que instintos autoritários primitivos, extremamente desorganizados e improvisado.
Resumindo tudo: estamos num governo caótico, tendo à frente um bando de malucos autoritários, mentalmente limitadíssimos, e tudo o que eles podem produzir é mais caos...
Acho que os famosos "donos do dinheiro" – ou seja, aqueles que mandam de fato no Brasil – deveriam reconsiderar o seu apoio a essa tribo.

Paulo Roberto de Almeida

Maia diz que Heleno virou 'auxiliar do radicalismo de Olavo'

'Acho que a frase dele (sobre novo AI-5) foi grave. Além disso ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema', diz o presidente da Câmara

Mariana Haubert e Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo 
04 de novembro de 2019 | 13h06

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta segunda-feira, 4, o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o acusou de virar "um auxiliar do radicalismo do Olavo [de Carvalho]", escritor considerado o guru do bolsonarismo. 
A reação do deputado foi à declaração do militar, em entrevista ao 'Estado', sobre a ideia aventada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de se editar um "novo AI-5" para conter o radicalismo da esquerda.  

Augusto Heleno
O ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, durante simulação de ataque ao presidente Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na entrevista, Heleno não repudiou a possibilidade e disse que, se Eduardo propôs, era preciso estudar como fazer, pois iniciativas "para organizar o País" sofrem resistência, em uma crítica indireta ao Congresso. "Acho que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter", afirmou o ministro na quinta-feira. 
Para Maia, a fala de Heleno foi "grave". "Infelizmente o general Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo. É uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha", disse Maia, em Jaboatão dos Guararapes (PE), para onde viajou para receber uma homenagem. O presidente da Casa disse ainda que há um pedido de convocação do ministro em análise na Câmara.   
O Ato Institucional nº 5 foi o mais duro instituído pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos municípios e Estados. Também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus. A partir da medida, a repressão do regime militar recrudesceu. 
O general é um dos principais conselheiros do presidente Jair Bolsonaro para assuntos militares. Na entrevista ao Estado, o ministro comparou a dificuldade para emplacar uma regra como o AI-5 ao ritmo lento que tramita o pacote anticrime de Sérgio Moro, ministro da Justiça e da Segurança Pública.   
"Além disso ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil. É uma cabeça ideológica", afirmou o presidente da Câmara.  
A declaração de Eduardo sobre o AI-5, dada em entrevista à jornalista Leda Nagle, provocou um terremoto político na semana passada, a ponto de Maia dizer que a apologia à ditadura era passível de punição. Horas depois, o presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, desautorizou o filho, sob o argumento de que quem fala em AI-5 só pode estar “sonhando”.  
No fim do dia, o “zero três” de Bolsonaro pediu desculpas, mas o estrago já estava feito. Em nota, Maia classificou as declarações de Eduardo como “repugnantes”. 
Procurado, Heleno não havia se manifestado sobre a declaração de Maia até a publicação desta notícia.